O Ciclo de Debates sobre Justiça Ecológica promove na segunda-feira, 7 de outubro, o lançamento do livro O Instituto do Indigenato e Teoria Crítica: fundamento jurídico, territorialidade e processos de luta Guarani, publicado pela Apolodoro Virtual Edições. A obra é resultado da tese de doutorado da pesquisadora do Observatório de Justiça Ecológica Adriana Biller Aparicio, defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a orientação da professora Leticia Albuquerque. O encontro é aberto à comunidade e será realizado das 12h45 às 14h, por meio da plataforma Zoom.
O livro aborda o fortalecimento do Instituto do Indigenato e a efetiva concretização dos direitos territoriais indígenas, essenciais para a justiça social e a preservação das culturas tradicionais. “A defesa desses direitos enfrenta desafios significativos, mas é crucial para assegurar que os povos indígenas possam manter e usufruir de seus territórios de maneira sustentável e em harmonia com sua visão de mundo. A função social do conhecimento em direitos humanos, nesse contexto, é transformar a teoria em práticas efetivas que protejam e promovam os direitos dos povos indígenas no Brasil”, traz o prefácio de autoria da professora Letícia.
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O livro está dividido em quatro capítulos. No primeiro, é apresentado o Instituto do Indigenato e a historicidade da categoria jurídica “terra indígena”. No segundo capítulo, a autora destaca a realidade sociojurídica das terras indígenas no Brasil, ressaltando a questão fundiária e, em particular, o caso Raposo Serra do Sol, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O capítulo seguinbte estabelece a ligação entre direito e antropologia, por meio da análise da territorialidade do povo Guarani. E, no capítulo final, a autora propõe a reinvenção do Instituto do Indigenato com base na teoria crítica dos direitos humanos e nos processos de luta do povo Guarani.
Mais informações na página justicaecologica.ufsc.br.
O Curso, o Departamento e o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem, na próxima segunda-feira, 14 de outubro, às 9h, a Aula Magna de abertura do segundo semestre de 2024, no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI). A convidada é Daniela Arbex, escritora, jornalista e documentarista.
A palestra será sobre jornalismo, reportagem e investigação jornalística, bem como seu livro mais recente – Longe do Ninho: uma investigação do incêndio que deu fim ao sonho de dez jovens promessas do Flamengo de se tornarem ídolos no país do futebol –, lançado em fevereiro de 2024. O evento, que conta com o apoio do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), é aberto ao público e gratuito.
Sobre a palestrante
Daniela Arbex, 48 anos, é autora do best-seller Holocausto brasileiro, eleito melhor livro-reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor livro-reportagem no prêmio Jabuti (2014). Com mais de 300 mil exemplares vendidos no Brasil e em Portugal, a obra ganhou as telas da TV, em 2016, através de um documentário produzido com exclusividade para a HBO, com exibição em mais de 40 países.
Em 2015, lançou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro-reportagem (2016), no qual aborda uma nova perspectiva, em relação à história oficial, sobre a ditadura militar. Em Todo dia a mesma noite (2018), sua terceira obra publicada, Daniela Arbex reconstitui de maneira inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas na boate Kiss.
Em 2020, a escritora lançou sua primeira biografia. Os dois mundos de Isabel narra a história da brasileira centenária Isabel Salomão de Campos. Em 2022 foi a vez de Arrastados: os bastidores do rompimento da barragem de Brumadinho, vencedor do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2023. Em 2024, a escritora publicou Longe do Ninho, livro que retrata o incêndio no CT do Flamengo.
Em 2021, a série Colônia foi livremente inspirada na obra Holocausto Brasileiro. No dia 25 de janeiro de 2023, a série Todo Dia a Mesma Noite, produção baseada no livro de Arbex, foi ao ar pelo serviço de streaming da Netflix. Em 2024, o documentário Holocausto Brasileiro também entrou para o catálogo da plataforma.
Daniela é uma das jornalistas mais premiadas de sua geração, com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles três prêmios Esso, o americano Knight International Journalism Award (2010), o prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina (2009) e o Natali Prize, que recebeu na Bélgica em 2002.
Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 1995, iniciou a carreira no jornal Tribuna de Minas, do qual foi repórter especial por 23 anos. Mesmo trabalhando distante dos grandes centros, conseguiu reconhecimento para o seu trabalho de repórter investigativa. Atualmente, dedica-se à literatura.
O projeto de extensão Meninas na Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promove o lançamento do livro A historia de Estrela na próxima quarta-feira, 16 de outubro. O evento ocorre das 18h30 às 21h, na sede da APUFSC. O livro é o primeiro da série Meninas Brilhantes, produzido integralmente pelas integrantes do projeto Meninas na Ciência. O evento contará com sessão de autógrafo com as autoras, música, coquetel e sorteio de livros.
Sobre o livro
Estrela é uma jovem curiosa e apaixonada por Astronomia, que adora se divertir com suas amigas na escola. Quando o grupo enfrenta um desafio ao apresentar um projeto de ciências, encontram inspiração na trajetória de uma cientista chamada Jocelyn Bell Burnell para lidar com suas dificuldades, compartilhar suas experiências e dar voz a outras meninas e mulheres na ciência.
O livro pode ser comprado no site ou no dia do evento.
O Laboratório Universitário de Política, Direitos, Conflitos e Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (LUPA/UFSC) promove o lançamento do livro “Injusta agressão” e outras formas de contar a morte: uma etnografia do portal de notícias da Polícia Militar de Santa Catarina, de Jo P. Klinkerfus, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFSC) e integrante do laboratório. O lançamento ocorre nesta quinta-feira, 31 de outubro, às 19h, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), bloco B.
O evento terá a presença da orientadora do trabalho, Flavia Medeiros, como debatedora, e da revisora da obra, Victória Zanoni Martins, como mediadora.
Mais informações, na página do PPGAS.
Para adquirir o livro, acesse aqui.
A professora Priscila Finger do Prado, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lança nesta sexta-feira, 6 de dezembro, o livro de poesias Muito se teme a mulher que já não teme, pela Editora Patuá. O evento, que contará com leitura de poemas e apresentações artísticas, ocorre no Espaço Multiuso Zahidé Muzart, em frente à lanchonete do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), das 18h às 19h.
Muito se teme a mulher que já não teme é um livro de poemas que percorre caminhos e vozes da literatura sobre mulheres e feita por mulheres, de modo a destacar temas como o medo e o controle sobre o corpo e a voz feminina e a escrita como possibilidade de contestação e liberdade.
Mais informações pelo Instagram da professora.
Os tradutores e professores da área de alemão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Daniel Martineschen, Izabela Drozdowska-Broering e Markus J. Weininger organizam um coquetel de lançamento da coletânea bilíngue Contos finais escolhidos, do autor Franz Kafka, publicada pela editora Estação Liberdade. O evento faz parte das celebrações em memória dos 100 anos de morte do escritor húngaro, famoso por obras como A metamorfose e O processo.
O coquetel acontecerá no dia 9 de dezembro às 19h na Sala Pitangueira, localizada no 1º andar do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, no campus da Trindade em Florianópolis. A participação é gratuita e sem necessidade de inscrição. Haverá vendas de exemplares pela livraria Livros & Livros, e poderá ser visitada a exposição “Komplett Kafka”, produzida pelo Goethe Instituto e que traz desenhos do cartunista Nicolas Mahler.
Os professores responsáveis também se reunirão em uma roda de conversa sobre a importância da literatura kafkiana, o processo de tradução dos contos, o contexto em que a esta obra se insere e também o que ela representa para a literatura universal. Contos finais escolhidos apresenta traduções de vinte contos curtos e de um fragmento de texto do autor, escritos entre 1919 e 1924, ano de sua morte, e publicados, na sua grande maioria, postumamente. A rigor, esses textos deveriam ter sido destruídos como determinava o testamento do autor — o acesso à sua obra se deu por Max Brod, escritor amigo de Kafka, que desobedeceu o desejo do amigo e preservou os manuscritos à posteridade.
Kafka é notoriamente apontado como uma das maiores influências de escritores contemporâneos, pois soube enxergar e elevar a um nível universal questões e inquietações do mundo moderno que vieram à tona com ainda mais força nas décadas após a sua morte.
O cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), fará na quarta-feira, 11 de dezembro, às 14h, a apresentação e o lançamento de seu livro Por que a democracria brasileira não morreu?, escrito em parceria com Marcus André Melo, docente da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento será realizado no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Após a apresentação, ocorrerá um debate com os professores Luciano Da Ros, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política (PPGSP/UFSC), e Tiago Borges, do Departamento de Sociologia e Ciência Política (SPO/UFSC), e com a jornalista Dagmara Spautz, comentarista na NSCTV, afiliada da TV Globo em Santa Catarina. A iniciativa é organizada pelo Núcleo de Estudos em Comportamento e Instituições Políticas (NECIP/UFSC), pelo PPGSP e pela Livros & Livros, que disponibilizará alguns exemplares da obra para venda e sessão de autógrafos do autor.
Mais informações na página ppgsp.posgrad.ufsc.br.
A editora Katarina Kartonera promove o lançamento do livro O diabo na noite de Natal, de Osman Lins, no dia 17 de dezembro, às 15h, no Espaço Multiuso Zaidhé Lupinacci Muzart do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A publicação, uma obra cartonera com tiragem limitada, é ilustrada e voltada para o público infantojuvenil. O lançamento faz parte das comemorações pelo centenário de nascimento do autor pernambucano, celebrado ao longo de 2024 em todo o Brasil.
Essa edição especial conta com a autorização de Ângela Lins, filha do escritor, e foi desenvolvida sob orientação de Ana Luiza Andrade, professora em Literatura Brasileira na graduação e pós-graduação da UFSC.
Os livros da Katarina Kartonera são basicamente feitos à mão, capas que não se repetem, exclusivos, frutos de uma consciência social de inclusão, que recicla materiais como os papelões, vinculando na produção e circulação a participação de catadores, escritores, educadores, estudantes, pesquisadores e artistas.
Para mais informações, acesse o Instagram da editora.
O Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza um evento especial que marca os 21 anos do Furacão Catarina e os 51 anos da inundação em Tubarão, dois dos maiores desastres naturais que atingiram Santa Catarina. A atividade, que ocorre no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI) da UFSC, nesta sexta-feira, 28 de março, às 19h, é aberta ao público e contará com o lançamento do livro Harmonia e Tempestade: Minha Jornada ao Olho do Catarina, do professor Reinaldo Haas.
Segundo Haas, o Furacão Catarina (2004), que resultou em 11 fatalidades, e a Inundação de Tubarão (1974), que registrou 199 vítimas confirmadas, com estimativas não oficiais de aproximadamente 1.000 fatalidades, são eventos marcantes na história do estado. O professor destaca que, no caso do furacão, apesar de estimativas de meteorologistas dos EUA indicarem um número maior de vítimas, a preparação e os alertas foram fundamentais para reduzir as perdas. “Esse fato demonstra o avanço da meteorologia e a importância das lições aprendidas com eventos passados, que foram essenciais para minimizar os impactos”, diz Haas.
O Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal de Santa Catarina (IELA/UFSC) promove o lançamento do livro A questão da Universidade (Editora Insular, 2025), de Álvaro Vieira Pinto, no dia 10 de abril, quinta-feira, às 18h30, no auditório do Centro Socioeconômico (CSE). A obra será apresentada por Nildo Ouriques, presidente do IELA, Dauto da Silveira, que escreveu o prefácio, e Renato Ramos Milis, diretor do Sintufsc. A atividade é gratuita e aberta a todos. Será fornecido certificado de 4 horas de participação.
A questão da Universidade é o décimo volume da Coleção Pátria Grande, que integra a Biblioteca do Pensamento crítico do IELA, e foi editado no começo dos anos 1960. O autor, Álvaro Vieira Pinto, carioca do bairro Botafogo, nasceu em 1909 e morreu em 1987. Era diplomado em Medicina com doutorado em Filosofia, Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional do Paraguay, professor de História da Filosofia na Universidade Nacional de Filosofia e chefe do departamento de Filosofia do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Revolucionário marxista e crítico do subdesenvolvimento e do imperialismo, é autor de uma volumosa obra. Escreveu “O Conceito de Tecnologia” e “A Sociologia dos Países Subdesenvolvidos”, ambas obras póstumas.
