Projetos pioneiros do Departamento de Expressão Gráfica na 4ª SEPEX

Estande do NIPE
No caso do Nipe são ao todo oito projetos de pesquisa e extensão realizados em conjunto pelos laboratórios de Infodesign, Cidade e Sociedade e Engenharia Gráfica. Alguns estão sendo expostos pela primeira vez, recém concluídos.
É o exemplo do Software Livre no Design Gráfico. Quem trabalha com design e editoração eletrônica sabe como é difícil ter acesso aos softwares específicos, que além de caros são geralmente limitados. Por isso o Nipe iniciou uma pesquisa para averiguar a viabilidade dos softwares livres para design gráfico.
Ao invés do Photoshop, o Gimp; ao invés do Pagemaker, o Scribus, todos softwares livres – disponibilizados na internet e que permitem a alteração do código fonte pelo usuário, tornando possível efetuar melhorias e corrigir erros (bugs) e ainda compartilha-los com outras pessoas. “Softwares como o Gimp travam menos e, para os que tem mais conhecimento e interesse, podem ser utilizados em sua versão de desenvolvimento”, explica o bolsista do projeto, Rafael Berard. Essa é a versão adaptável, mais complexa e para os mais experimentados. Para os leigos e menos aventureiros, existem versões estáveis, prontas para serem usadas – e toas freeware, de graça.
Outros programas pesquisados foram o Inkscape e o Sodi Podi, de engenharia vetorial; o XMRM e o Cinepoint, de vídeo e o NVU, para Web. Todos foram analisados na primeira fase da pesquisa, que após concluída veio para a Sepex. O próximo passo será oferecer aos alunos do curso de Design a possibilidade de manuseá-los – talvez até substituindo os programas de código fechado – como o Photoshop – na maioria das atividades.
Outros projetos existem há mais tempo, como o Valorização dos produtos da Agricultura Familiar Através do Design, do NGD, coordenado pelo professor Eugênio Merino em parceria como o Instituto CEPA/SC. O objetivo é incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar, com a elaboração de rótulos, embalagens e logotipos que evidenciem a qualidade dos produtos. “Dessa forma os agricultores obtiveram até 100% de melhoria nas vendas”, afirmou um dos coordenadores do projeto, Danilo Pereira. Até agora mais de 500 famílias foram beneficiadas pelas embalagens e rótulos, usados para todo o tipo de produto: mel, pepino, frango, bolacha, cachaça e derivados de cana.

Estande do NGD
Antes, porém, da criação da Identidade Visual, os alunos estabeleceram padrões de qualidade, identificaram o mercado consumidor, a logística de distribuição, os requisitos para a embalagem e os custos. Com tudo acertado, partiram para a concretização do projeto, que deu tão certo – experiência para os alunos, renda para os agricultores – que mereceu uma matéria na revista especializada Globo Rural e no canal Futura, da Net.
Por Willlian Vieira/bolsista de jornalismo da Agecom