Festival de Música da UFSC divulga nome dos vencedores

18/08/2010 16:39

Marco Valente e Maria de Lourdes Borges

Marco Valente e Maria de Lourdes Borges

Rock, MPB, pop, bossa nova, reggae, chorinho, baião, samba, sambão, marcha, habanera, música clássica, erudita e instrumental, e até letras em francês fazem parte do repertório das 20 músicas selecionadas para o Festival de Música da Grande Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina – Edição 50 anos. O resultado, divulgado nesta quarta-feira, 18, às 10 horas, pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (SeCarte), em coletiva no Departamento Artístico Cultural (DAC), na presença dos autores contemplados, dá uma boa ideia do que será a I Mostra Musical no final deste mês: um espetáculo representando a diversidade, a originalidade, a qualidade e o experimentalismo da música produzida na Grande Florianópolis que ainda não ganhou espaço no mercado cultural.

Os vencedores participarão da I Mostra Musical em comemoração aos 50 anos da universidade, que ocorrerá nos dias 28 a 29 de agosto, na Praça da Cidadania da UFSC, e tem caráter não competitivo. Eles terão sua música gravada em um CD e DVD. Ao anunciar o nome dos vencedores, a secretária de Cultura e Arte da UFSC Maria de Lourdes Borges lembrou que o Festival veio para incentivar o surgimento de novos valores e propiciar a afirmação de nomes já reconhecidos no cenário musical da Grande Florianópolis.

O coordenador do Festival, o músico Marco Valente, que também coordena o Projeto 12:30, do DAC, salientou que o resultado premia a excelência técnica e a inovação artística que marcam as composições premiadas, algumas bastante arrojodas. “A comissão de seleção manteve um alto nível de exigência para dar visibilidade ao talento e à pesquisa musical, mas preservou o ecletismo, sem fazer nenhum tipo de discriminação a gênero ou ritmo”. Os critérios considerados foram qualidade de composição, de estilo, de execução, de interpretação e das construções harmônicas e melódicas.

Os 20 selecionados

Os 20 selecionados

Na terça-feira da próxima semana, a Comissão de Organização deverá realiza a primeira reunião técnica com os selecionados para cuidar da qualidade artística do espetáculo nos dias da Mostra e definir a ordem de apresentação dos artistas. Entre os contemplados estão músicos profissionais e amadores de Biguaçu, São José e de vários bairros de Florianópolis, a maioria jovem e estudante do sexo masculino de várias universidades e de vários campos do conhecimento.

Chama atenção a quantidade de melodias instrumentais de caráter experimental, como é o caso de William Fernandes de Souza, estudante de música da Udesc, 24 anos, que compôs uma habanera, ritmo ibérico trazido pelos colonizadores portugueses que lembra o terno de reis. William salienta a importância dos festivais para pesquisadores como ele, que gosta de brincar com elementos antigos da música clássica e ritmos brasileiros para criar uma estética nova. “Como compositor de música de orquestra, as chances de aproveitamento no mercado de Florianópolis são zero”. A estudante de Letras da UFSC Naya Rodrigues, 21 anos, que estuda violão desde os 14, comemorou a o fato de ter sua primeira composição selecionada em um festival. Ela optou por uma canção romântica intitulada “Olhos negros”, inspirada na bossa nova.

Mas também há artistas já tarimbados e premiados, como Eduardo Hector Ferraro, 48 anos, professor de música da Univali e integrante do grupo Arreio sem Freio, que foi eleito por “Cabra da Peste”, executada com pífanos, instrumento típico do baião e improvisações com flauta transversal. E Denise Castro, cantora e pianista profissional, foi escolhida pelo samba “Ninguém merece”, que justamente faz uma sátira criativa e bem humorada à mediocridade da música brasileira comercial: Vou fazer uma prece a São Pixinguinha/Que me livre de ouvir coisa ruim/Mesmo sendo minha/Pois ninguém merece aquilo que não combina/O que não sobe nem desce/cantor que desafina (…). Como vários outros participantes, ambos são músicos com diversas passagens pelo projeto 12:30 do DAC, focado no incentivo à produção artística local.

As músicas e os compositores selecionados entre um total de 47, por ordem de pontuação: 1. Eucaliptos ao vento, de José Otávio de Caldas Rosa, 2. Festa da 991, de Tiago Brizolara da Rosa, 4. Cabra da Peste, de Eduardo Hector Ferraro, 5. A Nova Casa, de Lucas Nunes Quirino, 5. Fille Faille, de Isabelle Quimper, 6. Sensato, da Banda Somato, 7. Carpe Diem, da Banda Jeremias Sem Cão, 8. Ninguém Merece, de Denise de Castro, 9. Na Sorte ou no Azar, de Eduardo Wagner, 10. Impossível, de Thiago José, 11. Jurema, de Francisco Muleka Ngoy; 12. Aqui estou Eu, de Kristian Korus, 13. Arbusto, de Fernando Rocha da Silva, 14. Touro, da Banda Blame, 15. Humungus, de Gabriel Felipe Horbatuik Dutra, 16. Frio, de Jean Marcelo Mafra e 17. Décimo Andar, de Erlon Evaldo Graboviski, 18. Escolha, de Jairo André Portela de Oliveira, 19. Olhos Negros, de Naya Rodrigues e 20. É uma habanera, de Willian Fernandes de Souza.

Por Raquel Wandelli/Jornalista na SeCarte

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Editora da UFSC desponta na Bienal do livro com títulos de conteúdo universal

18/08/2010 11:18

A participação da editora na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que abriu no dia 12 e vai até o dia 21 deste mês no Anhembi, coincide com a excelente repercussão no mercado nacional de Divagações, livro de ensaios do poeta francês Stéphanne Mallarmé; Edifício Rogério, com os Ensaios Críticos I e II, do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e de Poesia Herege, do poeta argentino Evaristo Carriego. Todos mereceram resenhas nos suplementos literários dos principais jornais do país e do Estado e referências elogiosas de expressivos críticos do país. Junto com essas obras, que estão sendo apresentadas na Bienal, a editora lança também a nova safra de publicações de peso que incluem Miguel Vale de Almeida, ensaísta e antropólogo português, e Gonçalo Tavares, poeta e romancista também português. São títulos já aguardados e festejados pelo mercado editorial brasileiro, como a Livraria Cultura, de São Paulo, que privilegiou dois livros da editora catarinense no seu estande de entrada: Divagações e Edifício Rogério.

Um dos mais importantes escritores contemporâneos de Portugal, com obras traduzidas e editados em mais de 20 países, Gonçalo M. Tavares escreveu para a EdUFSC Breves Notas, publicado em forma de livro-estante que reúne vários volumes em uma caixa-presente. A obra foi publicada em parceria com a Editora da Casa, ligada a Design Editora, de Jaraguá do Sul. Também em parceria, desta vez com a editora portuguesa Imprensa de Ciências Sociais, a EdUFSC leva à Bienal A Chave do Armário, livro do professor e deputado português Miguel Vale de Almeida, um dos mais importantes pesquisadores atuais das questões de gênero no mundo, que analisa a união entre gays. Divagações, de Mallarmé, foi lançada pela UFSC em Florianópolis no dia 12, na presença do tradutor Fernando Scheibe e Chave do Armário, será lançada durante o Congresso Fazendo Gênero, no dia 25 de setembro, às 19 horas, no auditório do Centro de Cultura e Eventos em Florianópolis.

Na nova política da editora, o critério de seleção para publicação de livros é a relevância e a universalidade e não a procedência geográfica, conforme enfatiza Medeiros. Essa medida recebe a aprovação das principais editoras do gênero do país que participam da

Bienal reunidas no estande da Liga de Editoras Universitárias. “O critério da origem me parece equivocadíssimo”, aponta Wander Melo Miranda, diretor da Editora da UFMG. “Se um livro se restringe à categoria do local não pode ser publicado pela editora de uma universidade que tem por princípio articular o local com a inteligência universal”. Paulo Franchetti, diretor da Editora da Unicamp, lembra que a universidade, quando surgiu na Idade Média, já era por vocação um lugar internacional dentro de cada país. Os professores das universidades medievais eram recrutados de vários lugares por sua competência e universalidade de pensamento. “Ceder ao argumento da reserva de mercado para publicar a pesquisa científica e para a produção literária é condená-la à insignificância”. O autor de um livro universitário precisa fazer a interlocução com os textos de outros lugares. “Deve ser publicado porque é bom e não por protecionismo”, aprova Franchetti.

Seguindo o padrão das demais integrantes da Liga, a UFSC está dedicando 50% da publicação à excelência do conteúdo, sem considerar a origem do autor e os outros 50% à pesquisa realizada na universidade, explica. As séries Didática e Ethica, compostas a partir da produção de pesquisadores da UFSC, também estão sendo valorizadas na Bienal. O estande da UFSC oferece títulos recordes de vendas, como Introdução à Engenharia, de Luiz Teixeira do Vale Pereira e Walter Bazzo, Estatística Aplicada às Ciências Sociais, de Pedro Alberto Barbetta e Estatística para as ciências agrárias e biológicas com noções de experimentação, de Dalton Andrade e Paulo Ogliani. E também os recém-lançados: Fundamentos de aritmética, de Hygino H. Domingues Anatomia Sistêmica: uma abordagem direta para o estudante, de Carla Gabrielli e Juliano Córdova Vargas, Atualidade em Hegel, de Maria de Lourdes Borges e Batalha de Papel, de Mauro César Silveira.

Por Raquel Wandelli/Jornalista na SeCarte

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Denise de Castro se apresenta no Projeto 12:30

18/08/2010 10:48

O Projeto 12:30 desta quarta-feira, 18/08, apresenta o show da cantora e compositora Denise de Castro. A apresentação será na concha acústica da UFSC, às 12h30min, é gratuita e aberta à comunidade

Denise de Castro, além de compositora, é cantora e pianista nascida em Florianópolis/SC. Graduada em Licenciatura em Música pelo Centro de Artes da UDESC, possui grande experiência profissional, e passou por 4 anos realizando shows de música popular brasileira em diversos bares, teatros e casas de show em Portugal e Espanha.

Gravou em São Paulo o CD Espírito da Terra com composições próprias, arranjos e produção de Luiz Meira e a participação de músicos importantes no cenário nacional. Em São Paulo foi professora de piano popular, canto popular e teclado no Estúdio Laser e na Escola Aqui Jazz, além de fazer diversos shows na noite paulistana (All Of Jazz; Garoa Bar; Bar Fidel; Bar Piratininga).

Em Florianópolis, recentemente lançou o seu novo CD Todas As Ondas. Para gravação contou com a participação de experientes músicos da cidade, em destaque a cantora Maria Helena e o saxofonista Ney Platt, além da banda Quebra com Jeito nos metais e do grupo Um Bom Partido. Com composições próprias, dividiu os arranjos com Wslley Risso.

Além dos CDs, entre suas produções musicais destaca-se direção musical do show Festa Pra Cascaes promovido pelo governo do estado de Santa Catarina em comemoração do centenário de Franklin Cascaes; trilha sonora para o curta-metragem L’amar de Sandra Alves; direção musical do Projeto Nossos Compositores (resgate de autores catarinenses); participação no CD Festival de Música Cidade da Canção – Maringá 2007; 2o lugar no Concurso de Marchinhas de Carnaval 2007 da Prefeitura Municipal de Florianópolis como compositora e intérprete com a marcha-rancho Marcha para um Seresteiro; 3o lugar no Concurso de Marchinhas de Carnaval 2008 da Prefeitura Municipal de Florianópolis como compositora e intérprete com a marcha-rancho Carnaval do Amor; 1º lugar no Concurso de Marchinhas de Carnaval 2009 da Prefeitura Municipal de Florianópolis como compositora e melhor intérprete com a marcha-rancho Guardiã do Samba; 3º lugar Concurso de Marchinhas de Carnaval 2010 com a marchinha Eu Não Quero Virar Boneco; e melhor intérprete na etapa regional de Santa Catarina no 1º Festival Nacional de Música da ARPUB – Associação das Rádios Públicas do Brasil com a música Arrastão do Boitatá. É professora de musicalização, piano, teclado e canto na Escola Livre de Música Compasso Aberto em Florianópolis.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

SERVIÇO:

O QUÊ: Show com Denise de Castro.

