Segunda etapa de inscrições para o 1° Seminário de Sociologia da Saúde e Ecologia Humana acontece até 5 de junho

05/05/2010 10:05

Está aberta até o dia 5 de junho a segunda etapa das inscrições para o 1º Seminário de Sociologia da Saúde e Ecologia Humana, promovido pelo Núcleo de Ecologia Humana e Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O Seminário é uma resposta à necessidade de debates interdisciplinares para a compreensão dos processos e experiências de saúde-doença e tem o objetivo de promover o tema nas disciplinas de ciências sociais, saúde e ecologia humana, além de compartilhar e ampliar as discussões interdisciplinares. O evento acontecerá entre os dias 14 e 16 de setembro, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Podem participar do evento estudantes, pós-graduandos e profissionais interessados em pesquisas na área da sociologia da saúde e ecologia humana. As atividades do Seminário têm início às 8h30 e se encerram às 19h30. Com exceção do primeiro dia de evento, em que será feita uma cerimônia de abertura, os dois últimos dias contam com palestras, conferências, apresentações de trabalhos, mesas redondas e atividades culturais.

Os trabalhos apresentados no Seminário fazem parte de uma seleção de pesquisas desenvolvidas por estudantes e pós-graduandos, que submeteram seus trabalhos à comissão organizadora até o último dia 30/04. Os temas propostos pela comissão são Interdisciplinaridade nas Ciências Sociais, Ecologia Humana e Saúde, Doenças Emergentes, Políticas de Saúde, Representações Sociais em Saúde, Corpo e Medicina, Saúde e alimentação e Relatos e Experiências.

A primeira etapa das inscrições teve início em fevereiro e foi até o dia 21 de abril. Nesta segunda etapa, que começou no dia 22 de abril e vai até o dia 5 de junho, profissionais pagam R$ 60, pós-graduandos, R$ 50, e estudantes, R$ 40.

Para mais informações sobre as etapas das inscrições, dúvidas sobre os trabalhos e agenda completa do evento, acesse www.1ecoss.com.br ou ligue para (48) 3233-6525.

Claudia Mebs / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Sociólogo francês ministra palestra e minicurso sobre fenômenos psicossociais nas organizações de trabalho

04/05/2010 18:14

O Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC vai promover de 11 a 13 de maio os Encontros de Estudos dos Fenômenos Psicossociais nas Organizações de Trabalho. O evento vai ocorrer no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e conta com a participação do sociólogo francês, Vincent de Gaulejac. Professor de Sociologia da Universidade de Paris, Gaulejac vai proferir palestra e ministrar um minicurso nos dois primeiros dias do encontro.

Autor de 15 livros e organizador de mais 17, o professor é um dos principais representantes da Sociologia Clínica atual por contribuir para a compreensão dos problemas do sujeito contemporâneo. Como professor convidado ministrou aulas em várias universidades pelo mundo, como a Universidade de Athenas e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem dois doutorados no currículo, sendo que uma de suas teses abordou a neurose do conflito de classes, e um Ph.D em Sociologia. A sua pesquisa tem três eixos de estudo: as relações de poder nas empresas; as determinações sobre a psíquica social e a violência social; e as diversas facetas da luta de classes.

A programação do evento conta também com a defesa de tese sobre a Síndrome de Burnout, conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional e caracterizada pela compulsão em mostrar alto grau de desempenho no trabalho.

Para participar do evento, os interessados podem se inscrever no site www.oceanoeventos.com.br/psicologia. As inscrições são gratuitas e estão limitadas aos primeiros 150 formulários eletrônicos recebidos.

Programação:

11 de maio (terça-feira) – das 10h às 12h.

Palestra: “Sociologia Clínica e o estudo das organizações de trabalho”

12 de maio (quarta-feira) – das 14h às 17h.

Minicurso: “Pressupostos teóricos e metodológicos para o estudo dos fenômenos sociais e organizacionais”

13 de maio (quinta-feira) – das 14h às 18h.

Defesa de tese: “Burnout, projeto de ser e paradoxo organizacional”

Doutorando: Fernando José Gastal de Castro

Orientador: Dr. José Carlos Zanelli

Mais informações pelos telefones (48) 3322-1021 e 8824-1670.

Por Ingrid Fagundez/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Repercussão de Copenhague será debatida na Fapesc

04/05/2010 18:12

A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) vai promover o seminário ´O Brasil Pós Copenhague` na sexta, 14/05, no auditório do Centreventos Ministro Renato Archer, que fica no sexto andar do prédio Celta, Parque TecAlfa, km 1 da SC 401.

O evento é aberto aos interessados em discutir o impacto da última conferência da ONU sobre mudanças climáticas, realizada em 2009. Ele será aberto às 14h por palestra do coordenador de projetos da Fapesc e especialista em Legislação Ambiental, Mauro Figueiredo.

Na sequência, o Presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos, aborda os desafios e oportunidades do setor energético no contexto pós Copenhague. Adriana Dias, doutora em Gestão Ambiental e também colaboradora da Fapesc, fala sobre os desafios no setor florestal enquanto que os do setor agropecuário serão tratados por Kleber Vanolli, mestre em Engenharia de Produção e administrador da Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu.

Um debate vai encerrar o seminário, que deve ser o primeiro de uma série a ser organizada pela Fapesc.

Informações adicionais: Mauro Figueiredo, telefones (48) 3215-1234/ 9931-0880, mauro@fapesc.sc.gov.br.

2ª Feira Sustentável começa nesta quinta e terá seminário e mostra de energias renováveis

04/05/2010 15:54

Aproveitar os recursos naturais abundantes no país e produzir energia para o desenvolvimento e inclusão social, combatendo as mudanças climáticas. Isso é possível com a disseminação das energias de fontes renováveis. Seja pelo sol, vento, oceanos e rios, ou com o aproveitamento dos resíduos urbanos e rurais, a produção de energia elétrica de fontes limpas deve ser encarada como política pública nos estados, como contribuição ambiental e possibilidade de negócio para famílias, empresas e cooperativas.

