Evento na UFSC debate a geração de energia eólica em SC e no país.
Com o objetivo de avaliar os resultados obtidos nos projetos desenvolvidos junto a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de analisar as perspectivas da geração eólica em Santa Catarina e no Brasil será realizado, na segunda-feira (15), no Auditório do
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (EMC/UFSC), um seminário sobre energia eólica. A organização é do Laboratório de Energia Solar (LabSolar).
Uma das pesquisas desenvolvidas pelo Labsolar foi finalizada recentemente e teve o intuito de levantar dados de 16 estações anemométricas da Celesc implantadas no estado, verificando, desta forma, os locais mais promissores para a instalação de aerogeradores. O resultado revelou a existência de diversas regiões
com potencial promissor, entre elas, as cidades de Rancho Queimado, Urubici, Laguna e Água Doce. Os números serão divulgados em um CD-room.
Atualmente, Santa Catarina conta com nove aerogeradores com potência de 600kW cada, fabricados pela Wobben, de Sorocoba e conectados à rede elétrica da Celesc. Um deles está instalado em Bom Jardim da
Serra e os outros em Água Doce. “A geração de eletricidade através dos ventos é muito mais cara”, diz Júlio. Segundo ele, o fato de a tecnologia ser importada contribui para o preço final ser pouco acessível. “Só os anemômetros custam de 100 a 200 dólares”, explica.
Os aerogeradores também têm um custo alto. Esses aparelhos são responsáveis pela conversão da energia cinética (dos ventos) em energia elétrica. O processo se dá por meio de um gerador conectado à rede elétrica e acoplado ao eixo da turbina eólica.
O fato de não poluir e de ser de rápida instalação são apontadas, por Júlio, como uma das vantagens da energia eólica. “Também pode-se suprir, por meio de pequenos aerogeradores, a necessidade de energia
elétrica em locais distantes”, ressalta.
Por outro lado, o alto custo da tecnologia pode ser considerado um empecilho para a sua utilização. Além disso, para que o processo seja eficaz é necessário que os equipamentos estejam instalados em locais
amplos, sem prédios ou montanhas por perto. Os ecologistas também reclamam: como os aerogeradores são grandes, podem atrapalhar a rota migratória dos pássaros.
Converse com o Professor Júlio César Passos pelo e-mail jpassos@emc.ufsc.br
Conheça o site do Laboratório de Energia Solar (www.labsolar.ufsc.br) e saiba mais informações sobre o Seminário sobre Energia Eólica com Rosângela ou Carolina no telefone (48) 3319379
Fonte: Núcleo de Comunicação do CTC