QUANDO: Dia 18 de Agosto de 2010, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito, aberto à comunidade.

CONTATO: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447

CONTATO: E-mail: denisedecastro@terra.com.br

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30; DAC; SeCArte; UFSC, com material institucional e fornecido pela artista.

Editoras universitárias atravessam a Bienal com os melhores conceitos no mercado livreiro

17/08/2010 18:29

A projeção das editoras universitárias é a maior novidade do mercado livreiro nacional. Pesquisa mostra que a produção do livro universitário, voltado para a formação cultural do brasileiro, foi a que mais cresceu em qualidade no ano de 2010. É nesse cenário otimista e desafiante que a Editora da UFSC (EdUFSC) retorna ao mundo da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que abriu no dia 12 de agosto e vai até o dia 22, no Centro de Exposições Anhembi, em São Paulo. Representando Santa Catarina na terceira maior feira de livros do planeta, a EdUFSC integra, na condição de sócio-fundadora, o grupo seleto das sete instituições públicas agrupadas em torno do estande da recém-criada Liga de Editoras Universitárias (LEU), de onde expõe para um público de aproximadamente um milhão de pessoas seu novo padrão gráfico e editorial.

Dissidência da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu), que durante mais de 20 anos agregou as instituições públicas e privadas de ensino, a LEU estreia na megaexposição com o propósito de afirmar uma política pública de promoção do chamado livro de conhecimento. E ainda tem o desafio de potencializar uma tendência favorável do mercado: durante a feira, os editores universitários comemoraram divulgação recente de pesquisa do jornal Valor Econômico, segundo a qual quatro integrantes da Liga ocupam as seis melhores posições entre as editoras brasileiras eleitas por um grupo de críticos e professores de ensino superior: a Editora da Universidade Federal de Minas Gerais (EdUFMG), a da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a da Universidade de São Paulo (EdUSP), que empatou com a da Universidade de Brasília (UnB) figuram no pódio de qualidade logo atrás das poderosas Cosac Naify, em primeiro, Companhia das Letras, em segundo, e, emboladas no terceiro lugar, a Zero, Martins Fontes e Record.

A pesquisa demonstra o espaço representativo e único que as editoras acadêmicas ocupam no cenário cultural brasileiro. “Ao contrário das empresas comerciais, que se guiam pelo sucesso de vendas, só as nossas editoras, porque recebem subsídios de órgãos de pesquisa, podem se pautar exclusivamente pelo interesse universal das obras, sem se preocupar com o retorno financeiro”, analisa o presidente da LEU Wander Melo Miranda, intelectual que há 20 anos dirige a EdUFMG. “Estamos unindo esforços entre editoras afinadas com o propósito de produzir livros relevantes para o avanço do conhecimento no país nas mais diversas áreas”.

Além das já citadas, integram a Liga que acaba de se registrar como entidade sem fins lucrativos as editoras da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), além da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (IOESP). A criação de uma entidade alternativa à Abeu e específica das instituições públicas busca um diferencial em relação às universidades privadas, justifica Miranda. “Temos conselhos editoriais rigorosos e uma afinidade maior com a qualidade dos catálogos”, pontua Paulo Franchetti, diretor da Unicamp Editora. Outras instituições de peso estão pedindo filiação à entidade, como a Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mas Miranda garante que essa aproximação é espontânea. “Não vamos sair à caça de filiados. A única política que nos interessa é a do livro”.

No segundo dia da mostra, os sócio-fundadores se reuniram para definir Florianópolis como a sede da terceira reunião da entidade sem fins lucrativos e do primeiro seminário da LEU, a ser organizado em outubro pela EdUFSC, que em dezembro completa 30 anos de fundação. O diretor Sérgio Medeiros, responsável pela virada editorial, aproveitou a ida à Bienal para acertar com o poeta, tradutor e crítico literário Augusto de Campos, a publicação do livro de poemas de Pagu, organizado por ele, marcando a programação alusiva à data. Depois de ficar de fora da última Bienal e de outros eventos desse porte, a EdUFSC retorna à exposição com o propósito de seguir um padrão de excelência.

Dentre um total de cem títulos e mil exemplares figuram como cartão de visitas do estande da UFSC Divagações, de Mallarmé, Edifício Rogério, de Sganzerla, Breves Notas, de Gonçalo Tavares, Poesia Herege, de Evaristo Carriego e A chave do armário, de Miguel Almeida. E ainda A Batalha de Papel; a charge como arma na Guerra contra o Paraguai, de Mauro César Silveira, Economia e Sociedade, de Max Weber e Atualidade em Hegel, de Maria de Lourdes Borges, todos da nova coleção. A aposta em um padrão gráfico artístico e em uma seleção de títulos definidos pelo critério de relevância do conteúdo e não pela origem do autor foi logo percebida pelo público visitante.

“Se prosseguir nesse padrão, logo a EdUFSC será em breve uma referência nacional das mais significativas na área”, prevê Plínio Martins Filho, diretor executivo da EdUSP e vice-presidente da Leu. Paulo Franchetti, diretor da Editora da Unicamp, destaca a importância da publicação de Divagações, único livro de ensaios de Mallarmé traduzido por Fernando Scheibe, pela primeira vez em língua portuguesa. “Trata-se de um livro fundamental, que todo mundo conhecia e citava, mas ninguém havia lido em português porque há muitos anos se esperava por um tradutor heróico. O livro resultou em uma excelente tradução, acrescida de um cuidado gráfico esmerado”, elogia Franchetti. A entrada da EdUFSC, com seu “olho para publicações” é uma aposta na renovação, segundo o diretor. “Uma editora precisa de tempo para consolidar um trabalho, mas o salto de qualidade da UFSC em menos de um ano foi impressionante”, registra Miranda, destacando a repercussão de Poesia Herege, de Evaristo Carriego, na mídia nacional.

A doutora em literatura brasileira e integrante do Núcleo de Pesquisa em Literatura, Linguística e Informática da UFSC (Nupill), Deise Freitas, que foi a São Paulo participar do Fórum Internacional do Livro Digital e acabou adiando seu retorno a Florianópolis para visitar a feira, sinalizou a diferença do padrão gráfico: “Os livros ficaram bem mais atraentes com capas em papel fosco e um layout limpo e moderno”, atestou, elegendo Divagações e Poesia Herege como os exemplares mais belos e importantes da exposição. Deise também aprovou a escolha do papel pólen para as páginas interiores.

Com ênfase na formação cultural do leitor, os estandes das editoras universitárias se diferenciam do restante da feira, marcada cada vez mais pelo apelo comercial. Transitar por uma das 15 avenidas do Anhembi é expor-se ao assédio de um pelotão de “estagiários” contratados à ocasião pelas grandes editoras como Abril, Globo, Três, Larousse com suas iscas e falsos brindes. Sua insistência para persuadir o cliente a assinar uma publicação periódica lembra mais as técnicas agressivas de um vendedor de bilhetes de loteria ou de um guardador de carros do que de um comércio cultural.

A programação adere ao culto à mercadoria, com a predominância de encontros protagonizados por autores de best sellers da onda vampiresca, personalidades excêntricas do cinema, como Zé do Caixão, ou artistas globais, a exemplo de Nívea Stelmann e Regina Duarte, dividindo a cena com autores reconhecidos como Mia Couto e Jost Garden, José Eduardo Agualusa, Benjamin Moser, Azar Nafisi, Miguel Gonçalves Mendes, Dacre Stoker, John Boyne, Rogério Manjate. A isenção da entrada para os visitantes fantasiados também incentivou o desfile de personagens de desenhos animados japonês e outros personagens televisivos muito distantes do universo literário.

Entre o barulho dos caçadores de cartão de crédito e da tietagem a artistas e candidatos políticos que tem passagem obrigatória pelo Anhembi, a Bienal pode ser vista mais como um espetáculo circense em torno do livro do que um evento voltado para o livro em si. “Um modelo com os dias contados”, segundo Franchetti e Plínio Martins, que acreditam mais na eficácia de feiras regionais. Se cada família visitante adquirisse um exemplar, não haveria mais livros nos estoques da Bienal, como lembra Plínio. O público que paga R$ 10,00 por pessoa para entrar no Anhembi e R$ 25,00 para estacionar vai a Bienal ver o livro e não necessariamente comprá-lo. “Considerando uma família com quatro pessoas e o preço da alimentação no local, é provável que não sobre para a compra”, pondera Plínio, crítico mordaz da cobrança de ingresso.

As próprias editoras universitárias empreendem eventos mais eficazes na democratização do acesso ao livro, realizando elas mesmas suas feiras. É o caso da Edusp, que promove em setembro sua tradicional Festa de Livros, com entrada gratuita e descontos vantajosos. “É uma espécie de antibienal”, define. Caso também da UFSC, que até o dia 31 de agosto, na Praça da Cidadania, realiza o Feirão Volta às Aulas, quando os exemplares das novas e antigas coleções serão oferecidos com até 50% de desconto. A liga também já planeja sua participação na Feira do Livro de Frankfurt no próximo ano e no Salão do Livro de Paris.

O peso simbólico do evento supera, no entanto, o resultado em vendas. Durante 10 dias de Bienal o livro se torna objeto de desejo e foco das atenções no país que quer vencer um dos mais baixos índices de leitura do mundo. “Deixamos de ocupar espaço semanal nos suplementos literários para ser a pauta diária da mídia. É só por isso que ainda participamos desta feira”, pondera Plínio. “Na esperança de que um dia esses espectadores do livro se tornem também seus leitores”.

Editoras examinam com cautela euforia em torno do livro digital

As editoras universitárias também marcam sua posição no momento em que a comercialização dos modelos de livro eletrônico chega definitivamente no Brasil e alvoroça as livrarias. O salão da Bienal tornou-se uma plataforma de lançamento dos novos modelos, com a criação de espaços em que a leitura digital é o grande chamariz da feira, principalmente do público escolar e jovem. Entre atentos e desconfiados, assim pode-se definir a receptividade ao novo suporte entre os editores, que evitam uma adesão eufórica à nova tecnologia, mas também não a desconsideram como ferramenta complementar importante, embora nunca substituta do livro. Em entrevista ao Jornal Universitário, os editores falaram a respeito dos novos suportes de leitura.

Plínio Martins Filho (Edusp):

Eu não vou perder tempo com livro digital. Estão preocupados sómente em vender aparelhos, não em vender leitura. O e-book não incentiva o hábito de leitura para crianças porque elas já têm a televisão. Como instrumento e complemento da leitura é excelente, porque você não vai viajar com cem livros se pode levá-los gravados no aparelho, mas não é um instrumento de leitura prazerosa, de fruição. O I-pad jamais vai substituir o livro. Como diz Umberto Eco, depois que inventaram a roda e o garfo não dá mais para inventar a roda e o garfo. O livro eletrônico é uma imitação do livro, mas não é igual a ele. Pode fascinar as pessoas, mas vai obrigá-las a atualizar a tecnologia todos os anos, porque o objetivo é a venda. A tecnologia do livro impresso ainda é muito melhor. O importante do livro é o conteúdo, não o aparelho. Livro é livro em qualquer suporte. Mercado exagera nas vantagens dos livros eletrônicos para vender aparelho e não livro, e não cultura. Como a internet, são excelentes instrumentos para informação, não para formação cultural, ou para criação de hábito de leitura.

