Livro recupera bastidores do movimento estudantil
Utilizando uma linguagem ousada e criativa, o jornalista e ex-militante político Caê de Castro recupera a memória do movimento estudantil de SC, restaurando e contextualizando, a vida universitária na primeira metade da década de 1980. O livro Da cor amarela, escrito na primeira pessoa, e que tem como fio-condutor a luta pela redemocratização do País, principalmente a decisiva campanha das Diretas Já, tem lançamento marcado para o local certo e a data politicamente correta: na Assembléia Legislativa do Dia do Estudante, 11 de agosto, a partir das 19h.
Evitando a linguagem acadêmica, Caê optou por uma espécie
de romance autobiográfico, utilizando personagens e nomes reais. Narra deliciosos episódios envolvendo estudantes, lideranças políticas, professores e pessoas da comunidade. Conta os bastidores de brigas, romances, festas, intrigas. Mostra o funcionamento da organização estudantil e revela a efetiva participação dos partidos políticos nas escolas e nas universidades. Enfim, sem adotar um caráter científico, Caê atinge plenamente o objetivo de devolver aos estudantes o seu papel histórico na luta contra a ditadura. Ou seja, como sublinha, tudo não limitou-se aos “caras pintadas”. Para ele, a participação na campanha das Diretas Já foi relativizada pela Imprensa e pelos historiadores.
Caê de Castro é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde integrou por quatro gestões o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Foi coordenador estadual do Movimento Viração, tendência estudantil que tinha na liderança o ainda ministro Aldo Rebelo. Ocupou também o cargo de secretário geral do Partido Comunista do Brasil (PC do B). Hoje atua na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Florianópolis.



























