Fernando Haddad anuncia que Enem só deverá ter uma edição este ano

11/03/2010 17:09

O ministro Fernando Haddad, da Educação, anunciou na manhã desta quarta-feira, 10, em São Paulo, que o Ministério da Educação, ao contrário do que pretendia, só fará uma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010. A data está sendo discutida nesta quarta-feira entre os reitores dos institutos e das universidades federais com a direção do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), e provavelmente será marcada para final de outubro, em razão do pleito eleitoral que se realiza durante aquele mês.

A negociação com os órgãos de controle federais – Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) – foi determinante na decisão do ministro Haddad. Ele está convencido de que, para a realização de exame nas dimensões do Enem, com mais de 4 milhões de inscritos, em todo o território nacional, e com um nível de sigilo bastante exigente, o modelo adequado é a contratação direta. Os órgãos de controle, por sua vez, manifestaram-se preliminarmente corroborando a orientação do MEC.

Por outro lado, dependendo do interesse dos institutos e universidades federais, as vagas de meio de ano poderão ser selecionadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com base no Enem do ano passado. Isso quer dizer que os estudantes que não conseguiram vagas no atual processo de seleção, ainda em curso, terão outra chance em maio ou junho.

Fonte: Luciana Yonekawa – MEC – 10 de março de 2010 – 15:29

Pesquisador James Green ministra aula inaugural na UFSC dia 15 de março

11/03/2010 15:42

Convidado pelos Programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e História da Universidade Federal de Santa Catarina, o professor James Naylor Green ministrará duas palestras para a comunidade universitária na próxima segunda-feira, dia 15 de março.

Professor de História Latino-Americana na Brown University (Providence/Rhode Island, Estados Unidos) é autor de diversas obras sobre o Brasil, especialmente no período da ditadura militar.

Sua primeira palestra intitulada “Quem é o Machão que quer me matar?” abordará narrativas sobre supostos processos de justiçamento revolucionário contra homossexuais em organizações da guerrilha brasileira nos anos 1960 e 1970.

Sua segunda palestra será sobre temas do seu livro “Apesar de vocês: a oposição à ditadura militar nos EUA – 1964-85”, que trata dos movimentos de oposição à ditadura militar brasileira nos Estados Unidos, que tiveram sede principalmente na capital norte-americana, Washington DC.

James Green é doutor em História da América Latina pela Universidade da Califórnia. Realizou diversas viagens por países latino-americanos e morou no Brasil entre 1976 e 1982. Nesse período, colaborou para o surgimento do movimento de defesa dos direitos homossexuais, e foi um dos fundadores do grupo Somos.

De 2005 a 2008, dirigiu o Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Brown University. Foi ainda presidente da Associação de Estudos Brasileiros, que reúne pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil. Atualmente, preside o New England Council on Latin American Studies (Neclas).

É especialista em estudos da homocultura brasileira, tendo escrito vários artigos e livros. O mais conhecido – Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX – recebeu três prêmios: o Hubert Herring do Conselho de Estudos Latino-Americano na Costa do Pacífico (1999), de Literatura Lambda da Fundação Paul Monette-Roger Horwitz (2000) e o Prêmio Literário de Cidadania em Respeito à Diversidade em São Paulo (2001).

Programa:

15/3 – 14h

Aula Inaugural – Auditório do CFH

15/3 – 17h

Apresentação “Apesar de Vocês” e Lançamento de Livros: Auditório e Hall do CFH

16/3 – 14h

Conversa com Pesquisadores:

Informações: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH)

Fone: (48) 3721-9405

E-mail: dich@cfh.ufsc.br

Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)

Fone: (48) 3721-9359

E-mail: pghst@cfh.ufsc.br

Imprensa:

Professora Cristina Scheibe Wolff (coordenadora PPGH) –

cristiwolff@gmail.com – (48) 8405-1706

Terminam nesta sexta as inscrições para os cursos do Núcleo de Estudos da Terceira Idade

11/03/2010 15:31

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC está com inscrições abertas para cursos direcionados a pessoas com mais de 50 anos. Os interessados devem procurar o NETI até a próxima sexta-feira, 12 de março. São, em média, 25 vagas. A secretaria do Núcleo está funcionando no Laboratório de Informática da UFSC (LabUFSC), localizado no prédio da Biblioteca Universitária.

Há vagas no Grupo de Encontro; curso de esperanto; curso de empreendedorismo; Leitura e escrita para pessoas idosas e adultas (desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação, para atender a uma grande parcela da população de adultos e idosos que não tiveram oportunidades de acesso à escola.). Há ainda vagas para o curso de contadores de história e para o Monitores da Ação Gerontológica.

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade é um órgão vinculado ao Departamento de Projetos de Extensão da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC. O Núcleo coloca o conhecimento da gerontologia à disposição da comunidade, desenvolvendo estudos e pesquisas, inserindo e promovendo as pessoas idosas no meio acadêmico.

Mais informações: (48) 3721-9445

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

UFSC vai disputar o Frisian Solar Challenge 2010

11/03/2010 13:00

Barco Solar Vento Sul - fotos: acervo da equipe

Barco Solar Vento Sul - fotos: acervo da equipe

Um projeto ousado repercutindo na mídia nacional e internacional. Trata-se da construção de barcos movidos exclusivamente por motores à base de energia solar, produzidos pelo Laboratório de Energia Solar (Labsolar). Apesar de estar vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, há integrantes de outros cursos, como graduandos da Engenharia de Produção e de Engenharia Civil.

Um grupo de alunos de diversos cursos da universidade se reuniu para desenvolver uma embarcação para competir no Primeiro Desafio Solar Brasil 2009, um rali de barcos movidos a energia solar que foram especificamente projetados para esse evento. A competição, organizada pelo Polo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), visava estimular o desenvolvimento de fontes limpas de energia alternativas. Foram oito etapas de prova em 200 quilômetros de percurso total em oito dias. A orientação e coordenação foi do professor do departamento de Engenharia Mecânica Orestes Estevan Alarcon.

O modelo do barco desenvolvido é do tipo catamarã, composto por dois cascos de fibra de vidro unidos por uma estrutura tubular de aço inox com travessas de fibra de carbono. Foram quatro meses projetando a embarcação, que tem velocidade máxima de 20 km/h, como a de um barco de passeio. Com 6m de comprimento por 2,40m de largura, o veículo é movido a energia elétrica proveniente dos módulos solares, que são placas fotovoltaicas que convertem energia solar em energia elétrica. O nome da embarcação não poderia ser mais sugestivo: Vento Sul.

Os conhecimentos exigidos para operar uma embarcação dessas envolvem noções náuticas avançadas. Esse foi um complicador, já que não existe graduação em Engenharia Naval na UFSC. Mas por meio da telemetria – uma técnica de obtenção, processamento e transmissão de dados à distância –, a tripulação era informada sobre o instante exato de acelerar e reduzir. “Vento Sul” completou o circuito no tempo de 22 horas, 31 minutos e 49 segundos, quarenta minutos à frente do segundo colocado.

Agora, graças à vitória no Desafio Solar Brasil, a UFSC vai disputar o Frisian Solar Challenge 2010, o campeonato mundial de barcos movidos à luz solar, que será realizado na Holanda.

Apesar da visibilidade na imprensa nacional e internacional, o maior problema enfrentado pelos estudantes é a falta de patrocínio. O retorno a qualquer empresa é a vinculação da marca a um projeto que evoca sustentabilidade e desenvolvimento de tecnologia. Para a competição na Europa, um novo barco está sendo projetado. Será um monocasco, fabricado em fibra de carbono, com os equipamentos elétricos e eletrônicos mais eficientes do mercado. A Eletrosul já é uma das patrocinadoras.

Embora o Brasil esteja em posição privilegiada no cenário de produção de energia elétrica, ainda continua muito dependente dos combustíveis fósseis, sobretudo no setor de transportes. Para estimular alternativas não poluentes, o projeto “Vento Sul” mostra a viabilidade de tecnologias disponíveis no mercado que causam pouco impacto ambiental. O barco solar, por exemplo, é uma das opções contra veículos movidos a óleo diesel, que poluem as águas e danificam o ecossistema.

O Laboratório desenvolve projetos que estimulam a utilização de energia solar nas mais diversas áreas de atuação. Além do barco, outros projetos são: o carro elétrico, que substitui as tobatas poluentes como transporte interno da universidade e a motoelétrica, alimentada por baterias carregadas por energia solar. Tendo como premissa a produção de energia com menores danos ao meio ambiente.

Mais informações: (48) 3721-9379, ramal 220

Por Pedro Santos/ bolsista de jornalismo na Agecom

José da Franca ministra palestra sobre as oportunidades e desafios na indústria de IPs analógicos

11/03/2010 12:21

A Chipus Microeletrônica, em parceria com a ACATE e o MIDI Tecnológico, recebe o professor Jose Epifânio da Franca para uma

apresentação sobre as oportunidades e desafios na indústria de IPs

analógicos.

Franca fala sobre “Mixing signals to stay in tune: opportunities and challenges of the Analog IP Industry”, na terça, dia 16 de março, às 9h, no auditório do Atiço – CII.

Inscrições gratuitas (vagas limitadas):

www.chipusfranca.tangu.com.br ou www.chipus-ip.com.

Saiba mais sobre o professor Franca

Franca é um dos mais influentes nomes na indústria de microeletrônica. Um dos fundadores da CHIPIDEA, considerada uma das 500 empresas européias com os melhores indicadores de desenvolvimento e geração de trabalho. Atualmente ocontribui como Professor Convidado do Instituto Superior Técnico (IST), Universidade do Porto, ambos em Portugal e Chinese University of Hong Kong, onde é Fellow do IEEE.

A Chipus Microeeletrônica

Chipus Microeletrônica é uma design house brasileira com foco em power

management e soluções analógicas front-end. Sendo uma start-up na área de IPs analógicos, a chipus é membro do CI-Brasil, um programa estratégico para impulsionar a indústria microeletrônica nacional.

Endereço da Palestra: ACATE – Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia, Auditório do Ático – CII, à rua Lauro Linhares, 589, Trindade.

Especialista da Petrobras ministra aula inaugural para o curso de Geologia da UFSC

11/03/2010 10:58

O geólogo Edison José Milani, do Centro de Pesquisas da Petrobras – Cenpes, ministra amanhã, dia 12, às 14 horas, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH, a Aula Inaugural do curso de Geologia da UFSC. Milani vai falar sobre a “Exploração petrolífera no Brasil: histórico e perspectivas”.

Edison Milani é o atual gerente do grupo de Geologia Estrutural e Geotectônica no Cenpes, no Rio de Janeiro, e um dos responsáveis pelos estudos que levaram à descoberta e caracterização das reservas petrolíferas da margem continental do Brasil, inclusive as do Pré-Sal. Sua experiência no estudo das principais bacias sedimentares do Brasil e de toda a América do Sul o torna um dos principais pesquisadores brasileiros sobre o tema.

Milani possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977), mestrado em Geologia Estrutural pela Universidade Federal de Ouro Preto (1985) e doutorado em Geociências – área de concentração Estratigrafia – pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997).

Trabalha como geólogo para a Petrobras desde 1978 e tem experiência na área de exploração petrolífera e em Análise de Bacias. Atua principalmente nos seguintes temas: Bacia do Paraná, tectônica e sedimentação, geologia regional, estratigrafia e bacias sedimentares da América do Sul.

Maiores informações com os professores Edison Tomazolli – edison@cfh.ufsc.br, fone 3721-9664 e Luiz Fernando Scheibe – scheibe2@gmail.com , fone 372-8813.

VESTIBULAR 2010: UFSC divulga quarta chamada para Engenharia de Materiais

11/03/2010 09:20

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Santa Catarina, divulgou o Edital Nº 9 / GD / DAE / 2010 e convoca os candidatos abaixo relacionados, habilitados no Concurso Vestibular / 2010 , para realizarem matrícula no período de 15 e 16/03/2010. O local da matrícula será no Campus correspondente a classificação do aluno.

Segundo semestre

10202983 ALISSON SOUZA DE JESUS 0525929-0 5597785/SC 21

10202977 MAURÍCIO GORAIEBE POLLACHINI 0509496-8 3929353/SC 66

10202978 JUNIOR BONETTI ZANINI 0532409-2 49990713/SC 67

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6553, 3721-9331, 3721-9391 e 3721-6554.

UFSC recebe visita de delegação da King Faisal University

10/03/2010 19:07

Sauditas: preferências por países do Sul

Sauditas: preferências por países do Sul

A UFSC recebeu na terça, 09/03, a visita da delegação da King Faisal University (KFU), da Arábia Saudita. Composta por quatro diretores de áreas distintas, a delegação busca parceiros para o desenvolvimento de projetos. Antes da UFSC, os professores estiveram na Unicamp e pretendem ainda visitar a UFRGS e a USP. Os sauditas foram ciceroneados por membros da Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter).

O chefe da delegação, professor Marzook Mohammed Al-Eknah salientou que a Arábia Saudita sempre manteve contato com países do Hemisfério Norte, mas agora tem como prioridade os países do Sul. Disse que o Brasil é a “bola da vez” por tudo o que ele representa na região e no mundo. A escolha de algumas universidades brasileiras, entre as quais a UFSC, foi devida ao destaque na qualidade dos profissionais formados e no impacto na produção científica e no desenvolvimento das regiões de abrangência.

Em visita ao Centro de Ciências Biológicas (CCB), o professor Marzook elogiou os laboratórios, demonstrando interesse na troca de publicações, trabalhos de cooperação nas áreas como endocrinologia, reações não genômicas e proteômica.

Um aluno de pós-graduação de Farmácia da Republica de Ghana explicou o papel da UFSC na formação de estudantes africanos. A delegação conheceu também a Farmácia Escola.

No CTC os sauditas foram informados dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento voltados para as indústrias regional e nacional e o potencial de cooperação em áreas estratégicas como a do petróleo e gás e a das nanopartículas. A delegação apresentou proposta de contrato de parceria entre grupos e projetos específicos. Através da proposta, o chefe da delegação coordenaria as relações por parte da KFU e o professor Sebastião Soares, vice-diretor do CTC, ficaria responsável pelas ações entre os professores do Centro.

A delegação visitou também a Fundação Certi, a fim de conhecer de perto exemplos de cooperação entre universidade e setor produtivo, como projetos que desenvolvem componentes para a TV Digital e dessanilizam a água em comunidades do interior nordestino. A KFU e a Certi encaminharam detalhes a fim de firmar parcerias.

Os professores sauditas foram recebidos ainda pela pró-reitora de Pesquisa e Extensão, Débora Perez Menezes. “Acredito que tudo o que puderam conhecer hoje é uma pequena mostra do esforço feito pela UFSC para formar bons profissionais que projetam a Universidade no cenário nacional e internacional”. A delegação afirmou que a KFU deverá preparar documento que será trazido ao país pelo ministro da Educação da Arábia Saudita, a fim de oficializar junto ao MEC um acordo de cooperação.

Fonte: professor Enio Pedrotti, da Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter)

Quatro professores do Centro de Ciências da Educação fazem cooperação no Timor-Leste

10/03/2010 18:42

Os programas de pós-graduação em Educação e Educação Científica e Tecnológica do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (CED/UFSC) foram indicados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para desempenhar as atividades relacionadas à coordenação pedagógica do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa (PQLP) no Timor-Leste, em Dili, capital do Timor-Leste (Ásia), desde 2009.

Seguiram numa terceira missão no último dia 5 de março, os professores Lenita Bortolotto, Vânia Beatriz Monteiro da Silva (PPGE) e Irlan von Linsingen e Sylvia Maestrelli (PPGECT). Suas atividades ocorrerão junto aos professores brasileiros que atuam na formação dos professores timorenses no âmbito do PQLP, bem como na Universidade Nacional Timor Lorosa`e, tendo em vista a realização de um Mestrado Interinstitucional em Educação e Educação Científica e Tecnológica, entre a UFSC e aquela instituição timorense.

Mais informações com o professor Mauro pelo e-mail mauro@ced.ufsc.br.

Pontão de Cultura da UFSC promove oficina em Criciúma

10/03/2010 18:23

No próximo sábado, dia 13 de março, a equipe do Pontão de Cultura da UFSC estará realizando em Criciúma sua primeira oficina de trocas com professores, oficineiros, monitores, administradores, coordenadores, etc., dos Pontos de Cultura e demais instituições que trabalham com cultura e sociedade na região (Ações Griô, Casas Brasil, Ong’s, grupos de economia solidária, entre outras).

As oficinas a serem trabalhadas são: Mídia e Cultura, Software Livre, e Apropriação Tecnológica, além de uma conversa sobre Cultura, Gestão e Economia Solidária. O encontro será na sede do Multiplicando Talentos, situado à Avenida Centenário (prédio da Admol), 3° andar, Centro.

São 60 vagas disponíveis. As inscrições são gratuitas e serão realizadas no dia das oficinas e antes do início das mesmas. Cada instituição deverá se organizar para ter participantes em todas as oficinas.

No intervalo das oficinas terá uma parada para o café, ficando o almoço por conta de cada participante. Haverá apresentações dos grupos culturais das entidades participantes durante os horários de confraternização.

O Projeto

A Universidade Federal de Santa Catarina tem trabalhado com conceitos e estratégias de ensino e aprendizagem que buscam organizar suas atividades de ensino, pesquisa e extensão orientadas para a inovação social, a valorização do trabalho vivo e o exercício da solidariedade.

A implantação do ponto é uma possibilidade viva e rica: a discussão horizontal dentro da universidade para organização e gestão do acesso e uso de meios de produção cultural. O diálogo cooperativo dentro da universidade pode ir além da racionalidade da gestão burocrática. Nele pessoas e grupos interessados discutem eticamente e se organizam para produzir e disseminar cultura, valorizando as singularidades e os agenciamentos coletivos.

Busca-se a articulação autônoma de interessados em produção cultural, conectada a rede de mais de 800 pontos de cultura pelo país e na Internet. É uma oportunidade de pensar nas relações entre processos de produção e comunicação, no trabalho imaterial e na produção colaborativa, visando promoção de diversidade cultural e de inclusão social dentro da perspectiva de inserção nas redes de economia solidária.

Entendemos que a possibilidade de se expressar e produzir cultura são tanto uma via de construção de cidadania, quanto de geração de renda.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-6714, e-mail pontaoufsc@hotmail.com ou endereço www.pontao.ufsc.br.

Projeto Encuentros 18:30 debate estudos latinoamericanos

10/03/2010 17:31

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) começa nesta terça, 16/3, o Projeto Encuentros 18:30. O evento irá debater temas concernentes à América Latina. As discussões do início têm como foco o pensamento econômico clássico, e trazem Andrea Vicentini, Pedro de Alcântara Figueira e Fani Figueira, editores da Segesta.

A editora curitibana publica, há dez anos, traduções de obras pouco conhecidas, incluindo a coleção ´Raízes do Pensamento Econômico`, e irá lançar, durante o evento, o livro ´Novos princípios de economia política (1819-1827)` de Jean-Charles Léonard Simonde de Sismondi. O projeto, como já avisa no nome, acontece às 18h30, no Auditório do CSE.

Partilhar estudos

A proposta dos Encuentros é de realizar encontros mensais, oferecendo um espaço permanente de informação e debate para que pessoas envolvidas com a pesquisa ou interessadas na vida da América Latina possam partilhar conhecimentos e discutir, de maneira aprofundada, pesquisas em andamento ou trabalhos já concluídos.

A atividade é coordenada pelo professor Lauro Mattei,dos cursos de graduação e pós-graduação em Economia do Departamento de Ciências Econômicas da UFSC e pesquisador do IELA. Ele mesmo, na inauguração do projeto, ofereceu seu projeto de pesquisa ao conhecimento e à crítica, expondo um panorama da pobreza no continente latino-americano, parte dos estudos que desenvolve sobre ´Pobreza, políticas públicas e desenvolvimento na América Latina`.

Mattei destaca que o fórum Encuentros 18:30 é “um espaço de debate acadêmico sobre a temática Latino-Americana, visando socializar conhecimentos.” Através desse espaço, como afirma, “busca-se estreitar o longo fosso de ignorância, principalmente dos acadêmicos brasileiros, sobre o continente latino-americano, suas mazelas e suas perspectivas.” A atividade, portanto, busca oferecer uma contribuição para que estudantes, professores, trabalhadores e a comunidade em geral “voltem suas atenções também para a problemática Regional, rompendo as barreiras do nacionalismo tardio.”

Os debates já estão agendados até junho. O segundo Encuentro 18:30, em abril, dia 28, vai ser com Pedro de Alcântara Figueira, que apresenta suas idéias sobre ´Descartes e o nascimento da ciência moderna`, título do livro que o autor também lança durante o evento.

Sobre os palestrantes

Andrea Vicentini é economista pela Universidade de Urbino, Itália, e foi diretor da Companhia Brasileira de Colonização e Imigração Italiana entre 1969 e 1975. Fani é socióloga e tradutora de vários livros, entre eles, Novos princípios de economia política (1819-1827)”, de Jean-Charles Léonard Simonde de Sismondi, publicado pela primeira vez em língua portuguesa, e que vai ser lançado na noite desse Encuentros de março. Pedro de Alcântara Figueira é filósofo, foi pesquisador do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb) e um dos criadores da História Nova.

Sobre o livro

O nono volume da coleção ´Raízes do Pensamento Econômico`, da Editora Segesta (www.segestaeditora.com.br), é a obra clássica de Jean-Charles Léonard Simonde de Sismondi, ´Novos Princípios da Economia Política`, cuja primeira edição é de 1819 e a segunda de 1827. A obra, de 504 páginas, traduzida por Fani Goldfarb Figueira, é a primeira em língua portuguesa. A tradutora, na introdução do livro, afirma que “sequer na França existe uma edição desta envergadura, pois a única atualmente em circulação, truncada, tem sido, por isso mesmo, justamente muito criticada. Fani Figueira diz, de Sismondi, que ele é um “um autor a que todos se referem embora muito poucos o tenham lido”.

O fato de ser um texto que não é de fácil leitura pode, como diz Fani Figueira, “ ter contribuído para que tenha se tornado mais conhecido pela afirmação de Marx de que Sismondi é um pensador pequeno-burguês”. No entanto, afirma, “o leitor que se dispuser a debruçar-se seriamente quer sobre o texto de Sismondi, quer sobre o que dele diz Marx, facilmente perceberá que este simplismo e esta superficialidade servem apenas para encobrir umas das mais profundas críticas à riqueza que se obtém por via do trabalho assalariado.”

O autor

O economista e historiador suíço Jean-Charles de Sismondi, nascido em Genebra, em 1773, foi, inicialmente, um divulgador do pensamento de Adam Smith. Entretanto, depois de observar em várias viagens as duras condições de trabalho da classe operária, se converteu num crítico da doutrina econômica liberal ortodoxa, elaborando suas próprias teses econômicas. É considerado, assim, o primeiro dos “socialistas ricardianos” e precursor direto de Karl Marx.

Criticou o excesso de abstração da economia clássica, negou a harmonia social e a coincidência do interesse individual com o interesse coletivo. Sinalizava que a livre concorrência conduzia aos monopólios, à proletarização massiva, ao subconsumo e às crises. Sismondi considerava que o objetivo da economia política não é o estudo das formas de aumentar a riqueza, senão das formas de melhorar o bem-estar.Sustentava que, para este objetivo, os problemas chave estão relacionados à distribuição da riqueza.

Filho de um pastor protestante mudou-se com a família para a Inglaterra, e depois para a região italiana da Toscana, em seguida aos distúrbios da revolução francesa (1789). De volta a Genebra (1800), publicou Tableau de l`agriculture toscane (1801) e La Richesse commerciale (1803). Influenciado por Adam Smith, nos anos que se seguiram dedicou-se à elaboração de Histoire des républiques italiennes du moyen âge (1809-1818), uma obra em 16 volumes que inspirou os líderes do Risorgimento italiano. Nas muitas viagens que fez pela Europa, em particular pelo Reino Unido, fez observações sobre o desenvolvimento industrial que o conduziram à crítica do liberalismo econômico, exposta em Nouveaux Principes d`économie politique (1819).

Apresentou teses pioneiras no estudo da natureza das crises econômicas e históricas do capitalismo, defendendo o combate às crises econômicas com maior participação dos trabalhadores nos benefícios do crescimento econômico e com o estímulo à pequena propriedade privada. Pregou a regulamentação da concorrência econômica pelo governo e o equilíbrio entre a produção e o consumo. Sismondi previu um crescente conflito entre a burguesia e as classes trabalhadoras, sugerindo reformas sociais para melhorar as condições de vida dos trabalhadores. Nos seus últimos anos de vida escreveu a monumental Histoire des français (1821-1844).

Karl Marx, a respeito do pensador suíço, escreveu



“Sismondi teve a profunda sensibilidade de ver que a produção capitalista é contraditória; que, por um lado, suas formas, suas condições de produção, estimulam o desenvolvimento desenfreado das forças produtivas e da riqueza; que, por outro, essas condições são determinadas; que suas contradições entre valor de uso e valor de troca, entre mercadoria e dinheiro, compra e venda, produção e consumo, capital e trabalho assalariado etc. assumem dimensões tanto maiores quanto mais se desenvolvem as forças produtivas.

Ele detecta a contradição fundamental: de um lado existe o desenvolvimento desenfreado das forças produtivas e o aumento da riqueza, que, ao mesmo tempo, é constituída de mercadorias e tem de ser transformada em dinheiro; que, de outro, constitui a base da limitação da massa de produtores restrita à produção dos gêneros essenciais. Por isso, para ele as crises não são meros acasos, como em Ricardo, mas, ao contrário, são essencialmente a expressão de contradições imanentes que, em grande escala, ocorrem em determinados períodos.

A partir daí ele vacila constantemente: não sabe se as forças produtivas devem ser controladas pelo Estado a fim de ajustá-las às condições de produção, ou se devem ser fixadas as condições de produção a fim de ajustá-las às forças produtivas. Volta, dessa maneira, frequentemente para o passado; torna-se o laudator temporis acti; por meio de outras regulamentações, também procura eliminar as contradições existentes no rendimento em relação ao capital ou na distribuição em relação à produção, não compreendendo que as relações de distribuição em relação à produção sub alia specie

Ele ajuíza corretamente as contradições da produção burguesa, mas não as compreende; por isso também não compreende o processo de sua dissolução. A base em que ele se apoia é de fato a suspeita de que às forças produtivas desenvolvidas no seio da sociedade capitalista, condições materiais e sociais da criação da riqueza, devem corresponder novas formas de apropriação dessa riqueza; que as formas burguesas de apropriação dessa riqueza são formas transitórias e contraditórias, nas quais a riqueza apenas adquire existência contraditória e sempre se manifesta como seu oposto. A riqueza sempre tem por pressuposto a pobreza, e só se desenvolve na medida em que promove a pobreza.”.

Confira a programação dos Encuentros 18:30

Primeiro semestre de 2010

Primeiro Encuentro


Data: 16/03

Tema: debate sobre pensamento econômico clássico

Palestrantes: Andrea Vicentini, Pedro de Alcântara Figueira e Fani Goldfarb Figueira

Lançamento do livro ´Novos princípios de economia política (1819-1827)` de Jean-Charles Léonard Simonde de Sismondi

Local: Auditório do CSE

Segundo Encuentro

Data: 28/04

Tema: Descartes e a ciência moderna

Palestrante: Pedro de Alcântara Figueira, historiador e filósofo oriundo do ISEB e um dos criadores da História Nova

Lançamento do livro: ´Descartes e o nascimento da ciência moderna`

Autor: Pedro de Alcântara Figueira

Local: Auditório da Economia

Terceiro Encuentro

Data: 27/05

Tema: Políticas sociais no Brasil e na América Latina

Palestrantes: Jorge Abrahão de Castro, Diretor do IPEA, Beatriz Paiva, professora do Departamento de Serviço Social da UFSC.

Local: Auditório do CSE

Lançamento do livro ´Políticas sociais`, do IPEA.

Quarto Encuentro

Data: 18/06

Tema: Repensando o presidencialismo na América Latina

Palestrante: Timothy Power, professor e diretor do Centro de Estudos Latino-americanos da Universidade de Oxford

Local: Auditório do CSE

Processo seletivo do Pré-Vestibular da UFSC abre inscrições

10/03/2010 16:52

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, inicia o processo seletivo para o preenchimento de vagas do Pré-Vestibular. As inscrições ocorrem de até 19 de março.

Os interessados devem acessar o site www.prevestibular.ufsc.br, ler atentamente o edital, preencher o formulário de inscrição, imprimi-lo e assiná-lo no local indicado. Feito isso, o candidato deverá enviar o comprovante do requerimento de inscrição e as fotocópias dos documentos exigidos, via correio, para a Secretaria do Pré-Vestibular da UFSC ou entregá-los pessoalmente na unidade escolhida para frequentar o curso.

Para o primeiro semestre de 2010, serão oferecidas vagas nas unidades de Araranguá, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça, São José e Tubarão. Assim, o Pré-Vestibular da UFSC estará presente em 11 cidades do Estado, disponibilizando 13 novas turmas, totalizando mais de 1.200 vagas.

Podem se inscrever alunos que tenham concluído ou que estejam cursando o terceiro ano do ensino médio em escola pública; que não estejam cursando ou tenham concluído curso superior; e que tenham disponibilidade de frequentar as aulas de segunda a sexta-feira, no respectivo horário de aula da unidade do Pré-Vestibular da UFSC escolhida pelo candidato.

A proposta do Pré-Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina e da Secretaria de Estado da Educação é criar oportunidades para estudantes de escolas públicas ingressarem no ensino superior.

Em 2009, o Pré-Vestibular aprovou 659 alunos em universidades públicas do sul do país, dentre estes, três aprovados em Medicina da UFSC: Steven Cliff Rodriguez da Rosa (2º colocado, entre os alunos de escola pública, no vestibular da UFSC 2010), Felipe Sarvacinski e Lucas Locks Coelho (aprovado também em Medicina na UFRGS).

Além disso, o curso aprovou um aluno em quatro cursos, 14 alunos em três cursos e 68 alunos em dois cursos, todos em universidades públicas. Somando esses resultados com a parceria da Secretaria de Estado da Educação, a expectativa é por números ainda mais expressivos, transformando o curso no maior projeto de inclusão social público, gratuito e de qualidade que a Universidade Federal da Santa Catarina disponibiliza.

De acordo com o coordenador do curso, Otávio Augusto Auler Rodrigues, “a herança que estamos deixando para a humanidade é a inclusão social pública e de qualidade.”

A lista dos candidatos selecionados será publicada na internet, no site do Pré-Vestibular da UFSC (www.prevestibular.ufsc.br), no site da Secretaria de Estado da Educação (www.sed.sc.gov.br), e afixado nos murais do Hall da Reitoria da UFSC e das escolas onde ocorrerão as aulas do curso, a partir do dia 24 de março de 2010.

Os candidatos selecionados deverão realizar sua matrícula em data e local a serem divulgados quando da publicação do resultado do processo seletivo.

Informações:

Site: www.prevestibular.ufsc.br

e-mail: prevestibular@prevestibular.ufsc.br

Telefone: (48) 3721-8248

Instituto de Estudos Latino-Americanos discute Honduras e Jornalismo de Resistência

10/03/2010 16:41

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da UFSC, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC), realiza na terça, 16 de março, às 9h, no Auditório do CSE, uma conferência com o jornalista hondurenho Rony Martínez, da Rádio Globo Honduras.

A proposta é discutir com professores, estudantes, lutadores sociais e sindicalistas a conjuntura de Honduras, assolada por um golpe militar em junho de 2009, e os desafios de um jornalismo que se compromete e assume postura diante da vida do país. Por isso a presença de Rony Martínez, repórter da Rádio Globo Honduras, emissora privada que, desde o dia do golpe que instaurou a ditadura em Honduras, decidiu fortalecer o jornalismo de resistência.

A Rádio Globo Honduras, desde a quartelada, abriu seus microfones para defender a Constituição e o direito legítimo do presidente Zelaya de seguir governando, entendendo que a proposta de ouvir a população sobre uma nova Constituição para o país era democrática e acertada.

Como estratégia de atuação, o grupo de jornalistas e locutores-apresentadores, comandados pelo veterano jornalista Dom David Romero, decidiu entregar a palavra ao povo hondurenho. Todos os dias, durante toda a programação, as gentes eram colocadas no ar falando da situação de sua província, sua cidade, seu bairro. Assim, a rádio acabou sendo um dos poucos veículos comerciais a garantir espaço para as informações da luta de resistência. Cada marcha organizada, cada ato de protesto, cada reunião, tudo ia ao ar, mostrando que o povo hondurenho não estava em casa aceitando a ditadura imposta pelas armas. Era o jornalismo em seu estado puro, informação contextualizada e interpretada.

O trabalho da Rádio Globo Honduras logo começou a incomodar a ditadura que imediatamente mandou fechar as portas e lacrar o transmissor. A rádio foi invadida, apesar do cerco que a comunidade fez ao prédio. Os trabalhadores tiveram de fugir por uma janela, pendurados em uma corda, os transmissores foram levados e o povo ficou sem a rádio. Mas, no dia seguinte, de lugares não sabidos a rádio voltaria, transmitindo via internet, jamais interrompendo o fluxo de informação sobre a luta do povo hondurenho. Mais tarde garantiria a volta ao canal aberto, sem abrir mão da defesa dos direitos constitucionais da gente de Honduras.

Por todo este trabalho de informação e dignidade a Rádio Globo Honduras ganhou o Prêmio Ondas, promovido pela Sociedade Radiofônica de Barcelona (Espanha), como a melhor rádio ibero-americana. Além da Atividade na UFSC, Rony deverá circular pelos vários Cursos de Jornalismo no Estado numa promoção do Sindicato dos Jornalistas.

Informações: 3721-9297, ramal 37, ou iela@iela.ufsc.br.

Seminário internacional em Florianópolis discutirá ações para enfrentar alterações do clima

10/03/2010 16:34

As mudanças climáticas são tema permanente na pauta econômica e política global. As recentes catástrofes no nosso continente e também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul forçam ações aqui de mitigação e adaptação s alterações do clima. Mas tais ações não têm efeito se localizadas, precisam ser integradas entre os estados e mesmo entre os países.

O Seminário Mercosul Pós Copenhague, que acontecerá pela primeira vez em Florianópolis, nos dias 19 e 20 de março, será um espaço para gestores públicos, diplomatas, parlamentares, empresários de energias renováveis e acadêmicos conhecerem o que vem sendo proposto para que o sul do nosso continente enfrente as consequências das mudanças climáticas. A entrada é gratuita, com certificado de extensão. os interessados devem efetuar a inscrições no local, no dia do seminário.

O seminário, que acontecerá no auditório da Reitoria da UFSC, terá a participação de dois ministros brasileiros como conferencistas: Carlos Minc, do Meio Ambiente, que falará da Conferência de Copenhague, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, que abordará a geração de empregos verdes com a bioenergia. Palestrantes do Parlamento do Mercosul e de instituições voltadas à integração regional, diplomacia e às energias renováveis presentes nos quatro países do bloco completam a programação. Para o presidente do Instituto IDEAL, Mauro Passos, um dos promotores do seminário, o encontro reforçará a necessidade de integração energética com fontes limpas e apresentará as diversas boas ações que vêm sendo feitas nos países do bloco.

A iniciativa também tem a chancela do Centro de Integração Regional – Cefir do Uruguai, da Universidade Federal de Santa Catarina e da Unisul/ Jelare – Joint European-Latin American Universities Renewable Energy Project. O seminário, que terá inscrições gratuitas, está sendo inventariado e terá todas as emissões de carbono compensadas pela Carbon Clean/ Nemorus. O patrocínio é da Eletrosul.

Serviço: O QUÊ: Seminário Mercosul Pós-Copenhague com palestrantes do Mercosul e dois ministros brasileiros

– Dia 19 de março, no auditório da Reitoria da UFSC, das 8h às 20h.

– Dia 20 de março, visita técnica apenas para as delegações estrangeiras.

Programação completa: http://www.institutoideal.org/docs/programacao.jpg

Informações com Alessandra Mathyas pelo telefone (48) 3234-1757 ou pelos e-mails alessandra@institutoideal.org ou info@institutoideal.org.

