Professor Walter Ferreira de Oliveira ganha prêmio “Cientista do Ano”

30/09/2010 18:40

O professor Walter Ferreira de Oliveira, do Departamento de Saúde Pública da UFSC, foi agraciado com o prêmio de “Cientista do Ano” pela University for Peace Foundation, órgão vinculado à Unesco sediado em Costa Rica.

A homenagem ocorrerá por ocasião do 8º Simpósio Internacional de Ethnobotânica, que se realizará na próxima semana, de 3 a 8 de outubro, em Lisboa. O prêmio é concedido por uma vida dedicada à psiquiatria cultural e à história da medicina, através do trabalho interdisciplinar, do ensino, da pesquisa e da educação”.

Mais informações na pagina do simpósio www.costarricense.cr/pagina/plantamed/ ou pelos emails simpo@ice.co.cr e walter@ccs.ufsc.br.

Walter Ferreira de Oliveira

Graduado em Medicina pela Escola de Medicina e Cirurgia, da Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro – FEFIERJ, atual Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio (1976), mestrado em Public Health – MPH, University of Minnesota (1989) e Doctor of Philosophy (Ph.D.), Social and Philosophical Foundations of Education Program – University of Minnesota (1994).

Atualmente é professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), chefe do Departamento de Saúde Pública da UFSC, parecerista de projetos do Ministério da Saúde e professor adjunto à residência em psiquiatria do Instituto de Psiquiatria do Estado de Santa Catarina. Presidente da Associaçao Brasileira de Saúde Mental – Abrasme eleito para o biênio 2009-2010. Editor científico da revista Cadernos Brasileiros de Saúde Mental. Coordenador do GT em Desinstitucionalizaçao do Conselho Estadual de Saúde do Estado de Santa Catarina e membro do GT sobre Hospitais de Custódia da Procuradoria Federal de Direitos do Cidadão e membro da Comissão Organizadora da IV Conferência Estadual de Saúde Mental – SC.

Temas de maior interesse: saúde mental coletiva, desinstitucionalização em saúde mental, atenção psicossocial, violências, arte, expressão, corpo e saúde, abordagens alternativas em saúde, formação profissional e educação social.

Mais informações: 3721-9542 / walter@ccs.ufsc.br

Entrega do Troféu Açorianidade 2010 e lançamento da 17ª AÇOR será dia 21 de outubro

30/09/2010 18:27

O lançamento da 17ª AÇOR – Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina –, que será realizada de 5 a 7 de novembro, e a entrega do Troféu Açorianidade 2010 estão marcados para o dia 21 de outubro, às 19h30, no Centro Adventista de Treinamento (CATRE), na Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos.

Todos os anos são entregues 10 troféus. Cada um deles leva o nome de uma Ilha do Arquipélago Açoriano (São Miguel, Pico, Terceira, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Faial, Corvo, Flores) e o décimo troféu leva o nome da Ilha de Santa Catarina, chamado carinhosamente de 10º Ilha Açoriana. Neste ano haverá mais um homenageado, o embaixador de Portugal no Brasil, João Manuel Guerra Salgueiro, que receberá o “Troféu Açorianidade Especial”, proposto e aprovado pelo conselho Deliberativo do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA).

As indicações e a votação final para escolha dos ganhadores do troféu é feita pelo Conselho Deliberativo do NEA, que atualmente é composto por 58 instituições (Prefeituras, Universidades e Fundações Culturais) sediadas no litoral de Santa Catarina que têm a preocupação da preservação das raízes culturais trazidas pelos açorianos a mais de 260 anos.

O Troféu Açorianidade foi criado em 1996 com o propósito de homenagear pessoas, instituições e empresas que atuam na pesquisa, preservação e divulgação da Cultura de Base Açoriana do Estado de Santa Catarina. O design do troféu foi escolhido através de um concurso público que aprovou a criação do artista plástico João Aurino Dias (Dão).

17ª AÇOR

A 17ª AÇOR será em Governador Celso Ramos, de 5 a 7 de novembro. Na programação, exposições, mostra de vídeos, apresentações culturais, palestras e lançamentos de livros. Um pavilhão com estandes culturais onde estarão representados 36 municípios e Instituições do litoral de Santa Catarina, apresentando o seu artesanato de referência regional com base na cultura açoriana. Neste espaço diversos artesãos produzirão e comercialização suas peças. Nos três dias de festa serão mais de 60 apresentações folclóricas, dois shows musicais no encerramento das noites dos dias 5 e 6 de novembro.

No dia 6, às 10h, na Praia da Camboa, em Governador Celso Ramos, será realizado o Desfile Folclórico dos Grupos que vão atuar nos três dias da Festa. Já no domingo, dia 7, às 9h30, na Igreja da Fazenda da Armação, será realizada a Missa do Encontro das Bandeiras do Divino Espírito Santo. Estão confirmadas seis cantorias (folias do Espírito Santo) e 12 bandeiras do Divino Espírito Santo de vários municípios para atuarem na missa.

As outras edições da AÇOR foram nas cidades de Itajaí, Imarui, Imbituba, Penha, Içara, Porto Belo, Garopaba, São José, Araquari, Tijucas, São Francisco do Sul, Barra Velha e Laguna, Palhoça.

A promoção da Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina é da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos. A realização é do Núcleo de Estudos Açoriano da UFSC em parceria com as secretaria Municipais de Educação e Cultura e de Turismo e Esportes.

Mais informações pelo fone (48) 3721-8605 ou pelo site www.nea.ufsc.br.

Relação dos homenageados com o Troféu Açorianidade 2010

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha Terceira

Grupo Folclórico

Grupo Folclórico Mocinhas da Cidade

(Cidade de Araquari)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha do Pico

Veículo de Comunicação

Programa Cultura Açoriana

(Cidade de Imbituba)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha do Faial

Administração Municipal

Prefeitura Municipal de Itajaí

Troféu Açorianidade 2010- Ilha São Jorge

Personalidade

Manoel José da Silva e Maria Zumira da Silva

(Cidade de Governador Celso Ramos)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha São Miguel

Instituição de Ensino Superior ou Cultural

Engenho Andrade

(Cidade de Florianópolis)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha Graciosa

Pesquisador

Vera Eli Pereira Pires

(Cidade de Bombinhas)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha das Flores

Artista Plástico

Paulo Vilalva e Osmarina Vilalva

(Cidade de Florianópolis)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha do Corvo

Artesão

Rosana Carvalho da Silveira

(Cidade de São Francisco do Sul)

Troféu Açorianidade 2010 – Ilha Santa Catarina

Escola de Ensino Fundamental ou Médio

Escola Maria da Glória Veríssimo de Farias

(Cidade de Itapema)

Troféu Açorianidade 2010 – Especial

Dr. João Manuel Guerra Salgueiro

Embaixador de Portugal no Brasil

Troféu Açorianidade 2010 – 17º AÇOR

17 ª Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina

Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos

Teatro da UFSC recebe espetáculo teatral “Comunicação a uma Academia”, com Juliana Galdino, indicada ao Prêmio Shell

30/09/2010 10:43

O Teatro da UFSC recebe o espetáculo teatral “Comunicação a uma Academia”, com Juliana Galdino, indicada ao Prêmio Shell. A apresentação em Florianópolis será nos dias 1,2 e 3 de outubro. Às 21 horas, na sexta e no sábado, e às 20 horas, no domingo. Os ingressos a R$ 5,00 (estudante) e R$ 10,00 (inteira), podem ser comprados na bilheteria do Teatro, uma hora antes do espetáculo do dia e também na sexta-feira das 14 às 18 horas na secretaria do DAC / Teatro da UFSC.

A peça estará em Florianópolis somente neste fim de semana. O espetáculo foi contemplado pelo Programa BR de Cultura/Circulação e realiza três apresentações em cada cinco capitais do País neste ano, a preço popular.

Sobre o espetáculo

O texto Comunicação a uma Academia, de Franz Kafka, ganha montagem inédita da Companhia Club Noir sob a direção de Roberto Alvim, com Juliana Galdino e Gê Viana no elenco.

Em 1912, o escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924) criou a narrativa da metamorfose – súbita e inexplicável – de um caixeiro-viajante em um inseto no livro A Metamorfose. Pouco tempo depois, em 1917, outra obra expande a monstruosidade na qual havia mergulhado. Trilhando o caminho inverso, construiu a grotesca fábula de um macaco que se torna humano.

Para o diretor Roberto Alvim, o encontro com o texto de Kafka e as possibilidades para sua encenação foram determinantes para a montagem.Em Comunicação a uma Academia, um macaco, interpretado por Juliana Galdino, relata à plateia como se tornou humano. Vigiada por um guarda armado (Gê Viana), a criatura fala sobre o processo de transformação por meio do qual aprendeu a se comportar como um homem. O macaco relata sua história aos excelentíssimos senhores membros da Academia. Enfatiza que lutou para aprender a se comportar como um de nós: aprendeu a apertar mãos, a fumar cachimbo (costume que caracteriza civilização), a beber aguardente, a falar (conquista suprema) e, por fim, a pensar como um de nós.

O macaco reflete e compara sua condição animalesca anterior com a atual humanidade conquistada – hesita, se contradiz, torna-se agressivo, sarcástico, niilista, arrogante, frágil, perplexo.

Tornou-se outra coisa – foi forçado a fazê-lo, morreria se permanecesse ele mesmo, precisava tornar-se como os que o espreitavam do lado de fora da jaula. Agora não está mais preso – mas percebe que tampouco está livre. Afinal, tornou-se um homem, e aos homens (ele descobre) não cabe a liberdade.

Comunicação a uma Academia desenha o processo pelo qual alguém se torna “humano”. Isto é, o processo que leva um indivíduo (ou mesmo todo um povo) a abraçar voluntariamente uma idéia hegemônica relativa ao que é ser um ser humano, sob o risco de exclusão da comunidade global. Metáfora terrível de toda forma de condicionamento, colonialismo, adestramento e aculturação, o texto de Franz Kafka suscita a reflexão a respeito de questões urgentes e graves da era globalizada.

Sobre a montagem

A encenação é minimalista. O palco, praticamente vazio de objetos, está repleto das palavras da “criatura”. “Conforme a pesquisa da companhia, o trabalho será pautado na imobilidade dos atores, em movimentos mínimos (mas significativos), numa luz fria e crepuscular e no emprego musical da fala, alternando ritmos, sensações e sobreposições”, conta Alvim.

Alvim, que assina também cenário, iluminação, figurinos e trilha sonora, criou um ambiente frio, asséptico, claustrofóbico. “As paredes do cenário são forradas por placas de mármore verde-musgo, com uma grande cabeça de leão empalhada no alto. Nesse lugar, separado da plateia por uma corda de isolamento, o macaco fala, e sua palestra ocorre sob a tensão constante oriunda da presença vigilante de um guarda armado com um rifle”, explica.