Mais informações na página do IELA ou pelo e-mail iela@contato.ufsc.br ou telefone (48) 3721-6483
O Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove o lançamento do livro Crime sem castigo: como os militares mataram Rubens Paiva, da jornalista Juliana Dal Piva, egressa do curso de Jornalismo da UFSC. O evento contará com uma palestra da autora e será realizado na próxima segunda-feira, 14 de abril, às 18h, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A participação é gratuita, mediante confirmação pelo site Sympla.
A obra relata as investigações sobre o desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva, em 1971, e a identificação dos responsáveis pelo crime, feita pela Justiça 43 anos depois. Com 208 páginas, o livro também mostra como a ditadura militar brasileira interferiu nas apurações que buscavam elucidar o caso. Apenas em 2014 o Grupo de Justiça de Transição do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro conseguiu apontar cinco militares como responsáveis pelo assassinato.
Juliana Dal Piva concluiu o curso de Jornalismo na UFSC em 2009 e atualmente é repórter do Centro Latino-Americano de Investigação Jornalística (Clip) e colunista do ICL Notícias. É apresentadora do podcast A vida secreta do Jair e autora dos livros O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro — best-seller em 2022 e finalista do Prêmio Jabuti em 2023. A jornalista venceu diversos prêmios de jornalismo, entre eles o Relatoría para la Libertad de Expresión (Rele), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em 2019. Possui mestrado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV-Rio e já atuou como repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL.
O lançamento é uma realização do Departamento de Jornalismo da UFSC, do Sindicato dos Jornalistas de SC e da Associação Catarinense de Imprensa (ACI), com apoio do Gabinete do Deputado Padre Pedro Baldissera e da Alesc.
Primeiro volume da série temática Moradia e habitação em Santa Catarina, o livro Crítica da política habitacional: as lutas por moradia em Santa Catarina será lançado em 22 de abril, terça-feira, às 18h30, no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC. A obra foi publicada pela Editora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) com apoio do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental da Udesc (PPGPLAN), do Observatório das Migrações/SC, do Instituto Cidade e Território (ITCidades) e do Laboratório de Relações de Gênero e Família.
Com distribuição gratuita, 13 artigos e 300 páginas, o livro foi organizado pelo professor da Udesc Francisco Canella e pelo professor aposentado da UFSC e presidente do ITCidades, Lino Peres. A iniciativa surge em um período de agravamento das condições sociais e econômicas nos últimos anos, com consequente intensificação das lutas populares por moradia no estado e no país.
O livro, afirma Peres, avalia as políticas habitacionais, particularmente em Santa Catarina, considerando a ausência ou insuficiência de programas habitacionais promovidos tanto pelo governo do Estado quanto pelas prefeituras. Há grandes municípios em SC que até agora não têm programa habitacional. Esta ausência ou insuficiência ocasionaram, somadas ao processo inflacionário e ao aumento do custo de vida dos últimos anos, a explosão das ocupações, situação agravada pela pandemia de covid-19.
Para Canella, o livro fortalece o compromisso de disseminar o debate e dar visibilidade às lutas por direitos sociais, envolvendo lideranças de movimentos sociais e pesquisadores das universidades. Por se tratar de uma série, o presente volume representa o primeiro passo de um processo que deve consolidar o diálogo entre a universidade e a sociedade, especialmente com aqueles setores sociais economicamente mais vulneráveis.
O lançamento, com a presença de autores, será uma oportunidade de aprofundar a compreensão do tema em um estado com os alugueis e preços dos imóveis entre os mais caros do país.
O lançamento do livro Miséria e Sofrimento na Educação Brasileira, publicação de uma coletânea em homenagem aos 30 anos de A miséria do Mundo, de Pierre Bourdieu, será realizado no dia 25 de abril, às 19h, no Museu da Escola Catarinense, no Centro de Florianópolis. Organizada pela professora Ione Ribeiro Valle, do Departamento de Estudos Especializados em Educação, a obra teve como referência estudos desenvolvidos a partir de entrevistas no quadro de grupos de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A publicação é da Editora da UFBA.
