O Observatório Latino-americano da UFSC realiza oficina no Fórum Social Mundial 2005

27/01/2005 14:58

Observatório Latino-Americano da UFSC realiza oficina, lança livro e entrega a obra para Hugo Chávez durante FSM2005

Olhares latino-americanos sobre a comunicação, a educação, movimentos e poder popular, a democracia participativa,

o petróleo e outros aspectos da vida na Venezuela Bolivariana podem ser encontrados no livro Raízes no Libertador –

Bolivarianismo e poder popular na Venezuela (Editora Insular, 2005), que vai ser lançado em Porto Alegre durante o

Fórum Social Mundial (FSM2005). A obra, publicada pelo Observatório Latino Americano (OLA), da Universidade

Federal de Santa Catarina, vai ser entregue nas mãos do presidente venezuelano Hugo Chávez Frias, neste domingo,

dia 30, pelo coordenador do OLA, o professor e economista Nildo Ouriques.

O lançamento do livro acontece durante uma oficina que o Observatório Latino-Americano realiza na capital gaúcha, no espaço do Fórum, dia 29, sábado, para promover um diálogo sobre a idéia do Bolivarianismo como caminho para a integração latino-americana. A oficina está marcada para as 8h30min, no espaço F, sala 504. Raízes no Libertador reúne textos de oito autores latino-americanos que enfocam diferentes aspectos da chamada “revolução bolivariana” na Venezuela. Os temas dos artigos foram discutidos durante a primeira edição das Jornadas Bolivarianas, organizadas pelo OLA na UFSC, quando foram apresentados cenários de como o revolver de conceitos, a partir da revolução bolivariana, está transformando a vida da população na Venezuela governada por Hugo Chávez Frias.

Aquele país, situado na ponta norte da América do Sul, terra de Simón Bolívar, é hoje protagonista de um movimento chamado Bolivarianismo, um modelo contra-hegemônico que leva adiante um projeto de consolidação do poder popular seguindo as pegadas de Bolívar e seu mestre, Simón Rodríguez, educador que percorria os caminhos latino-americanos ensinando que é ” preciso ser original”, que “basta de copiar” . Hoje a Venezuela é o quinto maior exportador de petróleo no planeta, com divisas geradas que chegam a 26% do PIB. O “ouro negro” é responsável por 50% do ingresso fiscal e 80% das exportações naquele país. São três milhões de barris por dia, mas as reservas já prospectadas somam 78 trilhões de barris, o que equivale a 75 anos de exploração no mesmo ritmo de hoje. As “reservas prováveis” avaliadas seriam suficientes para mais 200 anos.

O proposta do Ola de discutir em uma oficina o Bolivarianismo como caminho para integrar os povos latino-americanos, nos mais diferentes aspectos da vida, encontra um bom lugar para fermentar, um fórum mundial de 120 mil pessoas.

Ao todo, são mais de duas mil atividades organizadas por entidades, cerca de 5.700 organizações oriundas de 100 países dos cinco continentes. A nova metodologia proposta no FSM 2005, de acordo com os organizadores, é de fortalecer os diálogos na direção da convergência de ações e de lutas contra a guerra e contra o modelo de

globalização financeira atualmente hegemônico.

O OLA – Observatório Latino-Americano articula diversas áreas do saber com a idéia de compreender as políticas

macro-econômicas adotadas nos países da América Latina e o conseqüente movimento de resistência dos povos. O

projeto do OLA, cuja sigla quer dizer “onda”, em espanhol, pretende contribuir para que as gentes latino-americanas se

reconheçam e possam caminhar para uma vivência de integração real, que vá além do econômico-comercial.

O endereço eletrônico do OLA é www.ufsc.cse.ufsc.br, o telefone para contato é 55 48 3319297, ramal 37, e o correio

eletrônico ola@cse.ufsc.br.

Mais informações sobre a oficina no Fórum Social Mundial podem ser obtidas com Elaine Tavares (99078877)

e Beatriz Augusto Paiva (9962-4707)