UFSC MOSTRA O POTENCIAL DE JOVENS PESQUISADORES

04/03/2002 11:18

A UFSC realiza nesta quinta-feira, 07/03, seu XI Seminário de Iniciação Científica, divulgando resultados de dois programas de bolsas de iniciação científica criados com o objetivo de despertar a vocação pela pesquisa e incentivar talentos potenciais entre estudantes de graduação. Durante o evento, que acontece durante todo o dia no Ginásio do Centro de Desportos, serão apresentados 463 trabalhos, em temas tão variados como o desenvolvimento de telescópios robóticos, iluminação natural em prédios históricos, automação de semáforos, detecção de fraudes na telefonia móvel, experiência das mulheres catarinenses com pílulas anticoncepcionais e sexualidade e paternidade na adolescência.

As pesquisas são orientadas por professores e implementadas por alunos de graduação, que recebem bolsas de iniciação científica através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq) e do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (BIB/UFSC). Mais informações com a diretora do Departamento de Apoio à Pesquisa, professora Cláudia Maria Oliveira Simões, fone 331 9332/331 9206 ou no site http://www.dap.ufsc.br/sic00/

Conheça abaixo alguns dos projetos que serão

apresentados durante o XI Seminário de Iniciação Científica

DESENVOLVIMENTO DE TELESCÓPIO ROBÓTICO

O projeto integra pesquisas desenvolvidas na UFSC na área de robotização de telescópios. Na prática, a automação de telescópios permitirá que uma seqüência de observações seja executada de forma autônoma, sem a necessidade de um astrônomo para controlar o telescópio, e também de forma inteligente, decidindo que objetos observar de acordo com as condições climáticas do momento. De acordo com os professores, este tipo de instrumento é ideal para a realização de projetos que requerem observações repetidas por longos períodos. Um exemplo é o monitoramento da evolução do brilho de estrelas e de galáxias.

Autor: André Luiz de Amorim, andré@astro.ufsc.br , 331 9072 e 331 9223

Orientador: professor Antonio Nemer Kanaan Neto pg 30 331

SIMULAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DE RADIOTERAPIAS

A radioterapia é uma técnica muito utilizada para o tratamento do câncer e seu planejamento é uma etapa importante, pois neste momento são definidos os campos de radiação, intensidade de feixe utilizados, entre outros parâmetros de maneira a otimizar o processo: destruir a neoplasia sem afetar os tecidos sadios. As simulações para o planejamento de radioterapias, que já são muito utilizadas em algumas regiões, facilitam muito o trabalho e são parte de uma possível informatização em todo o site radioterápico. Neste trabalho foram realizados os primeiros passos para a construção de um simulador para o planejamento de radioterapia, sendo usado um software de simulação em física.

Autor: Eduardo Smania de Lorenzi, eduardodelorenzi@hotmail.com, Orientador: Professor Nelson Canzian da Silva

DESENVOLVIMENTO DE MODELOS E TÉCNICAS PARA AUTOMAÇÃO DE SEMÁFOROS

Com o intuito de melhorar o tráfego no cruzamento da entrada Leste do Campus da UFSC, busca-se com este trabalho de pesquisa otimizar a operação dos semáforos responsáveis pelo controle de tráfego nesta região. A fim de estudar e simular estas estratégias, foi montada uma plataforma de operação, ou central de controle, junto ao Laboratório de Automação Industrial LAI do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC.

Autor: Lílian de Oliveira Vilela, lov@lcmi.ufsc.br, 3317594 OU 234 8974

Orientador: Werner Kraus Junior, 331 7685.

A EXPERIÊNCIA DAS MULHERES CATARINENSES COM PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS – 1960/1980

A taxa de fertilidade no Brasil decaiu a partir da década de 60. Em 1960, a taxa era de 6,28; em 1970, 5,76; em 1980, 4,35, de acordo com dados do IBGE. Isto se deu em vista do uso pelas mulheres de novos métodos contraceptivos surgidos na década de 60, especialmente da pílula anti-concepcional. Esta pesquisa teve o objetivo de perceber de que maneira a experiência do uso das pílulas anti-concepcionais foi vivida pelas mulheres de Santa Catarina entre 160 e 180. A pesquisa permitiu observar também como se deu o debate feminista sobre a questão. Entre os resultados, está a observação de que as experiências não foram homogêneas, pois para algumas mulheres a pílula representou um problema devido aos inúmeros efeitos colaterais. Para outras, a pílula foi a possibilidade de controlar sua reprodução, proporcionando maior autonomia sobre seu corpo.

Autora: Josilene da Silva, josilene_silva@bol.com.br

Orientador: Cyntia Machado Campos