Livro de professor da UFSC concorre ao Prêmio Jabuti

15/08/2005 15:39

O livro “Lideranças do Contestado”, do professor do Departamento de História da UFSC, Paulo Pinheiro Machado, está entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura. A lista com os finalistas foi divulgada dia 5 de agosto.

Inscrito em uma das categorias com maior número de concorrentes, “Ciências Humanas”, o livro ainda passará por mais duas fases de apuração. A segunda, marcada para o dia 30 de agosto, definirá os três primeiros colocados de cada categoria, e a terceira, prevista para o dia 20 de setembro, revelará

os ganhadores, juntamente com cerimônia de premiação.

O prêmio envolve 17 categorias, com três jurados por categoria. Os dez melhores livros de cada uma foram escolhidos entre 2.310 obras inscritas, por um júri composto por especialistas em literatura, produção gráfica e ilustração. Os vencedores de cada categoria receberão R$ 1,5 mil. Há ainda a premiação para os Livros do Ano, no valor de R$ 30 mil.

“Lideranças do Contestado” analisa a Guerra do Contestado de uma forma não apenas documental, mas crítica, refutando teorias por muito tempo aceitas pela historiografia. Lançado em 2001 pela Editora da Unicamp, o livro é uma versão modificada de sua tese de doutorado. O professor Cláudio Henrique de Moraes Batalha, que orientou a tese, lembra, na orelha do livro, que “já houve quem dissesse que faltou ao Contestado seu Euclides da Cunha, que pudesse torná-lo tão conhecido quanto Canudos”.

O livro custa R$30,50 pela Editora da Unicamp, mas o professor vende a R$20,00 aos seus alunos. O professor conta que ele próprio já vendeu ou doou aproximadamente 500 unidades de uma edição de 1800 exemplares.

Os interessados em comprar o livro podem procurar o professor no

Departamento de História, em sua sala, ou emprestar o livro da Biblioteca Universitária.

Saiba mais:

A guerra do Contestado ocorreu na segunda década do século XX, na região fronteiriça dos estados de Santa Catarina e Paraná. A guerra foi gerada por problemas de diferentes origens, como conflitos por terras, construção de uma estrada de ferro e messianismo.

Por Bia Ferrari / Bolsista de Jornalismo da Agecom