Governo do Estado de Santa Catarina e Universidades assinam convênio

18/06/2004 16:51

Foto Jones Bastos - Agecom

Foto Jones Bastos - Agecom

A Secretaria de Planejamento e a Fundação Universitária José Bonifácio assinaram convênio, com a finalidade de estabelecer condições para a realização de atividades de assessoramento ao governo do estado, visando à elaboração de um estudo dos eixos catarinenses de desenvolvimento e integração e de diagnósticos sobre possibilidades regionais, que vão resultar em planos diretores de logísticas, de telemática e de energia.

Com a assinatura, a Fundação deverá executar serviços, projetos de pesquisas acadêmicas específicas. Para isso, serão envolvidas a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a UFSC. Segundo o secretário de planejamento, Armando César Hess de Souza, esse é um momento importante para o estado porque há mais de 40 anos Santa Catarina não se preocupa em fazer planejamento de longo prazo. Souza destacou que tal convênio só foi possível com a reforma administrativa do novo governo catarinense, que criou uma secretaria especialmente para planejar o futuro do Estado.

Na opinião do secretário, Santa Catarina tem potência excepcional, comparando com o restante do país. “O que se faz aqui está entre os melhores produtos elaborados no mundo. Não queremos ser escravos das circunstâncias. Por isso, vamos construir uma nova realidade, desenhando um novo futuro”, disse. Já o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aloísio Teixeira, salientou a importância do evento, destacando que a assinatura do convênio aproxima ainda mais as duas universidades. Enquanto isso, o reitor da Ufsc, Lúcio Botelho observou que as estruturas de inteligências das universidades públicas devem ser colocadas à disposição da sociedade e os governos precisam entender que isso é fundamental. Botelho disse ainda que quando o governo tenta romper com a temporalidade de projetos está indo ao encontro daquilo que as instituições de ensino superior pensam.

O governador Luiz Henrique da Silveira asseverou que há uma grande dicotomia entre o econômico e o social, no país. Ele salientou que enquanto estamos entre as 15 melhores economias do mundo, amargamos a posição entre os 64 países socialmente mais pobres do mundo. “Isso traz como reflexo, o avanço dessa exclusão social e centralização do poder”. Para o governador, o Brasil precisa da reforma uma política, para evitar que parlamentares se elejam com votos da pobreza. Além dessa reforma, o pacto federativo precisa ser revisto. Como ele se encontra no momento, o governo federal fica com o bolo maior de recursos, fazendo com que os recursos não cheguem aos pobres.

Por José Antonio de Souza/jornalista da Agecom