Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde movimentou campus da UFSC
Mais de três mil pessoas participam na UFSC do III Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, que encerrou nesta quarta-feira. De acordo com os organizadores, o evento foi um momento de reaproximação de duas comunidades – a de saúde e a de ciências sociais – trazendo ao debate o impacto que o sistema econômico vem imponto à saúde coletiva e aos modelos de atendimento à população. O tema central do encopntro foi “Desafios da fragilidade da vida na sociedade contemporânea”.
“A abrangência do tema permitiu que as discussões abarcassem as diferentes preocupações que o atual contexto do país gera no campo da saúde coletiva”, avaliou Paulo Ernani Gadelha Vieira, presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), uma das instituições promotoras do evento. Retomado após seis anos sem ocorrer, o encontro permitiu a apresentação de 1,5 mil pôsters, em uma estrutura montada em frente à reitoria da UFSC. Muitas das experiências mostraram a ponte que os profissionais têm buscado entre a realidade e a produção do conhecimento nas instituições de ensino e pesquisa. Foram também realizadas 88 sessões orais para apresentação de trabalhos de instituições de todo o pais. O encontro também permitiu a realização de mesas-redondas, conferências e oficinas.
O presidente da Abrasco ressaltou a importância do evento lembrando que foi realizado em um momento de crise no país e de ameaças ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, apesar de imensos desfios em relação à saúde coletiva, Vieira acredita que é possível uma visão otimista. “Temos o acúmulo de um rastro de realizações e uma grande capacidade de resistência”, avalia. Em sua opinião, temos legislações avançadas graças ao esforço da sociedade e o enraizamento de valores raros. “O desafio é traduzir estes valores em políitcas que a população perceba como um bem”.
O encontro também permitiu a troca de experiências da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps), constituída em 2003. A iniciativa tem o objetivo de ampliar a articulação de ações neste campo nos estados e municípios brasileiros, sendo que atualmente conta coma participação de cerca de 900 Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde.
Por Arley Reis/jornalista da Agecom