O livro foi dividido em seis partes. A primeira delas – Fazer Sociologia da Educação com Pierre Bourdieu – situa a leitura na obra de Pierre Bourdieu, no quadro da dinâmica reflexiva e analítica adotada por ele e por seus colaboradores em A Miséria do Mundo. Já na segunda parte – Políticas Neoliberais, Educação e Pós-Graduação – os autores abordam mudanças introduzidas no campo educacional, a partir de “novos” modelos de gestão, envolvendo a qualidade e a internacionalização, além das ambiguidades entre as conquistas e as misérias vividas e sentidas ao longo do percurso doutoral. A terceira parte – Profissionais da Educação: ‘A Mão Esquerda do Estado’ – traz as dificuldades enfrentadas para exercer os diferentes métiers no campo educacional, e isso desde a formação universitária, decorrentes da “demissão do Estado”, das próprias políticas de ação afirmativa, e de armadilhas impostas atualmente pelas redes sociais.
A quarta parte – Limites e Contradições da Democratização da Educação – oferece a análise de obstáculos às políticas de expansão das oportunidades educacionais, enredadas em dinâmicas institucionais que distanciam os percursos escolares e que favorecem os mais favorecidos, assim como a ausência de expectativas para os que acessam tardiamente a escolarização e vislumbram novas oportunidades profissionais. A quinta parte – Magistério como Estratégia de Inserção e Progressão Profissional – analisa maneiras postas em prática para construir uma carreira no magistério tendo em vista a necessidade de se reclassificar ou de evitar a desclassificação social, assim como as condições adversas enfrentadas durante as trajetórias escolares e de progressão profissional. E na sexta e última parte – As violências se multiplicam, se diversificam, se sobrepõem e atravessam fronteiras – são postos em evidência os impactos da distribuição desigual dos diferentes capitais, promotora de formas de discriminação, de violências e de exclusão social e profissional.
A obra se encerra com um texto de Nonna Mayer, traduzido para português, intitulado: A entrevista segundo Pierre Bourdieu. Análise crítica de A Miséria do mundo, publicado pela Revista Francesa de Sociologia em 1995.
Mais informações no site da EdUFBA.
O Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGSP/UFSC) convida a comunidade universitária para o lançamento do mais recente livro do professor Carlos Eduardo Sell, Para onde vai a Igreja Católica? Uma análise sociológica, publicado pela editora Vozes (2025). O lançamento ocorre na segunda-feira, 19 de maio, às 14h, no Auditório do Bloco E-Anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). O evento é gratuito e não requer inscrições.
Lançado poucos dias antes do falecimento do papa Francisco e da eleição de seu sucessor, Leão XIV, o livro de Carlos Sell investiga sociologicamente não apenas as perspectivas futuras da Igreja Católica, agora diante da sua troca de comando, mas já resultantes de uma profunda e complexa alteração na relação da instituição com o mundo leigo, as mudanças sócio-políticas e culturais da últimas décadas, assim como de um papado que impactou de modo fundamental a percepção e os rumos da Igreja Católica desde a última década.
Carlos Eduardo Sell é filósofo com pós-graduação (mestrado e doutorado) em Sociologia Política e professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política e do PPGSP/UFSC. Além de estudos na área de teoria sociológica, dedica-se ao estudo da Teologia e à investigação sociológica da religião.
O Observatório de Comunidades e Periferias de Santa Catarina (OcupaSC), em conjunto com o Instituto Cidade e Território e o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promove o lançamento do livro O circuito imobiliário na América Latina: dependência, neoliberalismo e ditadura no Chile, de autoria do economista e doutor em desenvolvimento econômico Vitor Hugo Tonin. O lançamento ocorre nesta sexta-feira, 23 de maio, às 18h, no Auditório do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC.
Resultado da pesquisa de doutorado do autor, realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o trabalho tem como questionamento central o porquê de ainda existem, na América Latina, problemas de acesso à moradia e à cidade. Como forma de compreender e responder a essa pergunta, o livro desenvolve um estudo sobre o Chile, no entendimento de que lá foi onde mais se desenvolveu o mercado imobiliário capitalista e que, ainda assim, verificam-se problemas no acesso à moradia, como o déficit habitacional e a qualidade urbanística das moradias.