Essas questões serão abordadas na programação da 2ª Feira Sustentável, que começa no dia 6 de maio, quinta-feira, no Expocentro Edmundo Doubrawa (anexo ao Centreventos Cau Hansen), em Joinville. O Seminário Energias Renováveis em Santa Catarina: potencial social e econômico, ocorrerá no dia 8 de maio, sábado, das 9h às 18h, no Teatro Juarez Machado, em Joinville. Todos os participantes receberão certificado com oito horas de duração, o qual poderá ser validado pelos acadêmicos como atividade de extensão junto aos seus cursos.

A promoção do seminário é dos Institutos Primeiro Plano e Ideal. A programação completa está disponível no endereço www.institutoideal.org/docs/folder_er_final.jpg. Não há inscrições prévias. Interessados em participar devem chegar um pouco antes do horário e acompanhar toda a atividade, que, como todas as demais da Feira, é gratuita.

Santa Catarina tem um potencial ainda inexplorado nessa área. E sua disseminação terá que passar, além de legislação específica, do comprometimento dos setores produtivos. O Estado já é referência internacional em estudos de energia solar, através da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e também tem parques eólicos em expansão. Além disso, já existem iniciativas para produção de energia a partir de dejetos animais (suínos e aves), sobretudo na região oeste. Outra fonte de destaque é a hídrica. Esta vem motivando amplo debate social e ambiental, em função do número expressivo de pequenas centrais hidrelétricas que podem ser construídas em todas as regiões.

MOSTRA DE TECNOLOGIAS

Além do seminário, a 2ª Feira Sustentável apresentará algumas tecnologias em energias renováveis para conhecimento do público. Iniciativas como aquecimento solar com painéis térmicos e com garrafas PET, geração de energia através do sol para mover um barco, aproveitamento de resíduos animais para energia e modelos de empreendimentos sustentáveis estarão expostos na Mostra de Tecnologias em Energias Renováveis, que acontece junto à Feira, a partir do dia 6 de maio, no Expocentro Edmundo Doubrawa.

Acesse:

www.institutoideal.org

www.primeiroplano.org.br

http://feirasustentavel2010.blogspot.com

Outras informações com Alessandra Mathyas, do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina – Instituto IDEAL – pelo e-mail alessandra@institutoideal.org ou pelos telefones (48) 3234-1757 e 9973-5101.

O socialismo na América Latina

04/05/2010 12:43

Por Elaine Tavares – jornalista

O socialismo ainda anda bem distante dos governos da América Latina, pelo menos é o que pensam alguns teóricos e pesquisadores que participaram das Jornadas Bolivarianas de 2010, cujo tema foi justamente este. Na análise de um dos criadores do termo “Socialismo do Século XXI”, esta é uma forma de governo que ainda não encontrou guarida na vida dos países que atualmente estão na ponta de lança das mudanças estruturais.

Segundo Heinz Dieterich, governos como o da Venezuela, Bolívia e Equador, apesar de avançarem no processo de transformação, ainda não deram rédea a mecanismos de consolidação do que define como sendo socialismo. “É certo que a discussão sobre o socialismo do século XXI começou na Venezuela, houve um grande debate, mas não redundou em profundidade, o que significa que, lá, não há grandes avanços na consciência anticapitalista”. Heinz também deixou claro que é fato de que na Venezuela, sob o comando de Chávez, o governo avançou nos mecanismo de democracia, garantindo mais poder ao povo, como é o caso da possibilidade do referendo. “Há eleições limpas, há muita participação popular, mas, a economia segue sendo a de mercado. Não há, portanto, socialismo, a empresa privada segue sendo fundamental, os meios de comunicação são privados”.

Heinz diz que a Venezuela segue os preceitos do chamado nacional/desenvolvimentismo, exatamente como o fizeram Getúlio Vargas, no Brasil, Domingos Perón, na Argentina, Lázaro Cárdenas, no México, Salvador Allende, no Chile e até mesmo Bolívar, logo depois da independência. “Eles seguiam o modelo da Grã Bretanha, de um capitalismo protegido pelo Estado. E para os ingleses foi bom, garantiu-lhes muito poder. Eles tinham o discurso do livre comércio, mas era para os outros, não para eles”. O teórico alemão insiste que este é o modelo também seguido pelo Brasil, Argentina, e outros chamados “progressistas”. “O Lula e os demais estão ancorados num modelo que foi extraordinário, e este era também o debate entre os independentistas. Bolívar queria o sistema inglês e os seus inimigos queriam o livre comércio, eram os neoliberais daquela época e foram os que venceram”. Segundo Heinz, os governos latino-americanos que, ao longo da história, decidiram-se por um nacionalismo/desenvolvimentista foram os que mais se aproximaram do povo, os que avançaram, e por conta disso sofreram as ditaduras.

Hoje, pode-se vislumbrar uma nova fase de desenvolvimento na América Latina que, sem dúvida, começa com Hugo Chávez, na Venezuela e depois se estende para Bolívia e Equador. É um desenvolvimento endógeno, uma proposta de valorização das coisas nacionais, de investimentos no mercado interno, acompanhado de transformações estruturais importantes na saúde, na educação, na organização comunitária, no próprio poder. “A oligarquia não podia combater o Chávez acusando-o de desenvolvimentista, não encontraria eco, então se aproveitou do fato de o presidente começar a falar em socialismo. Acusá-lo de socialista assustaria os conservadores. Mas não há socialismo na Venezuela. O que há é um nacional desenvolvimentismo, que tem seus avanços, é certo, mas que não é socialismo”.

E o que é, afinal, o socialismo?

A idéia de socialismo é eminentemente européia e aparece, segundo Engels, lá pelo século 15, embutida nas propostas dos revoltosos camponeses da Inglaterra e da Alemanha (como Thomas Münzer, por exemplo). A sistematização do conceito, na sua versão utópica, aparece nos séculos 16 e 17, como um sistema ideal para organizar a sociedade baseado na igualdade entre as pessoas, na distribuição das riquezas e na vida boa para todos. No século 18, teóricos como Morely e Mably pregavam um jeito espartano de viver, que garantia a liberdade e a igualdade, mas supria o gozo de viver. Mais tarde vieram os chamados “utopistas” como Saint-Simon, Fourier e Owen, que propunham a abolição das classes e a vida plena para todos. Ainda segundo Engels, o problema dos utopistas é que não propunham a mudança desde uma classe específica – como o proletariado. Eles reconheciam a sociedade burguesa, do capitalismo emergente, como uma coisa ruim, injusta, mas acreditavam que ela só não dava certo porque não havia nascido “o homem genial”, governando unicamente pela razão. Com a chegada deste homem, tudo poderia mudar, seria instaurado o Estado da Razão. Seus limites, pondera Engels, estavam determinados pela ainda incipiente produção capitalista. Acreditavam que bastava difundir a idéia de que o socialismo era a expressão da verdade, da razão e da justiça, para que ele se fizesse.