A encenação de Comunicação a uma Academia destoa da proposta inicial da companhia Club Noir, que era produzir exclusivamente peças de autores contemporâneos. “Isso se deu devido ao encontro do grupo com a obra e as questões nela presentes. A síntese altamente dramática elaborada por Kafka tornou o texto incontornável para nós”, explica o diretor. “Sua pertinência e atemporalidade tornam seu diálogo com o público de hoje tão potente quanto aquele estabelecido pelas melhores obras produzidas na contemporaneidade.” completa.

Sobre a Cia Club Noir

A companhia Club Noir foi criada em 2006 pela atriz Juliana Galdino e pelo diretor e dramaturgo Roberto Alvim com o objetivo de encenar autores contemporâneos em obras que dialoguem com a atualidade. O espetáculo Anátema, de Roberto Alvim (apresentado em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba ao longo do ano de 2007), marcou a fundação do grupo. Homem sem Rumo, do dramaturgo norueguês Arne Lygre, encenado em São Paulo em 2007, foi o segundo espetáculo da companhia.

O espetáculo rendeu as indicações aos Prêmios Shell de Melhor Direção e Melhor Iluminação (ambos para Roberto Alvim), e ao Prêmio Bravo de Melhor Espetáculo Teatral do ano. A estréia de O Quarto, de Harold Pinter, em novembro de 2008, marcou a inauguração da sede da companhia, construída com o patrocínio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O espaço Club Noir (rua Augusta, 331 – Consolação) abriga as encenações do grupo, além de oficinas permanentes de atuação e dramaturgia, permitindo a continuidade e o aprofundamento de sua pesquisa.

Sobre Roberto Alvim

É autor e diretor com 16 peças encenadas no Rio de Janeiro, São Paulo, França (Paris), Argentina (Córdoba) e Suíça (Lausanne). Sua obra já foi traduzida para o italiano, francês, espanhol e grego, e há publicações teóricas sobre o seu trabalho no Brasil, Argentina, Espanha e França. Foi Professor de História do Teatro e Literatura Dramática no Curso Profissionalizante da CAL (RJ) de 2000 a 2004; também lecionou Dramaturgia na Universidade de Córdoba (Argentina) em 2005, além de ministrar Oficinas para novos dramaturgos em diversos Estados do Brasil (Acre, Ceará, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro, a convite de Festivais e do Ministério da Cultura – Funarte). De 2001 a 2004, exerceu a função de Diretor Artístico da Sala Paraíso – Teatro Carlos Gomes (RJ), onde criou o projeto Nova Dramaturgia Brasileira, que ajudou a consolidar uma nova geração de dramaturgos na cidade do Rio de Janeiro. Em 2005 exerceu a função de Diretor Artístico do Teatro Ziembinski (RJ), onde coordenou o Centro de Referência da Dramaturgia Contemporânea, com o patrocínio da Prefeitura do Rio.

Em janeiro de 2006, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde fundou com a atriz Juliana Galdino a companhia CLUB NOIR, dedicada à montagem de dramaturgia contemporânea. Em 2008, lecionou dramaturgia na ELT – Escola Livre de Teatro de Santo André (SP). Foi o primeiro dramaturgo brasileiro publicado na mais importante coleção de dramaturgia contemporânea européia, a Les Solitaires Intempestifs, em 2005, com sua peça Às Vezes É Preciso Usar Um Punhal Para Atravessar O Caminho, também traduzida para o espanhol e publicada na França, Espanha e Argentina. Desde março de 2006, leciona Dramaturgia no Estúdio De Criação Dramatúrgica, em Pinheiros, São Paulo.

Sobre Juliana Galdino

Principais espetáculos: Fragmentos Troianos, de Eurípedes. Direção de Antunes Filho (2000). Prêt-à-Pôrter 3, coordenação de Antunes Filho (2000). Medéia, de Eurípedes. Direção de Antunes Filho (2001). Medeia 2, de Eurípedes. Direção de Antunes Filho (2002) Prêmio Shell 2002 de Melhor Atriz. Prêt-à-Pôrter 4, Coordenação de Antunes Filho (2002). Prêt-à-Pôrter 5, Coordenação de Antunes Filho (2003). O Canto De Gregório, de Paulo Santoro. Direção de Antunes Filho (2004).

Prêt-à-Pôrter 6. Coordenação de Antunes (2004). Antígona, de Sófocles. Direção de Antunes Filho (2005). Foi Carmen Miranda, Uma Homenagem À Kazuo Ohno. Direção de Antunes Filho (2005). Prêt-à-Pôrter 7. Coordenação de Antunes Filho (2005). Anátema, de Roberto Alvim.

Direção de Roberto Alvim (2007). Homem Sem Rumo, de Arne Lygre. Direção de Roberto Alvim (2007). O Quarto, de Harold Pinter. Direção de Roberto Alvim (2008).

Atuou como Professora de interpretação, corpo, voz e retórica no curso de Introdução ao Método de Ator do C.P.T. (Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, coordenado pelo diretor Antunes Filho), de 2001 a 2006. Em 2006, se desligou do CPT para criar, ao lado de Roberto Alvim, a companhia Club Noir. Ainda em 2006, exerceu a função de professora de interpretação na USP/ECA. Desde 2007 é Professora de Interpretação em diversos cursos livres na cidade de São Paulo. Atuou nos longas Nina, de Heitor Dália. Maria Angélica, de Francelino França e Família vende tudo, de Alain Fresnot. Ganhou o Prêmio Shell 2002 por sua atuação em

Medeia 2.

Sobre Gê Viana

Começou a carreira como diretor, cenógrafo e figurinista em espetáculos produzidos na cidade de Vitória/ES. Recebeu os Prêmios no XIII Festival de Teatro Veiga de Almeida (2006) e Festival Nacional de Teatro em Guaçui (ES/2004). Em 2006 ingressa no CPT de Antunes Filho cursando Introdução ao Método do Ator. É convidado a trabalhar como ator na segunda montagem da Cia. Club Noir, no espetáculo Homem Sem Rumo. Em 2008 compõe o elenco de O Quarto, de Harold Pinter, com a Cia Club Noir.

SERVIÇO:

O QUÊ: Espetáculo teatral “Comunicação a uma Academia”, com Juliana Galdino, indicada ao Prêmio Shell

QUANDO: Dias 1,2 e 3 de outubro de 2010. Às 21 horas na sexta e no sábado, e às 20 horas no domingo.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha. Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Ingressos a R$ 5,00 (estudante) e R$ 10,00 (inteira), na bilheteria do Teatro, uma hora antes do espetáculo do dia e também na sexta-feira das 14 às 18 horas na Secretaria do DAC / Teatro da UFSC.

CONTATO: DAC / Teatro da UFSC (48) 3721-9348 e 3721-9447 – Visite www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC . SECARTE . UFSC, com texto e foto da produtora do espetáculo.

TV UFSC exibe reportagem “Celíacos – uma vida sem glúten”

30/09/2010 10:22

Nesta quinta-feira (30), 20h30min, a TV UFSC exibe a reportagem “Celíacos – uma vida sem glúten”, feito em 2009 pela jornalista Patrícia Mara Simões Pratts, como Trabalho de Conclusão de Curso. O programa trata da doença sem cura que atinge mais de 2 milhões de brasileiros.

A doença celíaca é uma infecção patológica que ataca o intestino delgado, gerando intolerância permanente ao glúten, proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e no malte. Com entrevistas de médicos, nutricionistas e celíacos, o vídeo mostra o cotidiano, as dificuldades, o preconceito, as dietas e a relação que o celíaco tem com o consumo. Aborda também a lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003, que obriga que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença.

Um dos destaques da reportagem de Patrícia Pratts é os resultados da Associação dos Celíacos de Santa Catarina (Acebra-SC), que em parcerias com comerciantes da Grande Florianópolis, tornou a capital um dos pontos mais atrativos para quem necessita de uma dieta especial. Graças ao trabalho da Associação, na Ilha encontra-se pizzarias e panificadoras que atendem as restrições dos celíacos.

Este e outros programas você acompanha todos os dias no Canal 15 da Net. Para mais informações sobre a programação da TV UFSC acesse www.tv.ufsc.br. Siga-nos também no twitter/tv_ufsc.

Fonte:Marcone Tavella

Vozes Fora completa dez anos contando histórias do cárcere

29/09/2010 20:14

Como na lenda do pássaro Fênix, que nunca morre, porque renasce das próprias cinzas, o jornal Vozes Fora ressurge todo ano, há dez anos. E, nesta quinta-feira, 30 de setembro, o grupo que o idealizou e o mantém vivo apresenta a edição que marca uma década de sua existência, circulando dentro e fora do Complexo Penitenciário de Florianópolis, a partir de um trabalho coletivo e voluntário. O lançamento da edição comemorativa vai ser às 20 horas, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Santa Catarina ACIF (ACIF).

O projeto, que se conta um pouco através do próprio nome, nasceu em 1999, como uma iniciativa da assistente social Simone Lisboa Scheffler Anselmo, presidente do Conselho de Comunidade de Florianópolis, de Raquel Moysés, jornalista na UFSC, e de estudantes de Jornalismo. O Conselho de Comunidade é vinculado ao Serviço Social da Vara de Execuções Penais e tem o papel de fiscalizar as instituições penais da capital catarinense.

A sobrevivência do jornal, esse tempo todo, deve-se muito à colaboração de estudantes de Jornalismo, que se dispuserem, ao longo dos anos, a atravessar os portões da prisão para um difícil e necessário trabalho de reportagem. Há quem tenha inicialmente participado como estudante, mas, ao longo dos anos, nunca abandonou o pequeno grupo que cuida para que o jornal não morra. O jornalista e poeta Paulo Zembruski, criador do projeto gráfico do Vozes Fora e agora trabalhando na Universidade de São Paulo (USP), continua fazendo a editoração e a arte do jornal.

A edição de dez anos traz reportagens escritas por estudantes que participam do projeto “Vivência”, do jornal Fato & Versão, coordenado pela professora Raquel Wandelli, da Unisul, e também jornalista na Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC. A professora da disciplina de Redação, do curso de Jornalismo, nos últimos anos passou a integrar o projeto Vozes Fora, oferecendo uma colaboração inestimável para a continuidade do jornal e a formação de novos repórteres comprometidos com a análise crítica da realidade.

Os textos deste número comemorativo são de Amanda Bernardo, Cauê Marques, Carlos Eduardo Duarte, Janaína Souza de Jesus, Hermes Elias Gregório, Camila da Silva Jardim e Sarah Fenix de Liz. Os estudantes permitiram, com suas reportagens, que as vozes dos prisioneiros falem diretamente do mundo da prisão.

