VII Mostra de Teatro Educação começa nesta terça e vai até sexta-feira

18/10/2004 17:14

Acontece nesta terça-feira, dia 19 de outubro, às 20 horas, no Teatro da UFSC, a abertura da VII Mostra de Teatro Educação, com a apresentação teatral “Um dia na vida de uma enfermeira”, com texto do francês Armand Gatti e as técnicas do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, encenada por grupo da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.

Na quarta-feira, dia 20, começam os trabalhos da mostra, como

mesas-redondas, workshops e oficinas durante todo o dia e apresentações teatrais de dia e à noite. Ao todo foram oferecidas 100 vagas para professores e interessados da comunidade. Haverá certificado de participação. Ao todo, são esperados 200 participantes, como tem acontecido nos anos anteriores. A mostra acontece até sexta-feira, dia 22 de outubro.

O tema da mostra deste ano será “Produção Teatral na Escola – o texto como pré-texto” e enquanto os professores e interessados da comunidade participarem das mesas-redondas ou das oficinas que

acontecerão no período da manhã, os adolescentes, ou `alunos-atores`, poderão participar de oficinas específicas para adolescentes no período da tarde. Para os professores haverá a mesa-redonda “Produção

Teatral na Escola – o texto como pré texto” que contará com a participação dos professores Maria Lúcia Pupo, da USP-São Paulo, Antônia Pereira, da UFBA-Bahia, Valmor Beltrame `Nini`, da UDESC, e Biange Cabral, da UFSC/UDESC, ambos de Florianópolis.Os professores dessas universidades também ministrarão as oficinas `Dar corpo à escrita`, `Teatro-Fórum`, e `Caçadores de Sombras`.

Os alunos-atores serão cerca de 120 adolescentes, alunos de duas escolas de Florianópolis e duas de outras cidades do Estado, que estarão apresentando os trabalhos que desenvolvem nas suas escolas para o público participante da mostra que também fará debates sobre os trabalhos apresentados. Para os adolescentes haverá as oficinas de `Clown`, ministrada por Patrícia dos Santos,`Trabalhando com Brecht`,

por Denise Bendiner, e `Teatro-Fórum`, por Izabela Silveira.

Além dessas oficinas para professores e alunos, haverá quatro apresentações teatrais da Mostra Oficial, à tarde, e mais três apresentações teatrais da Mostra Paralela, à noite. Para a noite de abertura da VII Mostra, haverá a apresentação do espetáculo `Um dia na vida de uma enfermeira`, com texto de Armand Gatti e

direção de Antônia Pereira, da Universidade Federal da Bahia.

Segundo as coordenadoras do evento, Biange Cabral, Zélia Sabino e Maris Viana, “A mostra focalizará as implicações de realizar montagens em sala-de-aula com base na apropriação de textos dramáticos. Este encontro irá debater a função do pré-texto na construção da narrativa teatral como forma de identificar e

delimitar um contexto específico; promover acesso aos bens culturais; introduzir linguagem poética, tensão dramática e ritmo; estabelecer metáforas e analogias; e ultrapassar os limites do cotidiano.”

Como nos anos anteriores, são esperados cerca de 200 participantes no

evento.

A VII Mostra de Teatro Educação é uma realização do Departamento Artístico Cultural, vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC e da Secretaria da Educação e do Desporto do Estado de

Santa Catarina.

A programação completa da VII Mostra está disponível no site:

www.dac.ufsc.br/mostra_teatro_educacao_2004.htm

Informações sobre a peça de abertura:

“UM DIA NA VIDA DE UMA ENFERMEIRA”

Peça interativa que une a dramaturgia do francês Armand Gatti e as técnicas do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, como resultado do projeto de iniciação científica PIBIC / CNPQ UFBA.

Resultado prático da pesquisa realizada pela professora Antonia Pereira, com a participação das bolsistas Carol Vieira, Isabela Silveira e Bia Araújo, a peça Um Dia na Vida de Uma Enfermeira foi desenvolvida no âmbito da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.

Uma adaptação do original francês La Journée de une Enfirmière, a peça resulta do encontro das técnicas desses dois representantes do teatro: Armand Gatti, dramaturgo francês ainda pouco conhecido no Brasil, e Augusto Boal, brasileiro criador das técnicas do Teatro do Oprimido. Ambos têm em suas peças uma temática bastante semelhante, que é a opressão, clara ou velada, que impede o homem de lutar por aquilo que deseja.

A peça trata da vida da enfermeira Louise, uma mulher comum que vive em função do trabalho e de sua família. Oprimida em casa, no Hospital e até mesmo no sindicato – representado pela figura da amiga Noune-

Louise parece tentar durante todo o tempo se justificar e explicar a situação em que ela vive.

Tal como nas técnicas de Boal, a peça prevê a participação da platéia, que é convidada a entrar em cena e buscar, pelo viés da ação cênica e com o auxílio de imagens que resumem a trama, alternativas para a situação de opressão vivida pela protagonista.

Fonte: Departamento Artístico Cultural/PRCE/UFSC