UFSC recebe troféu Ilha de São Jorge

02/10/2003 15:51

A Universidade Federal de Santa Catarina recebe nesta quinta-feira, dia 2 de outubro, o troféu Ilha de São Miguel, dirigido a instituições de ensino superior. O prêmio é uma das modalidades do Troféu Açorianidade 2003.

No mesmo evento, que acontece a partir de 19h, Centro Social Monsenhor Augusto Zucco (ao lado da Igreja Matriz de Tijucas), será lançada a 10º AÇOR – Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina. Este ano a festa vai acontecer de 17 a 19 de outubro, também em Tijucas. Os grupos Racho Folclórico Cidade Açoriana, de Gravataí (RS) e o Grupo Folclórico da Casa do Açores (SP) serão alguns dos destaques da festa. A solenidade está sendo organizada pela prefeitura de Tijucas, em parceria com o Núcleo de Estudos Açorianos (NEA), da UFSC.

Resgate da cultura açoriana

Com objetivo de realizar estudos para resgatar a cultura açoriana, a UFSC criou em 1984 o Núcleo de Estudos Açorianos – NEA. O Núcleo desenvolve atividades no Museu Universitário. Até o fim do ano será inaugurada a sede efetiva. O coordenador de comunicação do Núcleo, Francisco do Vale Pereira, conta que a nova sede funcionará ao lado do Museu da UFSC, aberta a comunidade. O obejtivo é a criação de um espaço cultural para exposição de quadros e fotos que retratam os laços com os povoadores, organização da biblioteca com 750 títulos sobre a temática editados em Portugal e em outros países, como Canadá e EUA. A sede também terá um espaço reservado ao acervo de objetos que representam a Festa do Divino Espírito Santo – uma das mais populares festividades da cultura açoriana.

Em setembro deste ano o Núcleo recebeu do governo dos Açores uma coroa do Espírito Santo, com salva e cetro em prata de lei. A coroa já está em exposição na sede provisória do NEA. A coroa, junto com o cetro e a salva, é um dos símbolos centrais da Festa do Divino Espírito Santo, celebração que acontece todo ano, 50 dias depois da Páscoa.

Além da coroa, o acervo do NEA possui outros objetos de tradição açoriana: um tambor do Divino, que veio da cidade de Penha; uma rabeca, instrumento que é utilizado nas cantorias da Folia do Espírito Santo, da cidade de Imaruí; uma Bandeira do Divino Espírito Santo, de Itajaí e um conjunto de trajes açorianos, utilizados no Cortejo do Divino, em Palhoça. Conta também com artesanatos de diversos materiais, como vidro, madeira, miolo de figueira, pena de pássaros, palha de milho, escamas de peixes,etc.

Origens

Os portugueses vindos do Arquipélago dos Açores, principalmente das ilhas de São Jorge, Terceira e Faial foram um dos primeiros e principais povos colonizadores do Estado de Santa Catarina. A vinda dos colonos na nova capitania coincide com a crise de superpopulação nos Açores e Madeira. Por insentivo da coroa portuguesa, que queria colonizar as terras cobiçadas pelos espanhóis, houve um grande movimento de açorianos para o Brasil. Em várias viagens vieram transportados cerca de 4.500 colonos.

Os açorianos chegaram ao Sul do Brasil, nos séculos XVIII a XX. Os imigrantes e seus descendentes difundiram-se pelo litoral do Estado e suas marcas estão entre mais de um milhão de habitantes, distribuídos por cerca de 45 municípios do litoral catarinense.

Mais informações: <a href=http://www.nea.ufsc.br

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Troféu Açorianidade: http://http://www.nea.ufsc.br/trofeu_acorianidade.php