INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Estudante de arquitetura estuda a acessibilidade no Terminal Integrador do Centro de Florianópolis
Mau posicionamento da sinalização de alerta no piso, altura inapropriada de telefones públicos e pias de sanitários, além de inexistência de sinalização dos horários de ônibus em Braille são alguns dos problemas encontrados por uma estudante da UFSC no Terminal Integrador do Centro de Florianópolis. O trabalho está sendo apresentado pela estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Bianca Walhholz, no XIII Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O seminário acontece nesta quarta e quinta-feira com a apresentação de cerca de 500 trabalhos desenvolvidos por estudantes que contam com bolsas de iniciação científica. As apresentações dos projetos de pesquisa acontece na Praça da Cidadania e no auditório da Reitoria.
A pesquisa que será apresentada pela estudante tem o objetivo de realizar um estudo sobre as soluções arquitetônicas do projeto em relação aos cuidados necessários para conforto e segurança de pessoas portadoras de deficiência e de outras necessidades. Na primeira fase da pesquisa foi realizado um levantamento dos problemas no terminal. Nesta etapa a estudante, orientada pela professora Vera Bins Ely, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, estudou a bibliografia específica na área de acessibilidade, leis e normas neste campo, fez a ´leitura´ da planta arquitetônica do terminal urbano e ´visitas exploratórias´. As visitas foram realizadas com o objetivo de compreender o funcionamento do local, observar como as pessoas usam o espaço, quais são as atividades e comportamentos dos usuários.
O trabalho de Bianca leva em conta que os terminais de transporte coletivo são espaços públicos urbanos que recebem uma enorme variedade de pessoas – vindas de diferentes lugares, com diversos níveis de educação e variadas capacidades físicas e mentais de aprender e utilizar o espaço. “Por isso, os terminais devem oferecer aos usuários em geral, e também a crianças, idosos e portadores de deficiência, conforto, segurança e igualdade de uso”, defende a estudante em seu projeto.
Na legislação brasileira, os portadores de deficiência são contemplados com numerosas leis, decretos e outros dispositivos legais que dão direito a gratuidade no transporte público interestadual, isenções de impostos para aquisição de automóveis adaptados, prioridade de atendimento, entre outros. Mas com relação à acessibilidade, foco do trabalho, na prática não parecem estar sendo bem atendidos.
Uma segunda etapa do trabalho vai permitir a proposição de soluções para os problemas. Tanto o levantamento das dificuldades, quanto as soluções propostas, serão encaminhados, ao final da pesquisa, ao Núcleo de Transportes da Prefeitura de Florianópolis. Na opinião da estudante, as modificações deveriam ser feitas, pois diversos problemas resultam do não cumprimento de normas já estabelecidas.
A pesquisa fará parte das apresentações em painéis que acontecem no na tarde dessa quinta-feira.
Para mais informações sobre a pesquisa você pode falar com a Bianca no telefone: 2332767 ou pelo e-mail:bialee@hotmail.com
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