UFSC sedia reunião de reitores do Sul do Brasil

06/03/2002 13:40

Dirigentes das Instituições do Ensino Superior da Região Sul do Brasil reuniram-se na UFSC nesta quarta-feira, 6 de março, para discutir uma articulação conjunta nas grandes lutas da educação. Estiveram em debate assuntos como a realização coincidente dos concursos vestibulares, a busca de medidas concretas para a democratização do acesso ao ensino superior, a possibilidade de mobilidade estudantil entre as IFES, a autonomia universitária e outras questões de caráter mais rotineiro no que diz respeito a organização e administração das universidades.

A reunião, coordenada pelo reitor da UFSC, Rodolfo Pinto da Luz, contou com a presença do Secretário de Ensino Superior, recém empossado, o reitor da UFMG, Francisco César Sá Barreto, que reiterou aos colegas a sua disposição de estar ampliando o orçamento das universidades, no compromisso de melhorar o ensino universitário no país. Falou também sobre a autonomia universitária, luta antiga das IFES, e lembrou que, mesmo agora, nesse momento de crise política do governo, é possível avançar em algumas questões pontuais. É certo que as mudanças mais substanciais devem vir a longo prazo mas isso não significa que se tenha de ficar paralisado nesse momento.

O secretário da Sesu também conversou com as lideranças sindicais ligadas aos técnico-administrativos e professores, informando que vai dar início, na próxima semana, ao processo de instalação das mesas de negociação, prometidas pelo governo durante a greve das duas categorias. Disse ainda que já emitiu parecer sobre a proposta de concurso público para os técnico-administrativos e vê como necessário o concurso emergencial. “Na semana que vem começamos a conversar sobre os demais assuntos como autonomia, saúde, carreira etc.”. A Fasubra, federação que congrega os sindicatos de técnicos-administrativo de todo o país, aponta a necessidade de mais de 26 mil vagas em todas as 118 IFES, mas se dispõe a negociar uma reposição emergencial tendo como prioridade os Hospitais Universitários, que têm hoje mais de 37% do pessoal terceirizado.