Antropóloga da UFSC convive seis meses com povos indígenas da Amazônia e lança livro
A professora do Departamento de Antropologia da UFSC, Antonella Mª Imperatriz Tassinari, lança nesta quinta-feira, 26/6, o livro No Bom da Festa – O Processo de Construção Cultural das Famílias Karipuna do Amapá. Publicado pela Editora da Universidade de São Paulo, o livro é produto de pesquisas da autora junto aos povos indígenas do Baixo Rio Oiapoque, no Norte do Amapá, região fronteiriça com a Guiana Francesa. O lançamento acontece às 21h, após a realização de nova edição do projeto Antropologia e Cidadania, no auditório do Museu da Imagem e do Som, no Centro Integrado de Cultura (CIC).
Para estruturar o estudo relatado no livro e defendido como tese de doutorado junto à Universidade de São Paulo, a professora fez uma pesquisa de campo durante seis meses nas aldeias Karipuna. Os períodos de visitas aconteceram entre os anos de 1990 e 1993. De acordo com a professora, a escolha dessa população indígena para o estudo deve-se ao fato de ser um povo pouco pesquisado. Outra motivação é o fato de ser uma população que tem contato com comunidades não indígenas há muitos anos.
A pesquisadora explica que os reflexos desse contato são bastante visíveis no conjunto de festas vividas pela população Karipuna. Entre festas puramente indígenas, são também comemoradas festas como a do Divino Espírito Santo e a data de Sete de Setembro. Essa vivência de festas inspira o título da obra – No Bom da Festa… – e permeia toda a obra da pesquisadora. “O conjunto de festas acabou criando uma sociabildiade entre essa população Karipuna e as comunidades não indígenas”, explica a autora. A partir de uma abordagem que considera a cultura como um processo de transformação, a obra toca em temas clássicos da antropologia como cosmologia, mitologia e parentesco, aliados às questões próprias deste século: identidades étnicas, mudanças e elaborações culturais.
Informações 232 0941, com a professora Antonella Mª Imperatriz Tassinari