Como eles, dezenas de outros estudantes de jornalismo, muitas vezes rompendo o medo do mundo misterioso dos encarcerados, cruzaram, durante uma década, os portões do Complexo Penitenciário de Florianópolis (Penitenciária, Presídios Masculino e Feminino, Colônia Penal Agrícola, Casa do Albergado, Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico). Entrando por corredores esquálidos e cruzando grades, repórteres aprendizes tornaram possíveis as edições do Vozes Fora. Todas elas contaram com a colaboração do jornal Diário Catarinense, que contribui com a impressão.

Os estudantes se desafiaram a olhar e ver, para além do preconceito que encobre a vista. E, mais que isso, tiveram a coragem de contar o que enxergaram, exatamente como ensina Audálio Dantas, grande mestre do jornalismo. Jornalista que escreveu reportagens que ficaram para a História, Audálio diz que a verdadeira tarefa dos repórteres é ter a coragem de contar o que se vê.

Coragem de enxergar, para além das máscaras sociais impostas pelo sistema, e narrar o que dizem seres humanos que pagam suas penas com a privação da liberdade. Os estudantes que escreveram nesses dez anos os textos do Vozes Fora tiveram o destemor de entrar nesse mundo aviltado, que a maioria da sociedade quer ignorar ou apenas amaldiçoa.

Como no mito do pássaro milagroso, que conta que a Fênix teria o poder de transportar em vôo coisas tão pesadas como um elefante, meninos e meninas, estudantes de jornalismo, enfrentaram nesses dez anos o peso de ideias preconcebidas e até cristalizadas no meio social e dentro deles mesmos. Buscaram conhecer, e até se reconhecer, naquele humano envilecido atrás das grades. Sem fazer julgamentos – pois sabem que o papel de juiz não cabe ao jornalista – eles apenas contaram histórias que lhes foram narradas, e desvelaram uma realidade dolorosa, algumas vezes carregada por sopros de esperança.

Serviço

O quê: Lançamento do Jornal Vozes Fora – edição comemorativa de 10 anos

Quando: Quinta-feira, 30 de setembro, 20h

Onde: ACIF (Associação Comercial e Industrial de Santa Catarina), localizada na Rua Emílio Blum, 121 – Centro de Florianópolis (fone 3224-3627).

Outras informações com Raquel Moysés (3248-3912/ 99422822) e Simone Scheffler Anselmo (3287-6631)

Semana Acadêmica discute o estudo e a pesquisa das relações internacionais no Brasil

29/09/2010 19:19

A palestra que abriu a I Semana Acadêmica das Relações Internacionais, ministrada pelo presidente da Associação Brasileira de RI e professor da Universidade de Brasília, José Flávio Sombra Saraiva, teve como tema o estudo e a pesquisa da área no Brasil. O evento, que tem o objetivo de ampliar a relação dos alunos do curso com a comunidade e o mercado de trabalho, acontece até esta sexta, 01/10, nos auditórios do Centro Sócio-Econômico e da Reitoria.

O convidado iniciou a fala destacando as mudanças no perfil do país: “o Brasil já não é periferia no pensar e no estudar as relações internacionais. Pertencemos a um pequeno conjunto de países que construíram um patrimônio de entendimento acerca da comunidade internacional”. Para Saraiva, o diferencial brasileiro no âmbito mundial é a busca constante pela mediação e soluções pacíficas de conflitos.

A característica citada tem motivo para existir. “A ordem internacional pós-Guerra Fria configurou o mundo como multipolar, um cenário propício para a atuação nas relações internacionais”, explicou Saraiva. A tensão existente em função dos idiomas utilizados nos estudos, que afeta o entendimento das teorias quando importadas para cá, também foi abordada. Essa tensão, apesar de distanciar o Brasil das teorias estrangeiras, fortifica a ideologia regional. “O Brasil, dessa forma, ampliará a capacidade de produzir um pensamento próprio, que dê maior autonomia e independência de traduções”, finalizou Saraiva. Ao final da palestra, o professor doou o livro Conceps, histories and theories at international relations for the 21th Century, de sua autoria, à Biblioteca Universitária da UFSC.

O embaixador representante do Ministério das Relações Exteriores em Santa Catarina, Abelardo Arantes Jr., que também participou da palestra, confirmou a fala de Saraiva dizendo que “o Brasil usa a diplomacia em vez da guerra, tem fronteiras bem administradas e serenas” e destacou a importância da junção da academia à diplomacia.

A cerimônia de abertura contou com a presença do professor Carlos Pinto, da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, que representou o reitor Álvaro Prata, Ricardo José Araújo de Oliveira, diretor do Centro Sócio-Econômico (CSE) e Helton Ricardo Ouriques, chefe do departamento de Ciências Econômicas. Compareceram também os coordenadores do curso de Relações Internacionais e Ciências Econômicas, Jaime César Coelho e Marcos Alves Valente, e o presidente do Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI), Thiago da Silva Duarte.

O diretor do CSE comemorou o auditório lotado com alunos de diversos cursos da Universidade e agradeceu publicamente o apoio dado para a realização do evento em nome do centro. Relembrou a aula magna de abertura do curso de Relações Internacionais na UFSC, no dia 25 de março de 2009, que também contou com a participação de Abelardo Arantes Jr. “Permito-me dizer que o embaixador Abelardo já é da casa”, brincou Oliveira. Thiago Duarte, em nome do CARI e dos alunos, registrou a semana acadêmica como um marco na história do curso e destacou três importantes colaboradores para a realização do evento: a secretária Mércia Pereira, por dar grande incentivo, o coordenador Jaime, pelo apoio imprescindível e aos alunos organizadores, pela dedicação para um evento de qualidade.

A I Semana RI oferece uma palestra hoje às 18h30 e segue com programação para quinta e sexta-feira. Mais informações: www.semanari.ufsc.br.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC homenageia idosos em seu dia

29/09/2010 18:33

Coral Vozes do Amanhã

Coral Vozes do Amanhã

O Dia do Idoso, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 01/10, não passará em branco na UFSC. A Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos da Universidade programou show que trará os corais Vozes do Amanhã, composto por adolescentes, e Encantos, com participantes adultos, em apresentação com entrada franca.

Os 140 cantores serão regidos pelo maestro Robson Medeiros Vicente. No repertório, sucessos interpretados nos anos de existências dos corais como as canções infantis Superfantástico e Uni-duni-tê, os clássicos Linda Juventude, Planeta Sonho e Nas manhãs do Sul do Mundo e as canções internacionais Guantanamera, Eres Tu e El Condor Pasa. O espetáculo acontece às 20h30 no auditório do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Show se repete no sábado

Depois de se apresentar para marcar o Dia do Idoso, o coral Vozes do Amanhã realiza mais um show para lembrar de seus dez anos de fundação, convidando o Encantos para a performance conjunta, que trará o mesmo repertório do dia anterior.

Os ingressos, nesse dia, serão vendidos pelos cantores, com valores de R$30 e R$15 para compras antecipadas, idosos e estudantes. O show acontecerá também no Centro de Eventos da UFSC, às 20h30. Para adquirir os convites, os interessados devem ligar para (48) 9976-3756 ou 9912-5539.

Mais informações: (48) 3721-8602 ou ufsc50anos@reitoria.ufsc.br.

Biblioteca Universitária implanta novo sistema em Portal de Periódicos

29/09/2010 17:38

Sendo uma das pioneiras na implantação do serviço de identificação de objetos digitais, a BU da UFSC é uma das primeiras bibliotecas universitárias a implantar o sistema DOI em um Portal de Periódicos. Após estudos e testes realizados na área, a seção que cuida de toda a publicação científica de periódicos da Biblioteca já conta com os serviços que permitem identificação de conteúdos acadêmicos no ambiente digital aos quais são atribuídos direitos de propriedade intelectual.

O que é o DOI

O DOI (Digital Object Identifier) é um identificador alfa-numérico composto por prefixo e sufixo, que oferece infraestrutura de forma a ligar os usuários aos conteúdos acadêmicos dispostos pelos editores, gerenciando a comunicação entre estes e os seus leitores. Além disso, o depósito desse número na agência CrossRef – principal agência de serviço da International DOI Foundation (IDF) -, também pode ser usado na identificação de textos, áudios, vídeos, imagens e softwares.

Para prover a persistência no acesso aos objetos digitais a IDF utiliza o software Handle System. O Handle System gera meios para que os objetos digitais sejam únicos e acessíveis, independente de configurações de rede, mudanças no nome do servidor ou até mesmo se o servidor deixa de existir.

Segundo Andrea Grants, coordenadora do Portal de Periódicos da BU, os estudos para implantação do sistema tiveram início em maio com a revista Outra Travessia, que publica documentos com temáticas relacionadas ao campo da Literatura e da Teoria Literária. A partir de então, aprovadas as diretrizes do Conselho Editorial do DOI, a primeira revista científica da UFSC a ser identificada pelo sistema foi a Revista Brasileira de Cineantropometria e Desenvolvimento Humano, que é uma publicação do Centro de Desportos/UFSC.

Outra característica importante que pode ser atribuída ao DOI consiste no fato de ele ser vinculado à plataforma Lattes – serviço de currículo digital e base de dados das áreas do Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e largamente utilizados pelas instrituições acadêmicas brasileiras.

Mais informações sobre o novo método de identificação digital: www.doi.org

Biblioteca Universitária promove curso de capacitação e atualização em base de dados

O objetivo principal do curso capacitação e atualização em base de dados realizado na tarde desta terça, 28/09, foi o de apresentar as características da plataforma do Portal Web Knowledge e das bases de dados Web of Science (WoS), Journal Citation Report e do gestor bibliográfico Endnote Web. A palestra foi ministrada por Mirta Guglielmoni da Thomson Reuters, que é atualmente a maior agência noticiosa do mundo e tem sede em Nova Iorque.

Ao todo, 30 participantes entre alunos, professores e servidores da UFSC, fizeram o curso, com duração de 2 horas/aula. O curso de capacitação fornecerá certificado aos participantes através da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE).

Por Gabriele Duarte/ Bolsista de Jornalismo na Biblioteca Universitária

3721-6470 / 9900 4694

Crítico literário renomado abre simpósio internacional

29/09/2010 13:57

Começou nesta quarta-feira às 10h, no Auditório Henrique Fontes do CCE, o Simpósio Internacional de Literatura Argentina, com a conferência “Tres Inmersiones Fugaces”, ministrada pelo professor Noé Jitrik, da Universidade de Buenos Aires. A conferência foi precedida pela cerimônia de abertura, em que o professor Raúl Antelo, do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC, leu um texto de sua autoria, comentando a relação brasileira com os portenhos.

