Professora da Universidade de Bourgogne é segunda convidada do ciclo Pensamento do Século XXI

16/04/2010 08:54

O segundo encontro do ciclo Pensamento do Século XXI, que acontece nesta sexta-feira, dia 16 de abril, às 10h, no auditório da Reitoria da UFSC, receberá a professora da Universidade de Bourgogne Liliane Meffre. Sua palestra ´Carl Einstein (1885-1940), na vanguarda das vanguardas` fará uma homenagem ao crítico e escritor alemão. Sua fala será em francês, com tradução simultânea.

Liliane Meffre é doutora em Estudos Germânicos e em História da Arte-Estética, e dedicou grande parte de seus trabalhos a Carl Einstein. Traduziu várias de suas obras, como Negerplastik, e escreveu o livro Carl Einstein (1885-1940. Itinéraires d’une pensée moderne). A professora já ministrou palestras na França, Bélgica, Alemanha e Itália, entre outros países.

A pesquisadora francesa, que visita o Brasil pela primeira vez, participou durante a semana de seminários sobre Einstein. Quase desconhecido no Brasil, Einstein (1885-1940) criticou a arte e o conceito de objeto. Em 1915 se notabilizou por um estudo sobre a escultura negra Negerplastik e deu início aos estudos sobre arte africana. Seu trabalho é considerado pioneiro ao apresentar artefatos provenientes da África como obras de arte.

Em 1921, Carl Einstein adaptou a teoria tátil-quadridimensional, que vinha desenvolvendo a partir dos estudos combinados de vanguarda e arte africana, para o verbete sobre arte absoluta e política absoluta. O material, redigido para a Grande Enciclopédia Soviética, nunca foi publicado, mas reuniu ideias básicas sobre a criação do espaço como “estrutura imaginativa”, na linguagem da arte cubista. Para Einstein, a arte revolucionária é aquela que busca a destruição do objeto, sinônimo de tradição, mito, memória e propriedade.

Desiludido com os rumos adotados pelo estalinismo, Carl Einstein lutou na Coluna Durruti, na Guerra Civil Espanhola, entre 1936-37. Seu idealismo artístico o levou ao suicídio em 1940, num campo de concentração. “A liberdade indispensável em relação a si próprio e à sociedade é o que torna Einstein ainda necessário hoje em dia”, avalia o professor da UFSC Raul Antelo, um dos organizadores do ciclo Pensamento do Século XXI.

A iniciativa faz parte da agenda de comemorações dos 50 anos da UFSC e trará até dezembro para Florianópolis uma série de autores renomados. A promoção é da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC.

Mais informações:

– Maria de Lourdes Alves Borges / Secretária de Cultura e Arte da UFSC / secarte@reitoria.ufsc.br / Fone: 3721-8304

– Maria Lúcia de Barros Camargo / Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSC / Fone: 3721-8314

– Raul Antelo, professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC / antelo@iaccess.com.br

Leia Mais:

Artigo: Quem é Carl Einstein?

Casa do Jornalista sediará solenidade de lançamento do Prêmio Valorização da Biodiversidade Catarinense

15/04/2010 21:51

A Secretaria de Estado de Planejamento e a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) vão lançar o Prêmio Valorização da Biodiversidade Catarinense numa solenidade a ser realizada, juntamente com a Associação Catarinense de Imprensa, na próxima terça-feira (20), às 15hs, na Casa do Jornalista, situada na Rua Victor Meirelles, 55, segundo andar, centro de Florianópolis.

Por meio da Chamada Pública 002/2009, podem se candidatar à premiação jornalistas, alunos de pós-graduação, professores e pesquisadores que tenham publicado artigos científicos ou, no caso dos repórteres, notícias sobre plantas nativas e a conservação da biodiversidade vegetal em Santa Catarina. Os concorrentes deverão ser residentes no estado há pelo menos dois anos.

As publicações científicas e jornalísticas poderão ser inscritas até 14 de maio, em 3 categorias, conforme seus focos. Se agregam conhecimento nas áreas de sistemática, ecologia, etnobotânica, fitodiversidade, preservação e conservação in situ de plantas nativas catarinenses, entram na Categoria Roberto Miguel Klein; se abordarem a recuperação e conservação de matas ciliares, incluindo vegetação protetora de nascentes e demais espécies vegetais com ocorrência associada a recursos hídricos, adequam-se à Categoria Raulino Reitz; se falarem exclusivamente da conservação da biodiversidade urbana e do paisagismo ecológico, devem ser inscritos na Categoria Burle Marx.

Para cada categoria haverá três prêmios, totalizando nove premiados. Os primeiros colocados de cada categoria receberão R$10 mil, além de passagens Florianópolis-Rio de Janeiro (ida e volta) para visitarem o Jardim Botânico do Rio e o Sítio de Roberto Burle Marx. Os trabalhos premiados integrarão uma coletânea impressa. Também haverá certificados para autores de trabalhos cujo mérito seja reconhecido pela comissão avaliadora.

A avaliação dos trabalhos apresentados será feita por consultores ad hoc e coordenada por uma comissão interinstitucional vinculada ao Projeto ACORDE Plantas Nativas, do qual participam Fapesc, Secretaria de Planejamento, da Educação, da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Epagri, Fatma, Udesc, Instituto Consultor Social, Polícia Ambiental e Secretarias de Desenvolvimento Regional.

O projeto abarca estratégias para conservar as diversas formas de vida vegetal no estado, por meio da implantação de uma política pública capaz de promover o resgate, o cultivo, o plantio e a valorização das plantas nativas de Santa Catarina. Entre as ações institucionais já deflagradas se destacam o plantio de mudas em escolas da rédea href=http://www.fapesc.sc.gov.br>www.fapesc.sc.gov.br e no Diário do Oficial do Estado de Santa Catarina, a partir de 1 de novembro. O mesmo site disponibiliza todos os documentos e orientações necessárias. Para saber mais, use o telefone (48) 3215-1210 ou e-mail premiobio@fapesc.sc.gov.br.

A Chamada Pública referente ao prêmio estão em www.fapesc.rct-sc.br/arquivos/30032010cp_02_2010_premio_bio.pdf

Informações adicionais sobre o Projeto ACORDE Plantas Nativas podem ser encontradas em www.fapesc.rct-sc.br/arquivos/30032010projeto_acorde_nativas.pdf.

Fonte: Fapesc

Núcleo de Estudos Açorianos traz palestra sobre emigração açoriana

15/04/2010 21:21

Na quinta-feira (15/04), o Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Secretaria de Cultura e Arte (SecArte) da UFSC trouxe a Florianópolis a professora Maria João Dodman, para a palestra ´Os olhares femininos pela emigração açoriana: literatura e realidades norte-americanas`.

Natural de Ponta Delgada, em Açores, a doutora pela Universidade de Toronto desenvolveu seus estudos sobre a literatura ibérica e atualmente ensina cultura e literatura portuguesas, no Canadá. O encontro teve início às 15h30, no Centro de Cultura e Eventos.

A palestra enfocou a realidade de mulheres açorianas em países norte-americanos, especialmente no Canadá. Maria João ressaltou que a mulher é a responsável por manter as tradições açorianas, através de reuniões e festas. Nesse contexto de emigração, o homem teve dificuldade em integrar-se com os canadenses, e o fato de trabalharem com o mesmo grupo étnico prejudicou a socialização com as pessoas do país estrangeiro.

Perguntada sobre como a ocupação açoriana se manifesta no país norte-americano, a palestrante contou que as práticas da tradição são realizadas no dia-a-dia. “No Canadá, há uma identidade cultural muito peculiar dos açorianos. Eles cultivam couves nos jardins, e não flores”.

O papel da tradição também foi discutido pelos participantes e Maria João concluiu que os avós são fundamentais para o interesse dos descendentes açorianos. É a partir deles que os netos buscam a aproximação com a herança açoriana – experiência estudada e vivenciada pela palestrante, que viveu por muitos anos em Açores. Porém, se os avós foram educados no Canadá, não sentem a necessidade de passar a cultura açoriana para os netos.

Durante toda a conversa com Maria João, houve uma curiosidade dos participantes sobre a existência de semelhanças entre as mulheres açorianas de Florianópolis e do Canadá. A troca de experiências entre a palestrante e o público respondia a pergunta: algumas semelhanças existem, mas fusão de culturas com cada país habitado faz com que as tradições mantidas sejam diferentes.

Mais informações através do telefone de Manoela e Domingos: (48)9968-9055.

Por Claudia Mebs/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Carolina Dantas/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Seminário Carl Einstein exibição de filme precursor do neorrealismo

15/04/2010 19:04

A exibição do filme Toni, do crítico de arte alemão Carl Einstein e do cineasta francês Jean Renoir dá continuidade hoje, às 18 horas, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, à série de seminários “Carl Einstein, pensador da Modernidade”, desenvolvida pela historiadora francesa Liliane Meffre. Ontem o dia foi dedicado à reflexão sobre as artes do espetáculo, com destaque para as colaborações de Einstein, Meyerhold e Léger. Nesta sexta (16), às 10 horas, no auditório da Reitoria, Liliane Meffre profere a esperada conferência final «Carl Einstein (1885-1940), na vanguarda das vanguardas», que terá tradução simultânea do francês.