A publicação do livro veio de um convite do Observatório das Metrópoles, e o financiamento da impressão foi feito pelo Sindicato Químicos Unificados e pela Intersindical – Central da Classe Trabalhadora. O lançamento faz partes dos esforços desenvolvidos pelo OcupaSC para a realização, promoção e divulgação de pesquisas científicas, especialmente sobre a questão urbana.
Para mais informações, acesse o Instagram @ocupasc.
A Editora do Instituto Ignacio Rangel, em parceria com o Departamento de Geociências e o Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais da Universidade Federal de Santa Catarina (Labeur/UFSC), promove o lançamento da décima edição da Série Livros Geográficos, intitulada Geografia: ontem, hoje e amanhã, de Armen Mamigonian, professor emérito da UFSC e um dos principais nomes da geografia crítica brasileira. O evento ocorre durante a 44ª Semana de Geografia da UFSC, na quarta-feira, 28 de maio, às 18h, no Auditório do Bloco E do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), em Florianópolis, com a presença do autor.
A obra reúne parte significativa da produção intelectual do autor, incluindo sua tese de livre-docência apresentada na Universidade de São Paulo (USP) em 2005, além de ensaios inéditos e reflexões teóricas atualizadas. Com uma trajetória profundamente marcada pela leitura marxista do espaço e pelo diálogo com pensadores como Lenin e Ignacio Rangel, Mamigonian oferece neste volume uma interpretação contundente das crises do capitalismo contemporâneo e uma defesa renovada da geografia enquanto ciência social comprometida com a transformação do mundo, afirmam os organizadores.
“Foi o marxismo que me ofereceu a chave para entender a luta de classes como força motriz dos Estados”, diz o autor, que, aos 90 anos, há mais de sete décadas contribui com uma leitura dialética das formações territoriais e da transição entre modelos produtivos, tendo como foco o desenvolvimento nacional brasileiro e os caminhos para uma alternativa socialista.
Armen Mamigonian nasceu em São Paulo, em 1935. É doutor pela Universidade de Estrasburgo (França), livre-docente e professor aposentado da USP. Atuou na UFSC e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), presidiu a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB). Foi pesquisador 1A do CNPq e contribuiu para a criação da pós-graduação e da Revista Geosul na UFSC. Atualmente, é presidente de honra do Instituto Ignacio Rangel.
O livro Hércules no Monte Eta, de Luiz Queriquelli, professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) e da graduação em Letras-Português da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será lançado nesta quarta-feira, 28 de maio, às 19h, no Franz Cabaret, no Centro de Florianópolis. A primeira tiragem foi premiada por um edital do PGET, e todos os presentes no lançamento receberão um exemplar de cortesia.
O livro contém uma tradução em edição bilíngue da tragédia Hércules no Monte Eta, de Sêneca, acompanhada da novela Enganados (uma recriação da tragédia) e dois ensaios sobre a obra.
Mais informações instagram.com/latimtododia.
A Livraria Desterrados e o Laboratório de Estudos em História da África (LEHAf) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) farão o lançamento do livro A África e suas relações internacionais no dia 31 de maio, sábado, às 10h na Livraria Desterrados, no Centro de Florianópolis (Rua Tiradentes, 204).
A obra faz parte da série Relações Internacionais da editora Blucher, de São Paulo, e trata-se de uma leitura ligeira para quem deseja se inteirar dos desafios africanos. O livro conta a história recente da África a partir de uma abordagem nova, na qual o continente africano não é apenas considerado o grande teatro para ações decisivas ao futuro, mas também a gênese de um contingente humano com papel protagonista no drama atual da humanidade. O autor, Sílvio Marcus de Souza Correa, é professor do Departamento de História da UFSC e coordenador do LEHAf.
Para mais informações acesse o site da editora
No dia 9 de junho, segunda-feira, às 18h, haverá o lançamento conjunto de três publicações que colocam em evidência o protagonismo feminino nas lutas por direitos, memória e justiça, e faz um chamado à reflexão crítica e à mobilização coletiva. O evento ocorre no Espaço Cultural Gênero e Diversidades (ECGD) — localizado na Rua Des. Vitor Lima, 45, no campus da UFSC, em frente à Praça do Pida, na Trindade. O evento é gratuito e aberto a todos.
