Santa Catarina é o sexto estado com maior incidência de câncer de boca
O uso prolongado de cigarro e álcool está diretamente associado ao carcinoma epidermóide – o tipo mais comum de câncer bucal. Essa doença ocupa o sétimo lugar na lista dos tipos de câncer mais freqüentes entre a população brasileira. Santa Catarina é o sexto estado com maior incidência da doença. Para discutir métodos de diagnóstico e tratamento, entre outros temas, Florianópolis sedia o II Congresso Sul Brasileiro de Câncer de Boca e II Fórum de Discussão em Diagnóstico Bucal. O evento acontece no auditório do Centro Administrativo do BESC, no bairro Saco Grande, nesta sexta e sábado.
O Congresso terá a participação de profissionais da área da saúde e alunos de graduação e pós-graduação que trabalham com pacientes com câncer bucal. A integração entre as diversas profissões envolvidas com o tema, como odontólogos, médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros e nutricionistas, é um dos principais objetivos do encontro.
De acordo com a professora de Odontologia da UFSC, Liliane Janete Grando, presidente da comissão organizadora do evento, o câncer de boca inicialmente não apresenta sintomas. Numa fase mais avançada, os sinais mais observados são dor, ulceração, aumento de volume de lesões bucais, dificuldade de engolir e sangramento. O diagnóstico precoce do câncer de boca e o imediato encaminhamento do paciente para o tratamento adequado são fatores importantes para redução da mortalidade.
Atualmente há várias possibilidades terapêuticas para o tratamento do câncer bucal. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia são as principais. Estas modalidades de tratamento têm apresentado resultados clínicos bastante significativos quanto ao aumento de expectativa de vida dos pacientes. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), os pacientes com câncer de boca com idade entre 40 a 70 anos têm de um a três anos perdidos de expectativa de vida ao contraírem a doença.
Para tratamento, a maioria dos pacientes é submetida à remoção cirúrgica do tumor, apesar da mutilação. O tratamento radio ou quimioterápico muitas vezes atinge, além das células com câncer, células normais dos indivíduos doentes, causando reações que debilitam e comprometem a qualidade de vida do paciente, como mucosite e disfunção das glândulas salivares.
“Devido à complexidade do tratamento do câncer de boca, o acompanhamento precisa ser multidisciplinar com a presença de médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, além de rígido acompanhamento odontológico”, ressalta a professora Liliane. Segundo ela, o auto-exame é uma medida preventiva que, praticada regularmente, se torna um meio eficaz de identificar precocemente o câncer de boca. O paciente deve ficar em frente ao espelho, puxar os lábios e bochechas, olhar o céu da boca, embaixo da língua e garganta; além de colocar a língua para fora e mexê-la de um lado para o outro. Caso observe machucados sem cicatrização por mais de 15 dias, áreas de sangramento ou regiões endurecidas, deve procurar imediatamente um dentista.
O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) e o Ambulatório de Estomatologia do HU, na UFSC, são outros locais em que os pacientes podem buscar informações. O telefone do CEPON é 251- 9700 e do Ambulatório é 331- 9137.
Para mais informações e entrevistas sobre o Congresso o contato da professora Liliane Grando é 331- 9473
Programação: <a href=http://www.feesc.org.br/cancerdeboca/programacao.htm
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