Após a leitura de Antelo, um auditório lotado assistiu ao professor Jorge Monteleone, também da Universidade de Buenos Aires, fazer um breve apanhado da carreira de Jitrik. Quando Monteleone terminou a apresentação, chamando o palestrante de mestre, recebeu em troca uma batidinha no ombro, seguida por um sorriso de Jitrik, que começou a falar, logo sendo interrompido por um microfone com problemas. O simpático argentino, de barba e cabelos grisalhos, fez uma piadinha, esperou e tornou a falar no microfone, sempre em espanhol.

“Chamam-me de crítico literário, mas não gosto de ser chamado assim. Todos somos críticos, no dia a dia, e a relação com o texto define identidades, é muito particular”, disse o professor, que é um dos mais renomados críticos literários da Argentina, com mais de 30 títulos no gênero, além de oito obras de ficção. Jitrik dirige desde 1997 o Instituto de Literatura Hispanoamericana da Universidade de Buenos Aires, que pesquisa e promove experiências de intercâmbio acadêmico entre intelectuais latinos e é doutor Honoris Causa de três universidades latinas – no México, Uruguai e Argentina.

O simpósio vai até o dia 1º de outubro, sexta-feira, sempre no Auditório Henrique Fontes. A programação completa pode ser conferida em: www.onetti.cce.ufsc.br/

Contatos: professores Raúl Antelo e Liliana Reales: (48) 9615-0563.

Por Nathan Mattes Schafer / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Silva Paes dá nome a rodovia em Governador Celso Ramos

29/09/2010 13:22

A Assembleia Legislativa do Estado aprovou projeto de lei que dá o nome de Estrada Parque Brigadeiro Silva Paes ao trecho que vai dos quilômetros 04 ao 17 da rodovia SC-410, na confluência com a avenida Nézio João Miranda, em Governador Celso Ramos. O projeto é de autoria do deputado estadual Décio Góes, mas foi uma iniciativa de Harilton Savi, ex-funcionário da UFSC, que reside naquele município.

“A medida tem o intuito de associar patrimônio ambiental e cultural, pois Silva Paes residiu na ilha de Anhatomirim, foi o primeiro governador de Santa Catarina e a estrada passa pelo acesso à fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim” afirma o arquiteto Roberto Tonera, coordenador do projeto Fortalezas Multimídia, que redigiu o projeto em conjunto com o ex-servidor Harilton Savi. A Estrada Parque Brigadeiro Silva Paes contorna parte da orla de Governador Celso Ramos, passando em meio à área de preservação ambiental (APA) de Anhatomirim e pelas localidades de Caieira, praia do Antenor e Costeira da Armação.

Silva Paes solicitou e iniciou o processo de povoamento açoriano durante os dez anos em que governou a Capitania (1739/1749), e foi durante o seu governo, em 1748, que a primeira leva de imigrantes açorianos chegou ao Estado. Engenheiro de formação, o brigadeiro projetou e dirigiu pessoalmente a construção das quatro primeiras fortalezas do Estado: Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones, Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba e São José da Ponta Grossa. Ele também projetou a Casa do Governo e a igreja matriz do Desterro, hoje Florianópolis.

O projeto conta com o apoio institucional da Reitoria da UFSC; de Joi Cletison Alves, coordenador do projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC; de Roberto Tonera, coordenador do Projeto Fortalezas Multimídias da UFSC; de Carlos Humberto Corrêa, presidente do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina; do general de brigada Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada; de Fabiano Teixeira dos Santos, chefe da Divisão Técnica 11ª. SR/IPHAN/SC; e de Anita Pires, ex-presidente da Fundação Catarinense de Cultura.

Mais informações com Roberto Tonera – Projeto Fortalezas Multimídia, no telefone (48) 3721-5118; e Joi Alves – Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, no (48) 3721-8304.

Por Nathan Mattes Schafer / Bolsista na Agecom

Simpósio aproxima argentinos e brasileiros por meio da literatura

29/09/2010 13:10

Conferência de abertura: aproximação é essencial

Conferência de abertura: aproximação é essencial

A jornalista e professora Liliana Reales, do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, é uma das organizadoras do Simpósio Internacional de Literatura Argentina em seu Bicentenário – As Bibliotecas Insaciáveis, que vai de hoje (29/09) a 1º. de outubro no auditório Henrique Fontes, no campus da Trindade. Ela diz que o evento será uma boa oportunidade de discussão da produção literária do país vizinho envolvendo argentinos que moram no Brasil e brasileiros interessados da cultura latino-americana. Embora ressalte a importância de todos os convidados, Reales destaca as presenças de Noé Jitrik, 82 anos, um dos grandes mestres da crítica literária portenha e formador de gerações de ensaístas e críticos naquele país, de Gabriela Nouzeilles, catedrática da Princeton University, e do escritor Daniel Link.

Com o simpósio, o Núcleo Onetti e o Núcleo de Estudos Literários & Culturais (Nelic), vinculados ao CCE, pretendem diminuir a distância entre a literatura argentina e o público brasileiro. Segundo os organizadores, é a primeira vez que um evento deste porte acontece no Brasil, com a proposta de discutir a criação literária argentina e seu papel tanto no âmbito latino-americano quanto sua projeção universal. O colóquio Tempo e Movimento – Imagens Argentinas (4 a 6 de outubro) e a exposição O Que é um Autor? (29 de setembro a 6 de outubro) são atividades paralelas ao evento central.

O professor Raúl Antelo, crítico do distanciamento dos brasileiros em relação à produção literária argentina, adverte que a recíproca não é verdadeira. Enquanto a literatura brasileira é cadeira específica na Universidade de Buenos Aires desde a aproximação entre Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón, em meados dos anos 40, o que se escreve na Argentina ainda é pouco evidenciado no Brasil. “Há 60, 70 anos, o brasileiro urbano tinha uma informação muito mais acurada do que acontecia na Argentina”, diz ele. “Instigado pela indústria cultural, hoje esse conhecimento se limita ao esporte e a estereótipos paupérrimos”.

Leitura do “outro” – Para Liliana Reales, o Brasil é referência para qualquer país da América hispânica, cujos destinos jamais estiveram desvinculados do destino e do porvir do vizinho territorialmente mais aquinhoado. “Isso esteve claro desde Simon Bolívar, que convocou o Brasil a se unir à utopia da Pátria Grande”, recorda ela. O fato de estar de costas para os demais países sul-americanos – crítica que se faz ao Brasil, sobretudo no aspecto cultural – deve-se, segundo a professora, a questões políticas, no melhor dos casos, e à intolerância, no pior, a partir da ação de “setores bem definidos e que historicamente mantiveram o poder”. Hoje existe, ainda que de forma tímida, uma reaproximação do Brasil com o resto da América Latina.

“Os escritores, professores, pesquisadores, jornalistas e críticos brasileiros conhecem essas literaturas e em muitos casos têm produzido ensaios, comentários e textos memoráveis sobre a produção dos vizinhos – sem os quais, aliás, jamais se completaria o mapa que dimensiona tais literaturas”, afirma a professora. Para ela, a ausência de disciplinas específicas de literatura argentina, uruguaia ou paraguaia nas universidades brasileiras “nada tem a ver, absolutamente, com incapacidades de avaliação da qualidade dessas literaturas”.

Brasileiros e argentinos discutem produção literária

Brasileiros e argentinos discutem produção literária

Ela explica o que os organizadores pretendem com o simpósio na UFSC: “Trata-se de se ler, na leitura do ‘outro’, um outro sem o qual não ‘sou’. Trata-se, para os argentinos que aqui estarão, de se escutarem na leitura do outro e, para os brasileiros, a mesma coisa. Quando os argentinos estiverem falando de sua literatura, aqui isso lhes exigirá, certamente, um deslocamento, um certo remanejamento de suas pautas e chaves de leitura. Eles falarão para uma escuta que lhes exige uma dicção outra, a qual, desde logo, produz um efeito de auto-estranhamento, sem o qual nunca se enriqueceria aquilo que consideramos próprio, singular. A singularização se produz nas respostas do outro. Já para os brasileiros, será uma oportunidade rara de re-armar suas figurações e representações daquilo que se chama cultura argentina. E, nesse movimento, re-figurar as suas relações com essa cultura e com a própria”.

Em relação às “bibliotecas insaciáveis”, Liliana Reales informa que se trata da apropriação de uma metáfora já presente em “Veinte poemas para ser leídos em el tranvía”, de Oliverio Girondo, de 1922, e antes, em 1913, em “Um libro saturniano”, de René Zapata Quesada, que reivindicam à literatura argentina o mesmo “estômago eclético” que Borges lembraria mais tarde, em sua conferência de 1951, publicada primeiro em “Sur” e mais tarde nas “Obras completas”, onde aludia à capacidade dos latino-americanos de triturar e digerir todos os temas para daí fazer o próprio. Ressalta Liliana: “Digeri-los (os temas) sem superstições, o que significa sem vassalagem, transgressiva e irreverentemente, com uma mescla de conhecimento e desvio. Isso é o que nos une. Isso se acentua por uma conduta que nos caracterizou fortemente, sobretudo durante o século XX: uma profunda desconfiança nas pautas herdadas da tradição”.

O primeiro dia – Na abertura do Simpósio Internacional de Literatura Argentina, na manhã desta quarta-feira, o professor José Antonio Bellini de Cunha Neto, que representou o reitor Alvaro Toubes Prata e a pró-reitora de Pós-graduação, Maria Lúcia de Barros Camargo, destacou a importância e o ineditismo do evento e opinou que ele deveria ter acontecido há mais tempo, promovendo uma integração com a Argentina que pode ter desdobramentos na literatura, na música e em outras artes. Ele disse que a própria universidade pode aproveitar o encontro para ampliar o intercâmbio com o país vizinho em outras áreas do conhecimento. Já o professor Felício Margotti, diretor do Centro de Comunicação e Expressão, deu boas-vindas aos participantes e enumerou as pesquisas feitas no CCE envolvendo a produção literária argentina. O professor Raúl Antelo fez uma rápida palestra antes da conferência de abertura do crítico Noé Jitrick, da Universidade de Buenos Aires.

PROGRAMAÇÃO

Simpósio Internacional de Literatura Argentina “As Bibliotecas Insaciáveis”

29 de setembro a 1º de outubro de 2010

Mostra de Fotografia “O que é um autor?”