Estão tentando melhorar o e-book e no dia em que conseguirem superar o livro na sua praticidade, ótimo vamos aderir. Por enquanto, o livro serve mais à gente do que o outro. Não enguiça, não quebra, é portátil. Só tem dois inimigos: a água e o fogo. É falácia dizer que o livro ocupa muito espaço e aumenta a degradação ambiental. Imagine se três milhões de pessoas comprarem um e-book? Muito pior o lixo eletrônico que vai gerar. Conte quantos livros são impressos e quantos e-books são comercializados. Provavelmente não se tem no Brasil mais que três mil e-books vendidos. A Saraiva vendeu 1.500 desde que o produto foi lançado.

Paulo Franchetti (Unicamp)

Sou um adepto da tecnologia: trago no meu air fone 101 romances e novelas clássicos, audiobooks que posso ouvir em várias línguas, além de e-reader para fazer downloads de livros comercializados pela Amazon. Não acho que sejam tecnologias concorrentes do livro em todos os aspectos e circunstâncias. Boa parte dos livros de papel exige que você os rabisque ao ler. Isso tem um caráter físico. Não temos a mesma agilidade no e-book; fazer rabisco não é como anotar do lado. Tem que entrar em uma relação mediada pela técnica.

Livro impresso tem qualidade melhor, é mais confortável. Mesmo no caso do i-pad, a tela do computador cansa. Quando surgiu o cinema todo mundo achou que o teatro acabaria e quando surgiu o computador achou-se o mesmo em relação à TV. No entanto, todos esses meios continuam funcionam simultaneamente em sua especificidade. Acho que vai haver uma acomodação. Dicionários e enciclopédias estão fadados a desaparecer. Livros técnicos, obras de referência, títulos que precisam de atualização muito rápida, por exemplo, não serão mais impressos. Imaginem buscar uma jurisprudência entre 40 volumes como os advogados faziam? Tudo que depende de informação de caráter perecível vai migrar para o suporte eletrônico. Acredito que best sellers comerciais também vão migrar para o computador porque são leituras de moda, que não ficam. Obras que exigem maior envolvimento e mais tempo de leitura, no banheiro, na cama, na praia, continuarão sendo impressas, porque ninguém leva um i-pad pra ler na Praça da República, sob a ameaça de ser assaltado. E ninguém vai à praia ou piscina com um i-fone, sujeito a entrar areia, respingar água, cair no chão e estragar.

Wander Melo Miranda – presidente da LEU (UFMG Editora)

Como pesquisador não me preocupo com o e-book. Tenho formação de ler livro em papel. É apenas outro suporte de leitura. Acho que livros impressos e eletrônicos vão conviver por muitas décadas ainda. As universidades, enquanto geradoras de conhecimento e tecnologia, precisam se preocupar com essa inovação não porque está na moda ou porque o mercado lançou e dá lucro. Precisamos refletir com cuidado se vai contribuir antes de investir dinheiro. Acho que a invenção do e-book já colou – os Estados Unidos nos mostram isso – mas embora as universidades devam estar à frente do seu tempo, o Brasil tem tanta carência de bibliotecas de papel que me pergunto se investir no livro digital seria a solução.

Por Raquel Wandelli/Jornalista na SeCarte

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Workshop é “cartão de visitas” para a pós-graduação da Geologia

17/08/2010 12:59

Aconteceu nesta quarta-feira o encerramento do workshop “Riscos e desastres naturais”, no auditório da Reitoria. O evento, que teve início às 8h30, exibiu palestras de mestrandos da área da Geologia, entre eles Henrique Rocha, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da UFSC, e Harideva Égas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membros da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) também apresentaram seus trabalhos.

Para o professor Juan Antonio Altamirano Flores, do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFSC, o workshop foi um prévio cartão de visitas da implementação da pós-graduação em Desastres Naturais e Gestão de Risco. “Temos a experiência acumulada de muitos profissionais que atuaram e continuam atuando em Santa Catarina para criar uma memória científica sobre, principalmente, inundações e deslizamentos”, destaca Flores. “A UFSC tomou uma importante iniciativa a médio e longo prazo na formação de geólogos habilitados em geotécnicas”, complementa.

A importância da pós-graduação se reflete nos estudos de acidentes naturais na faixa da Serra do Mar, que vai do Rio Grande do Sul à Bahia. “Os desastres são mais frequentes no litoral da região sul, mas não ficam restritos a esse espaço. Cidades do interior de Santa Catarina, como Caçador também apresentam falhas geológicas”, revela o professor.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Foto:Paulo Roberto Noronha/Agecom

UFSC divulga 5ª chamada do processo seletivo do SISU/ MEC 2010 pela lista de espera

17/08/2010 12:43

O Departamento de Administração Escolar da UFSC através do Edital nº 38/GD/PRAE/UFSC está divulgando a 5ª chamada do processo seletivo do SISU/MEC/2010 – Lista de Espera – Classificação do SISU.

Foram levadas em consideração a lista de espera (categoria ampla concorrência) e a colocação do candidato no curso, apresentada em data de 19 de julho, além da existência de vagas nos cursos de graduação. Os 10 candidatos convocados devem efetivar matrícula de 18 a 20 de agosto, nos campi dos referidos cursos:

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LIC – NOTURNO

ENGENHARIA DE AQUICULTURA

FONOAUDIOLOGIA

O edital está disponível no seguinte endereço:

Acesse o Edital completo

As matrículas serão realizadas no DAE em horário comercial.

Equipe da Udesc visita a Agência de Comunicação da UFSC

17/08/2010 11:04

Equipe de Comunicação UDESC liderada pelo jornalista Paulo Roberto Santhias realizou ontem pela manhã (16) uma visita às instalações da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom). Recebida pela direção da agência, conversou com os profissionais e conheceu o funcionamento dos principais setores de comunicação da instituição.

Na Agecom receberam informações detalhadas sobre o atendimento à imprensa, o Sistema de Identidade Visual, o Serviço de Jornalismo Científico, a comunicação interna, a memória fotográfica, a integração com a TV-UFSC e a parceria com o curso de Jornalismo.

Tomaram conhecimento ainda sobre atividades e produtos desenvolvidos pela equipe da Agecom, com destaque para o Jornal Universitário (JU) e o site da UFSC. Além das publicações permanentes, receberam exemplares da Agenda, do Calendário e da recém-lançado Guia de Fontes para Jornalistas.

A direção da Agecom sublinhou, finalmente, o envolvimento do setor com as comemorações relacionadas aos 50 anos da UFSC. Lembrou, por exemplo, a valiosa contribuição do arquivo fotográfico para a recuperação da história da universidade. Paulo Santhias convidou a Agecom para a retribuir a visita e sugeriu ações conjuntas de divulgação entre as duas instituições públicas.

A Política Pública de Comunicação da UFSC é detentora do Prêmio José Reis de Divulgação Científica, distinção conferida pelo CNPq.

UFSC realiza sessão ordinária do Conselho Universitário nesta terça-feira

17/08/2010 09:04

Será realizada hoje, dia 17, a partir de 8h30min,na sala “Professor Ayrton Roberto de Oliveira”, Sessão Extraordinária do Conselho Universitário. Reunião será transmitida ao vivo pela internet, a partir de 8h30min.

Assuntos em pauta:

1 – Apreciação e aprovação da ata da sessão ordinária realizada em 29 de junho de 2010.

2 – Indicação dos Representantes do Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no Conselho Superior da Fundação Jerônimo Coelho.

3 – Processo n.º 23080.040162/2009-80

Requerente: PRPE

Assunto: Re-ratificação da deliberação deste Conselho sobre a proposta de nova redação dos

Artigos 84 e 86 do Estatuto da Universidade Federal de Santa Catarina.

Relator: Cons. Luis Carlos Cancellier de Olivo

4 – Processo n.º 23080.022370/2010-31

Requerente: Alvaro Toubes Prata

Assunto: Afastamento do País para participação em eventos – Ucrânia e Republica Tcheca.

Relator: Comissão designada pela Portaria 491/GR/2010 de 23/04/2010

5 – Processo n.º 23080.025486/2010-21

Requerente: Alvaro Toubes Prata

Assunto: Afastamento do País para participação em eventos – China.

Relator: Comissão designada pela Portaria 491/GR/2010 de 23/04/2010

6. Processo n.º 23080.020646/2010-46

Requerente: FEESC

Assunto: Aprovação da solicitação de recredenciamento da Fundação de Ensino e Engenharia

de Santa Catarina – FEESC junto ao MEC.

Relatora: Cons. Olga Maria Boschi Aguiar de Oliveira

7. Informes Gerais

Professor da Universidade de Tóquio fala sobre mudança climática, riscos e desastres naturais

16/08/2010 18:16

Nesta segunda e terça-feira, dias 16 e 17, a UFSC está recebendo, no auditório da Reitoria, o workshop ´Riscos e desastres naturais`. Na segunda, o professor da Universidade de Tóquio, Yosuke Yamashiki, ministra, em português, o minicurso ´Mudança climática e gestão de riscos de desastres naturais`.

A programação será finalizada na terça-feira, das 8h30 às 12h, com apresentações de pesquisadores da UFSC, do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no auditório do evento.

O evento é parte da implementação da pós-graduação (mestrado e doutorado) em Desastres Naturais e Gestão de Risco. “O curso será interdisciplinar e envolverá professores do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Centro Tecnológico (CTC) e Centro de Ciências Juríricas (CCJ)”, explica José Antônio Bellini, diretor do Departamento de Acompanhamento de Programas da Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-8815 ou pelo e-mail gedn.ufsc@gmail.com.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Seminário ´Para onde vai a UFSC?` acontece na terça e na quarta

16/08/2010 18:05

O seminário “Para onde vai a UFSC?”, que tem como objetivo discutir o futuro da universidade e os problemas causados pelo Reuni, acontecerá nesta terça e quarta-feira, dias 17 e 18, na UFSC.

A programação inclui palestras sobre educação a distância, a situação dos estágios na universidade, além de mesa-redonda sobre o tema “Expansão da universidade brasileira e da UFSC, para onde vamos?”, que terá a presença do reitor Alvaro Prata. Organizado pela Frente de Luta por uma Expansão de Qualidade, o seminário ocorrerá no Centro Sócio-Econômico (CSE), no auditório Sintufsc e no Templo Ecumênico, a partir das 16 horas. A programação completa está disponível no site frentedeluta.wordpress.com.

A Frente de Luta por uma Expansão de Qualidade foi criada em 2010 pelo Conselho de Entidades de Base (CEB) da UFSC para discutir e enfrentar problemas da expansão causada pelo Reuni. Desde abril deste ano, diversas assembleias e manifestações foram organizadas pela Frente para protestar contra, por exemplo, a falta de professores e salas de aula.

O Reuni é um programa do Governo Federal que pretende expandir e reestruturar as universidades federais num período de quatro anos (de 2008 a 2012). Entre as metas do programa, está o aumento de vagas nos vestibulares até 2012, de modo que em 2017 o número de estudantes matriculados em universidades federais dobre. O reitor da UFSC, Alvaro Prata, elegeu o programa como principal plano de sua gestão.

Mais informações: frentedeluta.wordpress.com

Por Marília Marasciulo/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Filme ´Inquietude`, é exibido nesta terça, na “Mostra Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”

16/08/2010 17:51

Dando continuidade à mostra de cinema após o recesso escolar, acontece nesta terça-feira, dia 17/08, no Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), a sessão do filme ´Inquietude` (1998) que integra a mostra “Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”, premiado diretor português, homenageado no Festival de Cinema de Cannes, em 2008.

A mostra na Universidade é uma atividade de caráter didático-cultural, realizada pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC. As exibições começaram em abril e vão até 30 de novembro deste ano, sempre às terças-feiras, às 12h, seguida ou antecedida de eventuais debates. A mostra tem entrada gratuita e é aberta à comunidade.

