Pablo Neruda é homenageado no centenário de seu nascimento

05/07/2004 17:02

Apresentações musicais, performances de teatro e malabares, projeção de filmes, debate e muita poesia celebram em Florianópolis, de 6 a 11 de julho, o centenário de nascimento do poeta chileno Pablo Neruda. Todas as atividades terão entrada franca e ocorrerão em diferentes pontos da capital.



Na terça-feira, 6, haverá a apresentação da peça “Don Pablo entre vogais” do grupo teatral Pesquisa Teatro Novo da UFSC com direção e texto de Carmen Fossari, às 20 horas, no teatro do CIC.Seguindo a estréia de “Don Pablo, entre vogais”, haverá a apresentação do Grupo Musical Viento Sur, de Curitiba. E após o show festa com latino-americana com a banda Mambo Jambo, no Café Matisse do CIC

Na quarta-feira, o professor Waldir Rampinelli, do Departamento de História da UFSC, participa de um debate sobre o conteúdo literário e político da obra de Neruda com o escritor chileno Oscar Aguilera, membro da Sociedade de Escritores do Chile. O encontro será no Auditório da Reitoria, às 18h30min.

A Semana foi organizada pelo Jornal Brasil de Fato, com apoio do Departamento Artístico Cultural da UFSC (DAC/PRCE) e entidades

como o Sindicato dos Trabalhadores (Sintufsc) e a Associação dos Professores (Apufsc), além do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e do consulado chileno.

Saiba mais:

Pablo Neruda, pseudônimo de Neftalí Ricardo Reyes, nasceu na cidade de Parral, em 12 de julho de 1904. Foi senador e cônsul do Chile na Espanha e no México, além de embaixador na França. Entre as principais obras estão Crepúsculo, Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, Ode a Stalingrado e Navegações e retornos. Sua autobiografia Confesso que vivi recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1971. Neruda morreu em 23 de setembro de 1973, 12 dias após o golpe militar no Chile que culminou na morte do presidente Salvador Allende, amigo e aliado do poeta.

“Pablo Neruda foi um homem perseguido por suas posições políticas. Ele resgatou a função do poeta, que é a da denúncia, e deu um outro sentido à poesia, tornando-se mais ligada ao povo”, explica o professor Rampinelli.