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O Laboratório de Ruídos Industriais está apresentando um trabalho de repercussão nacional na 3ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC. O laboratório é o único no Brasil credenciado pelo Ministério do Trabalho a emitir laudos para protetores auditivos. O laudo é documento essencial para emissão do certificado de aprovação do equipamento pelo Ministério do Trabalho e garante a eficiência dos equipamentos usados para proteger trabalhadores em ambientes com altas taxas de ruído, como indústrias e aeroportos. De acordo com a fonoaudióloga Juliana de Conto, integrante do laboratório, só esse ano o laboratório já emitiu 40 documentos comprovando a eficácia de protetores auditivos. O laboratório é integrado ao Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFSC e está também em processo de credenciamento pelo INMETRO.

A emissão dos laudos pelo Laboratório de Ruídos iniciou em 1990 e deste então a demanda vem crescendo. Em 2002 foram emitidos 30 laudos e este ano já foram atendidos 40 pedidos. A procura vem crescendo em função da exigência do Ministério do Trabalho de que um órgão externo às empresas emita o laudo. Antes as próprias empresas respondiam pela eficiência de seus equipamentos. Agora o laudo é emitido com base em normas internacionais.

A faixa de 85 decibéis (85 dbA) é o limite máximo de ruído a que um trabalhador pode estar submetido em uma indústria. Uma pessoa submetida a níveis superiores repetidamente pode ser levada a surdez. “Não significa que chegue a uma surdez total, no início há dificuldade para perceber alguns agudos, depois sílabas e assim a pessoa vai passando a uma dificuldade para entender o que os outros falam”, explica a fonoaudióloga. Além de perda auditiva, a permanência em locais muito barulhentos pode provocar irritabilidade e outras alterações comportamentais. A função dos protetores é reduzir a taxa de ruído, protegendo a saúde do trabalhador.

O laudo que comprova a eficiência dos protetores auditivos é feito em uma câmara acústica localizada no próprio Laboratório de Ruído Industrial, no campus da UFSC. Para realização dos testes é simulado um ambiente com alto ruído. Uma pessoa recebe o protetor e as orientações escritas de como usa-lo e então são iniciados os testes. “Fazemos assim para simular o ambiente real, pois ainda são poucas as empresas que prestam orientações efetivas aos trabalhadores a respeito de como usar os equipamentos”, explica a fonoaudióloga.

Mais informações com o coordenador do laboratório, professor Samir Gerges, com a fonoaudióloga Juliana Conto, e-mail: jdconto@yahoo.com.br, ou pelo fone 48 331 9227

Site do Laboratório:

<a href=http://www.gva.ufsc.br/portugues/index.htm

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