Coordenadores de projetos no Morro da Cruz querem continuidade dos trabalhos
Professores e estudantes da UFSC responsáveis por projetos que vêm sendo desenvolvidos no Maciço do Morro da Cruz realizaram nesta terça-feira, 18/6, um novo encontro. O objetivo é garantir a continuidade dos projetos. Alguns já foram concluídos, mas a maioria ainda está em desenvolvimento.
Os trabalhos foram levantados durante o simpósio `O Maciço Central do Morro da Cruz e a UFSC`, realizado no dia 4 de junho. Durante o encontro foram apresentados quase 20 projetos desenvolvidos pela universidade em parceria com as comunidades do Maciço, em busca de qualidade de vida para os moradores da área. Os trabalhos integram as áreas de segurança pública; educação, cultura, esporte e lazer; meio-ambiente.
A área do Maciço do Morro da Cruz apresenta uma série de problemas, entre elas, construções irregulares, predominância de população de baixa renda e tráfico de drogas. Devido à irregularidade das construções, a comunidade não tem direito a serviços públicos, como o recolhimento periódico do lixo, calçamento e asfalto nas ruas. Os moradores também não têm nem endereço e as casas não são numeradas.
O objetivo do trabalho junto ao Maciço é trazer melhorias na urbanização e promover uma preservação da área através de projetos que contem com a participação dos moradores. Com isso, espera-se conseguir a regularização urbana das construções localizadas no Maciço.
O Seminário mostrou que autores dos projetos estudaram a arquitetura do maciço; os desastres naturais da área; saneamento básico; lixo; moradia e educação ambiental nas escolas do Maciço, como na Escola de Ensino Básico Jurema Cavallazzi, que fica no Bairro José Mendes.
Um dos trabalhos, desenvolvido pelos professores do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, Luiz Fugazsola Pimenta e Margareth de Castro Afeche Pimenta, que integram o laboratório Cidadhis, foi realizado junto à comunidade da Caieira. Com o título “Diagnóstico sócio-espacial do maciço central de Florianópolis – plano comunitário de urbanização e preservação”, o trabalho incluiu entrevistas com os moradores, levantamento das moradias e participação dos alunos da sétima e oitava série da Escola Básica Lúcia do Livramento Mayvorne. O estudo deve se estender a outras áreas do morro.
Segundo um dos coordenadores do projeto “O Maciço Central do Morro da Cruz e a UFSC”, professor Fernando Scheibe, os trabalhos têm reforçado a identidade das pessoas que vivem na área, além de fazer crescer o sentimento de cidadania. Mais informações com o professor Fernando Scheibe, fone 331 9286