Labcal da UFSC é credenciado pelo Ministério da Agricultura para realizar análise de produtos de origem animal e água.
Um grupo de auditores do Ministério da Agricultura avalia o sistema de qualidade dos laboratórios, sua parte técnica e burocrática desde 1999. Neste ano, os laboratórios passaram por testes finais para conseguir o visto para a análise de produtos de origem animal. Nenhum laboratório do estado de Santa Catarina, até então, possuia esse vínculo com o ministério. A portaria nº 108 de 16 de dezembro de 2004, publicada no Diário Oficial da União em 17 de dezembro, credencia o LABCAL para realizar análises de alimentos de produtos de origem animal e água.
Cinco laboratórios do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da (Labcal) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC realizam testes que indicam a qualidade dos alimentos. Os laboratórios, que fazem cerca de 500 análises mensais, são habilitados pela Reblas (Rede brasileira de laboratórios) e pela Anvisa.
As amostras enviadas pelas empresas passam por diferentes procedimentos analíticos que reconhecem a qualidade do alimento. “Se a amostra é perecível vai para a refrigeração ou congelamento, se não há um local específico para ser armazenado. O passo seguinte é pegar a amostra e realizar um procedimento analítico seguido de uma incubação final. É feita a leitura das amostras para constatar se há ou não organismos que classifiquem o produto como inadequado para o consumo”, explicou a gerente técnica dos laboratórios do Labcal, professora Cleide Vieira Batista.
O resultado dos ensaios é enviado à empresa que solicitou o teste no máximo 20 dias. Todos os produtos utilizados na alimentação escolar do Estado também são testados nestes laboratórios. Os alimentos destinados às instituições de ensino recebem um certificado de qualidade, que é obrigatório.
“Nós fomos o 20º laboratório do Brasil a ser habilitado à rede brasileira de laboratórios da Anvisa. Isso mostra a competência da nossa equipe técnica no controle da qualidade dos alimentos que analisamos. Isso é feito nos produtos que são consumidos não só no Brasil mas fora dele e também nos que chegam de fora para nós consumirmos”, disse Cleide.
Alunos e ex-alunos da graduação e pós-graduação de Cursos como Engenharia de Alimentos, Agronomia, Nutrição e Farmácia trabalham como bolsistas, estagiários ou até contratados. “O trabalho nos laboratórios também é uma forma de integrar o ensino com a extensão. E, com certeza, os alunos que passam por estes estágios já saem da universidade com mais experiência”, afirmou a professora.
Informações com a professora Cleide Batista e a bioquímica Maria Aparecida Lebarbechon nos telefones 334 2047 e 331 5392
Por Bruna Tiussu bolsista de jornalismo e Alita Diana jornalista coordenadora da Agência de Comunicação