5ª SEPEX : Saúde é tratada em 16 estandes

foto- Bia Ferrari
Quem chega à SEPEX pela entrada quatro logo vê o primeiro estande da área de Saúde, o do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC). Instalado há 22 anos dentro do Hospital Universitário da UFSC, o Centro atua na prevenção de acidentes com materiais tóxicos, entre eles produtos químicos, plantas e animais peçonhentos. Pelo telefone, os funcionários do CIT assessoram diariamente, médicos e pacientes de todo o Estado que tenham dúvidas sobre tratamentos para contaminação por toxinas. O contato com o centro é feito gratuitamente pelo número 0800-643-5252, 24h por dia.
Aos visitantes da feira, os bolsistas e voluntários do CIT estão distribuindo folders com dicas de prevenção em casos de intoxicações e envenenamentos. Além disso, quem passa pelo local pode ver exemplares de cobras, aranhas e escorpiões peçonhentos em conserva. Segundo os organizadores, eles ajudam para despertar a curiosidade de quem passa por ali. “O assunto mais falado no estande é o grau de perigo desses animais”, conta a farmacêutica Danielle Albino, funcionária do CIT, que completa: “várias pessoas querem saber se eles são encontrados aqui na região e o que fazer em caso de picada ou mordida”.

foto - Bia Ferrari
Para quem não sabe fazer um auto-exame para detectar uma possível formação de câncer na boca, o estande 68 da SEPEX é a solução. É lá que os bolsistas do projeto “Projeto de prevenção ao câncer bucal pelo auto-exame”, coordenado pela professora Beatriz Rath, do curso de Odontologia, ensinam os visitantes a como saber antecipadamente se possuem nódulos ou formações irregulares nas regiões da garganta e boca. Este é o segundo ano que o projeto é exposto na feira, onde sempre é bem requisitado. “Ano passado foram 380 atendimentos nos três dias de feira; só hoje já foram quarenta”, comemora a professora Beatriz. Além de ensinar como fazer o auto-exame em casa, os bolsistas encaminham os visitantes para eventual tratamento no HU, caso haja necessidade.
Os visitantes da SEPEX podem fazer outros exames também. No espaço do curso de Enfermagem da UFSC, há a possibilidade de se medir a pressão e saber (na hora) a quantidade de glicose no sangue. Tudo isso é feito pelos alunos do curso, que mostram ainda como fazer um socorro em casos de parada cardio-respiratória. “Queremos ensinar o maior número de pessoas a fazer esse tipo de salvamento”, comenta Luciana Coelho, uma das alunas que presta esse serviço.
No mesmo estande é exposto o projeto “Grupo de ajuda mútua a portadores de doença de Parkinson e seus familiares”, concebido pelo Departamento de Enfermagem, em parceria com o Centro de Desporto e com o Coral da UFSC; e com o apoio da associação catarinense de portadores dessa doença (Apasc). A proposta desse grupo é melhorar a qualidade de vida de quem sofre com Mal de Parkinson e promover a inclusão social entre eles. Criado em junho de 2003, o atendimento proposto pelo projeto tem três vertentes: atividades físicas, sessões de fonoaudiologia e cantoterapia com os portadores da doença. “Cada departamento da UFSC envolvido desenvolve sua parte do projeto independentemente”, afirma Andréia Assmann, estudante de Enfermagem e voluntária neste trabalho. Quinzenalmente são promovidos encontros com os atendidos pelo programa, onde é avaliada a evolução dos trinta pacientes que participam na edição deste ano.
Na outra ponta da área de Saúde da SEPEX está um projeto que visa humanizar a sala de parto. Batizado de “Grupo de gestante ou casais grávidos: espaço de socialização de conhecimentos de experiências”, este projeto do curso de especialização do Departamento de Enfermagem oferece uma liberdade de escolha para a gestante e sua família na hora de dar a luz. Ela pode escolher qual posição quer ter o filho, quem deseja ter ao seu lado nessa hora e pode até opinar na forma como atua o médico. Implantado em várias maternidades da região, inclusive a do HU, esta é a forma de parto estimulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que financia o projeto. “Queremos que a gestante se sinta o mais confortável possível”, explica Murielk Lino, voluntária.
No estande há painéis explicando como ocorre um parto humanizado. Além disso, são exibidos dois vídeos de 15 minutos cada um, onde gestantes dão à luz desta forma. As cenas de bebês nascendo chamam a atenção dos visitantes da SEPEX. “É só começar a exibição que lota a frente aqui do estande”, comemora Murielk, que vê no projeto uma forma de expandir a idéia de um parto mais natural.
Para acompanhar melhor as gestantes que desejam essa forma de parto, o grupo responsável pelo projeto criou recentemente um grupo de apoio. Em oito encontros entre voluntários e mães são abordados temas como a gestação, o parto e a formação da família. Por ano são formadas quatro turmas, com vinte vagas cada uma, que se reúnem às quintas-feiras, das 14 às 16h. Para entrar em contato com o projeto, o telefone é 331-9565.
Por Leo Branco / Bolsista de Jornalismo da Agecom