VII Encontro Nacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais

26/08/2004 18:08

O Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC é o responsável, pela organização do VII Encontro Nacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais e I Encontro Interamericano de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais que acontecem de 24 a 31 de outubro, em São Francisco do Sul.

A proposta é trazer o resgate do saber popular para o intercâmbio de experiências sobre a utilização dos mangues. As inscrições já estão abertas para diretores e técnicos do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Ministério do Meio Ambiente e de ONGs, como também para cientistas e professores universitários de todo país.

A organização do evento pretende trazer índios, pescadores, catadores de caranguejo, de berbigão, apicultores e desfiadeiras de siri. Além disso, haverá exposição dos artesanatos de bananeira, de taboa, de olho de peixe e presença dos pesquisadores de cada país das Américas, que tem manguezal, como Cuba, México e Caribe.

A escolha de São Francisco, como sede do evento, não foi por acaso. A cidade, situada a 226 km da capital, possui uma das maiores áreas de manguezais do estado de Santa Catarina, 167km2, além de 1400 famílias que vivem da pesca artesanal neste tipo de vegetação.

As informações sobre o prazo e preço das inscrições estarão disponibilizadas em www.VII-eneaam.ufsc.br

A promoção tem o apoio de entidades como o Ibama, Prefeitura Municipal de São Francisco, Museu Nacional do Mar, Casa da Família do Mar, entre outros.

Os manguezais brasileiros abrangem 9,8 mil km2 do território do país e se estendem do Cabo Orange (AP) ao município de Laguna (SC). São importantes berçários para diversas espécies, provendo-lhes nutrientes e os regenerando, mas que, segundo pesquisa recente do geólogo do Ibama, Zanoni Ferreira, estão ameaçados. O Estudo apontou diversas causas da destruição dos mangues destacando, entre elas, a ocupação dos terrenos por indústrias, seguida de poluição por efluentes químicos ou derivados de petróleo, loteamentos imobiliários, depósitos de lixo, desmatamento e o desvio de cursos d’água doce.

A destruição ou danificação de áreas de preservação permanente, como os manguezais, suas flores e faunas podem resultar em multa de até

R$ 50 milhões. O ecossistema está protegido por quatro legislações: Lei 4.771/65 (Código Florestal), Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente), e Decreto 9.605/99, que regulamenta a lei 7.679/88 (de Crimes Ambientais).

Para mais informações, os telefones da organização do VII ENEAAM são (48) 331- 6916 e 331-9672 (fax) ou pelos endereços eletrônicos: www.VII-eneaam.ufsc.br ou eneaam@ccb.ufsc.br.

Por Alexandra Alencar/ bolsista de jornalismo