Instalação Fotográfica comemora o aniversário do Grupo Arcos

Foto da exposição, por Catarina Rüdiger
A exposição consiste de uma instalação com uma dúzia de fotos coloridas e preto & branco, que medem cerca de 50 por 60 cm, e 11 pares de galochas femininas de trabalho (tamancos, feitos com cepos, de madeira e pano simples ou bordados), peças que fazem parte do acervo de trajes folclóricos do grupo. “O objetivo desta exposição é homenagear todos aqueles que caminham, caminham e caminham para manter através da pesquisa as nossas tradições culturais”, diz Ana Lúcia Coutinho, curadora da mostra e coordenadora do Grupo.

Foto 2: O Grupo Arcos, retratado por Joi Cletison
O Grupo Arcos Pró-Resgate da Memória Histórica, Artística e Cultural de Biguaçu, segundo sua presidente, “tem como objetivo divulgar as danças e o saber fazer da Cultura Açoriana pesquisada pelo próprio grupo, mantendo viva essa cultura que é tão rica no litoral de Santa Catarina. E também fazer intercâmbio com grupos folclóricos do Canadá, Estados Unidos e Açores, em Portugal, para comparar e estudar essa riqueza presente no litoral do nosso estado”.
No seu currículo, o grupo traz apresentações por vários estados do Brasil, como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, Como experiência internacional, esteve em janeiro deste ano no Uruguai, e em 2001, na Ilha de São Miguel, nos Açores, onde realizou 17 apresentações, sendo quatro delas em diferentes festivais internacionais de folclore que foram sediados em Portugal.
O grupo se apresenta em festivais, feiras, congressos, e em escolas e outras instituições culturais da comunidade. Realiza cursos e oficinas de dança e dá assessoria para grupos folclóricos do Estado, como já fez em Itajaí, Canelinha, Sombrio e Florianópolis. Do repertório do grupo fazem parte 27 músicas que são apresentadas em bailados e trajes diferentes. Com as suas coreografias, o grupo baila as nove ilhas dos Açores e o litoral de Santa Catarina. Todo o figurino do grupo é original, comprado ou confeccionado pelos próprios integrantes, a partir de pesquisas no Brasil e em Portugal, e parte dos trajes, com peças originais feitas por artesãos tradicionais, foi doação do governo dos Açores.
Ana Coutinho, coordenadora do grupo, é historiadora e, desde 1989, já viajou onze vezes aos Açores, para participar de cursos de folclore ou fazer pesquisas que utiliza nos trabalhos do Arcos. Segundo ela, “O grupo ainda não tem sede própria, mas já conta com o apoio da Prefeitura de Biguaçu que cede um espaço para a guarda dos materiais do grupo. Os ensaios que fazemos todo domingo à tarde, temos conseguido viabilizá-los nos últimos dois anos graças à sensibilidade de um empresário da cidade que nos empresta o espaço da sua oficina mecânica”.
Até final deste ano, outra exposição fotográfica, com o tema “Saber fazer Açoriano”, deverá ser apresentada em escola pública do estado. No próximo dia 9 de setembro o grupo se apresentará na Festa do Divino Espírito Santo, em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. E para outubro estão agendadas participações na Marejada – festa portuguesa e do pescado, que acontece em Itajaí, e no AÇOR – Festa da Cultura Açoriana, cuja edição deste ano acontecerá no município de Barra Velha, litoral norte do Estado. Para o ano que vem o grupo está juntando esforços para viajar aos Estados Unidos, numa proposta de intercâmbio com o grupo da cidade San José, estado da Califórnia, que esteve recentemente no Brasil e realizou diversas apresentações em várias cidades do estado.
Realização do NEA – Núcleo de Estudos Açorianos / Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC.
Fonte: [CW] DAC-PRCE-UFSC, com entrevista e material do grupo.





