Marx vai propor mais tarde o que chamou de socialismo científico, baseado na razão sim, mas incluindo aí a historicidade, já ancorado na análise de um capitalismo real, desenvolvido, que incorporou a grande indústria e expôs as mazelas da divisão de classe. Observando as multidões exploradas e despossuídas que abundavam no século 19, as greves que assomavam entre os trabalhadores, as lutas operárias, Marx compreendeu que o socialismo não era algo nascido apenas no campo da razão, mas sim o produto necessário da luta entre as classes formadas historicamente no modo de produção capitalista. Com isso, pensou que havia que constituir um sistema para explicar essa sociedade capitalista e aí sim, desde esta materialidade, propor um novo jeito de organizar a vida. Ele discordava dos utopistas que apenas criticavam o mundo burguês, sem, contudo, explicá-lo para que, entendido, pudesse ser superado.

Assim, no desvelamento do sistema de dominação capitalista, Marx mostra que o socialismo é uma forma de vida que só pode ser proposta e construída pela classe dominada, naqueles dias, o proletariado. Assim, a sociedade socialista seria então aquela que aboliria a propriedade privada, acabaria com a exploração, reconheceria o caráter social da produção, socializaria os meios de produção, extinguiria as classes. Na prática, como esclarece Engels, seria um jeito de organizar a vida em que, através de um sistema de produção social, seria assegurado a todos os membros da sociedade, uma existência que, além de satisfazer as suas necessidades materiais, asseguraria o livre e completo desenvolvimento de suas capacidades físicas e intelectuais.

O socialismo do século XXI

A idéia de um socialismo do século XXI começou a caminhar pela América Latina a partir da reflexão do professor da UNAM, Heinz Dieterich. Segundo ele, os novos tempos exigem reformulações no conceito. “Com Marx aparece o socialismo científico, baseado no materialismo dialético, que em última instância significa que tudo está em movimento. Materialismo significa que tu reconheces um mundo fora de ti, objetivo, independente do observador, e dialético se refere ao movimento. O único que existe no universo é a matéria, ela tem extensão física e aí nasce o espaço, tem corporalidade e está em constante movimento, o que significa mudança. Por isso é ridícula a idéia de Francis Fukuyama, porque contraria o axioma do cosmos. Conhecer esse movimento pressupõe que podemos prever os desastres econômicos, assim como prevemos os furacões. Isso é ciência”.

O teórico alemão radicado no México recordou que Lenin tentou implementar o socialismo, experimentar na prática, mas as condições não o permitiram, surgindo então o bolchevismo, a economia planificada. Isso colapsou e hoje aí está outra concepção do socialismo, que chama do século XXI. “É uma democracia participativa, com economia planejada no valor do trabalho e não no valor de mercado. São diferenças abissais. Por exemplo, em nenhuma constituição do mundo é o povo que decide se o país vai para a guerra. A decisão está na mão de uma pequena elite. Nesta democracia burguesa o dinheiro tem uma influência tremenda. Exemplo: a taxa de milionários nos Estados Unidos é de 1% da população, mas no Congresso Nacional é de 60% a 90%, ou seja, é uma plutocracia. Mandam os ricos, que são minoria”.

Por conta disso, um sistema de voto secreto e universal por si só não significa democracia. Pois o socialismo do século XXI propõe outra forma de organizar a vida, democratizando não apenas a política – com outras formas de participação popular que não só a eleição ritual – mas também a economia, a cultura e o poder militar. “O orçamento deveria ser decidido pela população, outras questões da economia também. Com a televisão e a internet se poderia informar e formar os cidadãos”. Essa minoria que hoje manda no mundo pretende continuar apostando na economia do mercado, acreditando que o mercado tem mais eficiência para coordenar o processo, que essa é uma área complexa e não pode ficar nas mãos de um partido ou das gentes. Isso não é mais crível. “Há que clarear essa mentira. Na União Soviética o socialismo não naufragou por conta da planificação. Toda a economia é planificada, inclusive a de mercado. Até no neolítico 10 pessoas tinham que planejar como caçar um animal. No capitalismo também há planejamento. Mas tanto no socialismo soviético como no capitalismo era uma minoria que fazia isso. Não havia a consulta ao povo. No socialismo do século XXI tem de haver essa participação, essa planificação precisa ser democrática”.

Heinz também avança na proposição de outra medição do trabalho. Hoje, o preço de mercado é uma expressão de poder, o aumento de salário só vem se houver sindicato forte, lutas descomunais, competições. Os empresários tem o poder, dirigem e controlam a economia. No socialismo pode-se ter outra medida de valor, a quantidade de energia, a quantidade de informação ou valor do trabalho. “No socialismo do passado a propriedade privada era considerada o grande mal, havia que acabar com ela. Os social-democratas encontraram um jeito de mantê-la. Elas seguem privadas, mas pagam impostos que serão distribuídos. Não deu certo. No socialismo do século XXI, não importa quem tem os meios se for tirada do empresário a faculdade de explorar o trabalhador. Cada trabalhador tem direito ao valor total do seu trabalho. Se trabalha por 40 horas recebe produtos e serviços iguais aos de 40 horas. O que não há é a permissão de enriquecer”.

No socialismo do século XXI, diz Heinz, também não cabe haver partido único, porque se trata de trazer ao povo mais democracia. Hoje a conformação de classes é diferente da do tempo de Marx. “Nesta fase de transição é preciso organizar as forças em um centro comum, um centro de gravitação comum, mas não única, como a Frente Amplia, no Uruguai. Não é partido único. Não queremos monopólios nem na economia nem na política”.

