5ª SEPEX: Estandes e banners tratam de portadores de necessidades especiais

16/09/2005 15:37

O estande 23 do PET do Curso de Arquitetura e Urbanismo mostra diversos brinquedos para cadeirantes, crianças cegas e com dificuldades auditivas. Há também banners sobre trabalhos com pessoas cegas, e com Libras – língua de sinais. A SEPEX termina neste sábado.

Pelo menos três projetos que estão em exposição na 5ª Sepex são voltados a atender os deficientes visuais. O estande nº 23, da disciplina “Introdução ao Design”, do curso de Arquitetura e Urbanismo, apresenta os brinquedos usados para estimular as capacidades e o aprendizado de crianças cegas. E os banners 229 e 230 mostram um trabalho de mestrado que conta a trajetória de uma professora cega e o projeto de extensão de alunas do curso de Pedagogia junto a dançarinos profissionais, professores de dança de pessoas cegas.

No estande da Arquitetura, uma mesa de nome “Ameba” é um dos destaques. A Ameba funciona como uma mesa de sinuca. O objetivo é levar bolinhas até uma das caçapas. Entretanto, é com a mão que a criança vai fazer isso, e não com o taco. Os caminhos que levam às caçapas possuem diferentes texturas sensíveis ao tato. Outros brinquedos também estão no estande, como bolas, figuras geométricas de diversas cores (para serem percebidas até com o mínimo de visão), um jogo que possui quatro quadrantes coloridos etc. Todos pensados para o desenvolvimento físico-motor, perceptual e cognitivo de crianças cegas ou que enxergam muito pouco.

“Da diferença à Docência: A Trajetória de Vida de uma Professora Cega” é o trabalho de mestrado da estudante Gardia Vargas, orientado pela professora Ida Mara Freire. Gardia conta a história de uma pessoa cega que completou a sua formação até o nível de doutorado e é professora universitária. Ela pretende produzir um trabalho útil para professores e alunos cegos e para quem trabalha com cegos.

Ida Mara Freire é também coordenadora do projeto de “Dança com jovens e adultos com cegueira”. O banner diz que “o fato de ser cego não impede a pessoa de apreciar a dança como uma arte que envolve movimentos, corpos e experiência estética”. O projeto também se propõe a desenvolver atividades que ampliem o vocabulário do movimento e promovam a comunicação não-verbal.

E, em se tratando de comunicação não-verbal, um outro trabalho, exposto no banner nº 160, apresenta “A língua de sinais como segunda língua em ouvintes”, de Rodrigo Rosso Marques. O estudo busca identificar as dificuldades e estratégias utilizadas por ouvintes quando do aprendizado da linguagem de sinais, usada por pessoas surdas.

Mais informações: 331 9393/ Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

Língua de Sinais: www.capes.gov.br

Por Talita Garcia/ bolsista de Jornalismo da Agecom.