Exposição comemora 20 anos da Pós-Graduação em Antropologia
O protagonista volta ao passado faz um recorte da história e através de sua fala conduz os ouvintes na linha do tempo criando um cenário, apresentando personagens, suas histórias, suas lutas e suas conquistas.
Depois de ambientados os alunos da Iniciação Científica do Núcleo de Estudos dos Povos Indígenas(NEPI), têm o desafio de reunir todos os fragmentos da memória de um passado não muito distante em uma exposição para a comemorar os vinte anos de atuação do Programa de Pós Graduação da Antropologia.
Fotografias, referencias bibliográficas, visitas ao museu, entrevistas, elaboração de textos, discussões sobre o tema, restauração de materiais antigos que ficaram dispostos na ação do tempo da memória.
Essa é a meta da equipe, Márcia, Carolina, Thiago e Caio, que se multiplicaram durante semanas na busca e levantamento da história visual da Antropologia de Santa Catarina.
A cada foto resgatada, uma conquista, a cada fonte consultada um elemento a mais na compreensão dos fatos, e a cada reunião uma conexão nova que tecia a rede da história da antropologia.
O sabor da investigação, da busca, a pesquisa, as vitórias de uns e os obstáculos a serem superados por outros tornavam o grupo mais coeso, na medida em que as peças iam se juntando se encaixando e fazendo sentido, crescia o grau de envolvimento com tema para montagem da exposição.
Dirigidos com maestria pelo professor doutor em Antropologia Sílvio Coelho dos Santos, um dos protagonistas desta aventura que foi de transformar as baias de uma estrebaria em um Instituto de Pesquisa, e tantos outros que fazem parte da exposição, convictos no papel social da ciência em meados de 68, acreditaram em seu ideal e obtiveram sucesso em sua jornada.
Essa aventura de resultados concretos, esse mesmo desejo de transformação de vinte anos atrás é que motiva cada vez mais este grupo de jovens cientistas; se remeterem ao passado, trabalharem o presente e projetarem o futuro em um exercício de idas e vindas na intenção de retratar e propor mudanças em nossos tempos.
Este é o resultado de uma orientação que tem a sensibilidade de extrair a essência de cada aluno, de enaltecer suas diferenças no sentido de somar forças na pesquisa, é o princípio da interdisciplinaridade, palavra muito requisitada na academia mas pouco exercida dentro dos campos do saber.
A exposição estará disposta no hall do CFH nos dias 8 e 9 de setembro juntamente com a programação do colóquio do Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social 20 anos de história.
Maiores informações na página do programa,
www.cfh.ufsc.br/ppgas20anos.
Fonte: Jornalista Gerusa Rosa Oliva/ gerosa10@hotmail.com
NEPI- Núcleo de Estudos dos Povos Indígenas
