“Experiência e Prática de Redação IV” reúne professores de língua portuguesa no Centro de Eventos
Os candidatos a corrigir as redações do Vestibular UFSC 2006 participam nesta sexta-feira, 25, do curso “Experiência e Prática de Redação IV”, que este ano tem como palestrante convidada a professora Maria da Graça Costa Val, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Maria da Graça deu início as atividades do curso com uma palestra, às 8h30min de hoje. A programação continua até às 19h, no Centro de Cultura e Eventos e no CCE.
Na palestra, a professora falou a respeito do conceito de textualização e de seus sete princípios: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade, citados em seu texto “Texto, Textualidade e Textualização”. Ela acredita que a maneira mais eficaz de se corrigir as redações do vestibular seria analisar esses sete elementos.
O texto da professora ainda diz que: “(…) Uma produção lingüística que, numa dada circunstância, pareça sem ‘pé nem cabeça’, incompreensível, inadequada, inaceitável para determinado grupo, pode ser perfeitamente entendida e considerada como sem qualquer problema por outros interlocutores”. Por isso, a professora acredita que a prova de redação poderia especificar para o candidato a uma vaga na universidade, quem é o leitor e as condições de leitura em que este se encontra.
Em “Texto, Textualidade e Textualização”, ela exemplifica isso: “(…) um e-mail que só traz a pergunta ‘E aí, tudo verde?’ pode parecer sem sentido para uns, mas seria perfeitamente (e furiosamente…) compreendido por um torcedor corintiano que recebesse a mensagem de um amigo palmeirense, depois de um jogo de futebol em que o Palmeiras tivesse vencido o Corinthians (…)”
Assim, para Maria da Graça, é muito importante que a prova deixe claro “como é o texto que se pede” e que no momento da correção sejam avaliados o uso dos elementos de textualização.
O curso “Experiência e Prática de Redação IV” é promovido pela Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), em parceria com o Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e a Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc).
Por Talita Garcia / bolsista de Jornalismo da Agecom.