O lançamento dessas três publicações é “Será um momento de reflexões potentes e necessárias sobre os enfrentamentos das mulheres diante das múltiplas formas de violência”, afirmam as organizadoras. O encontro reunirá autoras, coletivos, pesquisadoras e militantes, além de abrir espaço para o debate com o público presente. As obras lançadas abordam temas como a violência obstétrica, a violência política de gênero e os desafios enfrentados por mulheres em cargos de liderança e decisão. É um convite para pensar o Brasil a partir da experiência das mulheres — com escuta, sensibilidade e compromisso.
“Somos Todas”: dar voz à dor e à força do parto
A primeira publicação da noite, “Somos Todas”, de Daniele Manfrini, vinculada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH/UFSC), mergulha em um dos temas mais silenciados da experiência feminina: a violência obstétrica. Fruto de sua tese de doutorado, o livro parte da vivência da própria autora para construir uma pesquisa encarnada, que cruza sua trajetória profissional como assistente social com a sua experiência pessoal de parto.
Além de uma análise acadêmica, a obra é também um ato político e coletivo, que dá voz a mulheres que enfrentaram abusos, negligências e desrespeitos em momentos cruciais de suas vidas. Por meio de relatos emocionantes e contundentes, o livro revela como essas mulheres transformaram a dor em mobilização, reivindicando respeito, acolhimento e autonomia para todas. A narrativa, escrita em primeira pessoa, articula teoria feminista e prática social, destacando a importância das epistemologias feministas e do conhecimento situado na produção acadêmica.
“Direitos diante da Violência Política contra Mulheres”: resistências nos espaços de poder
A segunda obra, “Direitos diante da Violência Política contra Mulheres”, é fruto de uma pesquisa desenvolvida pela Cátedra Antonieta de Barros: Educação para a Igualdade Racial. Partindo da célebre fala da ex-presidenta Dilma Rousseff — “É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos” —, o livro traz à tona os obstáculos enfrentados por mulheres que ocupam cargos de liderança e poder.
Além de narrar casos, o guia busca fortalecer a atuação política das mulheres e apontar estratégias de enfrentamento às múltiplas formas de violência que incidem sobre elas, especialmente quando suas identidades são atravessadas por interseccionalidades. Mulheres negras, indígenas, LBTQIA+, com deficiência, ciganas e de comunidades periféricas são alvo de uma violência acumulada, que une machismo, racismo, capacitismo e outras formas de opressão.
A publicação ressalta que a construção de ambientes mais seguros e igualitários exige políticas públicas eficazes, mudanças culturais profundas e o engajamento da sociedade civil, além da implementação contínua de medidas de proteção. O livro também é um agradecimento à Secretaria Nacional de Articulação Institucional Ações Temáticas e Participação Política do Ministério das Mulheres, responsável pelo financiamento da pesquisa.
“Violência Política de Gênero: guia de conhecimento e boas práticas”: ferramentas para reagir e resistir
A cartilha “Violência Política de Gênero: guia de conhecimento e boas práticas”, produzida pelo Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC), foi elaborado no âmbito do projeto “Internet Segura com Perspectiva Crítica de Gênero”, com apoio da FAPESC, e visa oferecer orientação prática, apoio e informação sobre os sinais e manifestações da violência política de gênero, tanto em espaços presenciais quanto digitais.
A cartilha identifica formas de violência comuns sofridas por mulheres que atuam na política ou que se expõem publicamente — como comentários misóginos, ataques coordenados nas redes sociais e discursos de ódio — e propõe procedimentos legais, formas de apoio e estratégias de autoproteção. Ao mesmo tempo, busca educar e sensibilizar sobre a importância de ambientes democráticos inclusivos, onde mulheres possam exercer sua cidadania com segurança e dignidade.
Mais informações no site do IEG (ieg.ufsc.br), Instagram (@iegufsc) e pelo e-mail estudosdegenero@gmail.com