A América Latina

Este espaço geográfico que hoje denominamos “Américas” foi conhecido pelos europeus nos estertores do século 15, quando por aquelas terras já começava a declinar a chamada Idade Média. As miríades de reinos que lutavam entre si iam se juntando e prenunciando o que mais tarde viriam ser as nações. Era um tempo de mudanças e as terras encontradas no caminho para as índias iriam acelerar estes câmbios, financiando, inclusive, a revolução industrial inglesa que foi o estopim da consolidação do modo capitalista de produção. Mas, o desconhecimento dos europeus nunca significou que por aqui, as gentes que habitavam o lugar, fossem povos sem história, como chegou aventar Marx. Grandes civilizações haviam florescido, muitas delas até mais avançadas na organização da vida, do que a Europa daquele então. Ainda assim, como os conquistadores não estavam dispostos a qualquer “encontro de culturas”, toda esta história das gentes originárias foi descartada como “barbárie”, “selvageria”, “ignorância”. Os que invadiram as terras de Abya Yala só queriam saquear as riquezas e nunca reconheceram os que aqui viviam como iguais. Quando o sistema colonial se instalou, trouxe para cá o modo de vida da Europa, solapando a cosmovisão autóctone, dizimando povos, submetendo os sobreviventes.

Este domínio se perpetuou, ainda que não sem luta. Desde a invasão, vários povos se rebelaram, na resistência e na tentativa de recuperar seus territórios, sua forma de vida. Foram vencidos, mas, enquanto todos achavam que ali estava uma gente derrotada, eles constituíam, no silêncio da opressão, suas estratégias de sobre-vivência. E, quando ninguém esperava, no bojo do que a Europa e os entreguistas nacionais chamavam de “celebração dos 500 anos”, surge, das profundezas desta Abya Yala, o grito das gentes originárias. “Nada há a celebrar a não ser a retomada de um novo ciclo. O pachakuti esperado”, diziam as gentes autóctones.

Segundo Pablo Dávalos, professor da Universidade Católica do Equador e assessor na CONAIE (Confederação Nacional dos Indígenas do Equador), os anos 90 trazem demandas dos povos originários que não são incorporadas pela esquerda, por isso há uma certa desconfiança com relação ao chamado “socialismo do século XXI”, porque ninguém viu ali contempladas essas reivindicações que extrapolam as já conhecidas lutas contra a dizimação de sua gente e da sua cultura. “A proposta de plurinacionalidade, por exemplo, passou incólume nos programas da esquerda. E esta proposta é a que converte o índio em um sujeito político que disputa no neoliberalismo”. Os povos originários ultrapassam o tempo reivindicativo, agora eles estão propondo novas formas de organizar a vida, que oferecem a partir de sua ancestralidade. E aí há que se pontuar muito bem: não é um retorno ao passado, mas uma retomada, desde o passado, de elementos que, dialeticamente, podem ser incorporados à vida atual, tais como a solidariedade, a cooperação, a distribuição coletiva das riquezas (elementos que, na verdade, se encontram com a idéia de socialismo). “O sistema político desconhece o índio como sujeito e para a esquerda o índio se converteu em camponês. Não há uma discussão sobre o que significa o território. O povo da direita fala em modernização no campo, a esquerda em reforma agrária. Os indígenas falam em território, que é muito mais do que terra para plantar, é espaço de vivência, de representação cultural e religiosa”.

Pablo Dávalos fala de uma ontologia política do movimento indígena que atua na radicalidade, oposta ao ser moderno, que propõe a alteridade, ou seja, a capacidade de as pessoas viverem juntas, respeitando, de verdade, o outro. “Na sociedade burguesa, e mesmo na esquerda, não se concebe o índio com vida e desejos próprios. Parece que sempre há que ter uma mão, controlando. Mas a história está aí mostrando que os grandes movimentos políticos dos anos 90 e desta primeira década do terceiro milênio tem uma assinatura indígena. A esquerda não vê porque os índios não estão nos seus manuais de desenvolvimento”.

E aí entra outro nó que, nesta parte do planeta, há que se desatar. Com uma população indígena bastante expressiva, a América Latina está propondo outras formas de organização da vida que não aparecem nos textos dos grandes pensadores socialistas. Porque, afinal, raros tem levado em consideração estas propostas teóricas que nascem da vivência originária. Mesmo nas experiências transformadoras como a da Venezuela e do Equador, pouco espaço se dá a cosmovisão dos povos autóctones. “Na nossa Constituição (do Equador) logramos muitas vitórias, como estabelecer os direitos da natureza e colocar nosso conceito político de organização que é o de Sumak Kawsai, mas, ele, na verdade, não é compreendido de fato. Basta ver como o governo de Rafael Correa está tratando a questão da água hoje, sem respeitar a decisão dos povos originários”, diz Pablo.

É importante lembrar que entre as comunidades originárias que vicejam na região que vai desde a Venezuela até a Patagônia, seguindo a coluna vertebral latino-americana, que são os Andes, as palavras que designam a organização da vida são outras. Não se fala em socialismo ou desenvolvimento (palavras e conceitos nascidos na Europa). Fala-se em “sumak kawsai”, que na língua quíchua significa “regime de bem viver” e expressa uma proposta complexa de organização.

Pablo lembra que no sistema capitalista, e na era moderna, de concepção européia, a idéia de progresso está vinculada a noção de “ir adiante”, já que a noção de tempo se expressa de forma linear: passado (ontem), presente (hoje) e futuro (amanhã). Assim, as gentes, para serem modernas, precisam avançar para o futuro. Mas, na compreensão dos povos originários o tempo se curva. A mesma palavra que designa passado é usada para dizer futuro, a vida se expressa em ciclos. Também na cosmovisão de grande parte dos povos andinos não existe a possibilidade da acumulação, tanto que se alguém tem algum “lucro”, se sente obrigado a destruído e isso se dá a partir de uma grande festa coletiva. Tudo o que sobra precisa ser repartido comunitariamente. E, no cerne de tudo isso está a capacidade do homem de viver em harmonia com a natureza. Este é um jeito de viver que se confronta diretamente com o sistema capitalista. E é um jeito originário, consubstanciado no sumak kawsai, originário de Abya Yala . “Mas e os marxistas, as gentes da esquerda, conseguem entender isso? Concebem respeitar essa forma de ver o mundo? Conseguem incluir este modo de ser nos seus manuais?”