29 de setembro a 6 de outubro de 2010

Colóquio Internacional “Tempo e Movimento: Imagens Argentinas”

4 a 6 de outubro de 2010

A programação completa pode ser vista em http://www.onetti.cce.ufsc.br/simposio/index.html

Mais informações podem ser obtidas com o jornalista Edson Burg pelo fone (48) 9944-9825 e pelo e-mail edson157@gmail.com.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Fotos: Paulo Roberto Noronha/Agecom

Ciclo de Cinema e Debates exibe audiovisual sobre as relações entre cultura de vigilância e cultura midiática

29/09/2010 12:43

O Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (TRANSES/PPGAS/UFSC), coordenado pela professora Sônia Maluf convida para o “Ciclo de Cinema e Debates: Trânsitos Contemporâneos”, que será realizado no dia 1º de outubro, sexta-feira, às 14h30, no CineCED, no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED).

O trabalho apresentado será o audivisual “Sujeitos Suspeitos, Imagens Suspeitas – Cultura midiática e câmeras de vigilância”, da professora Aglair Bernardo, do Curso de Cinema da UFSC, seguido de palestra e debate.

A partir das imagens produzidas pelas câmeras de vigilância na cidade de Florianópolis, o trabalho de Aglair Bernardo, doutora em Teoria Literária, problematiza as relações entre cultura de vigilância e cultura midiática. A professora mostra a pregnância da imagem na vida social contemporânea, o emprego das imagens oriundas das câmeras de vigilância como meio para o exercício de determinadas práticas de poder e de saber na cidade, bem como o papel que desempenham na atualização dos discursos em torno do mito da verdade da imagem.

Ela também aborda as relações estreitas entre as câmeras de vigilância e o panóptico de Jeremy Bentham e a crescente subordinação da paisagem urbana e da vida citadina aos sistemas de segurança e vigilância. Aglair chama especial atenção para o modo como tais dispositivos se articulam a processos sociais mais amplos que dizem respeito à produção de subjetividades no contemporâneo e à construção de fronteiras sociais.

O Ciclo de Cinema e Debates Trânsitos Contemporâneos é uma realização do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (TRANSES) da UFSC, e tem como objetivo abrir um espaço de diálogo crítico sobre questões do tempo presente, a partir da exibição de filmes e posterior debate entre comentadores convidados e a plateia.

Outras informações pelo e-mail marco@cfh.ufsc.br.

Bicentenário da Argentina: Abre quarta Simpósio Internacional de Literatura

29/09/2010 11:39

Em comemoração ao bicentenário do país vizinho, o Simpósio Inernacional de Literatura Argentina “Bibliotecas insaciáveis” abre nesta quarta, 29, no auditório Henrique Fontes, do Centro de Comunicação e Expressão. O evento inicia às 10 horas com a conferência “Três imersões fugazes (Ensaio, cleptomnesis, desprendimento)”, de Noé Jitrik, professor titular da Universidad de Buenos Aires e um dos nomes mais respeitados da crítica literária argentina. Até o dia 1º de outubro estarão reunidos na UFSC os mais reconhecidos pesquisadores da área da Argentina, Brasil e Esados Unidos para discutir as singularidades da literatura portenha em dois séculos de história e as possibilidades de diálogos com a literatura brasileira e latinoamericana, conforme explica a professora do Curso de Pós-Graduação em Literatura Liliana Reales, uma das coordenadoras do evento.

Estão confirmadas as conferências dos professores Roberto Ferro (Universidad de Buenos Aires) e professora Gabriela Nouzeilles (Princeton University), entre outros convidados internacionais que até o dia 1º de outubro vão debater com os pesquisadores brasileiros temáticas relacionadas à característica voracidade da literatura argentina de amassar, triturar e digerir todos as conribuições alheias para fazer matéria própria, na imagem produzida pelo escritor Jorge Luís Borges (veja programação abaixo e no site http://www.onetti.cce.ufsc.br/). “A vontade incessante de se apropriar do novo faz a produção literária, ensaística e crítica do país vizinho se converter em bibliotecas insaciáveis”. Assim o professor Raul Antelo, do Curso de Pós-Graduação em Literatura da UFSC, que também coordena o evento ao lado dos professores do Curso de Cinema e Letras, Felipe Soares e Joca Wolff, justifica a escolha do tema.

As atividades que marcam o bicentenário da Argentina, não se restringem ao Simpósio. Quatro eventos de caráter artístico e abrangência internacional iniciaram no dia 20, na UFSC, e vão até o dia 6 de outubro, integrando os debates sobre uma questão tratada sem a devida profundidade no País: as relações culturais entre Brasil e Argentina. Com foco no cinema, fotografia e principalmente literatura, a programação em torno do Simpósio Internacional pretende dar resposta a essa lacuna promovendo o maior encontro de especialistas já realizado no Brasil para discutir a projeção universal e lationamericana da literatura argentina. Abertos ao público e de entrada gratuita, todos os eventos se concentram no auditório Henrique Fontes.

Enquanto a Argentina estabeleceu a cátedra de Literatura Brasileira na Universidade de Buenos Aires, nas universidades nacionais inexiste uma disciplina de Literatura Argentina, observa Liliana. Como resultado, reina uma incompreensão geral da riqueza simbólica e da complexidade das relações entre os dois países, que ficam cada vez mais reduzidas aos estereótipos atribuídos às torcidas de futebol ou contingentes de turistas. Clichês que só fortalecem o sentido de uma animosidade artificialmente construída, como argumenta o professor Antelo.

Paralelo ao Simpósio, de 29 de setembro a 6 de outubro a Mostra de Fotográfica “O Que é um Autor?”, sempre no Auditório Henrique Fontes, vai exibir reratos de Paola Cortés e Sebastián Freire. E de 4 a 6 de outubro, o Colóquio Internacional “Tempo e Movimento: Imagens Argentinas” vai projetar alguns filmes que serão a base das discussoes e intervenções de pesquisadores argentinos do porte dos professores Daniel Link (conferência de abertura), Gonzalo Aguilar e Ana Amado, ambos da Universidade de Buenos Aires, além de Raul Antelo, pela UFSC.

Essa plataforma integrada de eventos é, segundo o professor Antelo, a iniciativa mais sólida, no Brasil, para aproximar o público brasileiro do dinamismo cultural do Prata, onde floresceram valores como Borges, Onetti, Ricardo Piglia, Sarmiento, Edgardo Cozarinsky e Alan Pauls. “Santa Catarina se torna a partir dessa iniciativa inédita em outros centros brasileiros ponte interlocutora do Brasil com os países da região”. Organizada pelo Núcleo Onetti de Literatura e Núcleo de Estudos Literários e Culturais, essa rede de eventos recebe apoio da Secretaria de Cultura e Arte, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Centro de Comunicação e Expressão da UFSC e ainda o patrocínio da Fapesc, CNpq e Ministério de Relações Exteriores.

Por Raquel Wandelli: 99110524

www.secarte.ufsc.br

raquelwandelli@yahoo.com.br

Site dos eventos, com toda programação: www.onetti.cce.ufsc.br/.

Contatos: professor Raul Antelo e Liliana Reales: (48) 9615-0563

29 de setembro de 2010

10H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Cerimônia de Abertura

10H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Conferência de Abertura:

“Tres inmersiones fugaces (Ensayo, cleptomnesis, desprendimiento)”

Prof. Dr. Noé Jitrik (Universidad de Buenos Aires)

Debatedor: Prof. Dr. Jorge Monteleone (Universidad de Buenos Aires)

14H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa de Comunicações:

1. “Luis Gusmán y yo, ¿perdidos o calculados?”

Daniel Glaydson Ribeiro (USP)

2. “Crônicas de viagens e a representação das cidades em Primeiras viagens de Ernesto Che Guevara”

Cristiano Mello de Oliveira (UFSC)

3. “Lendo um conto de Juan Rodolfo Wilcock”

Kelvin Falcão Klein (UFSC) (Coordenador da Mesa)

15H45 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa-redonda:

1. “Las huellas del género. Sobre Blanco nocturno de Ricardo Piglia”

Prof. Dra. Adriana Rodríguez Pérsico (Universidad de Buenos Aires)

2. “Papéis esperados: Julio Cortázar redivivo”

Prof. Dr. Jorge Wolff (UFSC)

3. “Anibal Cristobo: poesia, paralaxe”

Prof. Dr. Manoel Ricardo de Lima (UNIRIO) (Coordenador da mesa)

16H45 PAUSA

17H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Conferência:

“Osvaldo Lamborghini: insaciable desabonado de la biblioteca argentina”

Prof. Dra. Nuria Girona Fibla (Universidad de Valencia)

Debatedora Profa. Dra. Adriana Rodríguez Pérsico (Universidad de Buenos Aires)

18H LIVRARIA LIVROS E LIVROS DO CENTRO DE CONVENÇÕES – UFSC

Lançamento dos livros:

Verde es toda teoría de Noé Jitrik Fantasmas de Daniel Link

¿Qué es un autor? de Michel Foucault, con Apostillas de Daniel Link

200 años de poesía argentina de Jorge Monteleone

Da literatura e dos restos de Roberto Ferro

Maria com Marcel. Duchamp nos trópicos de Raul Antelo

A vigília da escrita de Liliana Reales

Os anos de Onetti na Espanha (org. Lilina Reales e Roberto Ferro)

La Imagen Justa. Cine Argentino e Política de Ana Amado

Episodios cosmopolitas en la cultura argentina de Gonzalo Aguilar

Otros mundos (Un ensayo sobre el nuevo cine argentino) de Gonzalo Aguilar

A inocência de Arturo Carrera com tradução de Rodrigo Alvarez

Juó Bananére irrisor, irrisório de Carlos Eduardo Capela

Telquelismos latinoamericanos de Jorge Wolff

Coquetel de boas-vindas

30 de setembro de 2010

9H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Conferência:

“Especular con el género. Esa mujer de Rodolfo Walsh”

PROF. DR. ROBERTO FERRO (UNIVERSIDAD DE BUENOS AIRES)

DEBATEDOR: PROF. DR. CARLOS EDUARDO CAPELA (UFSC)

11H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa redonda:

1. “Materia e imaginario poético”

Prof. Dr. Jorge Monteleone (Universidad de Buenos Aires)

2. “Maio de 69”

Prof. Dr. Wladimir Garcia (UFSC)

3. “Distorção da paisagem: Juan L. Ortiz e Arturo Carrera”

Prof. Dra. Susana Scramin (UFSC) (Coordenadora da mesa)

14H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa de Comunicações:

1. “Rayuela e leitor: uma nova mirada”

Acácio Scos (UFPR)

2. “De cientista para escritor: a metamorfose de Sábato e o contexto literário argentino do século XX”

Inês Skrepetz (UFPR)

3. “Cortázar e a perspectiva de um devir-axolotl”

Ana Carolina Cernicchiaro (UFSC)

4. “Jantar felicidade: os zumbis do espetáculo triunfante”

Flávia Cera (UFSC) (Coordenadora da Mesa)

16H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa-redonda:

1. “Entre duas guerras: História do Pranto e Manigua”

Prof. Dr. Antonio Carlos Santos (UNIVALI)

2. “a sanha do sainete”

Prof. Dr. Carlos Eduardo Capela (UFSC)

3. “Astrada: entre Martín Fierro e Martin Heidegger”

PROF. DRA. LILIANA REALES (UFSC) (COORDENADORA DA MESA)

18H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Conferência:

“Literatura y revolución”

Prof. Dra. Gabriela Nouzeilles (Princeton University)

Debatedor: Prof. Dr. Raul Antelo (UFSC)

1º de outubro de 2010

10H AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa redonda:

1. “Lectores lunáticos y textos ilegibles. Acerca de las políticas de lectura y el ensayo de escritor en la literatura argentina”

Prof. Dra. Ana Cecilia Olmos (USP)

2. “Além das bibliotecas e fronteiras: artistas argentinos no Brasil”

Prof. Dr. Jair da Fonseca (UFSC)

3. “Cozarinsky: os mortos sempre voltam”

Prof. Dr. Felipe Soares (UFSC) (Coordenador da mesa)

14H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa de Comunicações:

1. Borges compadrito e seu habilidoso cuchillo literário

André Rocha L. Haudenschild (UFSC)

2. “Assim agia o compadrito: o culto à coragem como demonstração de valor aristocrático”

Miguel Angel Schmitt Rodriguez (UFSC)

3.”O fio da trama borgeana”

Gastón Cosentino (UFSC)

4.”Jorge Luis Borges y un tributo a Rafael Cansinos Assens”

Santo Gabriel Vaccaro (UFSC) (Coordenador da Mesa)

14H30 SALA DRUMMOND

Mesa de Comunicações:

1. “Aguafuertes porteñas: Uma melancolia do fracasso”

Eleonora Frenkel Barretto (UFSC)

2. “A Buenos Aires de Roberto Arlt: um olhar para o expressionismo alemão”

Janete Elenice Jorge (UFSC)

3. “Bibliotecas infernais”

Tiago Guilherme Pinheiro (USP)

3. “O atraso, ou o `destiempo`, da ambivalência no pensamento de Macedonio Fernández”

Davi Pessoa Carneiro (UFSC) (Coordenador da Mesa)

16H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Mesa-redonda:

1. “Biblioteca Pizarnik”

Prof. Dr. Daniel Link (Universidad de Buenos Aires)

2. “La biblioteca fantástica y maravillosa de Roberto Arlt. Un recorrido por sus relatos finales”

Profa. Dra. Laura Juarez (Universidad Nacional de La Plata)

3. “Paraísos inacessíveis: de Mallarmé a Cortázar”

Prof. Dra. Ana Luiza Andrade (UFSC) (Coordenador da Mesa)

17H30 AUDITÓRIO HENRIQUE FONTES

Conferência de fechamento:

“Dispositivos e interpelações”

Prof. Dr. Raul Antelo (UFSC)

Debatedor: Profa. Dra. Ana Amado (Universidad de Buenos Aires)

Jairo Bouer ministra aula inaugural do Pré-Vestibular da UFSC

29/09/2010 11:19

Para comemorar os sete anos do Pré-Vestibular da UFSC/SED e recepcionar os alunos do segundo semestre, será realizada nesta terça-feira, dia 29 de setembro, às 19h30, a “Aula Inaugural do Pré-Vestibular da UFSC”, com o médico Jairo Bouer. O evento contará coma presença do reitor da UFSC Alvaro Prata. A aula será no Ginásio de Esportes do Instituto Estadual de Educação (Av. Hercílio Luz, Florianópolis.

Jairo Bouer é médico, apresentador de quadros na televisão (Fantástico, Canal Futura) e na rádio Atlântida, e também escreve para a Folha de São Paulo.

O Pré-Vestibular da UFSC iniciou suas atividades 2010.2 de Semiextensivo nesta segunda-feira, 20 de setembro, nas unidades da Grande Florianópolis, e em 27 de setembro, nas unidades do interior do Estado.

O curso é oferecido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED), e dispõe de 2 mil vagas distribuídas entre 19 unidades em todo Estado, nas cidades de Araranguá, Biguaçu, Blumenau, Brusque, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, São Bento do Sul, São José e Tubarão.

O professor Otavio Augusto Auler, coordenador e idealizador do projeto, busca sempre a ampliação do curso, e de novos trabalhos, transformando o Pré-Vestibular da UFSC no maior curso gratuito do Brasil.

Neste ano, as expectativas são de aumentar o número de aprovados nos vestibulares das instituições públicas do sul do país, sendo que em 2009 foi atingida a importante marca de 44% de aprovação.Os alunos que não foram selecionados para frequentar as aulas, deverão ficar atentos às segunda e terceira chamadas, através do site www.prevestibular.ufsc.b.

Outras informações pelo (48) 3721-8319, pelo e-mail prevestibular@prevestibular.ufsc.br.

Subsídio para plano de saúde da UFSC passa a integrar folha de pagamento

29/09/2010 10:06

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social informa que a partir da folha de pagamento do mês de setembro de 2010, o valor do subsídio disposto pelo Governo Federal para o custeio das mensalidades do Plano de Saúde será concedido diretamente na folha de pagamento dos servidores titulares desse benefício.

O crédito será identificado pela rubrica 82737 – PER CAPITA – SAÚDE SUPLEMENTAR, concedida ao titular e a todos os dependentes que estiverem cadastrados.

Dessa forma, a operadora do Plano de Saúde contratada pela UFSC (Unimed) enviará à residência dos servidores, no próximo mês, na fatura com vencimento em 15/10/2010, a cobrança do valor integral das mensalidades, uma vez que o benefício será concedido antecipadamente na folha de pagamento.

Mais informações no site www.planodesaude.ufsc.br.

Fonte: PRDHS/DDAS/UFSC

Vestibular UFSC/2010: 22ª chamada de calouros é divulgada

29/09/2010 09:51

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFSC divulgou o Edital nº 48 referente à 21ª chamada de calouros 2010.

Os contemplados devem realizar as matrículas no período de 30 de setembro a 4 de outubro, na Coordenadoria do Curso de Educação do Campo, das 8h às 12h e das 14h às 18h, munidos da documentação exigida pela Portaria nº 215/PREG/2010.

EDUCAÇÃO DO CAMPO – Licenciatura – segundo semestre

ADEMIR PEPES

ALEXANDRE STEFFEN BOING

AUGUSTO BRIGHENTI

CHEILON FABIANO MACZEWSKI

DANIELLI REGINA RIBEIRO

GISLAINE GARRET

JACINTO NOÉ KAHLER CARO

LEONEL JANUÁRIO

MARITANA MADALOSSO

Mais informações com o DAE: (48) 3721-9331 e 3721-6553.

Teatro da UFSC recebe o espetáculo “Sin Novedad en el Frente” com o cubano Andy Blanco Rodriguez

28/09/2010 18:25

O Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha) recebe nesta quarta-feira, dia 29/9, o espetáculo “Sin Novedad en el Frente” interpretado, em espanhol, pelo cubano Andy Blanco Rodriguez. A sessão acontece às 18h e o ingresso custa R$ 5.

A obra é um espetáculo unipessoal escrito e dirigido pelo professor René Corvo Herrera, graduado em Teatrología e Dramaturgia no Instituto Superior de Arte (ISA) de Havana, Cuba. Professor, dramaturgo e diretor, sobretudo na direção do grupo Imagem que fundou em 1983. Além disso, é assessor principal do Movimento de Artistas Aficionados e Promotor Cultural do Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría (CUJAE).

O espetáculo “Sin Novedad en el Frente” foi escrito a partir de textos de Lorca, Chaplin, Remarque e outros. Ao todo, são 11 personagens que foram vítimas da guerra, seja porque esta, em alguns casos, matou-lhes um ente muito querido e em outros, sua própria vida. Entre eles, está: A Mãe, que perdeu seu filho numa batalha, e mostra seu desespero aparentando ser forte; Mayito e Nanita, duas crianças que tentam compreender o que é a guerra; Pablo, jovem mutilado que tenta animar seu amigo de infância, embora ele saiba que já não há esperanças; Andrés, filho do Coronel Vázquez, sofre ao ver seu pai a beira da morte e sente revolta dele por tê-lo obrigado a participar de uma guerra também; Carlos, personagem filosófico que se questiona sobre outros tipos de guerra que acometem a todos nós direta e indiretamente; no fim, Pablo aparece novamente numa cadeira de rodas, com todos os seus medos, as suas interrogações, incertezas para fazer-nos refletir uma vez mais sobre a guerra e a necessidade de paz.

Cada personagem é interpretado pelo ator através de um intenso e minucioso trabalho, procurando com cada gesto, movimento e som, sensibilizar o espectador a respeito deste flagelo da humanidade.

Com este trabalho, o diretor conseguiu que o ator alcançasse o que René Zahnd diz: “O verdadeiro ator-atriz é o verdadeiro homem-mulher que consegue colocar em conjunção harmônica os três níveis de seu corpo: o corpo orgânico, o corpo da mente e o corpo das emoções”.

Em 2005, este espetáculo recebeu prêmio no Festival Provincial de Artistas Aficionados em Havana e, prêmio nacional no Festival Nacional “Olga Alonso”, na província de Cienfuegos, Cuba.

SERVIÇO:

O QUÊ: Espetáculo teatral “Sin Novedad en el Frente”, em espanhol, com o cubano Andy Blanco Rodriguez

QUANDO: Dia 29 de setembro de 2009, quarta-feira, às 18 horas.

ONDE: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis

QUANTO: R$ 5.

CONTATO: DAC / Teatro da UFSC (48) 3721-9348 – www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC com material da produção.

Começa nesta quarta, 29/9, o Simpósio Internacional de Literatura Argentina

28/09/2010 18:00

Em comemoração aos 200 anos da independência da Argentina, o Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literários Latino-Ameticanos, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), realiza o Simpósio Internacional de Literatura Argentina. Além do simpósio (29/09 a 01/10), o evento oferece uma mostra de fotografia (29/09 a 06/10) e o Colóquio Internacional Tempo e Movimento (04 a 06/10).

De acordo com um dos organizadores do evento, o professor do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC Raul Antelo, “o objetivo do encontro é refletir sobre as relações entre os dois países, partindo do pressuposto de que a relação entre o Brasil e Argentina nunca é espontânea, mas uma trabalhosa construção simbólica”.

Antelo diz que a ideia é rearmar o puzzle (quebra-cabeça) do país andino. “Dessa jornada participarão desde um crítico pioneiro do estruturalismo na América Latina, como Noé Jitrik, até os mais jovens, como Gonzalo Agilar e Daniel Link”, completa o professor.