Encenado por atores não-profissionais e, em alguns casos, deliberadamente não franceses, `Toni` pode ser considerado um filme precursor do cinema neorrealista. É bom notar que o nome de Einstein não figura nos créditos por sua origem judia, mas recentemente Meffre localizou uma correspondência que esclarece ser Einstein não apenas o autor do scénario, como se dizia, mas também da “ambientação artística”, com a qual o filme opera uma sorte de encenação do imaginário de revistas do quilate de Documents e Transition e `Last but not least`. Toni é também a estréia de Luchino Visconti como assistente de direção.

A segunda edição do Ciclo O Pensamento no Século XXI iniciou na segunda, 13, com a professora da Universidade de Bourgogne, doutora em História da Arte-Estética e `Docteur d’Etat` em estudos germânicos. Uma forma atrativa de se aprofundar no mundo do escritor que ela reverencia é a pequena, porém interessante exposição de documentos e edições de Carl Einstein organizada pelo professor Raúl Antelo, crítico, teórico e professor da Pós-Graduação em Literatura da UFSC. Sexta-feira é o último dia para apreciar essa exposição no Hall da Reitoria e no Hall do CCE.

Essas mostras paralelas reúnem imagens raras como a foto de Einstein descoberta recentemente em Gênova, e outra em pose de dândi, tirada em Berlim em 1920, além de facsimiles de carta do escritor a Klee e a outros amigos. Trazem ainda algumas páginas dos jornais anarquistas e da que Einstein estampou na Alemanha, com desenhos de George Grosz e uma cópia do primeiro livro que faz referência a Einstein no Brasil, o livro sobre a arte dos alienados, de Osório César, autor de Onde o proletariado dirige, editado no Instituto Psiquiatrico do Juquery, em 29. São peças importantíssimas para a interpretação do sentido da obra e da vida do autor, como a revista Documents (1929-30), que traz o verbete sobre o Absoluto, artigo inédito do autor. “Esse texto nos permite aventar o que teria sido o verbete sobre Política Absoluta que ele redigiu para a Enciclopédia Soviética, nunca publicada”, completa Antelo.

Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCarte) com apoio da

Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o seminário faz parte das comemorações do aniversário de meio século da UFSC. Lançado no ano passado, o Pensamento no século XXI promove palestras mensais com grandes intelectuais da atualidade, sob a consultoria do professor Antelo. CDe acordo com a secretária Maria de Lourdes Borges, o evento se inscreve na proposta de fazer da UFSC um cenário da discussão internacional contemporânea sobre arte, filosofia e literatura.

Quase desconhecido no Brasil e sem nunca ter obtido um título de doutor, Einstein criticou a arte e o conceito de objeto. Seu trabalho é considerado pioneiro ao apresentar artefatos provenientes da África como obras de arte. Desiludido com os rumos adotados pelo stalinismo, lutou na Coluna Durruti, na Guerra Civil Espanhola, entre 1936-37. Seu idealismo artístico o levou ao suicídio em 1940, num campo de concentração. “A liberdade indispensável em relação a si próprio e à sociedade é o que torna Einstein ainda necessário hoje em dia”, acentua o professor Raul Antelo.

Liliane Meffre, que visita o Brasil pela primeira vez, especializou se nas relações entre arte e antropologia, primitivismo, psicanálise e arte moderna, notadamente, no espaço franco-alemão. Dedicou grande parte de seus trabalhos a Carl Einstein e traduziu várias de suas obras, como Negerplastik. Autora do livro Carl Einstein (1885-1940. Itinéraires d’une pensée moderne), editou vários volumes do autor na França, Alemanha, Bélgica e Espanha e traduziu ao francês obras essenciais, como Negerplastik, o ensaio fundador dos estudos sobre a escultura negra e a arte africana (La sculpture nègre), que notabilizou Einstein.

Mais informações: Raul Antelo, professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC / antelo@iaccess.com.br

Por Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 37218324

raquelwandelli@gmail.com

raquel.loth@reitoria.ufsc.br

www.secarte.ufsc.br

Cinema, Chá & Cultura traz o longa Nunca te amei

15/04/2010 18:49

A próxima sessão do Cinema, Chá & Cultura traz, nesta sexta-feira, 16 de abril, às 19h, o longa Nunca te amei (Mike Figgis, 1994, 97 min). Este não é um título apropriado para traduzir o original, The Browning Version, segunda versão da peça homônima de Terence Rattigan, que já foi levada ao cinema em 1951 (e exibida no Cinema, Chá & Cultura em 2008).

Trata-se, aparentemente, de uma história cotidiana, na qual o protagonista Crocker-Harris (Albert Finney) é um rígido professor de grego e latim, que está se afastando da escola onde leciona. No entanto, peça e filme são uma sofisticada releitura da mais famosa obra de Ésquilo, Agamêmnon, aqui transposta para o século XX em um contexto em que o dramático e o trágico se combinam. O evento é gratuito e aberto ao público.

O comentário às peças e ao filme será feito por Maria Cecília de Miranda N. Coelho, que é mestre em Filosofia (USP) e doutora em Letras Clássicas (USP, com estágio de doutoramento na Brown University), com uma tese sobre Filosofia e Tragédia em Eurípides. Maria Cecília foi professora de Filosofia na UDESC, onde criou o Projeto Filocinema, e na PUC/SP, no Curso Grego Antigo on-line. Atualmente participa do projeto Grego online (UNESP/Ar.) e faz pós-doutorado no Núcleo de Estudos Antigos e Medievais da FALE-FAFICH/UFMG/FAPEMIG, sobre o tema A produção de emoções e os esquemas retóricos no teatro grego antigo e no cinema.

Cinema, Chá & Cultura

Promovido pela Fundação Cultural BADESC e pela Cultura Inglesa de Florianópolis, Cinema, Chá & Cultura é um projeto dedicado à exibição de filmes relativos a obras literárias da tradição anglófona, com a participação dos organizadores e de convidados, alternadamente. Para os organizadores, professores Anelise R. Corseuil (UFSC), Brígida de Miranda (UDESC), Leon de Paula (UDESC) e Maria Cecília de M. N. Coelho (UFMG), os encontros são uma oportunidade de exibir filmes variados e promover a discussão sobre literatura (principalmente a dramática) e cinema. A atividade, gratuita, começa com uma apresentação, durante a qual os participantes poderão se servir de chá, feito ao modo inglês, e oferecido pela Cultura Inglesa de Florianópolis. Em seguida será exibido o filme, legendado, em formato DVD.

Informações:

Professora Anelise Corseuil (CCE/UFSC)- corseuil@cce.ufsc.br

Fundação BADESC: R. Visconde de Ouro Preto, 216 – Florianópolis – 3224-8846, fundacaocultural@badesc.gov.br

Cultura Inglesa: Rua Rafael Bandeira, 335 – Florianópolis – 3224-2696 recepcaofln@culturainglesa-sc.com.br

Serviço:

Filme Nunca te amei (The Browning Version) – Mike Figgis, 1994, 97 min

Dia 16 de abril, 19h

Fundação Cultural Badesc

Evento gratuito e aberto ao público

Curso estimula formação de professores da rede pública para a educação integral

15/04/2010 18:21

Inicia nesta sexta-feira, dia 16, o curso “Cultura e educação na escola de tempo integral: formação de educadores”, voltado a professores das redes municipais de Florianópolis e São José, e também da rede estadual de Santa Catarina. O curso é uma realização da Coordenadoria de Estágios, Departamento de Metodologia de Ensino, ligada ao Centro de Ciências da Educação (CED) da UFSC.

Na programação estão previstas 60 horas/aula, distribuídas em um módulo de Fundamentos da Educação e seis oficinas dos macrocampos do Programa Mais Educação, que integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O Plano é uma estratégia para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular, na perspectiva da educação integral. A coordenação está sob a responsabilidade dos professores Ademir Donizeti Caldeira e Ilana Laterman.

Com oferta de 50 vagas, a formação será nos meses de abril e maio, sempre às sextas-feiras, e atenderá principalmente aos coordenadores do Programa Mais Educação. As aulas serão ministradas na Sala do Corpo e na Sala 611, do CED, e na Sala 1, do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ).

A ementa é composta pelas disciplinas matemática, capoeira e educação do corpo na escola, construção de tambores e danças populares brasileiras, yoga na educação, meio ambiente e horta escolar, letramento e fundamentos da educação, currículo e cultura na perspectiva da educação emancipadora.

Para ver a grade completa das disciplinas acesse www.ced.ufsc.br.

Mara Paiva / Jornalista da Agecom

Vencedores do Prêmio Professor Caspar Erich Stemmer serão conhecidos na segunda

15/04/2010 18:01

A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) anunciará na próxima segunda-feira, dia 19, os ganhadores da primeira edição do Prêmio Professor Caspar Erich Stemmer da Inovação em Santa Catarina. A solenidade de entrega dos troféus e certificados inicia às 19h30, no Centreventos Ministro Renato Archer, situado no 6º andar do prédio do CELTA, ParqTec Alfa, bairro João Paulo, Florianópolis.

A premiação foi instituída pela Lei Catarinense de Inovação, que em seu artigo 28 diz: “o Estado de Santa Catarina, por intermédio da Fapesc, concederá, anualmente, o prêmio Inovação Catarinense”. Sua primeira edição foi lançada em 2009, por meio de uma Chamada Pública que registrou 115 inscrições. Deste total, 104 candidaturas foram homologadas e concorrerão aos R$ 170 mil oferecidos, em cinco categorias, a pessoas, instituições e empresas que se destacaram na geração de processos, bens e serviços inovadores nos anos de 2007, 2008 e 2009.

Homenageado

Vale lembrar que Caspar Erich Stemmer foi secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia e reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, além de ter publicado três livros e exercido muitas funções, acadêmicas ou não. Durante sua gestão na UFSC, entre 1976 a 1980, diversos cursos foram criados, incluindo o primeiro programa de doutoramento da UFSC, em Engenharia Mecânica.

“Em 1998, o professor Stemmer se aposentou da UFSC, embora siga sempre encorajando e estimulando a todos com seus conselhos e palavras de incentivo. Em 1999, o Conselho Universitário outorgou-lhe o merecido título de Professor Emérito desta universidade. Este reconhecimento se juntou a outros tantos que ele recebeu, dentre os quais os graus de Comendador e de Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico”, disse o atual reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata.

Cidadão Honorário de Florianópolis, Caspar Erich Stemmer recebeu a condecoração Anita Garibaldi do Governo do Estado de Santa Catarina, em 2009. No mesmo ano, seu nome foi aprovado pelo Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina para designar o Prêmio, cujos vencedores serão revelados dia 19 de abril.

Fonte: Fapesc

Outras informações pelos telefones (48) 3215-1208 e 8418-1180.

Remanejamento de médicos é solução temporária para o HU

15/04/2010 13:46

Vice-diretor do HU Felipe Felício

Vice-diretor do HU Felipe Felício

O Hospital Universitário da UFSC vai remanejar para o pronto atendimento, a partir de amanhã, sexta-feira, dois médicos que cuidam dos pacientes internados na emergência, com o objetivo de reduzir as filas na entrada do estabelecimento. Hoje, apenas quatro profissionais recebem as mais de 300 pessoas que procuram o HU todos os dias – dois de manhã, um à tarde e um das 16h em diante. O recente fechamento da emergência do Hospital Celso Ramos dobrou o movimento na UFSC, fazendo com que a espera para o atendimento chegue a até oito horas.

De acordo com o vice-diretor do HU, Felipe Felício, a solução definitiva para o problema virá com a posse dos cinco médicos aprovados para a emergência no último concurso, cujos nomes foram publicados no Diário Oficial da União do último dia 12, segunda-feira. Eles devem assumir dentro de 45 dias, ou seja, entre o final de maio e o início de junho.

Como um deles já é do quadro e está trabalhando, quatro novos profissionais devem desafogar o atendimento no setor. Caso um ou mais deles abrir mão da vaga, serão chamados os classificados subsequentes, que são 17. “No entanto, há a possibilidade de reforçar com mais nove, aumentando em 13 o número de novos médicos no Hospital, todos com contrato de 20 horas”, afirmou Felício em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira.

Com isso, será possível disponibilizar três médicos para cada período, reduzindo as filas na porta do hospital. “O pico do movimento ocorre à tarde e na faixa das 18h às 23h”, informa Felício.

O pronto atendimento é responsável por 85% do movimento no hospital, porque outras casas de saúde da região, como o Hospital Florianópolis e o Regional de São José, também operam abaixo de suas capacidades.

Mais informações podem ser obtidas na direção do Hospital Universitário, pelo fone (48) 3271-9163.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Foto: Paulo Noronha

Inscrições para Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica devem ser feitas até 17 de maio

15/04/2010 11:31

Pibic: incentivo aos jovens pesquisadores

Pibic: incentivo aos jovens pesquisadores

Estão abertas na UFSC até o dia 17 de maio as inscrições para professores interessados em bolsas de Iniciação Científica (IC) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). O programa é voltado ao desenvolvimento do pensamento científico e à iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior. Na UFSC é coordenado pelo Departamento de Projetos Pesquisa (DPP), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (PRPE).

As propostas devem ser apresentadas sob a forma de projeto de pesquisa e encaminhadas à PRPE exclusivamente via internet. O formulário de inscrições está disponibilizado on-line. O Edital prevê o máximo de dois bolsistas para cada professor, sejam eles designados a projetos diferentes, ou a um mesmo projeto, mas exercendo funções distintas. Caso dois bolsistas estejam alocados na mesma função, uma das bolsas será cancelada.

O período da bolsa é de 12 meses, de 1º de agosto até 31 de julho de 2011, com valor mensal de R$ 360,00. O docente que foi aprovado no edital 2009/2010 deve apresentar um relatório parcial das atividades desenvolvidas pelos bolsistas, em um formulário específico disponibilizado junto às inscrições. Caso o relatório não seja aprovado, desqualificará a bolsa proposta.

Serão avaliados o perfil do coordenador e a qualidade do projeto. Uma comissão analisará o Currículo Lattes de cada orientador e sua produção científica/acadêmica a partir de janeiro de 2007 até 17 de maio de 2010.

A divulgação das propostas contempladas em 1ª chamada acontece em 7 de julho, com possibilidade de pedido de reavaliação. O resultado final sai no dia 23 de julho, no site www.pibic.ufsc.br. O prazo limite para indicação pelo professor orientador de alunos bolsista é 10 de agosto.

Mais informações: pibic@reitoria.ufsc.br

Por Vinicius Schmidt / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba Mais:

Novo site e e-mail do Pibic na UFSC:

O Programa Pibic na UFSC está configurando uma nova página: http://pibic.ufsc.br/. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão pede a colaboração dos professores orientadores e bolsistas para, em caso de dúvida, continuarem acessando o site anterior (http://www.dep.ufsc.br/pibic) até que tudo esteja normalizado. O e-mail de contato também está migrando de dep@reitoria.ufsc.br para pibic@reitoria.ufsc.br.

Dia Mundial da Voz será lembrado nesta sexta no Centro de Ciências da Saúde

15/04/2010 10:25

O Curso de Fonoaudiologia da UFSC comemora nesta sexta-feira, dia 16, o Dia Mundial da Voz, e os alunos vão realizar diversas atividades, divulgando bons e maus hábitos relacionados ao uso do principal instrumento de comunicação do ser humano. As ações serão realizadas das 11h às 12h e das 17h às 18h, no Centro de Cências da Saúde (CCS).

Segundo a professora Maria Rita Pimenta Rolim, o objetivo é esclarecer à população com relação à saúde e prevenção da voz. Estima-se que 5 a 8% da população tenham alguma dificuldade vocal que possa atrapalhar a comunicação, como voz rouca, esforço e/ou cansaço ao falar.

A ocorrência desses problemas aumenta em profissionais como os professores (a maior população de risco), atores e cantores, além dos operadores de telesserviços, podendo atingir alarmantes índices de 25% em algumas condições de trabalho. Além disso, rouquidão pode ser um sintoma indicativo de câncer e a maioria das pessoas que tem ou tiveram câncer de laringe também apresentam problemas com a voz.

Desde abril de 1999, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, juntamente com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Associação Brasileira de Canto deram início a campanhas que reforçam esse trabalho de prevenção.

Informações com a professora Maria Rita Pimenta Rolim pelo fone (48) 3721-5084.

Marcos Laffin lança seu primeiro livro de poesia em Joinville

15/04/2010 10:14

O professor da UFSC Marcos Laffin lança nesta quinta-feira, 15/04, em Joinville, a obra “Tempo dentro do tempo”, integrado à coleção Ipsis Litteris, da Editora da UFSC. A apresentação acontece a partir de 19h30min, nas Livrarias Curitiba, Shopping Mueller, a partir das 19h30min. Laffin já foi pró-reitor de Ensino de Graduação da UFSC e teve atuação destacada em grupos de fomento à poesia e em projetos vinculados à produção e difusão literária.

Marcos Laffin nasceu em Jaraguá do Sul, morou em Joinville e reside na Capital. Atuou nos projetos culturais Poesia em Trânsito, Pão com Poesia, Poesia na Praça, Autores na Escola e Varal de Poesia. Também escreve em revistas, jornais e periódicos de literatura e participou de antologias, encontros de poetas e congressos de escritores.

Na apresentação do livro, o professor e crítico literário Lauro Junkes ressalta a maturidade do trabalho do autor, aprimorado por incontáveis reescrituras. “Estes poemas de Laffin, embora ainda estivessem retidos pela malha fina da consciência crítica do poeta, seguramente nada mais contêm de experimentalismo iniciatório”, escreve ele.

O crítico reforça sua convicção ao dizer que o próprio título do livro “denuncia a exiguidade sempre insatisfatória do tempo de escritura, do tempo de gestação e maturação do poema, tempo este que pode ser vislumbrado dentro do tempo”. No poema “Negação”, o autor escreve que “o tempo atento / empurra as madrugadas”. Em “Engenhos”, ele diz: “na margem à direita / águas de tempo e de ventos / curvam em dores” e “em outra margem / vaza um tempo amarelo / deitado em águas iguais”.

Lauro Junkes ressalta a vitalidade da linguagem poética em Marcos Laffin. “Embora se apresente a ‘palavra reclusa’, ela não deixa de ser ‘testemunho’, porque a palavra poética, por mais reclusa que seja, por mais disparidades que se interponham nas suas conexões e relacionamentos, por mais que ela se esquive de qualquer apreensão denotativo-racional, essa palavra nunca abdica da sua soberania mágica, do seu metamorfoseante poder transfigurador, da insubmissão a significados definidos ou a roteiros preestabelecidos”.

Serviço:

Lançamento: Tempo dentro do tempo

Marcos Laffin

Editora da UFSC – Coleção Ipsis Litteris

Mais informações com Marcos Laffin pelos fones (48) 3234-1020 e 9911-3355.

Leia mais nas palavras do autor:

Neste livro, o eixo que constitui – e ao mesmo tempo desequilibra espaços, palavras e significados – é o tempo. Segurar o tempo, na busca incerta de apreendê-lo, confrontou-me com diversos temas: a infância, o amor, o abandono, a fome, a guerra, o corpo, o riso, a dor, o amargo, o doce entre outras tantas entranhas que estão no mundo e que eu habitei.

Os poemas resultam de construções mediadas por palavras não domesticadas pelo tempo, por palavras resultantes das experiências humanas, experiências essas que se alteram no tempo e dialogam em movimentos plurais. Nesse entendimento, a leitura do mundo, das experiências humanas, é um trabalho que pode resultar em um leitor historicizado e que dinamiza no ato de ler outras experiências constituídas e constituintes da própria condição humana.

Desta forma, a poesia que emerge do poema, ao mesmo tempo em que se expõe se coloca em cavernas, para que o leitor as escave em descobertas no seu cotidiano.

Ao elaborar um poema considero a condição de percebê-lo como um lugar antes ainda não habitado, um terreno baldio; portanto, a leitura e a construção do poema lhe permitem um atributo essencial e indivisível: de terra fértil e de mistério. Para construir este livro, tempo dentro do tempo, enfrentei vários terrenos baldios, escavei as entranhas de suas possibilidades, e assim fui atribuindo significados àquilo que geralmente permanece encoberto, mas não invisível.

Nesse eterno trabalho de recomeçar, busquei domesticar as coisas que estão no mundo: uma palavra, um verso, e às vezes o poema inteiro, sabendo que um simples vendaval poderia destituir toda essa percepção. Assim fui trabalhando os poemas pela apreensão do momento, negaceando e negociando com o tempo e, com isso o tempo se fez sempre presente.

A condição humana enfrenta e constrói diálogos, há ambiguidades, há cruezas, pluralidades, simplicidades, certezas que assumem jeitos de se refazer. Com isso produzem-se novas possibilidades; com isso engendram-se novos mistérios. O que resulta é local nunca habitado e, depois de desvelado, incorpora e assume sua própria fênix.

Assim, o poema, por sua condição, vai forjando a poesia, que resulta em parte, da dialogia que faz com o leitor. Mesmo assim, há de existir o tempo.

Por Marcos Lafin

Publicações:

Participação em Antologias:

* Antologia SHOW DAS DEZ em Tempo de Poesia Ano II – 1984.

* Antologia POETAS BRASILEIROS DE HOJE – 1986

* Antologia FLORAÇÕES POÉTICAS – 1986

* Antologia UM TOQUE DE POESIA – 1986

* Indicador Catarinense de Escritores – 1993

Sanfonas das Edições Ipê:

* Seis Pedaços de Dois – 1986

* Seis Luas de Solstício – 1989

* Seis Marés de Água Viva – 1991

Livros:

• Estivador – Poesia, 1990. Ed. Ipê.

• De Contador a Professor: a trajetória da docência no ensino superior de contabilidade, 2005 Ed. IU/UFSC.

Leia também:

Análise de Rita de Cássia Alves, poeta escritora do Grupo Zaragata de Joinville:

Dentro do pouso, as asas do poeta!

Ler “tempo dentro do tempo”, de Marcos Laffin, é constatar que o tempo fora do poeta é o descanso das palavras. Laffin interioriza seus guardados poéticos no assento de versos e seus temporais.

Mas o homem sabe da impermanência dos bancos de jardim.

Estes perfilam-se como estrofes de uma solidão na qual o leitor se surpreende. Os poemas dentro do tempo agitam-se. Sem repouso, criador e criatura “carregam um porto nos braços”. Resistem porque o “corpo pássaro é pouso”.

As letras evocam águas, águias e leopardos: Laffin sabe-se interior nessas páginas urbanas. Seus escritos margeiam o cais e nos atropelam. Denunciam terrenos baldios nos quais o homem preenche o menino. A poesia do tempo de Laffin é imprevisível: seu mundo torna-se quando, apesar de. Em seu livro, a força lírica se sobrepõe aos vulcões e à indiferença dos lábios.

As estrofes sustentam as surpresas. Em cada poema, sons e sentidos nos aguçam a querer um porto seguro. Desejamos sentar e nos responder em pura contemplação. A obra de Marcos Laffin traduz o espanto carregado do belo, que nos atemporiza.

UFSC apresenta nesta sexta-feira taça que vai premiar campeão catarinense de futsal

15/04/2010 08:56

Está marcada para esta sexta-feira, 16 de abril, às 16h, a apresentação do troféu Taça UFSC 50 Anos – Futsal, a ser concedido ao clube que levar o título do Campeonato Catarinense de Futebol de Salão da Divisão Especial de 2010. O troféu será entregue à Federação Catarinense de Futsal, organizadora do certame, em cerimônia agendada para o auditório da Sala dos Conselhos da Universidade Federal de Santa Catarina, no prédio da Reitoria.

O evento terá a presença de dirigentes, representantes dos atletas e das comissões técnicas dos clubes que vão participar do Campeonato Catarinense de Futsal, além de membros da direção de arbitragem da federação e da imprensa esportiva. A criação e a oferta do troféu fazem parte das atividades relativas aos 50 anos da UFSC, comemorados em 2010.

Mais informações no Departamento de Cultura e Eventos da UFSC, pelos telefones (48) 3721-8602 e 3721-9569.

Portal disponibiliza materiais de sociologia e filosofia para o ensino médio

15/04/2010 08:48

O portal Práxis

<b><a href="http://www.praxis.ufsc.br">O portal Práxis</a>

Conteúdos de filosofia e sociologia acessíveis para todos. Esse é o objetivo do projeto Práxis, um portal com biblioteca e uma rede social. O site está no ar desde outubro do ano passado e já foram adicionados cerca de mil arquivos entre artigos, livros, fotos e vídeos. A meta é contribuir para a qualidade do ensino médio nas áreas de filosofia e sociologia, oportunizando também maior integração entre professores e alunos.

A biblioteca é atualizada diariamente por um estudante do curso de Sociologia e outro da Filosofia, que são bolsistas do Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) da UFSC. Além do acervo digital, há o físico, e o usuário pode localizar livros no Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia (Lefis).

“Desconheço outros sites com nossa proposta, que adota softwares livres com biblioteca digital especializada em conteúdo de filosofia e sociologia e comunidades. O projeto práxis é um trabalho inédito no Brasil”, comemora Valcionir Correa, um dos integrantes do projeto. Segundo ele, a rede social do Práxis é oportunidade de comunicação entre professores e estudantes. As comunidades são voltadas para a discussão de conteúdos de ensino das duas disciplinas e para debate sobre o processo de ensino-aprendizagem.

Professores podem trocar experiências – como aulas bem-sucedidas –, além de compartilhar planos de ensino e de aula. Em seis meses de funcionamento o site possui nove grupos de discussão. A equipe estimula a divulgação do site através de cursos e oficinas de capacitação, que por enquanto foram oferecidos para professores de duas escolas de Florianópolis, a EEB Simão José Hess e a EEB Maria José Barbosa.

O portal Práxis foi desenvolvido pelos laboratórios Lefis, Lastro e Centro de Geração de Novos Empreendimentos em Software e Serviços (GeNESS). Participam da iniciativa professores e alunos de Ciências Sociais, de Filosofia e do ensino médio, além de bolsistas do Curso de Sistemas de Informação, que fazem parte do GeNESS. A parceria com o GeNESS surgiu porque sua equipe produz software livre e esse é o conceito do site: livre conhecimento, acesso para todos. O trabalho conta com recursos do Ministério da ciência e Tecnologia, por meio do projeto Modelo de Referência de Inclusão Digital na Formação em Filosofia e Sociologia no Ensino Médio.

Saiba Mais:

Filosofia e Sociologia no ensino médio

No período da Ditadura Militar, essas matérias foram extintas dos currículos das escolas, por serem consideradas uma ameaça ao regime. Em 2008, o presidente da República em exercício, José Alencar, sancionou lei que torna obrigatório o ensino de sociologia e filosofia para os estudantes do ensino médio. Em Santa Catarina, estas disciplinas estão presentes na grade curricular desde 1998, por meio da Lei Complementar do Sistema Estadual de Educação.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-7552 ou pelos e-mails praxis@geness.ufsc.br e lefis@sed.sc.gov.br

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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“Retrato de Augustine” estreia nesta quinta no Teatro Álvaro de Carvalho

14/04/2010 18:36

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Premiado pelo Myriam Muniz de 2008, o espetáculo “Retrato de Augustine” estreia em Florianópolis, no dia 15 de abril, às 20h, no Teatro Álvaro de Carvalho. Essa é a primeira montagem do texto das australianas Peta Tait e Matra Robertson, com tradução para o português e direção de Brígida Miranda, professora de interpretação e direção teatral do Centro de Artes da UDESC.

Além dela, os professores do CEART José Ronaldo Faleiro, Fátima de Costa Lima e Vicente Concilio participam da produção, juntamente com diversos graduados e alunos do Centro, incluindo Juliana Riechel no papel da protagonista.

A peça se baseia em documentos e registros verídicos do hospital La Salpêtrière, na França, onde no século XIX o neurologista Jean-Martin Charcot – que teve Sigmund Freud como seu aluno – realizou um intenso estudo sobre a histeria como `uma doenca mental` e fez uso da hipnose para induzir e observar surtos histéricos. Augustine foi uma de suas pacientes, que foi selecionada para participar de palestras e, aos poucos, foi ganhando espaço na vida social de Charcot. A história é contada do ponto de vista dela, jovem internada em 1876, aos 15 anos de idade.

Brígida conheceu a obra em 2002, quando foi convidada por sua orientadora de doutorado – a própria Peta Tait – para assistir a uma leitura dramática de “Mesmerized” (nome original da peça em inglês). “Durante a leitura, enquanto o elenco dava voz aos personagens, fui me sentindo ‘mesmerizada’, fascinada pela história de Augustine”, conta ela. Ao fim da sessão, cumprimentou a autora e expressou sua vontade de traduzir e montar aquele texto. Assim, ela descobriu que essa se tratava da segunda leitura dramática da peça, sendo que a primeira aconteceu anos antes em Sydney com interpretação de Cate Blanchett.

“O que é interessante é ver como a fotografia (que era uma nova tecnologia) passa a ser usada pelo Charcot como recurso da ciência. Não se discutia o aspecto ficcional e subjetivo de uma fotografia. Bem, aí é que está o nó da questão: se as fotos são uma maneira de provar a existência de algo, Charcot começa a promover o uso da fotografia das histéricas para fazer uma catalogação da forma e dos ciclos de um ataque histérico”, explica a professora Brígida Miranda. As poses fotografadas eram nomeadas de acordo com as nomenclaturas do melodrama: dor, medo, terror… “O curioso é que aí você tem o ntrelaçamento entre Teatro e Histeria!”, ressalta a diretora.

Depois de três anos trabalhando em Florianópolis, com o contato de vários artistas que também já reconheciam seu trabalho, Brígida viu a oportunidade de produzir “Retrato de Augustine”. Em 2008 ela traduziu o texto e juntamente com Fabiano Lodi inscreveu o projeto no Edital Myriam Muniz, da FUNARTE, com o qual o espetáculo foi contemplado – em parceria com a Ypslon Produções D´Artecultura. A iniciativa também conta com o apoio da UDESC, do Espaço Cultural Casa das Máquinas e do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC.

Elenco e produção

No elenco e nos bastidores há participação de diversas pessoas do CEART. Atuando, estão os professores José Ronaldo Faleiro, como o Dr. Charcot; Fatima Costa de Lima, que faz a mãe de Augustine e a enfermeira Botard (além de assinar a cenografia do espetáculo); e Vicente Concilio, no papel de um médico assistente de Charcot, personagem construído com base em Freud e Babiski, ambos internos do La Salpêtrière. Augustine é interpretada pela aluna Juliana Riechel, acompanhada de Duda Schappo como outra paciente do hospital e Pedro Coimbra, que é assistente de direção e intepreta um trabalhador do hospital, relizando as cenas de maior violência física. Janaína Martins, professora da UFSC atua e fez a preparação vocal. Os ex-alunos Guilherme Rosário Rotulo, Fernando Marés e Janaína Martins também atuam.

Na produção estão os alunos Luiz Felipe Bianchini e Oto Henrique como produtores executivos, a assistente de produção Paula Cruz, os recém-graduados Fabiano Lodi na direção de produção, e Elaine Sallas como

assistente de produção, a mestranda Morgana Martins que assina o repertório sonoro da peça, com assistência da graduada da Música Renata Swoboda, que assinam o repertório sonoro da peça, e Cláudia Mussi, que é assistente de direção, além de responsável pelo marketing e design gráfico. Na luz estão Daniel Olivetto e Andre Sarturi; a ex-aluna Ana Julia Guiz faz a maquiagem em conjunto com o Rob Oliver e a equipe conta com o apoio de Ivo Godois e Luciano Bueno.

Serviço:

O quê: Espetáculo Retrato de Augustine

Onde: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC): Ensaio aberto no dia 14/4, às 19h (contribuição mínima de R$ 5).

Estreia dia 15/4, às 20h.

16, 17/4, às 20h.

Espaço Casa das Máquinas (Pracinha da Lagoa da Conceição):

23, 24 e 25/4, às 20h.

Teatro da UBRO:

6, 7 e 8/5, às 20h, e 9/5 às 19h.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Outras informações com a professora Janaína Martins (Curso de Artes Cênicas/CCE) pelo e-mail janainatmar@gmail.com.

Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística realiza atividades abertas ao público

14/04/2010 17:45

Informática, literatura e estudos da língua. Quem se interessa pelos assuntos que essas palavras despertam agora pode discuti-los todas as segundas-feiras, a cada quinze dias, na sala Hassis, no prédio B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Membros do Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística (Nupill) coordenam as reuniões, que antes eram frequentadas apenas pelo grupo. O professor Alckmar Luiz dos Santos, coordenador do Núcleo e professor de Literatura Brasileira, pretende que, com a abertura para os interessados em geral, as discussões sejam mais dinâmicas e envolvam diversas pessoas com os textos acadêmicos.

As reuniões começaram em março e a próxima será no dia 26 de abril, com o tema “Edição Eletrônica”. Para embasar os participantes, integrantes do Núcleo selecionam bibliografias sobre o assunto. São eles os responsáveis por iniciar discussões, mas toda a sequência do encontro é uma roda de conversa, em que os presentes devem levantar questões, esclarecer informações e, por que não, apontar soluções para determinados problemas. Para isso, os participantes têm de conhecer o tema a ser discutido. “Não é uma aula, nós não explicamos os assuntos”, alerta o professor Santos.

Os encontros começam às 12h e duram, em média, até às 13h30. Os próximos assuntos abordados serão “Bibliotecas Digitais” (10/05), “Crítica literária Digital” (24/05), “Criação Digital” (7/06) e “Jogos Digitais” (21/07).

Para saber quais as bibliografias são utilizadas em cada discussão, os interessados devem enviar e-mail para nupill@cce.ufsc.br. Outras informações: (48) 3721-6590.

Estudantes da UFSC viajam de bicicleta pelo projeto EcoAustral2010

14/04/2010 16:56

Estudantes do EcoAustral 2010

Estudantes do EcoAustral 2010

Apenas dois meses de preparação para uma viagem intensa de 1.500km pedalando. Os seis participantes do projeto EcoAustral2010 percorreram o trecho entre Ushuaia, na Argentina, e Puerto Montt, no Chile, de bicicleta. O objetivo era promovê-la como veículo de transporte sustentável e ecológico, e também incentivar o ecoturismo.

Contaram com apoio da UFSC através do Núcleo de Educação Ambiental do Centro Tecnológico (CTC), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e da Associação dos Cicloviários da Grande Florianópolis. Como proposta da viagem, os estudantes organizaram uma exposição de fotos que acontece entre os dias 19 e 30 de abril, no espaço cultural da Biblioteca Universitária (BU). Além disso, realizarão palestra no dia 28 de abril, às 18h30, no auditório Elke Hering, também na BU.

Ao todo foram 40 dias de viagem – 10 a mais do que o programado – enfrentando vento, chuva e baixas temperaturas. A ideia surgiu a partir de outra viagem, durante o projeto Travessia Pacífico-Atlântico. No ano passado, eles encontraram um grupo de chilenos cicloviajantes que defendiam o movimento Patagônia sem Represas – contra a criação de hidrelétricas na região -, e que programavam uma viagem em fevereiro começando no Chile e indo até a Argentina. Apesar da vontade de participar, a data não era ideal para os estudantes brasileiros. Por isso, decidiram fazer o caminho inverso, iniciando um mês mais cedo, para encontrar o grupo de chilenos no caminho.

80 km por dia

Maurício, Daniel, Leonardo, Rafael, Renan e Robson iniciaram a viagem no dia 27 de dezembro, saindo de Florianópolis de ônibus com destino a Ushuaia, percurso que durou 3 dias. De lá, reuniram as barracas, ferramentas, comida, bagagem pessoal, e partiram pedalando. Apesar de não serem especializadas, as bicicletas foram adaptadas para a travessia. Elas tinham suspensão, garupa, proteção no pneu e bagageiro. “Saímos daqui achando que as nossas bicicletas eram ótimas, até que começamos a ver a bicicleta dos outros viajantes”, conta Leonardo Sanches.

Os aventureiros pedalavam cerca de oito horas por dia, mantendo a média de 80 km percorridos. Nenhum dos estudantes é ciclista profissional, e para a maioria deles essa era a primeira viagem longa de bicicleta, por isso deveriam lidar também com o despreparo. A cada 30 km paravam para descansar, esperavam que todos se reagrupassem e redistribuíam a carga. Um dos ideais dos estudantes era que fossem privados de certos confortos: deveriam dormir em barracas e cozinhar.

Hospitalidade aos que chegam de bicicleta

Ao longo da viagem foram bem recepcionados, e contam que a hospitalidade da comunidade é maior quando os turistas chegam de bicicleta. Apesar dos habitantes da região estarem acostumados com o clicloturismo, algumas pessoas ficavam surpresas de encontrar brasileiros praticando essa modalidade. Em Villa Manihuales, no Chile, conheceram Jorge, que os ofereceu hospedagem gratuita. Era dono de uma pousada e não cobrava de viajantes de bicicleta. O local possuía 21 quartos, água quente e cozinha. Foi a noite mais confortável.

Paisagens deslumbrantes: fotos acervo dos viajantes

Paisagens deslumbrantes: fotos acervo dos viajantes

Um dos objetivos da viagem era conhecer os Parques Nacionais da Argentina e do Chile e visitar as unidades de preservação. Mauricio Faraon conta que apesar da organização e do cuidado, os parques ainda tem carência quanto a atividades relacionadas à bicicleta e acessibilidade com esse transporte, dando-se mais atenção ao rafting e escalada. Faz parte da cultura desses dois países o contato com a natureza, principalmente através do acampamento em família. Renan Leite salienta que a utilização dos parques com esse princípio valoriza e mantém a qualidade de vida.

Imprevistos

A rotina dependia da previsão do tempo. “A gente já esperava chuva, vento e frio”, explica Renan, “e quando tudo isso juntava, achávamos que não poderia piorar. Até que começou a chuva de granizo.” Mesmo em condições climáticas desfavoráveis, a equipe não parava. “Se fôssemos parar cada vez que chovia, demoraríamos demais”, diz Mauricio. Enfrentaram temperaturas entre 4º e 20º. Por causa do frio, acordavam às 9h, planejavam o trajeto do dia e saiam somente ao meio-dia, quando o sol estava a pino. Pedalavam até o pôr-do-sol, que ocorria em torno de 22h30min. Algumas vezes, devido ao vento e à chuva, optavam por viajar de noite. “A gente teve que entender que a força da natureza é superior à nossa. A natureza é algo a ser respeitado, e devemos lutar pela preservação”, explica Mauricio.

A parte mais difícil para os cicloviajantes foi a Ilha da Terra do Fogo, divisão entre a Argentina e o Chile. O arquipélago Terra do Fogo tem superfície semelhante à Irlanda, e a região é marcada por grande instabilidade tectônica, com relatos de vulcanismo e terremoto. Depois de superado esse desafio, o restante da viagem tornou-se mais tranquila. “Quando saímos da Terra do Fogo, o sentimento era de ser mais forte”, afirma Leonardo.

As ciclovias de Santiago

Após a chegada em Puerto Montt, os estudantes seguiram de ônibus até Santiago para conversar com engenheiros do Ministério dos Transportes sobre o Plano Santiago de Bicicleta, que prevê a construção de 690 km de ciclovias pela capital chilena até 2012. Até fevereiro a cidade já possuia 130 km prontos. Conheceram Hector Olivo, engenheiro e assessor ambiental do governo regional, que explicou a origem do projeto em parceria com a ONG holandesa Interface for Cycling Expertise – ICE. A organização é especializada em consultoria para planejamento de transportes não motorizados, e é responsável pela implantação dos planos em 30 outras cidades espalhadas pelo mundo.

Em Florianópolis, a ICE foi recebida pela ONG catarinense Via-Ciclo, que promove o uso da bicicleta como meio de locomoção, lazer e esporte, e juntas pretendiam incluir a bicicleta e ciclovias no Plano Diretor Participativo da cidade. No último mês de março a Via-ciclo protocolou requisições ao poder público estadual para a instalação de bicicletário com 120 lugares. Atualmente não há vaga de estacionamento público para bicicetas. Outro requisito foi a construção de passagem provisória no canteiro de obras do Elevado da Seta, no Sul da ilha. A medida se fez necessária após a divulgação de que, em 2009, o número de passageiros que usam transporte coletivo diminuiu em 4%, migrando para automóveis e motocicletas e contribuindo para o caos no trânsito da capital.

A equipe chegou a Florianópolis no dia 28 de fevereiro, após viagem de ônibus a partir de Santiago. Apesar de todo esforço físico, não estavam cansados para o início das aulas no dia 1º de março. “Chegamos melhor do que saímos”, conta Leonardo.

O diário de viagem e mais fotos podem ser conferidos no Blog EcoAustral2010 : www.ecoaustral2010.wordpress.com

Mais informações com os participantes:

Mauricio Faraon – maufaraon@gmail.com

Daniel Ferreira – dan_fcf@yahoo.com.br

Leonardo Sanches – etsanches@hotmail.com

Rafael Dal Pont – rafaeldpp@gmail.com

Renan Leite – razios182@gmail.com

Robson Ricardo – robsonkaya@gail.com

Núcleo de Educação Ambiental (NEAMB) – 3721-7746

Por Gabriella Bridi/bolsista de jornalismo da Agecom

Professor mostra a transformação dos Tupamaros no Uruguai

14/04/2010 13:38

O palestrante José Pedro Cabrera Cabral

O palestrante José Pedro Cabrera Cabral

A plateia presente na terceira manhã das Jornadas Bolivarianas, evento que acontece no auditório da Reitoria da UFSC, conheceu em detalhes a gênese, as principais ações e as transformações experimentadas pelo Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros, que surgiu nos anos 60 no Uruguai e hoje tem um ex-comandante – José Mujica – na presidência da República. Organização de guerrilha armada cujo nome homenageia o revolucionário inca Tupac Amaru, o MLN-T se notabilizou pela série de assaltos a bancos e sequestros políticos, gerando uma repressão oficial que recrudesceu após o golpe de estado e durante a ditadura do presidente Juan Maria Bordaberry, a partir de 1973.

O palestrante da manhã desta quarta-feira, dia 14, foi José Pedro Cabrera Cabral, professor da Universidade Federal de Tocantins (UFT), que mostrou as diferentes etapas da trajetória dos Tupamaros, cuja luta em defesa do socialismo ficou conhecida no mundo inteiro. Entre as ações espetaculares protagonizadas pelo grupo estão os sequestros do cônsul brasileiro Aloysio Dias Gomide e do norte-americano Dan Mitrione – este, morto com quatro tipos e abandonado numa rua de Montevidéu.

Depois das perseguições dos anos 70, os presos políticos foram sendo libertados na década seguinte e, aos poucos, se incorporando à vida social, como cidadãos comuns. A antiga ideia de criar um aparelho armado, na clandestinidade, deu lugar a críticas esparsas à nova democracia uruguaia e à criação de uma esquerda progressista que passou a disputar eleições com chances reais de vitória.

Já em 2004, dentro da coalizão da Frente Ampla, dois antigos tupamaros, José Mujica e Nora Castro, se tornaram líderes das duas casas do Congresso, e em 2009 Mujica foi eleito presidente do Uruguai.

Essa nova esquerda, diz o professor Cabrera Cabral, “incorporou o discurso da globalização e passou a negar o passado revolucionário”. A defesa da democracia liberal e a negação dos referenciais marxistas também caracterizaram esse movimento. Por fim, as reivindicações classistas foram abandonadas, e os antigos militantes decidiram propor uma nova utopia – a humanização do capitalismo.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Foto: Paulo Noronha

HU fecha pronto atendimento por falta de médicos

14/04/2010 12:56

A diretora geral do Hospital Universitário da UFSC, Marisa Helena César Coral, enviou documento ao reitor Alvaro Prata para informá-lo da “difícil decisão de restringir os atendimentos do Serviço de Emergência de Adultos do HU/UFSC a casos de Urgência e Emergência referenciados, mantendo fechado o Pronto Atendimento”.

A decisão, segundo Marisa Coral, deve-se à falta de profissionais médicos em todos os turnos de serviço. Atualmente existem dois no horário de 8h às 12h e apenas um no restante das 24 horas”.

Dessa maneira, acrescenta a diretora geral do hospital, com a escala de serviço gravemente comprometida, “não temos como prestar assistência, mantendo a mínima qualidade à grande demanda de pacientes que procuram a nossa emergência. Esperamos minimizar o problema com a admissão de cinco médicos concursados para a emergência de Clínica Médica e três para a Clínica Cirúrgica”, conclui Coral.

Mais informações no HU pelo fone (48) 3721-9136.

Vacinação contra a gripe A termina às 19h no Centro de Convivência

14/04/2010 12:32

A campanha de vacinação contra a influenza H1N1, no Centro de Convivência da UFSC, teve início às 9h e segue até às 19h desta quarta-feira, 14 de abril. A iniciativa da Universidade, em parceria com a prefeitura de Florianópolis, tem o objetivo de imunizar a comunidade universitária na faixa de 20 a 29 anos.

Até às 10h desta quarta-feira, 100 pessoas haviam sido vacinadas. Segundo o coordenador da campanha, Alcides Milton da Silva, 2 mil doses foram disponibilizadas no local e a campanha deverá imunizar em torno de 10 mil pessoas. “Temos vacinas para cobrir toda a comunidade da UFSC. Lembro também que a vacinação continua nos próximos dias no Hospital Universitário (HU) e nos postos de saúde de Florianópolis”, disse Alcides.

Dez enfermeiras do HU trabalham em cinco salas, agilizando o atendimento. Para receber a vacina é necessário apresentar documento de identidade com foto.

Por Felipe Costa / Bolsista na Agecom

Foto:Paulo Roberto Noronha

Exposição fotográfica em Itapema comemora os 260 anos da imigração açoriana em SC

14/04/2010 12:01

A Casa da Paz de Itapema, na Praça da Paz, recebe de 18 a 30 de abril a exposição fotográfica Açores, com trabalhos de Joi Cletison Alves. Composta de 17 imagens ampliadas tamanho 80X100cm, feitas em várias ilhas do arquipélago dos Açores, a exposição mostra arquitetura, festas populares, costumes tradicionais e também as belezas naturais do arquipélago. Na exposição podem ser vistas imagens das ilhas do Pico, São Jorge, Terceira, Graciosa, Faial, São Miguel e Corvo.

A exposição foi montada para comemorar os 260 anos da chegada dos imigrantes açorianos para povoar o sul do Brasil, especificamente o estado de Santa Catarina. “Desta vez estaremos mostrando um pouco do Arquipélago dos Açores para os muitos descendentes de açorianos que residem em SC”, diz Alves, atualmente diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC e que atua como fotógrafo a mais de 25 anos, com dezenas de exposições realizadas no Brasil e no exterior.

A proposta da exposição é percorrer as diversas cidades do litoral do nosso estado que foram povoadas por emigrantes açorianos e ainda mantêm vários costumes e tradições que herdaram dos seus antepassados.

Informações: (47) 3368-0040 e (48) 3721-8605 ou joi@nea.ufsc.br.

Fotografias para divulgação:

www.nea.ufsc.br/fotos_joi_cletison_acores.zip.

Serviço

Local: Casa Açoriana, Praça da Paz – Itapema/SC

Abertura: 18/4/2010, às 16 horas

Período: 18 a 30 de abril de 2010

Promoção: Prefeitura de Itapema e Universidade Federal de Santa Catarina

Apoio Cultural: Governo Autônomo dos Açores e FAPEU

Realização: Núcleo de Estudos Açorianos e Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer

Texto de apresentação da exposição:

“A proposta desta exposição é viajarmos pelo Arquipélago dos Açores através da visão panorâmica e fotográfica de Joi Cletison. Usando o seu afinado e seleto olhar ele nos apresenta aspectos dos Açores e dos Açorianos, desde a paisagem, o cotidiano, a arquitetura, as tradições, a brincadeira com o touro, a religiosidade, o culto ao Divino Espírito Santo, em momentos cristalizados nestas fotografias.

O Arquipélago dos Açores é formado por nove ilhas de formação vulcânica (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Flores, Graciosa e Corvo) e está localizado no atlântico norte a uma distância aproximada de 1.600 km do continente europeu.

Conhecendo um pouco das Ilhas Atlânticas, certamente que nos reconheceremos açorianos no nosso Litoral Catarinense e na nossa Ilha de Santa Catarina”.

Francisco do Vale Pereira

Historiador/NEA/UFSC

Teatro da UFSC recebe o espetáculo “As três irmãs”

14/04/2010 10:29

Retorna ao palco do Teatro da UFSC, neste mês de abril, a apresentação da peça teatral “As três irmãs”, da Traço Cia. de Teatro, de Florianópolis, que acontecerá nos dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de abril, sexta, sábado e domingo, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

O espetáculo discorre sobre o desejo das irmãs Olga, Maria e Irina de retornarem à cidade natal, de onde saíram com o pai, general militar, há onze anos. O espetáculo aborda o clássico texto do dramaturgo russo Anton Tchékhov, escrito em 1900, no qual as personagens são interpretadas a partir da técnica Clown (palhaço), onde o ator vive o magnífico e o cômico procurando uma condição de afetividade, poesia e apresentação das fragilidades. Toda a ação se passa na casa das irmãs, localizada em uma cidade provinciana.

Mais importante que o plano dos acontecimentos, porém, é a ligação que o autor estabelece entre o cotidiano da vida humana e a eternidade. Tchékhov confronta a todo o momento o plano da vida material com o da vida espiritual, a fim de revelar que a existência que não é iluminada pela busca da verdade e da beleza não tem sentido.

Assim, na peça de Tchékhov, o conflito que se estabelece não é entre as personagens, mas entre dois diferentes tipos de vida: o das três irmãs, que buscam a verdade e a beleza e o do restante das personagens, que representam um tipo de viver vulgar e trivial, no qual rege somente o bom senso material.

É através da natureza das irmãs que encontramos um elo com o clown, a linguagem teatral que é a base técnica para o desenvolvimento da montagem. Assim como elas, o clown representa um outro modo de vida, pautado na liberdade e na poesia.

Em “As Três Irmãs”, entretanto, o que se vê não são três clowns em cena, mas três atrizes que buscam o estado de clown: um estado de afetividade, de poesia e de exposição das fragilidades. Neste caminho recorremos às deformações físicas típicas dos bufões que, assim como o nariz vermelho dos clowns, representam a somatização das deformações humanas interiores, das dores da humanidade.

No processo de montagem “Moscou” ganhou o nome de “Winston”, o que foi mantido no espetáculo, pois não são trabalhadas as referências culturais e geográficas da Rússia.

O intuito do grupo nesse trabalho é evidenciar as particularidades de cada irmã, sua maneira própria de ser e de se relacionar com o mundo, promovendo, enfim, o encontro entre estas figuras tão peculiares e as pessoas do público.

Sobre o grupo:

A Traço Cia de Teatro foi criada em agosto de 2001. Está vinculada à Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), instituição que acolhe e apoia o grupo.

Nesse tempo montou “Último Dia Hoje”, um espetáculo de sombras, com dramaturgia de Valmor Betrame e Marianne Consentino, direção de Valmor Beltrame. Concebeu, posteriormente, o espetáculo “Fulaninha e Dona Coisa” (de Noemi Marinho, adaptação André Silveira), direção de Marianne Consentino, que participou de vários eventos entre eles, o X Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, onde recebeu o prêmio da categoria “Atriz de Rua” para Débora de Mattos e o prêmio de melhor trilha sonora para Neno Miranda.

O segundo espetáculo na categoria de rua concebido pelo grupo foi “O Chamado da Nota” (adaptação do Rei da Vela de Oswald de Andrade), direção de Débora de Matos, que trabalha a comédia farsesca através do teatro de rua. Em 2005 concebeu o espetáculo “Mulher de Corpo em Cheiro” (de Toni Edson), direção Greice Miotello e Paula Bittencourt, que participou de vários eventos entre eles o XIII Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, da mostra cultural da Eletrosul e Celesc e do Festival de Teatro de Curitiba/2007.

O Grupo participou dos Projetos de “Dramaturgia”, “Poesia ao Pé da Lua” e “História ao pé da Rua” do SESC Santa Catarina. O grupo realizou também outras performances tais como: Conversa no Chafariz (Karl Vallentin); Auto da Estrela Guia (produzido pela produtora Aprika), todos concebidos na linguagem do Teatro de Rua.

Atualmente está com os espetáculos “As Três Irmãs”, uma livre adaptação da peça “As Três Irmãs”, de Anton Tchékhov, fruto da pesquisa prática desenvolvida pela diretora Marianne Consentino sobre a técnica do clown em seu mestrado realizado na Universidade de São Paulo (USP) e que participou de alguns eventos entre eles: Festival de Teatro de Curitiba de 2007 na Mostra Fringe entre mais de 180 espetáculos

O jornal a Folha de São Paulo indicou 5 espetáculos para serem assistidos e entre eles estava “As Três Irmãs”. Em outubro de 2007 participou do 9º FETEAG – Festival de Teatro Estudantil do Agreste e 6º FESTEP – Festival de Teatro do Estudante de Pernambuco em Caruaru como grupo convidado; E o espetáculo “Fulaninha e Dona Coisa” de Noemi Marinho que participou II Mostra de Teatro de Rua da Grande Florianópolis realizado pelo grupo Teatro em Trâmite aprovado pelo projeto da Funarte e patrocinado pela empresa Petrobrás (Petróleo Brasileiro S/A).

Selecionado para o 22° Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, em 2008, com os espetáculos “Fulaninha e Dona Coisa” e “As Três Irmãs”, que deu os prêmios de Melhor Atriz para Paula Bittencourt, Melhor Direção para Marianne Consentino e Melhor Espetáculo.

Foi convidado para o circuito EmCena Catarina do SESC-SC, com o espetáculo “As Três Irmãs” realizando apresentações em 18 cidades catarinenses. Outras oito cidades catarinenses receberam o espetáculo “As Três Irmãs”, através do projeto Circulando CEART/UDESC, que contou também com a apresentação da peça “Fulaninha e Dona Coisa”.

No ano de 2009, o grupo foi convidado para apresentar seus dois espetáculos no Janela Indiscreta – Plataforma internacional de criação universitária – Festival de Performance e Artes da Terra – Escrita na Paisagem, em Évora, Portugal. Além disso, foi selecionado para 14º Festival de Teatro da Federação Catarinense de Teatro (FECATE), para o Festcal – Festival Nacional de Campo Limpo/SP, e para o XXXIII Festival Nacional de Pindamonhangaba/SP, no qual recebeu os prêmios de Melhor Pesquisa, Prêmio Especial do Júri, para os músicos, e as indicações de melhor atriz para Débora de Matos e Paula Bittencourt e melhor direção para Marianne Consentino; foi convidado para a II Mostra Sesc de Teatro de Pelotas e para a 8ª edição do Goiânia em Cena – Festival internacional de Artes Cênicas .

Ficha Técnica:

Adaptação e Direção: Marianne Consentino

Elenco: Débora de Matos, Greice Miotello e Paula Bittencourt

Músicos: Cassiano Vedana, Gabriel Junqueira Cabral e Ive Luna

Concepção Musical: Cassiano Vedana, Gabriel Junqueira Cabral, Mariella

Murgia e Neno Miranda

Figurino e Cenografia: o grupo

Iluminação: Ivo Godois

Operador de Iluminação: Egon Seidler

Produção: Harmônica Arte e Entretenimento

Orientação de Pesquisa: professres Armando Sérgio da Silva e Valmor Nini Beltrame

SERVIÇO:

O QUÊ: Peça teatral “As Três Irmãs”

QUANDO: Dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de abril de 2010, sexta, sábado e domingo, às 20 horas.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont,

Trindade, Florianópolis-SC.

QUANTO: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia), com 20% de desconto para

assinantes do Diário Catarinense (DC).

CONTATO: Para mais informações: (48) 8836-1394 ou (48) 7811-5760, ou

www.tracoteatro.blogspot.com.

Fonte: Sendy Cristina da Luz, Acadêmica de Jornalismo – Departamento Artístico Cultural – DAC: SECARTE: UFSC, com material institucional e fornecido pelo grupo.

Dia Mundial da Voz será lembrado nesta sexta no Centro de Ciências da Saúde

14/04/2010 10:06

O Curso de Fonoaudiologia da UFSC comemora nesta sexta-feira, dia 16, o Dia Mundial da Voz, e os alunos vão realizar diversas atividades, divulgando bons e maus hábitos relacionados ao uso do principal instrumento de comunicação do ser humano. As ações vão ocorrer das 11h às 12h e das 17h às 18h, no Centro de Cências da Saúde (CCS).

Segundo a professora Maria Rita Pimenta Rolim, o objetivo é esclarecer à população com relação à saúde e prevenção da voz. Estima-se que 5 a 8% da população tenham alguma dificuldade vocal que possa atrapalhar a comunicação, como voz rouca, esforço e/ou cansaço ao falar.

A ocorrência desses problemas aumenta em profissionais como os professores (a maior população de risco), atores e cantores, além dos operadores de telesserviços, podendo atingir alarmantes índices de 25% em algumas condições de trabalho. Além disso, rouquidão pode ser um sintoma indicativo de câncer e a maioria das pessoas que tem ou tiveram câncer de laringe também apresentam problemas com a voz.

Desde abril de 1999, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, juntamente com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Associação Brasileira de Canto deram início a campanhas que reforçam esse trabalho de prevenção.

Informações com a professora Maria Rita Pimenta Rolim pelo fone (48) 3721-5084.

Câmara Municipal de Florianópolis homenageia os 50 anos da UFSC

13/04/2010 17:02

Fotos Édio Hélio Ramos - Câmara dos Vereadores

Fotos Édio Hélio Ramos - Câmara dos Vereadores

Por proposição dos vereadores João Aurélio Valente Júnior e Janete Teixeira o aniversário de 50 anos da UFSC foi homenageado na sessão da Câmara Municipal de Florianópolis do dia 12 de abril. Presentes à cerimônia o reitor Alvaro Prata, diversos membros da Administração Central e diretores de Centros de Ensino.

A Câmara entregou ao reitor e aos representantes de cursos também cinquentenários da instituição (Direito, Filosofia, Ciências Econômicas, Farmácia, Odontologia, Medicina e Serviço Social) placas alusivas aos méritos e em reconhecimento à importância da Universidade para a história do Estado de Santa Catarina.

O presidente da Câmara, Gean Marques Loureiro, disse que a Câmara não poderia se furtar a esta homenagem. Destacou a importância da política do Governo Federal e da Universidade em expandir o ensino superior para outros pontos do Estado. Declarou ainda o interesse daquela casa em manter parceria pelos próximos 50 anos e afirmou o compromisso de apoiar todas as iniciativas da Universidade.

A vereadora Janete Teixeira definiu a universidade e seus profissionais como semeadores da cultura e mensageiros do saber. E Valente enfatizou a consolidação da universidade como uma das melhores do país em apenas cinco décadas de existência.

Janete Teixeira  e Alvaro Prata

Janete Teixeira e Alvaro Prata

Alvaro Prata agradeceu a gentileza dos vereadores em propor a homenagem. Destacou a grande alegria que sentia e enalteceu o bem que a universidade oferece à sociedade: a educação. Definiu a importância da educação por libertar e construir o ser, permitir sermos nós mesmos, pensarmos. E, com esta base, buscar nossos próprios valores, e com eles moldar a nossa personalidade, o nosso caráter e a nossa profissão.

A sessão contou com a presença de Rodolfo Pinto da Luz, ex-reitor da UFSC, secretário Municipal da Educação e representante do prefeito Dário Berger, e Silvestre Herdt, secretário Estadual de Educação, além dos membros da casa.

Saiba mais sobre as comemorações dos 50 anos da UFSC www.50anos.ufsc.br.

Por Mara Paiva/jornalista da Agecom

Palestra na UFSC discute os olhares femininos pela emigração açoriana

13/04/2010 16:52

Maria João Dodman

Maria João Dodman

Os olhares femininos pela emigração açoriana: literatura e realidades norte-americanas é o tema da palestra que a professora Maria João Dodman profere nesta quinta, 15 de abril, às 15h30min, na Sala Pitangueira, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Natural de Ponta Delgada, Açores, Maria Dodman vive no Canadá desde 1989. Obteve licenciatura em espanhol e francês e mestrado em

literatura ibérica pela Universidade de Western Ontário, com uma tese sobre Gil Vicente. Doutora pela Universidade de Toronto com uma dissertação sobre A beleza e a monstruosidade na literatura Ibérica Renascentista, é professora na York University, em Toronto, onde leciona cultura e literatura portuguesas.

A palestra é promovida pelo Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da

Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

INFORMAÇÕES:

Joi Cletison

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 37218324

raquelwandelli@gmail.com

Seminário Carl Einstein com Liliane Meffre segue durante a semana

13/04/2010 16:27

A professora Liliane Meffre, da Universidade de Bourgogne, doutora em História da Arte-Estética e em Estudos Germânicos, coordena o Seminário “Carl Einstein, pensador da Modernidade”,integrando o ciclo O Pensamento no Século XXI. O evento iniciou segunda e inclui mais três palestras em francês e tradução sucessiva no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), no dia 14, na sala Drummond, no prédio B do CCE e no dia 15, novamente no auditório do CCE, sempre às 18 horas. Nos dois últimos dias haverá debate em torno da projeção do filme Toni, de Einstein e Jean Renoir, que será exibido sem legendas.

Como protagonista da segunda edição do ciclo O Pensamento no Século XXI deste ano, Liliane Meffre reverencia a obra de um dos mais criativos e irreverentes críticos de arte do século passado, o escritor alemão Carl Einstein. No dia 16 de abril, às 10h, no auditório da Reitoria, a pensadora francesa profere a esperada palestra «Carl Einstein (1885-1940), na vanguarda das vanguardas», com tradução simultânea do francês.

Uma forma atrativa de se aprofundar no mundo do escritor é a pequena, porém interessante exposição de documentos e edições de Carl Einstein que o professor Raúl Antelo, crítico, teórico e professor da Pós-Graduação em Literatura da UFSC, organizou no hall da Reitoria e no hall do CCE. Nessas mostras paralelas que permanecem até sexta (16), destacam-se imagens raras como a foto de Einstein descoberta recentemente em Gênova, e outra em pose de dândi, tirada em Berlim em 1920, facsimiles de carta do escritor a Klee e a outros amigos. Trazem algumas páginas dos jornais anarquistas e dadá ( do movimento Dadá ou Dadaísmo) que Einstein estampou na Alemanha, com desenhos de George Grosz e uma cópia do primeiro livro que faz referência a Einstein no Brasil, o livro sobre a arte dos alienados, de Osório César, autor de Onde o proletariado dirige, editado no Instituto Psiquiatrico do Juquery, em 29. São peças importantíssimas para a interpretação do sentido da obra e da vida do autor, como a revista Documents (1929-30), que traz o verbete sobre o Absoluto, artigo inédito do autor. “Esse texto nos permite aventar o que teria sido o verbete sobre Política Absoluta que ele redigiu para a Enciclopédia Soviética, nunca publicada”, completa Antelo.

Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCarte) com apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o seminário faz parte das comemorações do aniversário de meio século da UFSC. Lançado no ano passado, o Pensamento no século XXI promove palestras mensais com grandes intelectuais da atualidade. O evento se inscreve na proposta de fazer da UFSC um cenário da discussão internacional contemporânea sobre arte, filosofia e literatura, conforme a secretária Maria de Lourdes Borges.

Liliane Meffre, que visita o Brasil pela primeira vez, especializou-se nas relações entre arte e antropologia, primitivismo, psicanálise e arte moderna, notadamente, no espaço franco-alemão. Dedicou grande parte de seus trabalhos a Carl Einstein e traduziu várias de suas obras, como Negerplastik. Autora do livro Carl Einstein 1885-1940 — Itinéraires d’une pensée moderne, editou vários volumes do autor na França, Alemanha, Bélgica e Espanha e traduziu ao francês obras essenciais, como Negerplastik, o ensaio fundador dos estudos sobre a escultura negra e a arte africana (La sculpture nègre), que notabilizou Einstein.

Quase desconhecido no Brasil e sem nunca ter obtido um título de doutor, Einstein (1885-1940) criticou a arte e o conceito de objeto. Seu trabalho é considerado pioneiro ao apresentar artefatos provenientes da África como obras de arte. Desiludido com os rumos adotados pelo stalinismo, lutou na Coluna Durruti, na Guerra Civil Espanhola, entre 1936-37. Seu idealismo artístico o levou ao suicídio em 1940, num campo de concentração. “A liberdade indispensável em relação a si próprio e à sociedade é o que torna Einstein ainda necessário hoje em dia”, acentua o professor Raul Antelo.

Mais informações: Raul Antelo, professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da UFSC / antelo@iaccess.com.br

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 37218324

raquelwandelli@gmail.com

www.secarte.ufsc.br