INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Projeto investiga o perfil das pessoas que cuidam de portadores da doença de Alzheimer
Uma pesquisa sobre o perfil do familiar que cuida de idosos portadores da doença de Alzheimer é outro estudo que está sendo apresentado durante o XIII Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O evento acontece nesta quarta e quinta-feira, na Praça da Cidadania e no auditório da Reitoria. O trabalho envolvendo a doença de Alzheimer, considerada a mais comum das debilidades mentais, foi desenvolvido pela aluna Michele Coral Arruda, do Curso de Enfermagem.
As doenças mentais, popularmente conhecidas como esclerose, afetam o cérebro, principalmente as áreas da memória e linguagem, levando a um progressivo prejuízo dessas funções. Michele tem interesse na área do envelhecimento humano e considera o trabalho realizado junto ao no projeto ‘Grupo de Ajuda Mútua de Familiares de Idosos Portadores da Doença de Alzheimer’ de grande relevância para a comunidade. Ela trabalhou neste projeto como voluntária, até ter a oportunidade de ganhar uma bolsa PIBIC/CNPQ.
Apesar da doença também se manifestar em pacientes de meia idade, a grande maioria é de idosos, com idade entre 70 e 89 anos. A pesquisa concentrou-se neste segmento dos portadores de Alzheimer e, através de entrevistas com 15 famílias da Grande Florianópolis, procurou
encontrar o perfil dos familiares cuidadores desses doentes. Um dos resultados é que a maioria dos cuidadores é do sexo feminino, da família do doente, geralmente esposas, filhas e irmãs, com idade variando entre 42 e 76 anos, com uma nova estrutura familiar já constituída.
O cuidado é prestado a idosos em diferentes fases do desenvolvimento da doença e com esse avanço verificou-se a necessidade de mais recursos materiais para tratar o doente. Os custos para o cuidado do portador da doença de Alzheimer são altos, exigindo dos cuidadores uma vigilância constante, o que requer muitas vezes a contratação de pessoas que ajudem na dinâmica doméstica. Também requerer medicamentos e materiais como frauda geriátrica, colchão impermeável,
cadeira de banho, colchão piramidal, sonda enteral e bengala.
A pesquisa também mostrou que a atenção a estes idosos é
realizada por familiares em seus domicílios, o que reforça a necessidade de serviços especializados no sistema público de saúde para atender adequadamente o portador e apoiar o familiar cuidador. De acordo com determinação do Ministério da Saúde, publicada em abril de 2002, a rede de atendimento à Doença de Alzheimer prevê o cadastramento de 74 centros de referência em todo país. Estes centros serão responsáveis pelo diagnóstico, tratamento e outras atenções, como:atendimento hospitalar, visita domiciliar e tratamento. Até novembro de 2002 já foram cadastrados cerca de 25 centros, entre eles o Hospital Universitário da UFSC.
A pesquisa da Michele fez parte das apresentações orais, das 14h45min às 15h, na tarde dessa quarta, no auditório da Reitoria. Pode ser também conferida através de painel explicativo 434, das 14 às
18h na Praça da Cidadania da UFSC.
Para mais informações sobre a pesquisa, falar com Michele no
telefone: 234 1475 ou pelo e-mail:chelicoral@hotmail.com
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