O filme será exibido em DVD, utilizando projetor de alta resolução e uma tela apropriada para projeção, equipamentos especialmente instalados para esse fim no Teatro da Universidade. Os filmes dessa mostra fazem parte da coleção “Grandes Autores – Manoel de Oliveira”, contendo os DVDs e um livro, editada pela Lusomundo Audiovisuais.

Na página do DAC há link para o blog onde estão publicados os nomes e as sinopses de todos os filmes da mostra.

Inicialmente agendado para esta data, o filme ´O Convento` será apresentado em outra ocasião.

Sobre o filme ´Inquietude` (1998)

Tríptico composto da adaptação – a princípio improvável – de três textos heterogêneos: Os Imortais, peça teatral de Prista Monteiro, Suzy, romance de Antonio Patrício, e Mãe de Um Rio, narrativa mítica reformulada por Agustina Bessa-Luis. A primeira, em tom falsamente filosófico, se debruça sobre os tormentos de um velho pai que induz o filho ao suicídio para que ele passe à imortalidade. A segunda, com toques de romantismo, acompanha as desventuras de uma prostituta da região de Porto, nos anos 30, cortejada por um homem destroçado pelo amor. E a terceira, influenciada pelo estilo folclórico, narra a lenda de uma jovem que descobre ter dedos de ouro.

Duração: 108 min

Com: José Pinto, Luís Miguel Cintra, Isabel Ruth, Leonor Silveira, Rita Blanco, Diogo Dória

Festival de Cannes 1998 – Seleção Oficial

A mostra no Teatro da UFSC é organizada por Zeca Nunes Pires e Camila Casseano Damazio, numa realização do Departamento Artístico Cultural, da Secretaria de Cultura e Arte, da Universidade Federal de Santa Catarina, com o apoio da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSC. Todos os filmes serão exibidos em DVD.

Serviço

O QUÊ
: Apresentação do filme “Inquietude (1998)”, da Mostra de cinema Grandes Diretores – Manoel de Oliveira.

QUANDO: Dia 17 de agosto de 2010, terça-feira, às 12 horas. A mostra acontece até 30 de novembro de 2010, em todas as terças-feiras às 12 horas, seguida ou antecedida de eventuais debates.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: Departamento Artístico Cultural – DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou www.dac.ufsc.br e dac@dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SeCArte – UFSC, com material da coleção de DVDs e dos organizadores da mostra.

Estudos do corpo e do movimento têm evento na UFSC e na Udesc

16/08/2010 17:28

Fotos: Sérgio Ariel

Fotos: Sérgio Ariel

Na semana de 23 a 28 de agosto, o projeto de extensão “Tubo de Ensaio” promove atividades gratuitas voltadas a interessados nos estudos do corpo e movimento. O evento traz a Florianópolis a artista Mônica Infante e a professora Lenita Silveira, certificada pela Alexander Technique International.

De 23 a 27 de agosto será ministrada a oficina “Técnica Alexander: Um estudo do movimento”. No dia 25 será promovida a aula aberta “Princípios da Técnica Alexander”. E no dia 28 serão realizados o encontro e a aula aberta intitulados “Técnica Alexander e criação em dança”. Os eventos são abertos ao público e as vagas são limitadas.

Realizado desde 2001, o projeto de extensão “Tubo de Ensaio” é uma parceria entre o Centro de Artes da Udesc e o Centro de Desportos da UFSC. E tem como objetivo desenvolver ações voltadas à qualificação, ao desenvolvimento e à formação da dança contemporânea em Santa Catarina. A coordenação é da pesquisadora Jussara Xavier e das professoras Sandra Meyer e Vera Torres.

A programação comemorativa ao décimo ano do projeto contempla residências artísticas, oficinas, apresentações e palestras com convidados ao longo de 2010, e será viabilizada com recursos do Prêmio Edital 01/2010 – Edital de Cultura Udesc.

Sobre as convidadas:

Lenita Silveira
(Nova Iorque/Curitiba)

Natural de Curitiba, é bacharel e licenciada em Dança, pela Universidade Católica de Curitiba e Teatro Guaíra. Nos Estados Unidos, graduou-se na Técnica de Alexander, durante três anos de treinamento intensivo. Em 2004, em Londres, concluiu sua pós-graduação na Constructive Teaching Centre, a mais antiga escola da Técnica Alexander do mundo, onde estudou com o renomado professor Walter Carrington, o qual, em 1938, recebeu treinamento do próprio F.M. Alexander, o criador do método. Há 15 anos Lenita Silveira leciona a Técnica Alexander em Nova York (onde reside), Londres e Brasil, tanto para grupos como aulas individuais. Entre outros interesses, Lenita pratica meditação (Budismo Tibetano), canto, dança e outras atividades relacionadas com o estar/ficar no momento presente. Lenita é professora certificada pela Alexander Technique International (ATI).

Monica Infante (Curitiba)

Graduada em Dança pelo London Studio Centre – Universidade de Middlesex. Londres, Inglaterra. Diretora de Movimento do grupo de teatro da PUC/PR. É uma das fundadoras do Centro de Desenvolvimento de KI onde pratica e ministra aulas de Aikidô e de Aiki e Consciência Corporal aplicando os princípios da Técnica Alexander. É uma das articuladoras do Conexão Sul (Paraná) e orientadora de projetos Casa Hoffmann em Curitiba.

Sobre as atividades:

Oficina: Técnica Alexander: um estudo do movimento


A Técnica Alexander é um método educacional que nos leva a ficar conscientes de nossos padrões habituais de pensar e trabalhar o corpo (movimento, alinhamento, respiração); e como tais padrões interferem com nosso equilíbrio natural e com os princípios básicos de movimento e respiração. O método ativa uma forma inteligente e eficaz de usar nosso corpo e mente. Torna o artista mais alerta, concentrado e criativo, além de melhorar o uso da voz, ajuda o performer a controlar a ansiedade no palco, desenvolvendo uma forte presença cênica.

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander

Ao estudar os princípios da Técnica Alexander desenvolve-se uma aguçada consciência do corpo e de seus movimentos, contribuindo para a liberação da imaginação e para o desenvolvimento do processo criativo. O objetivo é levar os participantes a investigarem e explorarem a expansão do fluxo do movimento que ocorre quando estes se permitem pausar, pensar, observar, respirar e sentir enquanto se movem. Em outras palavras, uma investigação da conexão corpo/mente.

Encontro: Técnica Alexander e criação em dança

Demonstração prática de dança/performance e conversa aberta com participantes da oficina e demais interessados. O diálogo tem como ponto de partida o relato de experiências aliado ao reconhecimento da validade de aplicação da Técnica Alexander na dança, concentrando-se no processo artístico da performance Lago Amarelo.

Aula aberta: Técnica Alexander e criação em dança

Experiência prática de conexão da Técnica Alexander e composição em dança contemporânea. Como intérprete-criadora, Mônica Infante trabalha na pesquisa de pausas, micromovimentos e pensamentos, sempre atenta a unidade mentecorpo.

Serviço:

Oficina Técnica Alexander: um estudo do movimento

Ministrante: Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba)

Data: 23 a 27 de agosto 2010

Horário: 9h às 12h

Local: Sala de dança Ceart/Udesc

Atividade gratuita

Inscrições: enviar breve currículo (máximo 10 linhas) por email até 20 de agosto

E-mail: tubodeensaiocursos@gmail.com

Público-alvo: Interessados em estudos do corpo e movimento; artistas da dança, teatro e performance.

Vagas limitadas

Para emissão de certificado é necessário a participação integral.

Encontro: Técnica Alexander e criação em dança

Com Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba) e a bailarina Monica Infante (Curitiba)

Data: 28 de agosto

Horário: 15h30

Local: Espaço 1 Ceart/Udesc

Entrada gratuita

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander

Ministrante: Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba)

Data: 25 de agosto

Horário: 16h às 18h

Local: Sala Laboratório de Dança B – CDS/UFSC, bloco 5 – Campus Universitário – Trindade.

Atividade gratuita

Público-alvo: Acadêmicos e comunidade em geral

Vagas limitadas

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander e criação em dança

Ministrante: Monica Infante (Curitiba)

Data: 28 de agosto

Horário: 10h às 12h

Local: Espaço 1 Ceart/Udesc

Atividade gratuita

Público-alvo: Acadêmicos e comunidade em geral

Vagas limitadas

Contatos: tubodeensaiocursos@gmail.com e (48)9128-0222.

UFSC tem nova edição de seu Guia de Fontes

16/08/2010 15:09
Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

A Agência de Comunicação (Agecom) da UFSC lançou na última sexta, 13/08, seu novo ´Guia de Fontes – Onde e Como Achar Informações Científicas`. A apresentação aconteceu na Sala dos Conselhos, no prédio da Reitoria. O lançamento integrou a agenda de comemorações do cinquentenário da UFSC.

Margareth Rossi, jornalista responsável pela execução técnica do projeto, dedicou dois anos e meio à confecção da obra, tendo o auxílio, no último ano, de Arley Reis e Alita Diana, também jornalistas na Agecom.

A obra, que está em sua terceira edição, reúne currículos de professores pesquisadores da instituição, e é útil especialmente a jornalistas e veículos de comunicação, que podem consultá-la a fim de encontrar telefones e e-mails de especialistas nos assuntos abordados em suas matérias e programas. “Quero agradecer a acolhida e a oportunidade de desenvolver este trabalho”, enfatizou Margareth, que foi cedida por colaboração técnica à UFSC pela Universidade Federal Fluminense (UFF) desde 2007 – quando deu início à pesquisa.

A coleta de dados para o Guia foi efetivada a partir da lista de professores ativos na universidade, das informações registradas nos sites dos Centros de Ensino e dos currículos da Plataforma Lattes, organizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Universidade Federal de Santa Catarina é uma das pioneiras na organização de publicações do gênero, recomendadas pela Associação Brasileira de Jornalismo Científico.

Moacir Loth, diretor da Agecom, enfatizou a importância da obra. “Para divulgar a ciência, o pesquisador não precisa virar jornalista, e o jornalista também não necessita se tornar um cientista”, justificou, esclarecendo que a integração entre ambos os profissionais é fundamental mas que, para isso, é necessário que as secretarias, coordenações de curso e os próprios pesquisadores se disponibilizem a atender a imprensa, a fim dar visibilidade aos estudos desenvolvidos na Universidade. O diretor ainda fez questão de mencionar todos os que colaboraram com a confecção da obra. “Com o esforço de cada um, conseguimos fazer um trabalho que também presta contas à comunidade dos investimentos feitos na Universidade”.

“A UFSC é referência na busca de competitividade. Recebemos cópia do livro há alguns dias e já estamos utilizando-o. A divulgação científica se modifica a partir desta obra. A Pesquisa e a Extensão ganham muito com o Guia”, defendeu o professor Jorge Campagnollo, representando a pró-reitora de Pesquisa Extensão, Débora Menezes .

O reitor Alvaro Prata destacou o livro em comparação às outras duas edições, de 1993 e 1998, também organizadas pela equipe da Agecom. “Até o tamanho impressiona. Está muito bem feito e completo”. O professor mostrou como o Guia pode ser consultado. A partir do índice de assuntos – que está listado no final da obra – chega-se até as páginas onde se encontram os pesquisadores relacionados ao assunto. “Qualquer que seja o tema, está aqui: climatologia, violência, questões de gênero; imaginem a visibilidade que a obra dará à UFSC”. A versão online também possibilita a busca de forma ainda mais ágil: em formato PDF, a consulta pode ser feita digitando o tema ou o nome do pesquisador no campo “localizar” do programa, que vai diretamente às páginas onde a palavra é citada.

Distribuição e acesso

Guias impressos já estão sendo distribuídos a veículos de comunicação e universidades de Santa Catarina e outros Estados. A versão online está disponível no site da UFSC, no link www.agecom.ufsc.br/guia_fontes.php, e passará por revisões e acréscimos, já que em 2009 e 2010 a UFSC realizou concursos para docentes e novos pesquisadores já fazem parte do quadro.

