Brasil supera EUA em número de universidades com portais
Metade das instituições brasileiras de ensino superior têm site na internet As instituições brasileiras de ensino superior fazem mais uso de portais na internet do que as norte-americanas. Enquanto no Brasil 50% das universidades e faculdades têm sites, nos Estados Unidos (EUA) este índice é de 37%.
Mas o americano acessa muito mais a internet para melhorar o ensino e a aprendizagem do que os brasileiros. Também 85% de toda a informação na web está na língua inglesa. Já as informações em português participam com menos de 2% na internet. Além disto, os americanos têm muito mais experiência com a tecnologia de informação (TI) do que os brasileiros. Os dados são de uma pesquisa inédita no País realizada pela Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo (USP). Ela deve ser feita novamente este ano.
O levantamento foi realizado no ano passado junto a 158 universidades e faculdades brasileiras. Algumas delas são de Campinas, como a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). O coordenador científico da Escola do Futuro, Fredric Michael Litto, informou que a pesquisa foi “replicada” no Brasil, já que nos EUA é feita há 14 anos. “A existência de mais portais no Brasil do que nos EUA se deve ao fato de os alunos americanos morarem dentro do campus ou próximo a ele e, como conseqüência, têm as informações mais facilmente, enquanto que os brasileiros vão para as instituições após ou antes do trabalho” , explicou Litto.
Assim como nos EUA, os brasileiros podem usar a rede para consultar o acervo das bibliotecas, fazer matrícula, participar de cursos, acessar a nota, dentre outros serviços. Litto informou que de uma lista de 1,9 mil faculdades e universidades, enviada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), cerca de 400 eram “virtuais” . “Não conseguimos contato via telefone e e-mail porque as faculdades eram de fachada” , disse. “Outras 500 instituições, que têm menos de 500 acadêmicos, informaram que a enquete on-line era coisa do século 21 e não podiam responder porque operavam no século 18.”
Segundo Litto, a amostragem brasileira de 8% é “representativa e confiável”. Além de acessarem o site do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic para consultar o acervo da biblioteca, as alunas de pós-graduação Tatiane Tomasi e Ana Carolina Sousa Morais também levam de casa, em Porto Alegre (RS) e Bocaina de Minas (MG) respectivamente, mais tecnologia para as aulas. O curso de especialização em dentística restauradora da São Leopoldo é ministrado por módulos em Campinas. “Trago a máquina digital para fotografar os casos clínicos antes e depois das intervenções e jogo as fotos para o micro” , disse Tatiane. “Os professores dão a aula no computador, com datashow, e depois cedem o CD para a gente” , explicou Ana Carolina. “Trago o laptop porque posso abrir o CD já na faculdade e, às vezes, até faço os trabalhos; com isto, evito ficar numa possível fila.”
O site da São Leopoldo, bem como da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc), foi desenvolvido pela Studio6. O produto da empresa se chama E-Student, que fornece diversas ferramentas aos alunos, professores, funcionários, diretores e a instituição. O website ainda tem a função de integrar o banco de dados da faculdade de forma segura. A Agência Anhangüera de Notícias (AAN) procurou 20 instituições de ensino em Campinas para dimensionar o uso das TIs por elas. Treze responderam às perguntas on-line.
Fonte: Portal Universia
        



























