UFSC recebe prêmio da RedeGásEnergia

13/12/2002 17:12

Um projeto desenvolvido no Laboratório de Combustão e Engenharia de

Sistema Térmicos (LabCet), ligado ao Departamento de Engenharia

Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi o

vencedor do prêmio oferecido pelo Comitê Operacional da

RedeGásEnergia, rede que se dedica ao desenvolvimento do mercado de

gás natural no Brasil. Esta rede está ligada à Petrobrás, à TBG e à

SCGÁS, no caso de Santa Catarina.

O projeto, coordenado pelo professor Vicente de Paulo Nicolau, foi

realizado junto à Cerâmica Heinig, de Brusque, e à Cerâmica Solar, de

Forquilhinha, e tinha como objetivo converter um forno túnel movido à

serragem, na primeira empresa, e um forno intermitente movido à lenha e óleo combustível, na segunda empresa. Ambos passaram a utilizar o gás natural como combustível.

Segundo o professor, os projetos de utilização de gás naturais na

indústria têm motivado os empresários e pode impulsionar o

desenvolvimento o setor. “Não é só uma questão de mudança do

combustível utilizado, mas também a incorporação de várias melhorias em todo o processo produtivo, visando uma redução no consumo de energia, uma redução dos custos e um aumento da qualidade. O processo passa também a envolver a implantação de mudanças em busca da certificação do produto final”.

As indústrias de cerâmica vermelha – que produzem tijolos e telhas –

utilizam atualmente diversos tipos de combustível: a lenha e seus

derivados como a serragem, o óleo combustível e em alguns casos o GLP,

quando se trata de produtos esmaltados. Para Nicolau, o emprego do

gás natural como fonte energética representa a tendência para o futuro, já que este é o combustível mais utilizado nos países em que este ramo industrial está mais desenvolvido. Trata-se de um combustível mais limpo, de menor impacto ambiental e com a possibilidade de melhor controle dos processos de queima.

O custo mais elevado do gás natural faz com que, atualmente, a sua

utilização se mantenha ainda restrita aos processos mais elaborados,

para produtos de maior valor agregado. Nicolau salientou ainda que a

disseminação do uso desse combustível na indústria de cerâmica

vermelha deveria ser perseguida, tanto pela área governamental quanto

industrial, através de políticas de incentivos e de redução de custos,

visando desenvolver o setor e ainda como forma de reduzir a pressão

sobre as nossas reservas florestais.

Mais informações com o professor Vicente de Paulo Nicolau pelo telefone (48) 331-9851 ou (48) 331-9812.

Fonte: Núcleo de Comunicação do Centro Tecnológico