Com mais de 400 equipes credenciadas junto ao Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, a UFSC tem se destacado em pesquisas de opinião e rankings nacionais. Em sua mais recente edição, divulgada no mês de julho, desta vez com avaliação de 12 mil instituições, o Ranking Mundial de Universidades na Web (Webometrics) traz a UFSC como terceira instituição de ensino superior brasileira e primeira entre as federais. O levantamento é organizado a partir da análise do material disponibilizado pelas universidades na internet.

”Um guia de fontes funciona como um ótimo localizador/buscador de linhas de pesquisa, publicações de ponta, potenciais orientadores, projetos sociais, parceiros em tecnologias duras, sociais e biológicas”, destaca a pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, que assina a contracapa do Guia de Fontes.

Mais informações com a Agecom: (48) 3721-9602 / 3721-9323.

Empresa Júnior do Centro Sócio-Econômico é reconhecida como melhor do Brasil

16/08/2010 14:12

Foto: Paulo Noronha / Agecom

Foto: Paulo Noronha / Agecom

Criada em 1990 na UFSC como primeira do gênero no Sul do país, a Ação Júnior Consultorias Sócio-Econômicas recebeu o prêmio de melhor Empresa Júnior do Brasil em 2009 e 2010, no critério Sociedade. A Ação Júnior competiu com a FEA Júnior, da USP, que ficou em segundo lugar, e com a Campe Consultoria Jr., empresa júnior da faculdade de economia e administração da UFJF, terceira colocada. A premiação foi entregue na Costa do Sauipe, em Salvador, durante a realização do Encontro Nacional de Empresários Juniores.

Composta por 35 membros, a Ação Júnior tem como presidente Diego Wander, e como vice-presidente Tainá Crestani. O trabalho da empresa vem sendo reconhecido desde 2009, quando foi destaque, em nível estadual, na área de boas práticas de responsabilidade social, no Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE).

A Ação Júnior é uma opção de consultoria sócio-econômica para pequenos e médios empreendedores e empresários da Grande Florianópolis. “Nossa instituição é sem fins lucrativos, formada e gerida por acadêmicos de graduação dos cursos de Ciências da Administração, Ciências Sociais, Ciências Econômicas e Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina”, conta o presidente, Diego Wander.

Orgulhosamente ele cita a Canasvieiras Transportes Ltda. – que há oito anos trabalha com a equipe – além de Jotur, Transol, Imperial Hospital de Caridade e Empresa de Transportes Catarinense como “alguns dos nossos clientes”.

Conforme o diretor do Centro Sócio-Econômico da UFSC, professor Ricardo José Araújo Oliveira, ao longo de 20 anos em que atua a Ação Júnior vem provando que o ensino não pode e nem deve ocorrer estritamente no âmbito da sala de aula. Para ele, “o aprendizado posto em prática pelos alunos, com a orientação dos professores, faz com que todos cresçam”.

Na visão do fundador da Ação Júnior, professor Alexandre Marino Costa, a conquista de mais um prêmio representa o reconhecimento da empresa como importante agente de formação de novos consultores, estimulando o ingresso de alunos e o aprimoramento de todos que participam das atividades de gestão e consultoria na área sócio-econômica.

O diretor do CSE complementa que todos os envolvidos na Ação Júnior são beneficiados. “Ganham os alunos, pois percebem a aplicabilidade do aprendizado, ganham os professores porque interagem com o ambiente externo e, claro, por último, são beneficiados todos os clientes”.

Os projetos são realizados por consultores capacitados pela empresa e orientados por professores do Centro Sócio-Econômico da UFSC. Para a vice-presidente Tainá Crestani, ao assinar o projeto o professor dá credibilidade ao processo e o cliente recebe um serviço de qualidade, em tempo hábil, com custos reduzidos e de forma socialmente responsável.

A Ação Júnior presta consultorias nas áreas de Pesquisa de Opinião, Pesquisa de Mercado e Pesquisa de Clima Organizacional. Sua equipe atua também em serviços como Análise de Custos, Diagnóstico Organizacional, Plano de Cargos e Salários e Avaliação de Desempenho.

Mais informações: (48) 3721-9780 ou pelo site www.acaojr.com.br.

Por Celita Fortkamp / Jornalista da Agecom

Especial Pesquisa: UFSC desenvolve projeto para reduzir vibrações e ruídos em aeronaves

16/08/2010 12:34

Uma parceria entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica e a Universidade Federal de Santa Catarina tem o objetivo de aumentar o conforto das pessoas que utilizam o transporte aéreo. Iniciado em 2006, o projeto investiga as vibrações e ruídos mais adequados para um passageiro durante o voo.

A equipe, composta por professores e alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e de Fonoaudiologia, é responsável ao longo desses quatro anos pelos testes e análises dos resultados que orientam a Embraer sobre as características que o ambiente interno do avião deve ter para ser mais agradável para o passageiro.

Funcionários da empresa realizam reuniões semanais com o grupo da UFSC, através de teleconferências, e aplicam os resultados obtidos desde os primeiros anos da pesquisa. Foi a partir de 1995 que a universidade começou a parceria com a Embraer.

Simulação de voo

Os testes são desenvolvidos no Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC, através de uma simulação de voo. No segundo andar do setor, um interfone alerta que só é possível entrar com a permissão dos alunos. “As informações aqui são sigilosas”, brinca o professor Samir Gerges, coordenador do projeto e líder das pesquisas neste campo.

A equipe convida a comunidade para participar da simulação e contribuir com os testes. A experiência começa quando o participante entra no mock-up, um simulador de uma cabine de aeronave, modelo Embraer 145. O pedaço do avião tem escala real. O mestrando em engenharia mecânica, Júlio Alexandre Teixeira, fez o projeto de vibração da estrutura da cabine como ela é hoje.

Há dois anos no projeto, ele conta que antes a estrutura era de madeira e apoiada no chão, porque os testes ainda estavam na primeira etapa, a de conforto acústico. Agora, na segunda etapa, a estrutura é compatível para a simulação de conforto vibratório. As poltronas, antes de ônibus, foram substituídas por de aeronaves; o piso é de compensado naval, o que garante uma maior resistência e impermeabilidade, e não fica mais no chão – agora está sobre molas.

Tudo isso para que as vibrações reproduzidas na cabine sejam parecidas com as de um voo real. Há ainda uma próxima etapa, em que vibrações e ruídos serão testados em conjunto.

Dentro do simulador, o participante assiste a um vídeo com instruções sobre o teste, durante cerca de cinco minutos. Teixeira explica que esse período é fundamental para ambientar as pessoas e possibilitar compatibilidade nos resultados.

“As pessoas vêm de ambientes diferentes para realizarem nossos testes. Estiveram no carro, no ônibus ou vieram a pé. Esse tempo garante uma ambientação para que elas se adaptem ao mesmo estímulo, independente do que fizeram antes”.

A poltrona e o piso em que o participante se acomoda transmitem as sensações de vibração, programadas no computador. Tanto essas sensações, como os sons escutados através de um microfone, foram gravados em um voo real para, dentro da cabine, serem reproduzidos.

“Nessa etapa do projeto, utilizamos sempre o mesmo ruído, apenas a vibração é alterada”, confessa Ricardo Luís Schaefer, também mestrando em engenharia mecânica e bolsista do projeto.

Durante o teste, que dura em média 15 minutos, o participante qualifica o conforto de cada vibração a que é submetido. Para quem está colaborando com o estudo, a diversão termina assim que os testes são finalizados. Para os integrantes do projeto, as pesquisas continuam: é a vez de tratar as informações que cada pessoa forneceu.

De acordo com Schaefer, há duas partes da experiência ─ a física e a subjetiva. A primeira refere-se diretamente às vibrações estimuladas na cabine. A segunda, ao que os participantes sentiram quando foram submetidos a elas. O mestrando é responsável por identificar e ligar quais níveis dessas vibrações incomodam a “tripulação” para que, no futuro, essas deficiências da aeronave sejam corrigidas pela Embraer.

Parceria consolidada

O projeto tem previsão para continuar até setembro de 2011. Mas a colaboração com a Embraer vai além dessa data. “Temos várias pesquisas acontecendo simultaneamente, todas em parceria com a empresa”, diz o professor Gerges.

Uma delas estuda meios de diminuir o ruído externo causado pelas aeronaves. “A Embraer fabrica aviões pequenos, que voam nos centros das cidades, perto de residências”. O objetivo é reduzir a interferência na vida daqueles que residem nas proximidades de aeroportos. De olho no futuro, os pesquisadores do Laboratório de Vibrações e Acústica também têm planos para os próximos quatro anos, com o início de um outro projeto para minimizar o ruído causado pelos jatos.

Além de influenciar o bem-estar de quem viaja de avião, a parceira traz oportunidades para os alunos pesquisadores. “A empresa contrata estudantes que trabalham nesse projeto. Ela quer mão de obra qualificada”, comenta Gerges.

Mais informações:

Tel: 48-3234.4074 / Tel-Cel. (48) 9980.7484

E-mail: samir@emc.ufsc.br

Sites: www.gva.ufsc.br / www.ruido.ufsc.br / www.lari.ufsc.br

Por Claudia Mebs Nunes / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Thaine Machado / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Capes homenageia o criador da área Interdisciplinar

16/08/2010 11:19

Luiz Bevilacqua é homenageado na Capes

Luiz Bevilacqua é homenageado na Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prestou homenagem no início deste mês, ao professor Luiz Bevilacqua, pioneiro e idealizador da área Interdisciplinar, que hoje compõe a grande área Multidisciplinar.

A área foi criada em 1999, quando Bevilacqua propôs à Capes a formação de uma comissão onde propostas de cursos que não se encaixassem no canônico do disciplinar pudessem ser consideradas.

A homenagem foi realizada durante a terceira semana da Avaliação Trienal, em que estiveram reunidos os consultores das áreas Ciências Biológicas I, II e III, Ecologia e Meio Ambiente, Biotecnologia, Ensino de Ciências e Matemática, Interdisciplinar, Materiais, Letras e Lingüística, Artes e Música, Zootecnia e Recursos Pesqueiros.

O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, que foi companheiro de Bevilacqua como consultor da avaliação da Capes em 1986, falou da importância do professor para a pesquisa brasileira. “Ele é uma pessoa que possui uma contribuição enorme para a pós-graduação, que viveu para o avanço do conhecimento e honrou a ciência e a tecnologia no país”, afirmou.

Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pedro Pascutti, a tarefa de Bevilacqua é visionária. “Ele se esforçou para que as disciplinas olhassem por cima de seus muros e conversassem com suas vizinhas sobre interesses comuns. Hoje, essas barreiras não são mais tão altas assim”, explicou Pascutti, que também é coordenador adjunto da área Interdisciplinar.

Cooperação

Na ocasião da cerimônia, o homenageado Luiz Bevilacqua aproveitou para destacar a importância do trabalho coletivo da consolidação da área. “Isso tudo não se faz sozinho. Aceito a homenagem com muita emoção, mas sei que se trata de um trabalho coletivo. Uma pessoa pode dar a centelha, mas o fogo se faz com cooperação”, disse.

Com graduação em engenharia civil e doutorado em mecânica teórica e aplicada nos Estados Unidos, Luiz Bevilacqua projetou as tubulações das usinas nucleares de Angra dos Reis e coordenou a criação dos Moinhos de Bola para Vale do Rio Doce. Atualmente, trabalha na modelagem de sistemas biológicos e sociais como o espalhamento da malária e a dinâmica populacional do pirarucu. Também desenvolve uma teoria com aplicações em processos bioquímicos no espaço intracelular do cérebro.

