Santa Catarina ganha duas obras sobre origem de seu nome

24/11/2004 09:46

De onde vem o nome de Santa Catarina? Quem foi Catarina de Alexandria? Para que essas perguntas relacionadas à história e à

religião do povo catarinense possam ser respondidas por todos os estudantes da rede pública, a Secretaria de Estado da

Educação e Inovação (SED) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançam nesta quarta-feira (24), às 14 horas, duas

obras infanto-juvenis sobre o tema.

As obras Santa Catarina: a jovem princesa de Alexandria, e Santa Catarina, a origem de seu nome serão lançadas no auditório da Escola de Educação Básica Getúlio Vargas, rua João Mota Spezim, 499, Saco dos Limões, em Florianópolis, com a participação dos autores e dirigentes das duas instituições, distribuição dos livros, execução do Hino Nacional ao piano e apresentações artísticas em comemoração ao Dia de Santa Catarina, comemorado em 25 de novembro.

Publicados em co-edição entre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC e a Secretaria da Educação, os livros trazem ilustrações de montagens fotografadas de Estela Cristina Schauffert e reproduções de Rodrigo de Haro, em uma versão para as primeiras séries do ensino fundamental e outra para as séries finais.

Cadernos pedagógicos diferentes intercalam a narrativa de

cada livro, com atividades de interpretação, memorização e gramática para que o tema possa ser desenvolvido em disciplinas como

Português, Literatura, História, Geografia e Educação Religiosa. Seu objetivo é fazer chegar às escolas públicas e, em última

instância a todo povo catarinense, os aspectos históricos e religiosos que contextualizam a vida da padroeira de Santa Catarina,

explica o professor da UFSC, João Eduardo Lupi, autor principal da pesquisa e dos textos, em co-autoria com as professoras Aceli Catarina

Simas Ubricht e Querubina Ribas Pereira.

Através da narrativa revela-se a espantosa mobilidade da cultura humana, que cruza oceanos, transpassa tempos distantes e faz

chegar aos trópicos uma figura mítica que teria vivido no Egito no ano de 287 d.C., tornando-a a partir daí, importante para a vida

dos catarinenses, nas palavras do secretário licenciado da Educação Jacó Anderle, que assina o prefácio das obras, ao lado do

então reitor Rodolfo Pinto da Luz. “Com linguagem e ilustrações encantatórias, os autores vão aos poucos, conduzindo-nos ao

universo do maravilhoso que envolve a vida de Catarina de Alexandria, a santa do Egito que deu origem ao nome do nosso estado.

E no cruzamento entre as informações datadas sobre o passado medieval e as versões cristãs sobre os conflitos religiosos que

marcaram essa época, os leitores podem descortinar um mundo entre o mítico e o histórico que habita essa narrativa”, diz ainda o

prefácio.

Contam as obras que o dia 25 de novembro passou a ser dedicado à imagem da princesa Catarina de Alexandria, que foi tornada

uma santa cristã depois de ter sido torturada e decapitada a mando do imperador Maxêncio por ter lutado contra a perseguição

imposta aos cristãos. As palmas do martírio e a roda do suplício quebrada, símbolos que representam o estado, reverenciam os

milagres da padroeira. Quando em 1526, o navegador italiano Sebastião Caboto chegou ao pedaço da costa brasileira habitado por

índios carijós, batizou-a de Ilha de Santa Catarina. Mas aí não se sabe se em homenagem à santa do dia, como era comum à

época, ou a sua esposa Catarina Medrano. À porta da verdade histórica existe um abismo de 478 anos, de onde se proliferam múltiplas versões.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação e Inovação – Raquel Wandelli

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