O pachakuti

Para os incas, quando chegaram aqui os conquistadores, foi inaugurado um ciclo do pachakuti, que significa “o mundo pelo avesso, o mundo no caos”. Hoje, com as transformações que tomam forma na América Latina, os levantamentos dos povos originários e a percepção de que a preservação da natureza é também uma questão da sobrevivência da espécie, vive-se o início de um novo pachacuti, “el mundo al revés”, pelo avesso de novo, mas desta vez com as gentes organizando a vida e aí, não só os indígenas, mas também os empobrecidos de todas as cores. É a idéia do tempo que se curva, um outro começo, saída do tempo de caos para o tempo da harmonia. Por conta desta crença, as comunidades revigoram as lutas na defesa da Pacha Mama que é, em última análise, a defesa da vida mesma.

No que diz respeito ao mundo não-índio, os intelectuais de esquerda teriam de enfrentar eles mesmos um “pachakuti”, um desordenamento mental, capaz de compreender esta forma de ver o mundo. Quando aqui chegaram os invasores, sedentos de ouro, até havia um motivo para desconhecer as culturas locais. Mas, hoje, e desde a esquerda, isso não pode acontecer. E, se o socialismo é o que ordena e define as reivindicações da maioria, como diz José Carlos Mariategui, está na hora de incorporar aquilo que é essencial para as gentes originária como o estabelecimento do Estado Plurinacional, estatuto jurídico que reconhece as comunidades tradicionais originárias como sujeito político real. E isso implica numa mudança radical de perspectiva, principalmente num país como o Brasil, onde as comunidades autóctones foram quase dizimadas e, as sobreviventes, até hoje vivem tuteladas pelo estado como se fossem incapazes de organizar suas vidas de forma

autônoma.

Ao fim, o que ficou dos debates de quatro dias em Florianópolis foi esse desafio. A capacidade da esquerda revolucionária de Abya Yala de desvendar as forças e os sujeitos que atuam no mundo de hoje, e a necessidade de colorir o conceito de socialismo, não com as facetas alegres da pós-modernidade que usa o multicultural como aceitação acrítica do que aí está. Mas o colorido da “wiphala”, a bandeira do movimento originário, incorporando neste conceito as demandas destes povos que não querem mais ser “atores” sociais, que falam um texto escrito por outrem, mas sim autores de sua própria história, escrevendo eles mesmos as suas falas. Aí sim, quem sabe, este espaço geográfico possa constituir, com o aporte de todos os que aqui vivem, e que sonham e lutam por transformações, o socialismo indo-americano, como queria Mariategui, ou, enfim, o sumak kawsai (o bem viver).

Doutoranda da Antropologia ganha 1º lugar no Meaning of Water Photo Competition da RAI

04/05/2010 10:55

A doutoranda em Antropologia Barbara Arisi, atualmente com bolsa sanduíche na Inglaterra, acaba de ganhar o primeiro lugar em uma das quatro categorias do Meaning of Water Photo Competition da RAI – The Royal Anthropological Photo Competition. A foto premiada intitula-se “The Matis and the capibara”. A categoria em que foi vencedora é “Religious and spirituality”.

A foto será usada em materiais educativos publicados pela RAI, uma das mais prestigiosas instituições de antropologia. As fotos serão publicadas no Flickr website ( www.flickr.com/photos/raieducation), no Discover Anthropology website (www.discoveranthropology.org.uk) e serão exibidas no London Anthropology Day on July 8th no British Museum Clore Centre (www.londonanthropologyday.co.uk).

Outras duas fotos suas entraram na listade “runner-ups”, concorrentes antes do corte de finalistas. Vão também ser publicadas no (www.flickr.com/photos/raieducation). Barabara Arisi é orientada pelo professor Oscar C. Saez e integra o NAVI – Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem.

Fonte: Centro de Filosofia e Ciências Humanas

TV UFSC lança programação especial sobre os 50 anos da universidade

04/05/2010 10:12

Será realizado no próximo dia 10, segunda-feira, a partir das 14h30min, na Sala dos Conselhos, prédio da Reitoria, o lançamento da Programação Especial da TV UFSC nos 50 anos da Universidade.

Serão apresentados os novos programas: “Eu faço parte desta história”, uma exibição de entrevistas com pessoas que participaram da construção da história da UFSC; “Memória UFSC”, com imagens produzidas pelo curso de Jornalismo resgatando momentos marcantes da história da instituição; “Universidade Já”, com cobertura factual dos eventos realizados conforme calendário comemorativo dos 50 anos; e “Depoimentos da Comunidade em Geral”, que apresenta depoimentos de pessoas da comunidade universitária (docentes, técnico-administrativos e alunos) sobre o tema “A UFSC em minha vida”.

A TV UFSC exibe sua programação no canal 15 da NET.

Contatos na TV UFSC pelos fones (48) 3952-1909 / 3952-1921.

Servidores ganham selo e adesivo comemorativos aos 50 anos da UFSC

03/05/2010 18:40

Cinquenta anos é uma data especial tanto na vida de uma pessoa quanto na de uma empresa ou instituição. Uma marca que a UFSC alcança em 18 de dezembro deste ano. Para integrar toda a equipe de servidores – mais de cinco mil pessoas – no espírito dos festejos do Jubileu de Ouro, a Reitoria tomou muitas iniciativas, entre elas enviou para todos os docentes e técnico-administrativos uma mensagem do reitor, acompanhada do selo e do adesivo alusivos à data.

A política da Reitoria se materializa na mensagem do adesivo: “UFSC 50 anos – Eu faço parte desta história”. Frase que expressa o reconhecimento à importância da participação de todos na construção da Universidade. Já o selo comemorativo aos 50 anos da UFSC, lançado junto aos Correios no dia 18 de dezembro de 2009, apresenta a imagem gráfica criada para marcar os 50 anos, com o brasão da UFSC sobreposto, e o slogan “Produzindo conhecimento para um mundo melhor”, de autoria de Magda do Canto Zurba, professora do Departamento de Psicologia da UFSC.