Indagado sobre a capacidade de se envolver com tantos projetos diferentes, Bevilacqua mais uma vez demonstra humildade. “Eu não sabia que tinha sido tanta coisa”, desconversa.

Área interdisciplinar

A grande área Multidisciplinar conta com quatro áreas de avaliação: Interdisciplinar; Ensino de Ciências e Matemática; Materiais; e Biotecnologia. A área Interdisciplinar é, de acordo com o diretor de Avaliação, Livio Amaral, a área do conhecimento que mais tem crescido nos últimos anos. Hoje são 80 consultores para avaliar os mais de 200 programas existentes, além de mais de 220 propostas de cursos novos que deverão ser julgadas até o fim do ano.

Para o professor Roberto Pacheco, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vários fatores convergem para explicar esse crescimento. “Entre eles, vale enumerar o aumento da consciência de que para solucionar uma série de questões de importância social e econômica é preciso uma convergência de disciplinas e a criação de espaços científicos pra esses novos saberes”.

Segundo a professora da UnB, Sônia Nair Báo a Área Interdisciplinar possui uma vantagem para novos grupos de pesquisa, pois “permite que grupos que ainda não tem uma densidade consigam se agregar e crescer”. A professora explica que muitas instituições conseguiram decolar e implantar a pós-graduação a partir de associações.

O coordenador da área durante a avaliação trienal, professor Arlindo Philippi Junior, explica que a análise de cursos de pós-graduação interdisciplinares é focada no processo e no método interdisciplinar de produzir o conhecimento. Estes fatores são aplicados a todas as áreas do conhecimento no processo de avaliação.

Para Philippi Junior, o conhecimento interdisciplinar traz uma diversidade positiva ao conhecimento científico. “Os métodos e processos interdisciplinares geralmente inserem certas criatividades e determinadas inovações na forma como o problema é identificado. Por meio da interação de diferentes olhares disciplinares se permite a identificação de soluções mais apropriadas”, disse.

Para saber mais sobre a grande área Multidisciplinar, acesse a tabela áreas do conhecimento e os documentos da área interdisciplinar.

Multidisciplinaridade

Ex-reitor da Universidade Federal do ABC, Bevilacqua foi secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia e presidente da Agência Espacial Brasileira, além de possuir uma história especial com a Capes: em 1999, como consultor da avaliação, Bevilacqua sugeriu à Fundação que criasse uma comissão para avaliar aqueles cursos que não se encaixavam na divisão tradicional de disciplinas.

Surgia, então, o Comitê Multidisciplinar, hoje responsável pela grande área do conhecimento que mais cresce na Capes. Somente este ano mais de 200 propostas de novos cursos de pós-graduação interdisciplinares foram recebidas pela Capes.

Leia entrevista com Bevilacqua:

– O senhor foi responsável por sugerir a criação de um Comitê Multidisciplinar. De que maneira o senhor analisa o desenvolvimento da área?

Em 1999, havia a indicação de novos rumos para o conhecimento científico, o desenvolvimento de vários setores que não estavam dentro da divisão tradicional disciplinar. Começamos a observar que a ciência não poderia caminhar sem levar em conta esse tipo de produção de conhecimento. Nesse contexto, considero fundamentais dois fatores: o aumento da capacidade de observação e da capacidade de cálculo, com a computação. A partir dessa associação surgiram diversas áreas que exploravam facetas do conhecimento que não estavam dentro apenas de uma disciplina. Então começamos a área multidisciplinar com interações no âmbito da engenharia, da matemática e das ciências exatas. Hoje, vemos uma verdadeira explosão desse tipo de associação, avançamos para todos os espectros do conhecimento. Destaco uma delas, o estudo do meio ambiente, que acredito deva se tornar uma área própria do conhecimento muito em breve. E as ciências ambientais são, por natureza, interdisciplinares, devem juntar conhecimentos biológicos, econômicos, sociais, etc.

– Na época o senhor já previa esse grande desenvolvimento?

Tenho visto que as áreas disciplinares têm dificuldade de incorporar o conhecimento multidisciplinar. As áreas tradicionais começam a se fechar e assim o que vemos é uma sobrecarga nas áreas interdisciplinares. Vejo esse fato com muita preocupação, já que isso foi o inverso do que esperávamos há dez anos. A expectativa quando criamos o Comitê Multidisciplinar era que nossa tarefa teria acabado em cinco anos. Pensávamos que as outras áreas disciplinares iriam incorporar o conhecimento interdisciplinar, mas não foi isso que aconteceu nos departamentos de pós-graduação. Felizmente, muitos pesquisadores têm buscado trabalhar com esse novo viés. Gosto da imagem de que a ciência caminha com vários poços disciplinares, mas que possuem suas limitações. A interdisciplinaridade seria um túnel que comunica os poços tradicionais e permite outras e novas escavações. Dessas interações teremos novos arranjos disciplinares e daí sairá o conhecimento no futuro.

– O arranjo deveria ser alterado, então?

O arranjo disciplinar é fruto da organização da universidade em departamentos, e para mim esse é um arranjo falido. A nova universidade deve sair dessas gavetas e se abrir. Talvez seja difícil conceber uma interação entre as disciplinas de todas as naturezas, mas podemos conceber grandes centros de pesquisa, que abarquem todas as ciências da natureza, ou todas as humanidades. A parte das engenharias não deveria estar segmentada, deveríamos falar de engenharias, assim, no geral. Os estudantes não deveriam entrar na universidade já escolhendo profissões. São eles que devem escolher o próprio destino. Estamos numa era de avanço e de valorização do conhecimento, não podemos nos fechar, devemos é abrir, sem medo de arriscar. Está na hora de pensar a universidade com outra função.

– O senhor participa como consultor da avaliação da Capes há mais de 20 anos. Como o senhor vê os rumos da Avaliação?

A avaliação da pós-graduação empreendida pela Capes avançou e melhorou muito. Há vinte anos fazíamos uma avaliação anual dos cursos, mas não se pode exigir uma produção ano a ano dos pesquisadores como máquina. Naquela época o foco era o mestrado, com produção mais curta e prazos menores. Hoje, nos centramos no doutorado, com um prazo produtivo mais demorado, mas mais aprofundado. Nos anos 80, tínhamos uma meia dúzia de cursos e todo mundo se conhecia. Hoje o trabalho é enorme, o sistema cresceu muito e temos uma nova realidade. Por isso vejo com bons olhos a busca da Capes em adaptar a avaliação aos novos tempos. Acredito que devemos continuar dando mais peso a análise qualitativa. A opinião de consultores após visita presencial aos cursos deve ser cada vez mais importante, pois a visitação permite captar aspectos que algumas vezes escapam aos números. A avaliação do conhecimento não pode ser baseada apenas em produtividade numérica. Às vezes uma pessoa que publicou apenas dois artigos em um ano consegue trazer mais avanços para o conhecimento científico do que uma pessoa que publica dez artigos por ano.

– O senhor começou a carreira como engenheiro civil, estudou mecânica e matemática aplicada e hoje se ocupa do estudo de processos biológicos e dinâmicas populacionais. Além disso, já foi reitor e secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia. O senhor vê a sua carreira na ciência como uma experiência Multidisciplinar?

Eu sempre fui atraído por desafios, e muitas das coisas que me aconteceram foram fortuitas. Quando me formei não havia pós-graduação em engenharias no país. Na primeira oportunidade, fui me dedicar ao desafio do ensino e da pesquisa. Fiz um doutorado nos Estados Unidos e fui exposto à matemática aplicada que ampliou meus horizontes. Comecei a me dedicar à área da mecânica, onde me atraiam uma série de desafios. Por uma série de circunstâncias, recentemente me foi solicitado o trabalho de modelagem de ecossistemas, o que me fez entrar em contato com biólogos. Posso até não ter uma produção tão extensa quanto aqueles cientistas que se focam em uma área por toda vida. Minha produção caminha ao passo que me dedico a diferentes aspectos do conhecimento. Sempre apostei na interação como o caminho correto da ciência.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Capes

Terça, 10 de Agosto de 2010 16:25

Abertas inscrições para apresentações artístico-culturais na 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

16/08/2010 10:33

Fotos: Agencia Ensaio Fotojornalismo

Fotos: Agencia Ensaio Fotojornalismo

Estão abertas até 27 de agosto as inscrições para apresentações artísticas na 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC — o principal evento de divulgação científica de Santa Catarina. A SEPEX será realizada de 20 a 23 de outubro, no campus da UFSC no bairro Trindade, em Florianópolis. O encontro integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Como tem acontecido nos outros anos, o DAC, Departamento Artístico Cultural da UFSC, está envolvido na coordenação da programação artística e cultural da SEPEX. Os organizadores reforçam o convite a todos os coordenadores de projetos institucionais para que realizem apresentações no palco da 9ª SEPEX, que será montado sob o pavilhão de lona do evento, diante da reitoria.

Como na última edição do evento, além das apresentações de projetos da UFSC, ou de artistas e grupos da comunidade em geral que estejam envolvidos em projetos da Universidade, também poderão se apresentar alunos, professores e funcionários técnico-administrativos que desenvolvem atividades artísticas compatíveis com a apresentação no palco do evento.

Além do palco sob a lona, a UFSC disponibilizará equipamento básico de som aos participantes. As apresentações artísticas na SEPEX deverão acontecer de manhã, à tarde e no começo da noite, menos no sábado, quando o evento terminará à tarde.

Oportunamente o DAC entrará em contato para selecionar as atividades e montar a grade de programação.

Orientações para inscrições:

Os interessados devem fazer o pedido de inscrição até o dia 27 de agosto, pelo e-mail sepexartistico@reitoria.ufsc.br, encaminhando:

1) uma breve descrição do que pretendem apresentar, e que deverá ser compatível com o palco do evento, ou com o seu entorno;

2) um breve currículo do projeto e do coordenador responsável pela ação;

3) uma foto digitalizada para divulgar a atividade, com boa qualidade estética e boa resolução;

4) e-mail e telefone para contato;

5) mencionar os possíveis dias e períodos disponíveis para a apresentação;

6) mencionar o tipo de equipamento necessário, como toca CD, microfone etc.

Serviço:

O QUÊ: Inscrições de apresentações artístico-culturais da UFSC para o palco da 9ª SEPEX, que ocorrerá de 20 a 23 de outubro.

QUANDO: Inscrições até 27 de agosto de 2010

ONDE: Pelo e-mail sepexartistico@reitoria.ufsc.br

Saiba mais sobre a 9ª SEPEX pelo site www.sepex.ufsc.br

Fonte [CW] DAC–SeCArte–UFSC

Leia também:

Abertas inscrições para cadastro de estandes na nona edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

Abertas inscrições para 2ª Feira do Inventor da UFSC

Inscrições para cursos oferecidos pelo Programa Vitrine Cultural devem ser feitas nesta segunda-feira

16/08/2010 09:45

Estão abertas na UFSC as inscrições para novos cursos oferecidos pelo Programa Vitrine Cultural. Os cadastros devem ser feitos nesta segunda, 16/8, a partir das 13h, no segundo piso do Centro de Cultura e Eventos, por ordem de chegada. A idade mínima para participar é de 18 anos. As aulas são gratuitas, sendo que o participante deve colaborar com o material para uso individual.

No semestre 2010/2 serão oferecidos minicursos de artesanato com papel; artes aplicadas; técnicas básicas de tecelagem manual; arte com material reciclado; mosaico; bijouteria para iniciantes; crivo para iniciantes; pintura em madeira e recuperação de pequenos móveis, além de cartonagem.

O Projeto Vitrine Cultural é oferecido pela UFSC por meio do Departamento de Cultura e Eventos, em parceria com a Associação Amigos do Hospital Universitário.

As atividades iniciaram em 2005 e mais de mil pessoas já foram atendidas com aulas gratuitas direcionadas à capacitação em diversas técnicas artísticas. A cada semestre são abertas 10 turmas em horários alternados, para contemplar diferentes públicos.

