UFSC integra equipe de pesquisadores que assina artigo com resultados do projeto Genoma Brasileiro

Site do Projeto: www.brgene.lncc.br
A assinatura de mais de uma centena de pesquisadores reflete a experiência do trabalho cooperativo entre os 25 laboratórios nacionais que realizaram o seqüenciamento do genoma da bactéria. Os autores trabalharam em rede, em instituições de ensino e pesquisa espalhadas por todo o país.
Com um investimento de R$11.990.074,84, a rede de seqüenciamento foi financiada pelo MCT/CNPq como parte de um esforço nacional para capacitação na área da Genômica. Em Santa Catarina o projeto contou também com o apoio da Funcitec, que destinou recursos para a adequação das áreas de desenvolvimento do projeto. Todos os laboratórios integrantes do projeto trabalharam com os mesmos procedimentos ao seqüenciar e anotar 4,2 milhões de pares de bases da C. violaceum. O próximo passo, já em andamento, será pesquisar as propriedades de interesse médico, econômico e ambiental. Os genes foram depositados em bancos internacionais de genoma e 29 patentes para as seqüências de interesse comercial foram requeridas.
O Laboratório de Protozoologia da UFSC, um dos 25 laboratórios de seqüenciamento da rede, recebeu R$ 350.000,00 para compra de equipamentos e reagentes, além de três bolsas de estudos para capacitação de recursos humanos. A partir dessa experiência o laboratório partiu para outros projetos de seqüenciamento. Entre eles, os projetos Genopar, PIGS, Genoma EST do Camarão e genoma do Anaplasma marginale, além da continuidade do projeto nacional com seqüenciamento de um outro microorganismo de interesse veterinário, o Mycoplasma sinoviae.
Além de colaborar com o seqüenciamento da bactéria C. violaceum, a UFSC tem participação histórica na implantação do projeto Genoma Brasileiro. Esta bactéria selecionada para dar partida ao projeto foi proposta pelas professoras Tânia Beatriz Creczynski-Pasa (CCS) e Regina Vasconcelos Antônio (CCB). A UFSC foi vencedora da chamada do CNPq para escolha do laboratório produtor do primeiro microorganismo entre diversas outras instituições. O DNA da bactéria foi multiplicado na UFSC e enviado para todos os 25 laboratórios da rede.
Importância da ‘bactéria violeta’
Na chamada para seleção do primeiro microorganismo a ser seqüenciado pelo projeto Genoma Brasileiro, o Ministério de Ciência e Tecnologia determinou que trouxesse benefícios socioeconômicos para o país. E foram exatamente a importância farmacológica, médica, biológica e biotecnológica, justificadas no projeto das professoras da UFSC, que determinaram a escolha da C. violaceum. O contato humano com esta bactéria encontrada na água doce, principalmente no Rio Negro (AM), pode determinar casos de infecção fatais. Do ponto de vista farmacológico, esta bastéria também parece indicar um grande poder.
Por isso, para a ciência básica, no profundo conhecimento do pigmento com propriedades antibióticas está a expectativa de produção de novos medicamentos para doenças como a Leishmaniose e a Doença de Chagas.
Do ponto de vista biológico e biotecnológico, a importância do microorganismo está relacionada a sua capacidade de produzir polímeros com características semelhantes ao polipropileno (plástico), com uma grande vantagem: ser biodeagradável. Além disso, estudos vêm mostrando que a bactéria é capaz de reter metais pesados. Por isso, o estudo de seu genoma poderá ser empregado na recuperação de áreas degradadas.
Resumo do projeto no PNAS:
http://www.pnas.org/cgi/content/abstract/1832124100v1
Projeto Genoma Brasileiro: http://www.brgene.lncc.br
Mais informações na UFSC:
Edmundo Grisard, fone 331 5164, e-mail: grisard@ccb.ufsc.br
Mário Steindel, fone 331 5163, e-mail: ccb1mst@ccb.ufsc.br
Tânia Beatriz Creczynski-Pasa , e-mail: taniac@hu.ufsc.br
Regina Vasconcelos Antônio, e-mail: rantonio@mbox1.ufsc.br






