A correspondência timbrada com o selo dos 50 anos é um convite do reitor Alvaro Prata aos servidores de todas as unidades da instituição para que promovam debates, discussões e/ou palestras sobre o cinquentenário da UFSC. Sugere, ainda, que estas atividades representem integração entre alunos, docentes e técnico-administrativos.

Toda a programação do Jubileu de Ouro da UFSC pode ser acompanhada no endereço www.50anos.ufsc.br.

Mara Paiva /Jornalista da Agecom

Leia a mensagem do reitor:


CHARGE DA SEMANA

03/05/2010 15:08

CHARGE DA SEMANA – Boitatá campeão (no vôlei e no futebol)

Por Jorge Luíz Wagner Behr/Agecom

Inscrições para Prêmio Valorização da Biodiversidade de Santa Catarina são prorrogadas até 14 de julho

03/05/2010 12:23

Estão prorrogadas até o dia 14 de julho as inscrições para o Prêmio Valorização da Biodiversidade de Santa Catarina, lançado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Podem se candidatar jornalistas, alunos de pós-graduação, professores e pesquisadores que tenham publicado artigos científicos ou, no caso dos repórteres, notícias sobre plantas nativas e a conservação da biodiversidade catarinense. Os concorrentes deverão ser residentes no Estado há pelo menos dois anos.

As publicações científicas e jornalísticas poderão ser inscritas em três categorias, conforme seus focos. Se agregam conhecimento nas áreas de sistemática, ecologia, etnobotânica, fitodiversidade, preservação e conservação in situ de plantas nativas catarinenses, entram na Categoria Roberto Miguel Klein. Se abordarem a recuperação e conservação de matas ciliares, incluindo vegetação protetora de nascentes e demais espécies vegetais com ocorrência associada a recursos hídricos, adequam-se à Categoria Raulino Reitz. Se falarem exclusivamente da conservação da biodiversidade urbana e do paisagismo ecológico, devem ser inscritos na Categoria Burle Marx.

Para cada categoria haverá três prêmios, totalizando nove vencedores. Os primeiros colocados de cada categoria receberão R$10 mil, além de passagens Florianópolis-Rio de Janeiro (ida e volta) para visitarem o Sítio de Roberto Burle Marx. Os trabalhos premiados integrarão uma coletânea impressa. Também haverá certificados para autores de trabalhos cujo mérito seja reconhecido pela comissão avaliadora.

A avaliação dos trabalhos apresentados será feita por consultores ad hoc e coordenada por uma comissão interinstitucional vinculada ao Projeto Acorde Plantas Nativas da Secretaria de Estado do Planejamento. A aprovação final dos resultados ficará a cargo da Diretoria Executiva da Fapesc e deverá ser homologado por ato do Governador do Estado.

Os resultados serão divulgados no site www.fapesc.sc.gov.br e no Diário do Oficial do Estado de Santa Catarina, a partir de 1° de novembro. O mesmo site disponibiliza todos os documentos e orientações necessárias.

Para saber mais, use o telefone (48) 3215-1210 ou e-mail premiobio@fapesc.sc.gov.br.

Por Heloísa Dallanhol / Assessoria de Imprensa da Fapesc

Grupo da UFSC organiza terceira edição da Feira Estudantil Redescobrindo a Matemática

03/05/2010 12:17

O Grupo PET do Curso de Matemática da UFSC promove no dia 12 de maio a III Feira Estudantil Redescobrindo a Matemática (Fermat). O encontro será realizado das 9h às 17h, no Hall do Centro de Cultura e Eventos. Os professores e as escolas interessadas podem agendar visita através do e-mail grupo@pet.mtm.ufsc.br ou pelo telefone (48) 3721-6809.

Ao longo do dia serão oferecidas atividades educativas para estudantes do ensino fundamental e ensino médio. Entre as ações fixas estão oficinas de origami, criptografia, geoplano, sólidos geométricos e módulos (música e probabilidade).

Durante o encontro será também realizado o CineMat, com mostra de curta-metragens cujo tema principal é a matemática. O objetivo é despertar interesse dos participantes, já que essa disciplina é abordada por uma perspectiva diferente.

As atividades livres consistem em jogos lógicos, sistema de contagem, linha do tempo, provas do Teorema de Pitágoras, sequências e oficina de Tangram (quebra-cabeça chinês de encaixe de triângulos) e Olimpíada Regional de Matemática de Santa Catarina.

A primeira edição da Fermat foi realizada em 16 de setembro de 2008, com a proposta de aumentar o contato tanto da graduação com as escolas, quanto dos alunos do ensino básico com a universidade. A feira busca desmistificar a visão de que a matemática é matéria difícil, além de difundir a história da disciplina para atribuir mais significado aos conhecimentos já absorvidos pelos alunos.

O nome da feira é uma homenagem ao matemático francês Pierre Fermat (1601-1665). Ele foi um dos pioneiros da geometria analítica, contribuiu para o desenvolvimento do cálculo e foi precursor da moderna teoria dos números. Fermat deixou um teorema que foi provado somente em 1994 pelo britânico Andrew Wiles, atualmente conhecido como o Último Teorema de Fermat.

O Programa de Educação Tutorial (PET) é destinado a alunos de graduação das Instituições de Ensino Superior. O objetivo é propiciar aos estudantes, sob a orientação de um professor tutor, condições para realização de atividades extracurriculares que complementem sua formação acadêmica.

Mais informações: (48) 3721-6809 / grupo@pet.mtm.ufsc.br

Por Gabriella Bridi / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Encontro ´Projovem descobre UFSC 50 anos` inicia nesta segunda-feira

03/05/2010 11:59

O grupo em preparação para o evento Alunos do curso de Turismo e Hospitalidade, do Programa Projovem Urbano, realizam nos dias 3, 4, 6 e 7 de maio o encontro ´Projovem descobre UFSC 50 anos`. O evento busca aproximar a Universidade Federal de Santa Catarina da comunidade que faz parte do programa, aproveitando o ano que marca o aniversário de 50 anos da instituição.

O primeiro dia do ´Projovem descobre UFSC 50 anos` acontece nesta segunda-feira, 3/5, no centro de convivência do Supermercado Angeloni, no bairro de Capoeiras, e é aberto ao público. A programação prevê também uma mostra fotográfica, que será oficialmente aberta na terça-feira, 4/5, às 19h, no mesmo local. Durante a abertura acontece um diálogo com a participação do diretor da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), Moacir Loth, sobre a influência da UFSC no processo de comunicação da sociedade catarinense.

