Universidade mostra alternativa de conserva para moluscos na Brasiltec 2005

03/10/2005 15:51

Processo permite armazenamento em temperatura ambiente

Processo permite armazenamento em temperatura ambiente

Entre os projetos da UFSC selecionados para o Salão Internacional de Inovação Tecnológica (Brasiltec 2005) está um que propõe uma alternativa de conserva em embalagem para moluscos, como o mexilhão. O objetivo do trabalho é evitar alterações de origem microbiana, enzimática, física e química, a partir de um processo para a preservação do produto. O processo utilizando uma embalagem plástica permite que o produto fique armazenado em temperatura ambiente.

O projeto “Conserva de Mexilhões em Embalagens Flexíveis” foi desenvolvido junto ao Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, ligado ao Centro de Ciências Agrárias da UFSC. O Brasiltec será realizado entre os dias 5 e 8 de outubro, no Anhembi, em São Paulo.

Tradicionalmente os moluscos coletados no litoral de Santa Catarina eram retirados das cascas sem que houvesse uma preocupação com as condições de higiene do ambiente. Em geral eram consumidos quando abertos, ou então mantidos em conversa de vidro. Com a expansão da atividade, que hoje emprega cerca de quatro mil pessoas só no Estado, a questão da manipulação em escala industrial destes moluscos tem sido pensada. O projeto que será apresentado pela UFSC na Brasiltec foi desenvolvido para tender a necessidade de conservação dos moluscos.

Desde setembro do ano passado os responsáveis pelo projeto estão trabalhando em uma conserva em embalagem para a comercialização dos moluscos produzidos no litoral do Estado. Feita de plástico transparente, a embalagem protege o molusco da ação do calor e dos coliformes fecais. Isso porque o processo desenvolvido pelo laboratório é a vácuo, não deixando ar dentro da embalagem. O projeto será apresentado por Paula Souza Sombrio, aluna responsável pelo projeto.

De acordo com Paula, o processo alternativo para a comercialização de moluscos ainda é um modelo, sem data para entrar no mercado. O projeto conta com apoio financeiro da Embrapa/Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil (Prodetab)/Fundagro.

Mais informações pelo e-mail: paulasombrio@yahoo.com.br

Por Leo Branco / Bolsista de Jornalismo da Agecom / UFSC