Ministro vem à UFSC assinar convênio para pesquisa com mexilhões e vieiras
O secretário especial de Aqüicultura e Pesca do Governo Federal, ministro José Fritch, vem nesta sexta-feira à UFSC assinar um convênio no valor de R$ 300 mil para o projeto de cultivo de mexilhões e vieiras em águas profundas em Santa Catarina. A cerimônia será realizada às 10h30min, no Gabinete do Reitor da UFSC. Além do secretário especial, comparecerão à solenidade o professor Carlos Fernando Miguez, diretor executivo da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) e o deputado federal Edson Andrino (PMDB-SC), responsável pela liberação dos recursos. O responsável pelo projeto na universidade é o professor Carlos Rogério Poli, do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, que também estará presente na solenidade.
Os recursos serão utilizados na pesquisa de formas de cultivo de mexilhões e vieiras em altas profundidades. De acordo com o relatório “Plataforma do agronegócio da malacocultura (mexilhões e vieiras)”, produzido em 2001, esses cultivos enfrentam dificuldades para crescer no litoral catarinense. Entre elas, a falta de área nos parques aqüícolas demarcadas em águas rasas, mais suscetíveis ao aparecimento de bactérias e vírus que podem contaminar toda a produção. Como conseqüência destas deficiências, a produção catarinense de mexilhões caiu após alcançar o pico de 11.364 toneladas em 2000. Atualmente o estado produz cerca de 8.650 toneladas.
A pesquisa e implantação da tecnologia de cultivo de mexilhões em águas profundas pode trazer muitos benefícios aos produtores. Entre eles, a localização dos cultivos em áreas de melhor qualidade da água, menor impacto visual (já que os mexilhões ficam em alto mar) e a possibilidade de aumento da produtividade.
Por Leo Branco/bolsista de jornalismo da Agecom