Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora
Cultivada há cerca de dez mil anos, as abóboras são fontes de vitamina C, carotenóides, cálcio, ferro e fósforo, entre outros compostos nutricionalmente importantes. Hoje em dia, são consumidas em diversos países como legume ou sobremesa. Suas sementes, muito ricas em óleo e proteínas, são approveitadas em quantidades expressivas na Grécia como aperitivo, e na Nigéria são fermentadas e empregadas em um produto local denominado “ogiri”, ingrediente para vários alimentos. O óleo das sementes, com alta quantidade de ácidos graxos insaturados e vitamina E, é comumente usado na Eslovênia, Hungria e nas regiões sul da Áustria.
No Brasil, a cultura desta hortaliça está ligada ao consumo de mesa, in natura, pouco industrializada e subutilizada. Desconsidera-se o emprego das cascas ou sementes, e a polpa, que constitui mais de 80% dessas hortaliças, pode ser apreciada em novos produtos ainda desconhecidos pelo mercado. O aproveitamento integral da abóbora visando sua valorização no mercado, na produção de salgadinhos de sementes do tipo snacks, farinha e polpa, é o objetivo de um projeto da UFSC. O estudo é coordenado pela professora Edna Regina Amante, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias.
Implantado em 2007, o trabalho avaliou a viabilidade técnica e econômica para a valorização do potencial tecnológico da matéria prima no município de Ponte Alta – SC, um dos grandes produtores de abóbora em Santa Catarina. As ações foram desenvolvidas junto ao Programa de Apoio às Agroindústrias, do Laboratório de Frutas e Hortaliças da UFSC, com a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A proposta é atuar com produtos ou subprodutos que hoje não têm muito valor e seriam até mesmo descartados. “O motivo para trabalhar com a abóbora, ou moranga, está sua baixa valorização. Sendo Ponte Alta a capital da moranga, a Universidade pode ajudar no desenvolvimento de produtos com maior valor agregado do que os tradicionais, que tragam mais renda ao município, mais empregos, e alimentos para os consumidores”, explica a coordenadora.
Ela lembra que em todo o mundo, sementes de abóbora são conhecidas como importantes fontes de nutrientes e propriedades medicinais. No entanto, elas predominam como resíduo na produção de geléias em regiões com carência nutricional. Além disso, a proteína das sementes poderiam ser usadas em formulações de derivados de carne, melhorando a sua qualidade nutricional e reduzindo custos.
Nos processos previstos pelo projeto, a polpa é separada das sementes sem danificá-las, uma vez que irão constituir matéria prima para os snacks. A polpa é formulada de modo a adequar a sua viscosidade para o mercado, onde poderá ser destinada para diferentes produtos. . O mercado para esse produto é muito amplo, passando por cozinhas institucionais, restaurantes, hotéis e redes de supermercados.
Além disso, para 3.500 kg/dia de abóbora cozida, pode-se a produzir entre 175 e 350 kg de farinha, que pode ser comercializada para a elaboração de sopas instantâneas e pães especiais, na forma de mix com a farinha de trigo.
A tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Frutas e Hortaliças da UFSC permite ainda o amaciamento da semente para facilitar o consumo, salgado, como snacks ou revestido como confeito de café, chocolate ou outra cobertura.
De acordo com dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Ponte Alta possuía 23 estabelecimentos agropecuários na safra 2002-2003 e produziu 1.845,5 toneladas de abóbora. Considerando o incentivo que este projeto oferecerá ao cultivo da hortaliça naquele município e na região, a análise econômica do projeto considerou a produção de 2.000 toneladas por safra, com a possibilidade de até duplicar esta produção.
Mais informações: (48) 3721-5371 / e-mail: eamante@cca.ufsc.br
Por Natália Izidoro / Bolsista de Jornalismo na Agecom
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Fotos: Paulo Noronha / Agecom
Fotos: Gustavo Provesi




A terceira conferência do ciclo O Pensamento no Século XXI traz um pensador dos EUA para falar sobre o modernismo e o tropicalismo brasileiros. No dia 24 de maio, segunda-feira, às 19h, no auditório da Reitoria da UFSC, Christopher Dunn, doutor em Estudos Luso-Brasileiros pela Brown University (1996) ministra a conferência “A arte é uma extensão do corpo. Eu expliquei pro polícia tudo: Waly Salomão e a contracultura brasileira”. No dia seguinte, terça-feira, às 10h, também no auditório da Reitoria, Dunn proferirá a aula “Três Modernidades Tropicalistas”.
O Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC) promove no dia 27 de maio a terceira edição do projeto Encuentros 18:30. O evento será às 18h30min, no auditório do Centro Sócio-Econômico. Os encontros, que acontecem desde o final de 2009, representam um espaço de discussão sobre a América Latina.
Neste sábado (22), às 20h10, estreia uma série especial sobre o cinema catarinense, começando com Zeca Pires. O cineasta já dirigiu 12 filmes, entre documentários, curtas e longa-metragens, com ênfase na cultura catarinense. Foi também um dos criadores da Cinemateca Catarinense e do Fundo Municipal de Cinema. A série começa com “Caminhos do Divino”, que mescla depoimentos sobre a importância cultural do culto ao Divino Espírito Santo e ficção, que conta a história e as origens da tradição. 

Com O sexo vegetal, um livro de hai kais ocidentais que transpõe os gêneros literários, o escritor e professor de Literatura da UFSC Sérgio Medeiros foi selecionado entre os finalistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2010. Publicada pela Iluminuras em 2009, a obra concorre ao prêmio máximo ao lado de nomes como Chico Buarque, Dalton Trevisan, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes, Lourenço Mutarelli, Mia Couto, Milton Hatoum, Marina Colassanti, Nélida Piñon. Esses ilustres compõem uma lista de 54 grandes autores da África, Brasil e Portugal, selecionados entre 409 escritores, dentre os quais Medeiros é o único escritor de Santa Catarina que permanece na final.
A discussão sobre a ética na relação entre a comunidade científica e as comunidades indígenas na apropriação dos elementos de sua cultura para estudo ou exposição pública está em pauta em todo mundo. Nesta quinta-feira, dia 20, às 15h30min, no Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, da UFSC, a busca de uma conduta acadêmica mais transparente, respeitosa e solidária reúne pesquisadores, museólogos e representantes da comunidade Guarani em torno da mesa-redonda “Retorno de coleções museológicas às comunidades de origem”.
Cinema, Chá & Cultura traz Shakespeare, novamente, no dia 21 de maio (sexta-feira), às 19 horas. Desta vez, será exibido O Mercador de Veneza (2004) que se passa no século XVI, quando o jovem nobre Bassanio (Joseph Fiennes) pede dinheiro emprestado ao amigo Antonio (Jeremy Irons), para viajar a Belmont e pedir a mão de Portia (Lynn Collins). Como Antonio não tem o dinheiro disponível naquele momento, a solução é procurar o agiota Shylock (Al Pacino), que pede como garantia uma libra da própria carne de Antonio, caso a dívida não seja paga na data estipulada. As ressurgências de preconceitos e discriminações no século XXI nos convidam a lançar um olhar mais aprofundado sobre O Mercador de Veneza.
A Praça da Cidadania, localizada em frente à Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e geralmente usada como um espaço de transição dos estudantes entre um Centro de Ensino e outro, às quartas-feiras, se torna ponto de encontro para aqueles interessados em comprar alimentos orgânicos. Desde 2006, as barraquinhas da EcoFeira Solidária oferecem pães, geléias e laticínios à comunidade acadêmica e moradores de Florianópolis que passam pelo local.
Nos dias 19, 20 e 21 de maio será realizado o 2º Seminário Catarinense de Educação do Campo – Movimento pela elaboração das Diretrizes de Educação do Campo de Santa Catarina. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Instituto Educampo/UFSC e o Fórum Catarinense de Educação do Campo (FOCEC), com o apoio do Centro Vianei de Educação Popular (Lages/SC).
Os estudantes que chegam ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) encontram um cenário diferente ao entrarem no hall das salas de aula: uma intervenção artística em forma de espiral colorida, dando sustentação a diversos cartazes. Trata-se da exposição dos cartazes do II Concurso sobre Lesbofobia, Transfobia e Homofobia nas Escolas, promovido pelo NIGS – Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades, que teve na sua abertura uma apresentação da professora Miriam Pillar Grossi, coordenadora do Núcleo, e que contou também com a presença da coordenadora de Extensão da UDESC, professora Jimena Furlani. A exposição e o concurso estão inseridos nas atividades que marcaram o Dia de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, 17 de maio, marco mundial e data instituída por lei no município de Florianópolis. 























