EdUFSC lança Série Ethica com presença do pesquisador alemão Leo Kissler
A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está
inaugurando a Série Ethica. O primeiro livro da nova Série tem lançamento confirmado para o dia 7 de outubro, quinta-feira, a partir das 19 h, no Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC, em Florianópolis.
Trata-se do livro Ética e participação – problemas éticos associados à gestão participativa das empresas, do pesquisador alemão Leo Kissler, que vem especialmente para o evento. Kissler aproveitará a oportunidade para proferir a palestra Governança Pública, novo modelo regulado entre o estado, o mercado e a Sociedade. Os organizadores adiantam que haverá tradução simultânea.
A tradução do livro é de Ulf G. Baranow, doutor em Lingüística e Filosofia pela Universidade de Munique. O professor Francisco G. Heidemann, ligado à UFSC e à Esag/Udesc, organizou a obra e assina a apresentação. O evento está sendo organizado pela UFSC, através da Pró-reitoria de Cultura e Extensão, EdUFSC e Centro Sócio-Econômico.
Ética e Participação – Problemas Éticos Associados à Gestão Participativa nas Empresas, de Leo Kissler
EdUFSC – Série Ethica
103 págs; R$ 16,00
Contatos com Francisco G.Heidemann pelos fones (48) 231-9340 e 282-2269
Sobre o livro:
Participação de empregado não muda arranjo de poder dentro da empresa
A Editora da UFSC está lançando Ética e participação – problemas éticos associados à gestão participativa nas empresas, de Leo Kissler, prólogo de Robert H.Srour, livro que problematiza os princípios básicos da Economia Ética e Empresarial: eqüidade, liberdade e dignidade humana. A tradução é do professor Ulf G.Baranow, doutor em Lingüística e Filosofia pela Universidade
de Munique. A revisão técnica e a apresentação ficaram a cargo do professor Francisco G.Heidemann, doutor em Administração Pública pela Universtiy of South California e docente de diversas universidades brasileiras. A obra inaugura a Série Ethica da EdUFSC.
Segundo Kissler, a participação direta dos empregados no planejamento das condições de seu trabalho constitui uma questão central na ética
contemporânea. Ele identifica um entendimento normativo sobre este tipo de participação, como também a convicção de que ela oferece respostas às questões de ordem ética levantadas pelas próprias condições do trabalho assalariado.
Leo Kissler, doutor em Ciência Política pela Universidade de Hagen, argumenta que a participação direta dos empregados na empresa não só se mostra incapaz de contribuir para solucionar os problemas de fundo ético, especialmente os relativos ao poder dos atores nas empresas, mas também até contribui para agravá-los. “A própria participação acaba por constituir um problema de cunho ético”, conclui.
Respaldado em dados que colheu através de pesquisas empíricas sobre a
participação direta na indústria automobilística alemã e francesa. Kissler verificou até que ponto estas novas modalidades de participação dos empregados (por exemplo, em círculos de qualidade) efetivamente davam conta de princípios como eqüidade, liberdade e dignidade humana.
Ao comparar os sistemas alemão e francês, ele constatou que o trabalho de participação não é remunerado de forma justa, e que os efeitos desta participação entram em choque com princípios éticos fundamentais. Kissler entende que são infundadas as expectativas tanto quanto os temores de que a participação direta seria capaz de mudar o arranjo de poder dentro das empresas.
Fonte: Assessoria de imprensa da EdUFSC