Resultados do “Roboturb” são apresentados nesta terça no auditório do CTC

23/11/2004 10:20

Pesquisadores de cinco laboratórios do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC-UFSC) e do Instituto

de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), de Curitiba (PR), desenvolveram o primeiro robô capaz de recuperar pás das

turbinas de usinas hidrelétricas do Brasil. O projeto Roboturb existe há seis anos e mobiliza cerca de 55 pessoas, que apresentam,

nesta terça ,às 16h20min, no Auditório Luiz Antunes Teixeira, (Teixeirão), do Centro Tecnológico/UFSC, os resultados desse trabalho em uma palestra gratuita.

Atualmente, as hidrelétricas são as principais responsáveis pela geração de eletricidade no Brasil. O trabalho de recuperação das

pás, que movimentam águas para gerar energia, é indispensável para que o fornecimento não seja comprometido e deve ser feito, em média, de quatro em quatro anos. Isso acontece porque a passagem de água pelas turbinas provoca o surgimento de crateras nas pás. De acordo com um dos integrantes do projeto, o doutorando em Engenharia Elétrica Emerson Raposo, tudo isso é feito de forma manual e as condições de trabalho dos técnicos envolvidos são insalubres.

O robô projetado pelos pesquisadores trabalha de forma automática, com mais qualidade de serviço e maior precisão na soldagem

das crateras. O principal ganho, no entanto, refere-se ao tempo em que as pás podem ficar sem manutenção: oito anos, o dobro do

obtido, em média, no processo manual. Os ganhos econômicos também são expressivos: economiza-se cerca de cem mil reais em cada turbina reparada. Dois testes em campo já foram realizados: um em Foz do Areia, em Curitiba (PR), em junho deste ano e outro em Estreito (SP), no mês de outubro. Raposo qualifica os resultados como “melhores do que se esperava”. Por meio desses testes, comprovou-se a robustez do robô e também sua eficiência.

Para aqueles que julgam que o Roboturb substituirá a mão de obra humana e, conseqüentemente, aumentar o desemprego, Raposo tem uma resposta: “Ele não vai substituir ninguém, é apenas uma ferramenta para auxiliar os técnicos. Vamos continuar precisando deles para operar o robô na turbina”, garante.

O projeto custou, no total, R$ 4.200.000. A intenção não é desenvolvê-lo em escala industrial, mas sim, fazer uso dos próprios

equipamentos feitos em parceria universidade e empresa para prestação de serviço às usinas hidrelétricas.

Fonte:Núcleo de Comunicação do CTC/Por manda Miranda

Contato com o pesquisador Emerson Raposo pelo telefone (48) 233 11 00 ou er@das.ufsc.br

Para conhecer o projeto em www.roboturb.ufsc.br