Mestrando desenvolve sistema para ensaiar desfibriladores e cardioversores
O engenheiro Rodrigo Nunes Endres desenvolveu em seu mestrado um sistema para testar a funcionalidade de desfibriladores e cardioversores, aparelhos usados na reversão de parada e arritmias cardíacas. O protótipo implementa um equipamento com tecnologia nacional, uma vez que todos os aparelhos utilizados no Brasil são importados. Estabelecido por normas internacionais, o ensaio dos desfibriladores e cardioversores é indispensável para garantir o salvamento do paciente.
O sistema é composto por três dispositivos (módulos atenuador, módulo de conversor analógico/digital e de controle ) e um programa de computador para armazenar e processar os sinais (na figura). Para testar a funcionalidade dos desfibriladores, o primeiro procedimento é atenuar a amplitude da descarga emitida pelo equipamento, com o objetivo de permitir suas amostragem. Em seguida, o sinal é digitalizado e enviado ao computador para cálculo de energia, tensão de pico, corrente de pico, duração de pulso e apresentação da forma de onda. Esses parâmetros são disponibilizados para que o técnico possa avaliar o funcionamento do equipamento.
Os cardioversores são usados para reverter arritmia no átrio e o ensaio ocorre de forma um pouco diferente. O módulo de controle gera um sinal de eletrocardiograma, já armazenado na sua memória, por intermédio do módulo digital/analógico que o converte em sinal analógico para ser enviado ao cardioversor. O cardioversor aplica a descarga como se estivesse revertendo a arritmia em um paciente e, a partir daí, essa descarga passa pelos mesmos processos do ensaio do desfibrilador.
Uma característica inédita no equipamento é a capacidade de armazenar os dados do teste em um banco de dados, o que permite manter um histórico dos equipamentos ensaiados. Esse histórico possibilita identificar degradação da performance do aparelho indicando a necessidade de manutenções preventivas, e obter o levantamento da vida útil do aparelho. O módulo de controle possui um total de quatro entradas analógicas que podem ser usadas para testar outros tipos de equipamentos eletromédicos, sendo necessário para isso apenas o desenvolvimento de um módulo específico e um novo programa de computador para armazenar os dados.
O sistema passou por testes comparativos com o equipamento comercial utilizado pelo IEB-UFSC (fabricante Bio-Tek) e obteve resultados muito similares, o que demonstra a adequação do protótipo desenvolvido para testar a funcionalidade de desfibriladores e cardioversores. O trabalho foi orientado pelo professor Raimes Moraes da área de Instrumentação biomédica do IEB-UFSC.
Fonte: <a href=http://www.gpeb.ufsc.br/revista/noticias.htm#155
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