Engenharia de Produção é a vencedora do Trote Solidário
O projeto Trote Solidário anunciou os vencedores e entregou os prêmios da sua primeira edição nesta quinta-feira, 18 de agosto, na FAPEU. O primeiro lugar foi conquistado pela Engenharia da Produção, que receberá a quantia de R$ 1500,00. Farmácia e Letras ficaram em segundo e terceiro lugares respectivamente e vão embolsar R$ 750,00 e R$ 500,00. Concorriam a primeira edição do Trote Solidário, organizado pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, com o patrocínio do Banco do Brasil, agência universitária, os projetos inscritos até 13 de março e que apresentaram a comissão organizadora o relatório de atividades até 25 de maio, ou seja, a premiação se refere aos trotes realizados no primeiro semestre de 2005.
Na ocasião de entrega dos prêmios, a pró-reitora de assuntos estudantis Corina Espíndola, enfatizou a necessidade de se conscientizar toda a comunidade universitária, inclusive professores, para se posicionarem contra o “trote sujo” ou “tradicional”. “O desafio ainda é muito grande”, disse ela. Corina ainda manifestou interesse em realizar uma campanha de mudança da “cultura do trote” e do nome “trote” na universidade.
Gerente do Banco do Brasil, agência UFSC, Júlio César Aguiar, também esteve presente na reunião de premiação e elogiou a atitude dos cursos participantes do Trote Solidário. Ele defendeu o trabalho voluntário em oposição ao que ainda acontece nos trotes tradicionais, quando os calouros pedem dinheiro no sinal: “Toda essa força jovem voltada para o voluntariado é muito mais vantajoso para a comunidade”, disse ele.
Projetos de trote solidário, como o “Trote Integrado” do CSE, e o do Curso de Física, perderam um ponto cada por não terem total colaboração de todos os acadêmicos desses cursos, que resolveram não acabar com o “trote sujo”. Essa atitude da comissão julgadora causou discussão na reunião. Representantes dos CA.s do CSE afirmaram que é impossível impedir alguns alunos de continuarem com o trote tradicional e que esse papel cabe à UFSC. “É clara a omissão da universidade”, disse Cássio Uribbe Castro, acadêmico de Economia e um dos idealizadores do Trote Solidário.
O “trote violento” é proibido na UFSC desde 1997, pelos artigos 127 e 128 dos cursos de graduação da universidade. Por isso, a proposta do Trote Solidário é justamente substituir as “brincadeiras” que causam humilhação e violência, segundo os presentes na reunião, por atividades de recepção e integração dos calouros a universidade através de ações educativas, sociais e de lazer, que despertem o espírito voluntário e a consciência cidadã. Arrecadação de livros, roupas, material de limpeza, doação de sangue e visita a entidades sociais foram algumas das atividades propostas pela maioria dos centros acadêmicos.“Ninguém tem que tomar ovo e farinha num país que está morrendo da fome”, disse Castro.
A representante da Engenharia da Produção e membro da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), Gabriela Borsatto, falou a respeito do projeto da associação, de sua autoria, que deve realizar a “Primeira Semana de Trote Solidário da Engenharia de Produção”. A idéia é que no próximo semestre, todos os cursos de Produção do país realizem um trote solidário na mesma semana. A proposta será apresentada no Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Enegep 2005, em Porto Alegre, no final de outubro.
Informações: Pró Reitora de Assuntos Estudantis/Corina Espíndola/331 9419 e Eugênio/3319494.
Por Talita Garcia/bolsista de Jornalismo da Agecom.
Informações: Pró Reitora de Assuntos Estudantis/Corina Espíndola
331- 9419 e Eugênio 331-9494.
Por Talita Garcia/bolsista de Jornalismo da Agecom.