Segurança de sistemas será discutida em Florianópolis
Cem reconhecidos pesquisadores de vários países estarão em Florianópolis, de 18 a 20 de outubro, no 23º Simpósio sobre Sistemas Distribuídos Confiáveis (23 th IEEE Symposium on Reliable Distributed Systems – SRDS 2004), para discutir problemas científicos e mostrar resultados de pesquisas relacionados à segurança e à
confiabilidade de sistemas como as redes de computadores de instituições públicas, bancos e operadoras de telefonia, entre outros.
É a primeira vez que o evento se desloca do circuito Estados Unidos da América-Europa e se realiza no Brasil. Este ano, a coordenação está sob responsabilidade do departamento de Automação e
Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (DAS-UFSC). O presidente do comitê organizador é o pesquisador Joni Fraga, do DAS-UFSC. O SRDS 2004 acontece no Hotel Jurerê Beach Village, em Florianópolis.
Com a consolidação das tecnologias de telecomunicações e dos microcomputadores, a partir da década de 80, a área de sistemas distribuídos cresceu e ganhou relevância. “Quanto mais flexibilidade, mais insegurança”, define o professor do DAS Carlos Montez. O professor está se referindo à presença cada vez mais próxima ao usuário de um processamento de informações que antes era restrito apenas a grandes empresas e/ou instituições. Os microcomputadores se popularizaram e hoje, através da internet, conectam cerca de 600 milhões de pessoas diariamente.
Segundo o professor Montez, essas tecnologias criam a necessidade de se pesquisar sobre segurança e confiabilidade. À segurança – uma das áreas mais pesquisadas atualmente – estão relacionadas questões como a confidencialidade e a autenticidade, por exemplo. “A segurança deve ser vista pelos dois lados”, afirma Montez.
A confiabilidade, por sua vez, envolve necessariamente a prevenção e também a tolerância dos sistemas a falhas.
A necessidade desses procedimentos tem com um interessante exemplo o que aconteceu a duas empresas que funcionavam numa das torres do World Trade Center atingidas pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, conforme publicou 13 dias depois a Folha de São Paulo em sua edição on-line. De acordo com essa notícia,
essas empresas teriam colocado o backup das informações na outra torre do mesmo edifício. O que se recomenda, no entanto, é que um backup das informações seja feito e colocado, por exemplo, em um local físico que não seja aquele em que funcione a empresa ou instituição.
Fonte: Núcleo de Comunicação do CTC /Por Carla Cabral
Informações com o professor Carlos Montez, por telefone (48) 331 7650 ou montez@das.ufsc.br
site do Simpósio www.srds2004.ufsc.br