UFSC abre inscrições para curso voltado aos portadores de Mal de Parkinson

20/05/2004 09:39

Já estão abertas as inscrições do projeto de extensão pioneiro na UFSC de Vivências Corporais para Portadores de Parkinson, organizado pelo Centro de Desportos (CDS). O curso criado no último dia 13 de maio pretende proporcionar exercícios a fim de que o portador da doença tenha condições de enfrentá-la.

Os encontros acontecem todas às terças e quintas das 10h às 11h, no bloco 5 do CDS. Os participantes praticam exercícios físicos de soltura muscular, alongamentos e relaxamentos. Além disso, os portadores podem dar seus depoimentos sobre a doença e aprender a viver melhor com ela em grupo.

“A intenção do projeto é tornar as aulas alegres, prazerosas, utilizando várias didáticas para que os portadores tenham um melhor enfrentamento da doença”, afirma a coordenadora do projeto Marize Amorim Lopes.

O projeto possui 25 vagas e as inscrições podem ser feitas no bloco 05 do CDS, no horário dos encontros ou na Coordenadoria de Extensão do CDS. O mal de Parkinson é uma doença degenerativa que afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio. Apesar de ser incurável, não é fatal nem contagiosa, não afeta a memória ou o intelecto e não há evidências de que seja hereditária.

A doença, que pode atingir ambos os sexos, leva o nome do médico que a descreveu pela primeira vez, o inglês James Parkinson (1775-1824), que em 1817 a denominou de “paralisia agitante”. O mal de Parkinson ocorre devido à degeneração das células nervosas de uma pequeníssima parte do cérebro, chamada substância negra, essencial na coordenação dos movimentos. As células dessa região cerebral produzem a dopamina, um neurotransmissor importante para o bom funcionamento do sistema motor. A redução da dopamina afeta outras regiões cerebrais, originando os sintomas da doença.

Em geral, o mal de Parkinson se desenvolve de forma lenta e podem se passar vários meses ou até mesmo anos para que o paciente perceba alguma anormalidade. Na maioria dos casos, os sintomas da doença só aparecem quando de 70% a 80% das células produtoras de dopamina já morreram. Infelizmente, os cientistas ainda não descobriram uma forma de neutralizar esse processo. Embora não haja cura, os parkinsonianos (pessoas afetadas pela doença) dispõem de medicamentos, cirurgias e outras formas de tratamento (principalmente a fisioterapia) que podem garantir uma melhor qualidade de vida.

Estima-se que existam no Brasil cerca de 200 mil parkinsonianos, e a tendência é de que esse número, em breve, aumente consideravelmente devido ao crescimento da população e ao aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Para mais informações o telefone de contado da Coordenadoria de Extensão do CDS é 331 9925.