O projeto foi criado com o objetivo de colaborar com a geração de renda complementar para os participantes. Mas as avaliações mostram que a iniciativa traz também benefícios em relação à qualidade de vida e autoestima dos alunos. No final de cada semestre é realizada uma exposição com os trabalhos desenvolvidos nas oficinas.

Opções no segundo semestre de 2010:

Artesanatos com Papel (Origami) – vagas: 18

Segundas, 18h30min às 21h30min / de 23/08 a 13/12

Artes Aplicadas Diurno – – vagas: 10

Terças, das 9h às 12h / de 24/08 a 14/12

Técnicas Básicas de Tecelagem Manual em Tear de Pente Liço – nº vagas: 09

Terças, 14h30min às 17h30min / 24/08 a 14/12

Artes Aplicadas Noturno – vagas: 10

Terças, das 18h30min às 21h30min, de 24/08 – 14/12

Artes com Material Reciclável vagas: 13

Quartas, das 14h30min às 17h30min, de 25/08 – 15/12

Mosaico – vagas: 13

Quartas, 18h30min às 21h30min / 25/08 a 08/12

Bijouteria para Iniciantes vagas: 10

Quintas, das 9h às 12h / 26/08 a 16/12

Crivo para Iniciantes vagas: 10

Quintas, 14h às 17h / 26/08 a 16/12

Pintura em Madeira e Recuperação de Pequenos Móveis – vagas: 13

Quintas, 18h30min às 21h30min / 26/08 a 09/12

Cartonagem (Carton Mousse) – vagas: 13

Sextas, das 9h às 12h / 27/08 a 17/12

Orientações para inscrições:

– Dia: 16/08/2010

– Hora: a partir das 13h até o preenchimento das vagas; o critério a

ser utilizado é a ordem de chegada dos interessados.

– Local: Hall do Centro de Cultura e Eventos – 2º piso

– Idade mínima: 18 anos

– Documentos necessários: qualquer documento com fotografia e CPF

– Forma de Inscrição: presencial

– Cada pessoa poderá se inscrever em apenas 1 (um) minicurso

– Uma pessoa poderá fazer até 1 (uma) inscrição para outra pessoa, apenas mediante procuração para esse fim, indicando o nome, o número da carteira de identidade e CPF do candidato e o nome do minicurso desejado. Deverá também apresentar cópia do documento de identidade do candidato, indicado na procuração.

Quem não pode se inscrever:

a. quem frequentou o mesmo minicurso em semestres anteriores;

b. quem desistiu, sem justificativa, de qualquer minicurso em

semestres anteriores.

Outras informações pelos telefones (48) 3721-4768 e 3721-8602 ou pelo site www.eventos.ufsc.br.

“Renault Experience” mostrará aos universitários da UFSC como um automóvel sai do papel para chegar às ruas

16/08/2010 09:24

Em vez de teorias acadêmicas, o contato com experientes profissionais da indústria automobilística. No lugar da sala de aula, um espaço interativo, aberto a discussões sobre o desafio de produzir e vender um novo automóvel. Assim é o “Renault Experience”, que chega, nos dias 17 e 18 de agosto, à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

Neste período, os alunos darão um tempo na rotina escolar para mergulharem no mundo da Renault por meio de palestras e workshops do “Sandero Story”, que conta, a partir de um exemplo prático e real, os bastidores do desenvolvimento e comercialização do primeiro automóvel concebido pela marca fora do continente europeu.

Alunos de 27 cursos da UFSC devem participar das atividades multidisciplinares que o “Renault Experience” oferecerá, principalmente jovens das áreas de Engenharia, Comunicação, Marketing, Design e Administração. Entre os vários bate-papos que os profissionais da Renault do Brasil terão com os participantes do “Renault Experience” na UFSC, destaque para o minucioso processo de definição de um novo produto para o mercado brasileiro, que apresentará as principais pesquisas e aspectos levados em consideração para a escolha de um modelo e a sua adequação ao público consumidor – lista de equipamentos de série e opcionais, opções de cores e motorizações, níveis de acabamento, entre outros.

Palestra sobre o trabalho transversal realizado pelos profissionais de diferentes áreas da empresa, tais como design, engenharia e produção, será mais um dos temas debatidos no “Renault Experience”. Essa apresentação sintetizará o envolvimento e a ampla colaboração de profissionais dos mais variados departamentos da Renault no desenvolvimento e na produção de um modelo, no caso o Sandero, que atenda plenamente ao perfil e exigências do cliente brasileiro, além da preocupação contínua com os processos de fabricação e logística.

Entre os executivos palestrantes estão: Alain Tissier, Antonio Calcagnotto, Bruno Hohmann, Marc Barral e Marcelo Soares, todos experientes profissionais da Renault do Brasil.

Workshops também fazem parte da programação do “Renault Experience” na UFSC. Desta vez, haverá atividades sobre seis diferentes temas: “Design”, com Vincent Pedretti; “Qualidade”, com Ricardo Anders; “Processo de Fabricação”, com Marcelo Soares; “Meio Ambiante”, com Valdini Lopes; “Recursos Humanos”, com Ana Paula Camargo; e “4 P’s do Marketing”, com Bruno Hohmann.

Piloto por um dia

O “Renault Experience” chega com emoção na grade curricular da UFSC. Quatro dos participantes poderão pilotar um Mégane Sedan de competição na pista do Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), com o concurso “Piloto por um dia”.

Para participar, os universitários terão que responder um pequeno questionário e criar uma frase criativa. Quatro dos estudantes que responderem corretamente à questão e criarem as melhores frases passarão um dia no “Centro Pilotagem Roberto Manzini by Renault”, comandado pelo ex-piloto e instrutor Roberto Manzini, aprendendo técnicas de pilotagem.

O curso terá aulas teóricas e práticas, nas quais os alunos sentirão a emoção vivida por um piloto profissional, aprendendo noções que vão da postura correta ao volante ao uso eficiente dos freios, sempre obedecendo a normas internacionais de segurança. Os participantes receberão, na ocasião, vestimenta específica, como macacões, capacetes, luvas e balaclavas.

Nota 10 em participação

A primeira edição do “Renault Experience” foi realizada em agosto de 2009 na Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. O evento já passou também por Campinas (PUC) e Porto Alegre (ESPM-RS), com a participação de mais de 5 mil alunos.

O slogan do projeto “A Renault dentro da universidade, você por dentro da Renault” faz uma referência à iniciativa da marca de levar a sua experiência para as escolas, permitindo assim, que os estudantes conheçam melhor o dia a dia da Renault do Brasil, seus produtos, suas fábricas e esta marca cada dia mais brasileira.

No endereço www.rexperience.com.br, os universitários poderão fazer suas inscrições para as atividades e obter mais informações sobre o evento.

Encontro com a imprensa: dia 18 de agosto, às 11h, no Auditório do Campus Reitor João David Ferreira Lima, no bairro Trindade, Florianópolis. Confirmar presença com Adriana Costa: (11) 2184-9420/8328 ou e-mail adriana.costa@renault.com.

Programação “Renault Experience” – “Sandero Story”:

* Local: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

* Endereço: Campus Reitor João David Ferreira Lima, Trindade, Florianópolis.

* Datas:

– 17 de agosto: palestra (8h30 às 22h)

– 18 de agosto: palestra (7h30 às 11h50); wokshops (a partir das 14h).

Informações: (48) 3721-9340 ou giorgio@ctc.ufsc.br.

Disciplina ´Orientação e Planejamento de Carreira` tem vagas para alunos de graduação

16/08/2010 09:20

Ainda há vagas para a disciplina PSI 5910 – Temas em Psicologia – orientação e planejamento de carreira, direcionada aos formandos de qualquer curso de graduação, que tenham cumprido acima de 2.000 horas/aula. A disciplina é ofertada pelo Departamento de Psicologia e pelo Laboratório de Informação e Orientação Profissional (LIOP), com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG), através da sua Coordenadoria Geral de Estágios.

O objetivo é auxiliar o acadêmico na elaboração de seu plano de carreira e a se preparar para o mercado do trabalho, identificando valores, interesses, habilidades e prioridades individuais. A disciplina incentiva também a reflexão sobre as transformações do mundo do trabalho e as novas exigências de perfil do trabalhador. A partir das aulas o estudante é levado a planejar e preparar meios de organização e inclusão no mercado de trabalho, a debater sobre os processos de recrutamento e seleção – currículo dinâmica de grupo e entrevista, networking, a cultura e classificação das empresas. Temas como empreendedorismo, empregabilidade, direito do trabalho e previdência social também são abordados. A meta é trabalhar o planejamento de carreira como possibilidade de um projeto de realização pessoal e profissional.

As aulas trazem conhecimentos teóricos e práticos, além de dinâmicas de grupo em sala de aula, onde a troca com outros cursos favorece a apreensão de novos conhecimentos sobre as profissões e possibilidades de atuação profissional.

Todos os conteúdos e atividades são planejados para atender aos alunos de diferentes cursos de maneira equilibrada. Estão disponíveis seis turmas, nas terças-feiras (16h20 e às 18h30), nas quartas-feiras (10h10 e às 16h20) e nas quintas-feiras (16h20 e às 18h30), com carga horária de duas horas semanais.

Os alunos interessados devem efetuar a matrícula da disciplina PSI 5910 – Temas em Psicologia: Orientação Profissional e Planejamento de Carreira.

Mais informações com a professora Cláudia Basso pelo e-mail claudiabassopsi@hotmail.com.

Especial Pesquisa: UFSC colabora com planejamento e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar

16/08/2010 09:03

A cada 100 estudantes avaliados em Santa Catarina, 21, cerca de um quinto, têm características de sobrepeso ou obesidade. Estudo realizado a partir de uma amostragem de 4.964 alunos entre 6 e 10 anos, matriculados em 345 escolas do ensino fundamental, revela prevalência de 15,4% de sobrepeso e de 6% de obesidade. A avaliação foi realizada entre junho de 2007 e maio de 2008, com dados analisados e publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia em 2009.

Os índices são próximos aos encontrados em estudos internacionais, que trazem 14,3% de sobrepeso e 3,8% de obesidade para a França; 15,5 e 4,3% para Alemanha. Dados mais elevadas foram encontrados no México (28,1 de sobrepeso e 13,7% de obesidade) e Portugal (23 e 12,6%).

Nutricionistas e acadêmicos dos cursos de graduação e de pós-graduação em Nutrição da UFSC formaram a equipe responsável pela avaliação em Santa Catarina. Para o grupo, os dados evidenciam que o sobrepeso e a obesidade atingem tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, confirmando uma epidemia global que se torna uma das preocupações no campo da saúde pública.

O estudo que busca sub­sidiar programas de promoção da saúde e ações para prevenção e redução do sobrepeso e da obesidade foi desenvolvido a partir de uma das ações do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar de Santa Catarina (Cecane/SC).

O Centro foi criado em 2007, em uma parceria entre a UFSC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O objetivo é colaborar com a formação de agentes envolvidos no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Estado de Santa Catarina”, explica o professor do Departamento de Nutrição da UFSC, Francisco de Assis Guedes, coordenador geral do Cecane/SC.

Além de desenvolver projetos de pesquisa na área de alimentação e nutrição, a equipe oferece apoio técnico e assessoria aos municípios catarinenses no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Também realiza atividades de extensão. Em 2008 e 2009 o Cecane/SC capacitou 850 pessoas envolvidas com a alimentação escolar: 528 merendeiras, 47 nutricionistas, 230 conselheiros da alimentação nas escolas e 45 profissionais da educação. Foram realizados 12 cursos, seminários ou oficinas. A equipe desenvolve ainda o Projeto Creches Saudáveis, direcionado à educação em saúde, alimentação e nutrição nas Unidades de Ensino Infantil de Florianópolis.