Mais informações sobre o evento basta acessar os sites www.onetti.cce.ufsc.br/simposio e simposioliteraturaargentinaufsc.blogspot.com.

Evento teve início com mostra cinematográfica

Apuntes para una biografia imaginaria (2010), de Edgardo Cozarinsky, foi um dos filmes exibidos na Mostra de Cinema Argentino Tradição e Anomalia – o primeiro dos quatro eventos que integram o Simpósio.

O média-metragem foi um dos escolhidos pelo fato que o cineasta que o produziu é, também, autor da obra. “Cozarinsky é uma figura que permite a ligação entre cinema e literatura de uma maneira muito pertinente. Ele faz a relação entre as artes e isso é exemplar em um evento que mescla a escrita com a imagem em movimento”, explica Jair Fonseca, professor de literatura da UFSC.

A comunidade universitária já teve oportunidade de ter contato com Cozarisnky. O cineasta veio à UFSC para participar do ciclo O pensamento no século XXI, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte em julho desse ano. A estética do autor tem a importância de criar cinema no paradoxo contemporâneo de fazer a arte do novo e do arquivo. Seu trabalho revela a imagem no sentido de movimento da memória, do presente e da história.

A mostra, que começou na segunda-feira (20/09) e terminou na sexta-feira (24/09) teve 23 filmes em sua programação. O objetivo era colocar ao alcance do público principalmente universitário (embora as exibições sejam abertas a todos) filmes raros, que não tiveram sucesso comercial ou divulgação na mídia. As obras ajudam a contar a história do cinema argentino desde 1940. “É uma excelente maneira de aproximar Brasil e Argentina, já que somos tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo”, explica Fonseca.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC abre inscrições para mais de 200 minicursos gratuitos

28/09/2010 11:51

Estão abertas na UFSC as inscrições para 213 minicursos gratuitos que serão oferecidos durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC. Integrada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a Sepex será realizada de 20 a 23 de outubro, no campus da Trindade, em Florianópolis.

Cultivo de orquídeas, piercing e saúde na adolescência, tecnologias de misturas asfálticas, produtos naturais de organismos marinhos e desenvolvimento de novos fármacos, assédio moral no trabalho são apenas alguns dos temas contemplados. Para inscrição basta acessar o site inscricoes.sepex.ufsc.br, até o dia 12 de outubro.

As capacitações serão oferecidas por estudantes de pós-graduação, professores e técnico-administrativos da universidade, com duração de 4 ou 8 horas/aula.

A programação faz parte das comemorações da UFSC no ano de seu cinquentenário, congregando no mesmo evento a 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão, a 2ª Feira do Inventor, o 20º Seminário de Iniciação Científica e a 5ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Básica. Contempla também palestras, feira de artesanato e atrações culturais.

Mais informações: www.sepex.ufsc.br / (48) 3721-8307

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Marlene de Fáveri fala quinta-feira no Círculo de Leitura

28/09/2010 10:52

A professora Marlene de Fáveri, autora do livro “Memórias de uma (outra) guerra – Cotidiano e medo durante a Segunda Guerra em Santa Catarina”, é a convidada da 52ª. edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para o dia 30, quinta-feira, às 18h, na sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC. Ela é professora do Departamento de História da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e responde atualmente pela direção do Centro de Ciências Humanas e de Educação da instituição. Suas pesquisas se concentram na história da América Latina, no papel das mulheres na história e nas relações de gênero.

Nascida na localidade de Vila Maria, interior de Nova Veneza (sul de Santa Catarina), Marlene teve na biblioteca da escola o primeiro contato com os livros e fez de volumes sobre o integralismo, movimento defendido pelo avô, a leitura “proibida” da infância, à luz da lamparina, escondida da mãe. Depois, descobriu José de Alencar e Machado de Assis, e já na faculdade começou a publicar suas poesias em coletâneas. Graduou-se em Sociologia e em História e passou a se dedicar às questões de gênero, descobrindo “a feminista que sempre fui”, segundo suas palavras.

O livro “Memórias de uma (outra) guerra” (UFSC/Univali, 2004) fala do duro tratamento imposto aos descendentes de imigrantes alemães e italianos em Santa Catarina durante a ditadura Vargas. Usando uma linguagem literária, próxima da ficção, Marlene fala da censura, das prisões, da tortura e do medo que tomou conta de famílias cujo crime era não dominar o idioma português. Na época, o governo brasileiro perseguiu os imigrantes sob o argumento de que queria evitar o surgimento de um Estado alemão no sul do Brasil.

O CÍRCULO

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Rosana Bond e Tabajara Ruas foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

BREVE ENTREVISTA

Como foram seus primeiros contatos com a leitura? Havia em sua casa um ambiente propício para o convívio com os livros?

Marlene de Fáveri – Comecei a ler tomando emprestados os livros da biblioteca da escola, em Nova Veneza, e lembro muito bem de “A Branca de Neve e os Sete Anões”. Depois, sem entender do assunto, lia escondido a única coisa que havia em casa, obras sobre o integralismo que pertenciam ao meu avô, além da revista “Família Cristã”. Mais tarde, já morando em Turvo, pegava os livros de autores brasileiros na Biblioteca Municipal. Lia até a madrugada, tapando as frestas de madeira do meu quarto, porque minha mãe não queria que gastássemos a querosene que alimentava as lamparinas da família.

Depois disso, na adolescência, que leituras chamaram mais a sua atenção?

Marlene – Minha preferência era pelos romances de Alencar e Machado de Assis. Ficava imaginando lugares, pessoas e situações a partir do que estava nos livros. Escrevo poesia desde os sete ou oito anos, e bem depois, entre 1987 e 1991, publiquei textos em coletâneas editadas pelo Grupo de Poetas e Escritores Mário Quintana, em Itajaí.

Como os livros influenciaram a sua carreira e a escolha da profissão?

Marlene – A literatura foi fundamental para a minha carreira profissional. Ela me levou para a Sociologia e depois para a História, que é uma paixão da infância. Com o tempo, fui derivando para uma literatura mais sociológica e feminista. Seja na leitura, seja na pesquisa, seja nos contos e poesias que escrevo, passei a focar os direitos e lutas das mulheres e as relações de gênero.

O que está lendo no momento?

Marlene – Acabei de ler “Os Catadores de Conchas”, da escritora inglesa Rosamunde Pilcher, e “Camilo Mortágua”, de Josué Guimarães. Também gosto de Isabel Allende e de outros autores latino-americanos. E, como não poderia deixar de ser, aprecio obras de mulheres, literatura feminista e livros que tratam das questões de gênero no Brasil. Só fico preocupada com o baixo índice de leituras entre os jovens, que estão mais ligados à internet e muitas nem lêem o que é pedido pelos professores em sala de aula.

Seu livro “Memórias de uma (outra) guerra” rompe o silêncio dos descendentes de imigrantes alemães e italianos sobre as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra em Santa Catarina. Como foi o trabalho que resultou na obra?

Marlene – A pesquisa que redundou no livro rompe silêncios há quase 60 anos guardados na memória, porque recupera experiências vividas por homens e mulheres, principalmente estrangeiros e descendentes. Foi uma surpresa encontrar campos de concentração em Santa Catarina, pessoas que foram torturadas, e tantas reprimendas e prisões por conta da língua estrangeira. O livro revela faces desta guerra que estavam silenciadas, esquecidas quase que voluntariamente por aqueles que viveram a repressão. É significativo como de uma hora para outra as pessoas tiveram que trocar de língua para escapar da prisão, o que gerou silêncio e táticas de sobrevivência, quer entre as crianças, quer nas relações de sociabilidade, quer nas escolas. Os processos-crime abertos naquele período mostram que foi uma “guerra de nervos”, de denúncias e revanchismos entre vizinhos.

A autora temeu represálias por mexer em feridas cicatrizadas, citando nominalmente as vítimas da repressão?

Marlene – Encontrei processos que trazem uma versão completamente diferente da que foi narrada depois pelos familiares. Porém, foi uma decisão consciente citar as fontes na íntegra, sem omitir nomes e relações, pois acredito que o historiador tem compromissos com uma historiografia cuja ética é não inventar, mas interpretar e construir uma narrativa a partir do que as fontes dizem, ciente de que cada leitor faz sua própria representação do que lê.

Mais informações com Marlene de Fáveri pelos fones (48) 3321-8546 e 9933-7028.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

“Café Filosófico”discute fronteiras da física quântica com as humanas

28/09/2010 09:50

Os avanços das ciências físicas e matemáticas não são importantes apenas para as áreas exatas: as teorias quânticas repercutem nos paradigmas das ciências humanas, sobretudo para a proposição de teorias filosóficas que se valem dessas relações. Conhecer essas conquistas e fazer dialogarem as fronteiras entre as diferentes áreas do conhecimento são os objetivos do Café Filosófico, um ciclo de palestras promovido pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Na quarta-feira, dia 29 de setembro, às 18h30, no auditório da Igrejinha da UFSC, o professor Celso Barros, do Departamento de Física, falará sobre “Aceleradores de Partículas e Fronteiras da Física”.

Desde o início do século passado, a física passou por profundas modificações em alguns de seus princípios, com o surgimento das teorias quântica e da relatividade, que em muitos aspectos contrariam as nossas noções intuitivas de visão e compreensão do funcionamento do universo. “Muito do que se aprendeu na área da física das partículas elementares vem do estudo e entendimento dos resultados obtidos em experiências realizadas em aceleradores de partículas”, adianta o professor Barros. Nessas experiências, acrescenta ele, partículas são aceleradas até velocidades próximas à velocidade da luz e deixadas colidir, o que fornece muitas informações a respeito do modo e interação e constituição dessas partículas e da própria realidade.

Ao aproximar as fronteiras entre a física e a filosofia, as Ciências Humanas reconhecem que Exatas têm avanços mais rápidos do que os conceitos filosóficos sobre a realidade podem acompanhar e se propõem a pensar na repercussão dessas mudanças para a compreensão do mundo e do ser humano, explica a filósofa Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC. Estudantes, cientistas, filósofos, teóricos em geral estão convidados para o quarto Café Filosófico deste ano. O evento já estabeleceu na universidade um ambiente tradicional de reflexão crítica regada com uma mesa de comes e bebes ao final, como nos antigos cafés parisienses.