Mas, já a partir dessa segunda, a exposição será apresentada em três instituições da Capital: Colégio Silveira de Souza (3/5), Colégio Rosa (6/5) Torres e Colégio Anibal Nunes Pires (7/5). A mostra fotográfica, planejada pelos alunos, conta a evolução material e intelectual da UFSC. As fotos são do acervo da Universidade.

O ´Projovem descobre UFSC 50 anos` será realizado em parceria com a Secretaria de Educação de Florianópolis, Departamento Artístico Cultural (DAC/UFSC), Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) e Angeloni.

Durante os últimos dois meses, os cerca de 50 alunos do curso planejaram a abertura oficial do evento e a mostra fotográfica. Com ajuda do professor Rodrigo Sommer, do Curso de Turismo e Hospitalidade, os estudantes realizaram visitas técnicas à UFSC e decidiram a decoração, divulgação e recepção das atividades. A iniciativa faz parte do exercício prático do curso e busca uma inserção dos alunos no cenário profissional.

Para a organização das atividades, os envolvidos tiveram suas funções divididas em comissões de recepção, cerimonial e protocolo, decoração e criatividade. “Os alunos estão utilizando esse momento para refletir sobre a importância de atender adequadamente seus clientes, que serão os alunos, professores, coordenadores, colaboradores do Projovem, além de autoridades e convidados”, explica Sommer.

Programa Projovem Urbano

Desenvolvido pelo Governo Federal, o Programa Projovem Urbano integra Política Nacional de Juventude, lançada no Brasil em 2005. Em Florianópolis, fazem parte do programa 179 alunos, todos com idades entre 18 e 29 anos. O objetivo do Projovem Urbano, executado pela Secretaria Municipal de Educação, é a inclusão social de jovens brasileiros que não concluíram o ensino fundamental, apesar de serem alfabetizados. Através de atividades presenciais e não presenciais, o programa busca a inserção desse jovem nos estudos e no mercado de trabalho ao mesmo tempo em que se exercita a cidadania, através de experiências de participação cidadã.

Mais informações pelo telefone (48) 8429-0186, com o professor Rodrigo Sommer.

Foto: Divulgação: G.S.

Agenda

Abertura Oficial

Terça-feira, 4/5

Horário: 19h

Local: Centro de Convivência do Supermercado Angeloni de Capoeiras

Mostra Fotográfica

Colégio Silveira de Souza: dia 3/5, às, 20h

Colégio Rosa Torres: dia 6/5, às, 20h

Colégio Anibal Nunes Pires: dia 7/5, às 20h

Teatro da UFSC recebe nova temporada do espetáculo As Luas de Galileu

03/05/2010 10:35

Retorna ao palco do Teatro da UFSC nos meses de maio e junho a peça As Luas de Galileu, do Grupo Pesquisa Teatro Novo, ligado ao Departamento Artístico Cultural da UFSC. Com direção teatral de Carmen Fossari, o espetáculo envolve 40 pessoas entre atores, atrizes, cantores líricos e técnicos.

A peça será exibida sempre às sextas-feiras, sábados e domingos. Em maio há espetáculo os dias 7, 8 e 9; 14, 15 e 16; 21, 22 e 23; 28, 29 e 30. Em junho entra em cartaz no final de semana de 11 a 13.

Os ingressos são gratuitos, e quem quiser garantir o seu poderá retirá-lo com antecedência no DAC/Teatro da UFSC, nas quintas e sextas-feiras antecedentes aos finais de semana de espetáculo, das 14h às 18h. Por se tratar de apresentação gratuita, os ingressos garantirão o acesso ao teatro até às 21 horas. Após esse horário, os eventuais lugares vagos serão liberados para o público excedente.

As Luas de Galileu estreou em 2009, no Ano Internacional da Astronomia. Sua montagem levou dois anos e meio de preparação, somando o tempo das pesquisas históricas, num trabalho que une a arte popular e erudita no mesmo espetáculo.

A apresentação da peça abre a programação Bodas de Cena – UFSC 50 Anos, que terá seis espetáculos teatrais da Universidade (grupos do DAC e grupos das Artes Cênicas) e mais três espetáculos convidados de Florianópolis, totalizando nove peças teatrais, com ingressos liberados mediante convites. Dessa forma, a universidade, através do projeto do Departamento Artístico Cultural e da Secretaria de Cultura e Arte, celebra, com o Teatro, o seu cinquentenário de criação.

Grupo Pesquisa Teatro Novo e Galileu

As Luas de Galileu é uma encenação do Grupo Pesquisa Teatro Novo (GPTN), do Departamento Artístico Cultural (DAC) / UFSC. O roteiro e a direção são de Carmen Fossari, com regência de um coro vocal convidado, da maestrina Miriam Moritz, e assessoria do professor Adolfo Stotz Neto, Presidente do Grupo de Estudos em Astronomia.

A Cia. de Teatro Bambolina Andattina (Metateatro) conduz a trama que se completa com cenas evocadas da vida de Galileu e a sua paixão pelo saber e o embate com a Inquisição.

Ficha técnica:

Elenco:

Nei Perin (Galileu), Mariana Lapolli, Ivana Fossari, Bruno Lapolli, Marcelo Cidral, Marcelo Cipriani, Rhamsés Camisão, Ana Paula Lemos, Julião Gularte, Lucia Amante, Emanuela Espíndola, Bruno Leite, Gabriel Orcajo, Juliana Rabello, Gabriel Ortega, Augusto Sopran, Eliana Bär, Rubia Medeiros, Luiza Souto, Jeanne Siqueira, Patrícia Medeiros e Anderson Sauthier. Participação do Madrigal da UFSC

Direção Musical e Regência do Madrigal: Miriam Moritz

Assessoria: Professor e Astrônomo Adolfo Stotz

Figurino: José Alfredo Beirão

Cenário: Márcio Tessmann

Iluminação: Ivo Godoi e Calu

Técnico Luz: Nilson Só

Cartaz: Michele Millis

Programa: Bruno Leite

Contra-Regra: Miguel Wendausen

Produção: Grupo Pesquisa Teatro Novo-UFSC

Promoção: Departamento Artístico Cultural – DAC, da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Sobre a diretora Carmen Fossari:

Natural de Florianópolis, Carmem Lúcia Fossari é mestre em Literatura Brasileira pela UFSC, com opção em Teatro; diretora de espetáculos do Departamento Artístico Cultural – DAC/SeCArte/UFSC, coordenadora e professora da Oficina Permanente de Teatro da UFSC e diretora e fundadora do Grupo Pesquisa Teatro Novo/UFSC.

