UFSC encontra Cuba na rota para cooperação científica de ponta
Quem acha que Cuba só tem charutos e mojitos para oferecer está cientificamente equivocado. O reitor Lúcio José Botelho acaba de retornar de uma viagem científica e cultural do país de Fidel, Carpentier e Garcia, onde, junto com mais 27 reitores de universidades brasileiras participou de um encontro em Havana organizado pelo Ministério de Educação Superior de Cuba e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil (Andifes).
Na pauta, o fortalecimento de um eixo político latino-americano para cooperação em pesquisa, pós-graduação e ensino básico, formado por Brasil, Argentina, Venezuela, Chile e Uruguai. Já no próximo dia 13 haverá reunião em Belo Horizonte para se discutir uma planificação geral. Segundo o reitor, o MEC quer criar uma espaço privilegiado dessa inter-relação.
Lúcio, que participou de uma mesa sobre os Desafios de uma política para pesquisa em SC, a partir das potencialidades de pesquisa estratégias de busca para sermos ponta, diz que a mudança de eixo político modifica nosso papel no xadrez mundial e fortalece um sentimento latinista.
E a inspiração brasileira em Cuba se torna cada vez mais latente. Em dezembro passado, Lula, que costurou o encontro dos reitores em Havana, inaugurou em Manaus um centro esportivo voltado para estudantes carentes, forjado no equivalente cubano. Mas, independentemente dos acordos e intercâmbios nas áreas de meio ambiente, biotecnologia, energia renovável que podem se concretizar em breve, Botelho já trouxe dois frutos da viagem: uma mostra de cinema cubano para o meio do ano e a publicação, pela Editora da UFSC, de trabalhos que os pesquisadores de Cuba não conseguem editar por várias limitações.
Por Artêmio Reinaldo de Souza/jornalista da Agecom