Abertura do Seminário Ítalo-Brasileiro debate os modernos caminhos da cooperação
O Seminário Ítalo-Brasileiro de Cooperação Científica e Tecnológica promovido pela Universidade Federal de Santa Catarina e Embaixada da Itália no Brasil, foi aberto na noite de segunda-feira, 18, no auditório do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Compuseram a mesa o embaixador da Itália no Brasil Michele Valensise, autoridades dos governos dos estados de Santa Catarina e Paraná, o presidente do Grupo Parlamentar Ítalo-Brasileiro, deputado federal Ricardo Barros, o Reitor da UFSC, professor Lucio Botelho, além de outras autoridades.
Francelino Lamy de Miranda Grando, Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia, abriu o Seminário Ítalo-Brasileiro de Cooperação Científica e Tecnológica promovido pela Universidade Federal de Santa Catarina e Embaixada da Itália no Brasil.
Após a abertura do Seminário Grando, que viajava nesta terça, de volta para Brasília, falou informalmente a Agecom comentando sua fala.
Grando, que representava o Ministro Eduardo Campos, falou sobre a Comissão Binacional Brasil-Itália, prevista no Tratado de 1997, que entrou em vigor em 1999, responsável pela escolha, temas e acompanhamento das ações. Portanto a Comissão tem as competências para buscar uma cooperação de qualidade.
Para ele o Brasil tem a cooperar com recursos humanos e base de C&T já desenvolvida , de maneira que a troca de experiências, a convergência de recursos possa permitir promover avanços mais rápidos nos setores considerados estratégicos para ambos os países, seja entre academias, mas sobretudo entre empresas brasileiras e italianas.
Destacou que: “neste conjunto, um dos grandes exemplos é esta universidade (a UFSC) , uma jóia, no sistema de ensino federal do Brasil”
Em sua fala Grando assinalou o momento privilegiado em que vivemos, porque o governo brasileiro ousou escolher uma política industrial cujo eixo é o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Por isso já ter Lei de Inovação, em Dezembro de 2004., que contem mecanismos modernos para a aproximação entre a academia e o setor produtivo. Além disso o Presidente Lula enviou um Projeto de Lei para incentivos fiscais à inovação, sinal claro da compreensão de que o desenvolvimento tecnológico é o caminho necessário para o desenvolvimento sustentável no século XXI
O Secretario esteve em Okinawa, Japão , na Assembléia Anual do BID, para apresentar a Política tecnológica brasileira,onde se deu conta da “posição bastante avançada do Brasil na América Latina. Somos responsáveis por 1,5% da produção científica mundial, parece pouco, mas ao se considerar que mais de 50% da produção científica mundial e das revistas indexadas estão nos Estados Unidos, 1,5% de todos os outros países do mundo, passa a ser um número significativo”
Grando frisou também a importância de contarmos com o mecanismo importante dos Fundos Setoriais e de termos alcançado a meta de formar 10 mil doutores por ano, em 2004.
Para ele “atualmente o desafio no Brasil e na maioria dos países, é propiciar que o conhecimento se aproxime mais das empresas, caminho que podemos trilhar juntos Brasil e Itália.
Por Alita Diana/jornalista coordenadora da Agecom