Nessa categoria, recebeu inúmeros prêmios estaduais e nacionais, bem como representou o Brasil com espetáculos que dirigiu, escreveu e atuou nos países: Porto Rico, México, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e Uruguai. Esteve com espetáculos no Chile por 13 vezes, onde mantém convênio através do GPTN/UFSC com a Cia. La Carreta que coordena, naquele país, o Enterpola – Encontro de Teatro Popular Latino Americano.

Teatro da UFSC

O Teatro da UFSC é um edifício que faz parte do conjunto histórico da atual Igrejinha da UFSC, que pertencia à Paróquia da Santíssima Trindade, localizada no bairro da Trindade, em Florianópolis. A data de fundação da paróquia é de 1853. O conjunto de edifícios foi adquirido pela UFSC em meados da década de 1970 e compreende a Igrejinha, o Teatro (antigo Salão Paroquial) e a Casa do Divino (edifício destinado ao culto do Espírito Santo por ocasião da festa).

Serviço:

O QUÊ: Nova temporada do espetáculo teatral As Luas de Galileu, com o Grupo Pesquisa Teatro Novo, da UFSC.

QUANDO: Dias 7, 8, 9,14, 15, 16, 21, 22, 23, 28,

29, 30 de maio e 11, 12, 13 de Junho deste ano, sextas, sábados e domingos, sempre às 21 horas.

ONDE: Teatro da UFSC (Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC.

QUANTO: Entrada gratuita e aberto à comunidade, mediante convite retirado com antecedência.

Contato: DAC/Teatro da UFSC: (48) 3721-9348 e 3721-9447, www.dac.ufsc.br

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Fonte: Sendy Cristina da Luz, Acadêmica de Jornalismo – Departamento Artístico Cultural – DAC: SeCArte: UFSC, com material institucional e fornecido pela produção do espetáculo.

Fotos: Nilson Só, Fávio Lapolli e do Grupo Pesquisa Teatro Novo

Vestibular 2010: UFSC divulga sétima chamada de calouros

03/05/2010 10:13

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFSC divulgou o edital n° 18, referente à sétima chamada de calouros do Vestibular UFSC 2010. Os 17 estudantes contemplados devem realizar matrícula entre os dias 3 e 5 de maio.

As matriculas serão realizadas no DAE, em Florianópolis, entre 8h e 12h, e das 14h às 18h. Somente o candidato do curso de Engenharia de Energia deverá matricular-se no campus de Araranguá.

Informações: (48) 3721- 6553, 3721- 9331, 3721-9391 e 3721-6554.

Mostra Grandes Diretores – Manoel de Oliveira exibe filme O Meu Caso

03/05/2010 10:02

Filme será exibido em DVD

Filme será exibido em DVD

Acontece nesta terça-feira, dia 04/05, no Teatro da UFSC, a sessão do filme O Meu Caso (1986), que integra a mostra Grandes Diretores – Manoel de Oliveira, premiado diretor português, homenageado no Festival de Cinema de Cannes, em 2008.

O filme será exibido em DVD, utilizando projetor de alta resolução e uma tela apropriada para projeção, equipamentos especialmente instalados para esse fim no teatro da universidade. Os longa-metragens da mostra fazem parte da coleção Grandes Autores – Manoel de Oliveira, contendo os DVDs e um livro, editada pela Lusomundo Audiovisuais.

A atividade na universidade tem caráter didático-cultural, sendo realizada pelo Departamento Artístico Cultural da UFSC. Iniciou na semana passada e vai até 30 de novembro deste ano, todas as terças-feiras às 12 horas, seguida ou antecedida de eventuais debates. As sessões serão interrompidas para o recesso escolar, IV FITA, 14º FAM e feriados. A entrada é gratuita e aberta à comunidade.

A mostra no Teatro da UFSC é organizada por Zeca Nunes Pires e Camila Casseano Damazio, numa realização do Departamento Artístico Cultural, da Secretaria de Cultura e Arte, da Universidade Federal de Santa Catarina, com o apoio da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSC. Todos os filmes serão exibidos em DVD.

Veja na página do DAC (www.dac.ufsc.br) o link do blog onde estão publicados os nomes e as sinopses de todos os filmes da mostra.

Saiba Mais:

O Meu Caso (1986)

Ficha Técnica

Duração: 88 min.;

Produção: Filmargem; Les Films du Passage, S.E.T.E (França);

Cabeleireiro: Dominique Buisson;

Montagem: Manoel de Oliveira, Rudolfo Wedeles; Estúdios Le Havre (França);

Data Rodagem: Mai/Jun 1986;

Distribuição: Distribuidores Reunidos;

Intérpretes/Personagens: Luís Miguel Cintra (Desconhecido, Job), Bulle Ogier (Atriz; Mulher de Job), Axel Bougousslavsky (Empregado, Elifaz), Fred Personne (Autor, Bildad), Wladimir Ivanovsk (1º Espectador, Zofar), Gregoire Ostermann (2º Espectador, Eliú), Heloise Mignot (2ª Atriz). Voz: – Henri Serre.

Serviço:

O QUÊ: Apresentação do filme O Meu Caso (1986), da Mostra de cinema Grandes Diretores – Manoel de Oliveira.

QUANDO: Dia 4 de Março de 2010, terça-feira, às 12 horas.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: Departamento Artístico Cultural – DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou www.dac.ufsc.br e dac@dac.ufsc.br

Fonte: José Wilson O. Fontenele, Acadêmico de Jornalismo da UFSC – Assessoria de Imprensa do DAC – SeCArte – UFSC, com material da coleção de DVDs e dos organizadores da mostra.