Por Raquel Wandelli/Assessora de comunicação Secarte/UFSC

(48) 99110524 e 37219459

raquelwandelli@yahoo.com.br

www.secarte.ufsc.br

Fórum debate formação acadêmica e atuação do profissional de Ciências dos Alimentos

27/09/2010 19:19

O Centro Acadêmico do Curso de Ciência e Tecnologia Agroalimentar da UFSC, com apoio do Departamento de Ciências dos Alimentos e do Centro de Ciências Agrárias (CCA), promove a terceira edição do Fórum sobre Formação Acadêmica e Atuação Profissional em Ciências dos Alimentos (FOCAL). O evento será realizado nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, no auditório da EPAGRI. O Fórum tem como objetivos promover a discussão das diretrizes curriculares dos cursos existentes em Instituições de Ensino Superior (IES) federais e estaduais e a troca de experiências entre professores, alunos e empresas da área.

No dia 30, os participantes vão discutir e avaliar os cursos em grupos para a produção de um relatório com as ideias apresentadas e compromissos dos cursos. No segundo dia do Fórum, além de palestra sobre produção orgânica de peixe, serão apresentadas algumas empresas de alimentos catarinenses, como Duas Rodas, Bunge, Pamplona e Nestlé. Por fim, será definido o local de realização do 4º FOCAL e as temáticas a serem debatidas.

Sobre o curso

O curso de Ciência e Tecnologia Agroalimentar da UFSC foi criado em 2008 com o objetivo de formar profissionais capazes de formular soluções para problemas na geração de alimentos e de elaborar novos produtos. A cada semestre, são oferecidas 30 vagas no período diurno, e a graduação dura 4 anos e meio.

Programação:

Quinta-feira

8h – 8h30: Abertura

8h30 – 10h: Apresentação das universidades

10h – 10h30: Intervalo

10h30 – 12h: Discussão e avaliação dos cursos em grupos

12h – 13h: Almoço

13h – 14h30: Discussão e avaliação dos cursos

14h30 – 15h: Intervalo

15h – 17h: Harmonização das idéias apresentadas e redação do documento de compromissos comuns aos cursos

Sexta-feira

8h – 9h: Espaço ACAL (Associação de Profissionais de Ciências dos Alimentos)

9h – 10h: Palestra sobre Produção Organiza de Peixes (ministrada pela EPAGRI)

10h – 11h: Espaço CRQ (Conselho Regional de Química)

11h – 12h: Palestra sobre Processamento de Moluscos (ministrada pelo professor Luiz Henrique Beirão, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos).

12h – 13h: Almoço

13h – 14h30: Apresentação de empresas catarinenses (Duas Rodas, Bunge, Pamplona, Nestlé).

14h30 – 15h: Intervalo

15h – 16h: Discussão do local e realização do 4° FOCAL

16h – 17h: Encerramento

Mais informações pelo e-mail inscricaofocal@gmail.com.

Por Marília Marasciulo/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Filme “Porto da Minha Infância” é exibido nesta terça na “Mostra Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”

27/09/2010 17:20

Porto da minha infância

Porto da minha infância

O filme “Porto da Minha Infância” (2001) será apresentado nesta terça-feira, dia 28/9, no Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), integrando a mostra “Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”, premiado diretor português, homenageado no Festival de Cinema de Cannes, em 2008.

A mostra na Universidade é uma atividade de caráter didático-cultural, realizada pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC. As exibições começaram em abril e vão até 30 de novembro deste ano, sempre às terças-feiras, às 12h, seguida ou antecedida de eventuais debates. A mostra tem entrada gratuita e é aberta à comunidade.

O filme será exibido em DVD, utilizando projetor de alta resolução e uma tela apropriada para projeção, equipamentos especialmente instalados para esse fim no Teatro da Universidade. Os filmes dessa mostra fazem parte da coleção “Grandes Autores – Manoel de Oliveira”, contendo os DVDs e um livro, editada pela Lusomundo Audiovisuais.

Na página do DAC há link para o blog onde estão publicados os nomes e as sinopses de todos os filmes da mostra.

Sobre o filme “Porto da Minha Infância” (2001)

Manoel de Oliveira volta à sua cidade natal, Porto, cenário de diversas de suas fitas. Desta vez, decide filmar a cidade não com os olhos de um documentarista, mas sob a ótica da memória. É a cidade de sua infância, que sobrevive apenas em recordações, testemunhos, sinais, palavras de canções e antigas fotografias.

Duração: 62 min

Com: Ricardo Trepa, Rogério Samora, Antônio Fonseca e participação especial de Agustina Bessa-Luís, Maria de Medeiros, Leonor Silveira

A mostra no Teatro da UFSC é organizada por Zeca Nunes Pires e Camila Casseano Damazio, numa realização do Departamento Artístico Cultural, da Secretaria de Cultura e Arte, da Universidade Federal de Santa Catarina, com o apoio da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSC. Todos os filmes serão exibidos em DVD.

SERVIÇO:

O QUÊ: Apresentação do filme “Porto da Minha Infância” (2001) da Mostra de cinema Grandes Diretores – Manoel de Oliveira.

QUANDO: Dia 28 de setembro de 2010, terça-feira, às 12 horas. A mostra acontece até 30 de novembro de 2010, em todas as terças-feiras às 12 horas, seguida ou antecedida de eventuais debates.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: Departamento Artístico Cultural – DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou www.dac.ufsc.br e dac@dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SeCArte – UFSC, com material da coleção de DVDs e dos organizadores da mostra.

Parceria da UFSC com a Fapeu comemora 33 anos

27/09/2010 13:20

Claudio Amante (centro) e Gilberto Ângelo (c/ a placa)

Claudio Amante (centro) e Gilberto Ângelo (c/ a placa)

O papel importante desempenhado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão Universitária (Fapeu) para tornar a UFSC uma das melhores universidades do País e da América Latina foi comemorado sexta-feira, 24 em Florianópolis, na solenidade alusiva aos 33 anos da Fundação.

Prestigiada por pró-reitores e diretores da UFSC e dirigentes e funcionários da Fapeu,a solenidade foi conduzida pelo diretor adminsitrativo Gilberto Vieira Ângelo, que representou o superintendente geral Pedro da Costa Araújo, ausente por motivo de viagem.

Para marcar a parceria histórica com a fundação de apoio, o representante do reitor Álvaro Prata, o pró-reitor de Assuntos Estudantis (Prae), Cláudio Amante, recebeu, em nome da Reitoria, uma placa comemorativa aos 50 anos da UFSC.

O diretor administrativo ressaltou não só a contribuição científica e tecnológica da Universidade, mas também frisou o seu significado na vida e no cotidiano das pessoas. “O destino de muitos de nós está associado à existência da UFSC”, sintetizou Gilberto Vieira Ângelo.

O presidente do Conselho Curador, Ermes Tadeu Zapelini, postado ao lado dos diretores e demais conselheiros, assinalou que a Fapeu sente-se partícipe do sucesso da UFSC. “Quando cumprimentamos a Universidade, na verdade, cumprimentamos a nós mesmos”, disse com orgulho. Além de reconhecer os atuais e ex-dirigentes da UFSC e da Fundação, Zapelini homenageou a equipe, os pesquisadores e parceiros da pesquisa e da extensão universitária.

Ex-conselheiro da Fundação, o pró-reitor Cláudio Amante, discursando em nome do reitor Álvaro Prata e do vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva (Paraná), enfatizou a participação das fundações de apoio no funcionamento e desenvolvimento das universidades. “A Fapeu é uma excelente fundação e é uma das responsáveis pela história vitoriosa da UFSC”.

Cláudio Amante, ao revelar a face social da instituição, referenciou a interiorização com a abertura dos campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville. “A UFSC tem a capacidade de mudar, transformar a realidade das cidades e dos cidadãos”.

Além do pró-reitor Cláudio Amante, prestigiou o evento o pró-reitor de Infraestrutura, João Batista Furtuoso. O pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS), Luiz Henrique Vieira Silva, foi representado por Cláudio Guedes. Já o professor Jorge Campagnolo compareceu no lugar da pró-reitora de Pesquisa e Extensão, Débora Peres Meneses.

A solenidade dos 33 anos da Fapeu contou ainda com a presença do presidente do Conselho Fiscal, professor Osvaldo Momm, do diretor geral da fundação, professor Cleo Nunes de Sousa, e da diretora financeira, professora Elizabete Simão Flausino.

Segundo salientou Gilberto Vieira Ângelo, a Fapeu está cumprindo rigorosamente a sua missão:“promover o desenvolvimento científico, tecnológico e social através do apoio à comunidade universitária da UFSC”.

Informação pelo telefone: 3334-6411.

Silva Paes dá nome a rodovia em Governador Celso Ramos

27/09/2010 13:07

A Assembleia Legislativa do Estado aprovou projeto de lei que dá o nome de Estrada Parque Brigadeiro Silva Paes ao trecho que vai dos quilômetros 04 ao 17 da rodovia SC-410, na confluência com a avenida Nézio João Miranda, em Governador Celso Ramos. O projeto é de autoria do deputado estadual Décio Góes, mas foi uma iniciativa de Harilton Savi, ex-funcionário da UFSC, que reside naquele município.

“A medida tem o intuito de associar patrimônio ambiental e cultural, pois Silva Paes residiu na ilha de Anhatomirim, foi o primeiro governador de Santa Catarina e a estrada passa pelo acesso à fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim” afirma o arquiteto Roberto Tonera, coordenador do projeto Fortalezas Multimídia, que redigiu o projeto em conjunto com o ex-servidor Harilton Savi. A Estrada Parque Brigadeiro Silva Paes contorna parte da orla de Governador Celso Ramos, passando em meio à área de preservação ambiental (APA) de Anhatomirim e pelas localidades de Caieira, praia do Antenor e Costeira da Armação.

Silva Paes solicitou e iniciou o processo de povoamento açoriano durante os dez anos em que governou a Capitania (1739/1749), e foi durante o seu governo, em 1748, que a primeira leva de imigrantes açorianos chegou ao Estado. Engenheiro de formação, o brigadeiro projetou e dirigiu pessoalmente a construção das quatro primeiras fortalezas do Estado: Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones, Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba e São José da Ponta Grossa. Ele também projetou a Casa do Governo e a igreja matriz do Desterro, hoje Florianópolis.

O projeto conta com o apoio institucional da Reitoria da UFSC; de Joi Cletison Alves, coordenador do projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC; de Roberto Tonera, coordenador do Projeto Fortalezas Multimídias da UFSC; de Carlos Humberto Corrêa, presidente do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina; do general de brigada Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada; de Fabiano Teixeira dos Santos, chefe da Divisão Técnica 11ª. SR/IPHAN/SC; e de Anita Pires, ex-presidente da Fundação Catarinense de Cultura.

Mais informações com Roberto Tonera – Projeto Fortalezas Multimídia, no telefone (48) 3721-5118; e Joi Alves – Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, no (48) 3721-8304.

Por Nathan Mattes Schafer / Bolsista de jornalismo na Agecom