Cooperação não é mero investimento, diz representante do MCT

20/04/2005 10:46

Lucero foi um dos conferencistas de terça-feira, no Seminário Ïtalo-Brasileiro de Cooperação Científica e Tecnológica, que se encerra nesta quarta com as sessões sobre Perspectivas da cooperação e Iniciativas conjuntas na área médica.

O Seminário que acontece de 18 a 20 de abril no Centro de Cultura e Eventos da UFSC,é promovido pela UFSC e Embaixada da Itália no Brasil, com apoio do MCT, governo do estado de Santa Catarina, revista Insieme e Centro de Cultura Italiana, entre outras entidades.

No segundo dia do Seminário a primeira sessão teve como tema: Ações governamentais no processo internacional da cooperação, a conferência de abertura foi ministrada pelo chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia Everton Frask Lucero.

Cooperação científica internacional não pode ser confundida como a mera busca de financiamento, alertou Lucero. Ao falar a respeito da cooperação internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação e as diretrizes e prioridades do MCT, Lucero enfatizou a necessidade constante de reflexão para fazer as opções de acordo com as necessidades.

Hoje, argumenta, existem três fenômenos que acabam influindo nas decisões políticas para o setor. O primeiro é a concentração de conhecimento, pela qual os países acabam concentrando geração de tecnologia e ampliando ainda mais o desnível tecnológico entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O segundo é o da especialização, que caminha junto com o advento das novas tecnologias, exigindo cada vez mais especialização.

E o terceiro é o da aceleração da produção do onhecimento. “Termos que ter preocupação com os efeitos potencialmente negativos de formação de uma sociedade de informação. Se deixarmos que as forças naturais ajam, vamos observar um aumento do fosso entre as pessoas que têm acesso às novas tecnologias e as que não têm”.

Segundo Frask Lucero, as inovações tecnológicas estão muito próximas da pesquisa científica, da academia. “O conhecimento científico tem uma importância estratégica no desenvolvimento de uma nação”.

Atualmente, diz Everton, o governo tem um Plano Estratégico Nacional de Ciência e Tecnologia montado em cima de três eixos: política industrial tecnológica de comércio exterior, objetivos estratégicos nacionais e inclusão social. “Ou seja, a ciência e a tecnologia como alavanca de desenvolvimento nacional”.

Mais informações sobre o seminário pelo fone (48) 238-9646, e-mail: italobrasileiro@ag3eventos.com.br. Ou ainda no site: www.ag3eventos.com.br/italo_brasileiro.php

Por Artêmio Reinaldo de Souza e Alita Diana/jornalistas da Agecom