Três projetos de pesquisa já foram desenvolvidos. Um deles buscou avaliar o cumprimento da Lei das Cantinas. O grupo também avaliou a atuação dos Conselhos de Alimentação Escolar e os modelos de gestão do PNAE no Estado.

Em 2010 Centro está envolvido com capacitações nas regiões de Maravilha, Rio do Sul, Concórdia e Videira, atingindo cerca de 500 pessoas, entre nutricionistas, conselheiros de alimentação escolar, merendeiras, profissionais da educação e agricultores familiares. Sua equipe também leva assessoria técnica a 44 municípios e desenvolve uma pesquisa sobre a utilização de alimentos orgânicos e da agricultura familiar na alimentação escolar em Santa Catarina.

Mais informações: Com o professor Francisco de Assis Guedes / fguedes@ccs.ufsc.br / (048) 3226-5119.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia outras matérias de pesquisa:

– Técnica pioneira testada na UFSC “silencia” vírus da mancha branca que afeta os camarões

– Ministério da Ciência e Tecnologia aprova R$ 8,9 milhões para laboratórios e equipamentos de pesquisa na UFSC

– UFSC desenvolve estudo sobre conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

– Tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

2º Seminário de Pesquisa em Educação a Distância será realizado na UFSC

13/08/2010 17:17

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC) realizará, nos dias 4 e 5 de outubro, o 2º Seminário de Pesquisa em EAD: experiências e reflexões sobre as relações entre o ensino presencial e a distância (2º SePEaD). O evento, que acontecerá nas dependências do Centro Sócio-Econômico (CSE) da UFSC, tem como público-alvo todos os docentes e discentes da UFSC e do IF-SC, especialmente os que trabalham com EAD. O 2º SePEaD também será aberto a participação de pesquisadores e agentes docentes da educação a distância de todo o país.

O evento objetiva fomentar a discussão de um processo em andamento, que é o da utilização crescente dos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem (Moodle) na educação presencial e, em paralelo, o envolvimento cada vez maior dos professores presenciais nos cursos a distância.

O 2º Seminário de Pesquisa em EAD terá espaço para reflexão e apresentação de experiências de duas formas: 1) mesas com convidados palestrantes; 2) exposição de pôsteres, com inscrições abertas para a participação de toda comunidade acadêmica, interna e externa à UFSC. As normas e prazo (até 23 de agosto) de submissão dos pôsteres podem ser encontrados no site da EAD/UFSC no site da EaD.

Para participar, os interessados devem se inscrever através do site http://ead.ufsc.br/inscricoes-2-sepead/ e efetuar um depósito no valor de R$ 25 para uma das instituições de caridade sugeridas. O comprovante de depósito deverá ser entregue na Coordenadoria de EaD da UFSC, no piso térreo do prédio da pós-graduação do CSE, ou enviado por e-mail para o endereço ead@ead.ufsc.br juntamente com o nome e o CPF do participante.

O 2º SEPEaD integra as atividades do Programa Anual de Capacitação Continuada da UAB (PACC2010), e é uma realização da Coordenação Universidade Aberta do Brasil da UFSC e do IF-SC, promovida pela UAB/Capes, que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG).

Informações: (48) 3721-8325

História do Sintufsc é destaque da TV UFSC

13/08/2010 16:50

O documentário sobre o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) estreia no programa Memória da UFSC, sábado, 14/8, às 21h30, e integra a programação em homenagem aos 50 anos da universidade.

O vídeo traz momentos marcantes e depoimentos de pessoas que passaram pelo Sindicato, entidade que nasceu da Associação dos Funcionários da UFSC, criada em 1969.

No domingo, 15/8, a programação especial continua na TV UFSC, que exibe, às 21h30, o programa “Eu faço parte dessa história”, com Pedro Araújo, superintendente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). Professor aposentado da UFSC, Pedro Araújo entrou na Universidade em 1969, como aluno do Curso de Administração.

A TV UFSC é sintonizada no canal 15 da NET. Mais informações pelo telefone (48) 3952-1942, site www.tv.ufsc.br. Novidades e programação também pelo twitter.com/tv_ufs.

Educação do Campo da UFSC tem vestibular neste domingo

13/08/2010 15:46

Ostentando um índice de candidatos por vaga considerado alto entre as licenciaturas – 5,68 – o curso de Educação do Campo da UFSC realiza neste domingo, das 14h às 18h, seu concurso vestibular. Os 284 candidatos – além de outros 42, que realizam o concurso por experiência – disputam as 50 vagas em cinco cidades: Florianópolis, Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Curitibanos e Joinville. As provas são de Conhecimentos Gerais (20 questões objetivas), Língua Portuguesa (10 questões também objetivas) e Redação.

Oferecido desde 2009, o curso é um dos 13 em todo o Brasil que se debruça exclusivamente sobre o estudar e o viver no campo. “Não pensamos só na escolarização, mas também em estimular a reflexão a respeito das condições de vida no meio rural, a fim de se promover melhorias”, explica a professora Beatriz Collere Hanff, coordenadora do curso.

A preocupação é urgente. “O que mais se planta no Brasil? Cana-de-açúcar, soja e milho: esses produtos não são a base da nossa alimentação. Precisamos mostrar aos que trabalham na agricultura familiar, responsáveis por cultivar feijão, arroz, legumes e frutas, que é possível viver da terra”, defende a professora.

Os aprovados devem ser preferencialmente das regiões rurais – mais uma forma de evitar a evasão do campo – ou ter disponibilidade para cumprir os oito semestres no que se convencionou chamar de Pedagogia da Alternância: as semanas letivas são divididas entre o Tempo-Universidade e o Tempo-Comunidade, que conciliam teoria – no campus da UFSC, em Florianópolis – e prática – na comunidade rural apontada pelo aluno. A licenciatura formará professores que podem atuar no ensino fundamental e médio nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias.

A Pedagogia da Alternância prevê que depois da primeira parte teórica o estudante siga para o campo e comece a segunda etapa do semestre, dando início ao diagnóstico da comunidade – momento no qual analisa cinco itens: produção agrícola, meio ambiente, políticas públicas, sujeitos e educação.

Em seguida, o aluno volta para a universidade, aprofunda conhecimentos e retorna à comunidade para completar o diagnóstico. Ao final de cada semestre ocorre a elaboração de relatório – que contempla a organização dos dados coletados e seu cruzamento com a teoria vista em sala de aula. No decorrer do curso o estudante busca a elaboração – com a cooperação de órgãos como prefeitura e Secretaria de Educação, além de movimentos sociais e da própria comunidade – de planos de ação coletivos.

O curso vem combatendo algo que se tornou mais comum nos últimos 15 anos: a nucleação – o fechamento de escolas rurais e o deslocamento de alunos para as escolas das cidades, que traz como consequência a formação desses indivíduos para o meio urbano. “O problema é que a escola não funciona apenas como referencial de certificação, mas principalmente como ponto de difusão de cultura: é nesse ambiente que as mães se reúnem, os eventos da comunidade são organizados e as informações são socializadas”, esclarece Beatriz.

O curso acaba indo além da graduação e mesmo da vontade de se estimular a permanência no campo com qualidade de vida. A coordenadora exemplifica: “Um de nossos alunos verificou que a comunidade onde trabalhava contabilizava sete escolas rurais, de acordo com a prefeitura. Depois do estudo, a própria prefeitura constatou que esse número era bem maior: 14 eram os estabelecimentos voltados para o ensino às crianças e adolescentes do campo. Esse reconhecimento sócio-político faz toda a diferença, tanto por se valorizar mais as pessoas e a cultura provenientes do meio rural quanto em relação ao repasse das verbas”.

Informações: Coperve – 3721-9200, www.vestibular2010.ufsc.br/educacaodocampo ou com a professora Beatriz Hanff: 3721-9905.

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom

Atlas Ambiental da Bacia do Rio Araranguá será lançado na segunda-feira

13/08/2010 10:53

Dados do IBGE mostram que a área explorada com rizicultura na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá passou de 25 mil hectares em 1980 para 58 mil em 2004. Nesse período, a produtividade passou de 2,8 toneladas por hectare para 8,7 toneladas por hectare.

A expansão da rizicultura foi estimulada por um pacote tecnológico complexo e “fechado”, sem contemplar possibilidades de alteração nas tarefas mecânicas, nos tipos de dosagem dos insumos. Nessa sistemática, o aplainamento do terreno favorece a impermeabilização e impede que outros cultivos sejam explorados na entressafra. O solo fica exposto na maior parte do ano, o que facilita o transporte de material para os rios nas chuvas intensas. Agrotóxicos e fertilizantes são aplicados em grande quantidade, o cultivo exige grandes volumes de água.

O carvão que propiciou a transformação de Criciúma em um importante pólo regional é outro conflito ambiental na região da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Sua exploração traz sérias consequências para a saúde pública, especialmente para trabalhadores da mineração, justificando a classificação da região carbonífera de Santa Catarina como uma das 14 áreas mais críticas do país em termos de poluição ambiental.

Estes impactos estão entre os assuntos abordados no Atlas Ambiental da Bacia do Rio Araranguá, publicação que será lançada na segunda-feira, 16 de agosto, nas cidades de Araranguá e Criciúma. A apresentação acontece às 9h30min no campus da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma. Em Araranguá o lançamento será realizado às 14h30min, no auditório Célia Belizário.

“É um conjunto de informações que pretende servir como subsídio para todos os interessados na complexa tarefa de informar, sensibilizar e formar os cidadãos da bacia para a gestão sustentável da água e do meio ambiente”, destaca o coordenador geral da publicação, o professor do Departamento de Geociências da UFSC, Luiz Fernando Scheibe.

Em 64 páginas ricamente ilustradas com fotos, ilustrações, mapas e gráficos, o atlas aborda temas como a formação da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, seus subsistemas, clima, vegetação, águas superficiais e subterrâneas. Além disso, traz textos que discutem o uso da terra, a agricultura, os ciclos produtivos na região – caso da rizicultura e carvão, contemplados em capítulos especiais.

“Somente uma visão integradora da dinâmica de todos os processos físicos e socioeconômicos atuantes na bacia pode levar a uma participação efetiva comunitária, que não privilegie os problemas particulares de cada um, mas que com base no conhecimento busque soluções compartilhadas e solidárias, compatíveis com a melhor qualidade de vida par a todos”, destacam os organizadores, Luiz Fernando Scheibe, Maria Dolores Buss e Sandra Maria de Arruda Furtado.

Publicado pela Editora Cidade Futura, o atlas é resultado de pesquisas realizadas por professores e estudantes da UFSC, em parceria com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), com apoio do CNPq, Capes e antiga Funcite (hoje Fapesc). A sistematização dos dados oferece informação técnica e científica para orientar processos de tomada de decisão por parte de gestores e da população, em processos participativos como os Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas.

Ao final, o atlas traz uma relação das principais publicações relacionadas à bacia, com referências de livros, capítulos, artigos em periódicos científicos, artigos publicados em eventos, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso

“Preparada com o intuito inicial de servir de subsídio para a gestão da água, a obra atinge e extrapola esse objetivo, vindo a constituir-se num verdadeiro compêndio de geografia, uma ferramenta preciosa para o estudo da realidade ambiental de uma da mais complexas e problemáticas bacias hidrográficas de nosso estado” destaca o presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz.

O lançamento é uma promoção da UFSC, por meio de seu Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Departamento de Geociências, Laboratório de Análise Ambiental, Laboratório de Geoprocessamento e Núcleo Cidadhis (Departamento de Arquitetura e Urbanismo).

Mais informações com o professor Scheibe: (48) 3721-8813 / scheibe@cfh.ufsc.br

Lançamento:

Data: 16/08/2010

Horários e Locais:

– 9h30min – Criciúma – Campus da Unesc – Bloco P, S.19

– 14h30min – Araranguá – Auditório Célia Belizária (centro).

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom