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Vai acontecer no Centro Cultura e Eventos da UFSC, nesta sexta-feira, 6 de agosto, às 14h a Aula Magna de Informática em Saúde, coordenada pelo Projeto Cyclops, da UFSC. O objetivo do evento é oferecer informações e prestar esclarecimentos gerais, especialmente a estudantes da área da saúde, a respeito da aplicabilidade da informática nessa área do conhecimento, mas será aberta à comunidade.

De acordo com a organização do evento, a aula visa apresentar as possibilidades mais relevantes da informática em saúde diante da ótica do usuário médico, percorrendo desde os conceitos mais gerais de sistemas de informação hospitalar, passando pelos temas prontuário eletrônico,genômica, ética médica e, ao final, convergindo para telemedicina.

Na programação da aula está prevista a aplicação prática. Por isso os professores vão fazer apresentação de casos, simulações de softwares interativos de uso médico e teleconferências, transmitidas pela RNP, com os especialistas Dr. Paulo de Oliveira, do laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do InCor, e Dr. Renato Sabbatini, do Instituto Edumed, da Unicamp.

A aula será conduzida pelos professores Aldo Von Wangenheim INE/CTC,Luiz Felipe Nobre HU/CCS, Fernando Azevedo Instituto de Engenharia Biomédica(IEB)/CTC e professora Fernanda Isabel Marques Argoud IEB/CTC.

PROJETO CYCLOPS

Surgido, inicialmente, na Alemanha, em 93, na Universidade de Kaiserslautern, o Projeto Cyclops contava, na época, com um grupo de pesquisa para análise inteligente de imagens voltado à área médica. Posteriormente, as atividades do Projeto foram sendo diversificadas, passando a desenvolver, também, tecnologia de suporte para radiologia, oncologia e obstetrícia. Com o apoio do Programa de Cooperação Brasil-Alemanha em Tecnologia da Informação, o Brasil passou a integrar o projeto, através da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 1997.

Atualmente, o projeto Cyclops conta com a participação de grupos de pesquisa em sete universidades brasileiras, quatro universidades alemãs, além de três hospitais universitários, três clínicas privadas e dois hospitais públicos, distribuídos entre Brasil e Alemanha. A colaboração é financiada pelo CNPq, Sociedade Alemã de Pesquisas Aeroespaciais (DLR) e Sociedade Alemã para Matemática e Processamento de Dados (GMD).

A maioria das soluções desenvolvidas pelo projeto Cyclops já existe no mercado internacional, mas a um custo extremamente alto para uma solução que integra um hospital inteiro. De acordo com o coordenador do projeto no Brasil, professor Aldo von Wangeinheim, do Departamento de Informática da UFSC, o grande diferencial do Cyclops é o baixo custo das tecnologias oferecidas.

Por José Antonio de Souza/jornalista da Agecom