VESTIBULAR 2010: UFSC divulga relação dos matriculados e remanejados para o primeiro semestre letivo

10/03/2010 16:19

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Santa Catarina, divulgou nesta quarta-feira, dia 10, o Edital Nº 8 / GD / DAE / 2010 e covoca os candidatos já matriculados e remanejados para o primeiro semestre letivo de 2010 a comparecerem na Coordenadoria do curso respectivo, para a retirada do documento comprobatório de matrícula e iniciar as aulas.

AGRONOMIA

SHARA APARECIDA DA SILVA 10103948

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MANOELA QUINT DOS SANTOS ZANINI 10103944

CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

FERNANDO BURIGO TEXEIRA 10103926

ENFERMAGEM

LETÍCIA GOULART DA SILVA 10103921

ENGENHARIA DA MOBILIDADE [Campus Joinville]

GUILHERME SCHUCH 10103949

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

MARIELLI BAMPI BENTHIEN 10103935

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA 10103937

ENGENHARIA DE ENERGIA (noturno) [Campus Araranguá]

ROBSON ZUQUINAL 10103951

THIAGO ALEXANDRINO 10103952

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ELÉTRICA

CLAUDIA SALVAN DA ROSA 10103930

THIAGO HENRIQUE SILVA DOS SANTOS 10103931

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

EDUARDO WERNER BENVENUTI 10103932

LORENZO JOSÉ MARTINS GIUSTI 10103933

LUCAS BONOMINI DE LUNA 10103934

ENGENHARIA ELÉTRICA

MAURICIO TRAMUJAS ASSAD FILHO 10103923

MARCELO LACHI 10103924

BRUNO DE ALMEIDA LIMA CUNHA SILVA 10103925

ENGENHARIA ELETRÔNICA

JOÃO MANOEL DE OLIVEIRA FECK 10103938

RODRIGO VARGAS SCHEFFER 10103939

VINICIUS MORAIS KINCELER 10103940

ENGENHARIA QUÍMICA

THIAGO BATISTA 10103936

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MARJANA CAVALLERI 10103927

LEONARDO DALRI CECATO 10103928

MATEUS WEITGENANT CRISPIM 10103929

KAUE NEJEDLO 10103953

JORNALISMO

RAFAELA BLACUTT 10103947

MARÍLIA CONILL MARASCIULO 10103954

MEDICINA

VALDOMIRO MACHADO 10103922

PSICOLOGIA

JULIA ROSSI MALIMPENSA 10103946

SERVIÇO SOCIAL

ALINE DA SILVEIRA BITTENCOURT 10103945

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (noturno)

JOUBERT SOARES BOTELHO 10103941

ANDRE MARCHETO SILVA CAZADO 10103943

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (noturno) (Campus Araranguá)

ROBSON GOMES HAHN 10103950

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6553, 3721-9331, 3721-9391 e 3721-6554.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

Abertas inscrições para bolsa de mestrado na Universidade de Leiden

10/03/2010 14:51

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e a Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter) da UFSC lançaram nesta terça-feira (9/3) o edital do Programa de Bolsa de Excelência Platinum Leiden. O objetivo é possibilitar a mobilidade de um estudante de mestrado e assim ampliar as relações acadêmicas entre a UFSC e a Universidade de Leiden, na Holanda.

Será concedida uma bolsa para a área de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos, na subárea de Literatura Latino-Americana ou na de História Latino-Americana, para o período de setembro de 2010 a junho de 2011. O benefício cobre taxas e anuidade, além de 10.000 euros para despesas de seguro-saúde, alojamento, refeições e transporte.

As inscrições devem ser feitas entre os dias 10 e 17 de março, na Sinter. É preciso levar os seguintes documentos: diploma e histórico escolar do curso de graduação; histórico escolar e atestado de matrícula do mestrado em curso; plano preliminar de trabalho na Universidade de Leiden e uma carta de motivação, de até 500 palavras, explicitando razões pelas quais deveria ser escolhido para a bolsa. A divulgação do resultado será no dia 23 de março, a partir das 17h, na PRPG e no site da Sinter.

Mais informações no edital ou (48) 3721-8739

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

NUER debate cinema africano

10/03/2010 11:00

Imagem do filme ´A Guerra da Água`

Imagem do filme ´A Guerra da Água`

O Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interéticas (NUER) da UFSC promove na próxima semana, entre os dias 16 e 18/3, a Mostra de Cinema Africano – Parte I: a obra de Licínio Azevedo. Serão apresentados os filmes ´A Ilha dos Espíritos`, ´Desobediência` e ´A Guerra da Água`. Após as sessões haverá debate com professores.

Licínio Azevedo é cineasta, produtor e escritor. Nascido no Brasil, vive há mais de 20 anos em Moçambique. Em 1975, vinculou-se ao Instituto Nacional de Cinema deste país, tendo acompanhado os realizadores Ruy Guerra e Jean Luc-Godard. Esteve à frente do programa de televisão Canal Zero, do Instituto de Comunicação Social e é um dos fundadores da Ébano Multimedia, destacada realizadora de cinema de Moçambique. Sua primeira longa-metragem é O Tempo dos Leopardos, baseado em seu próprio livro sobre a guerra da independência, ´Relatos do Povo Armado` (1983).

A Mostra acontece no Auditório do CFH e tem entrara franca.

Informações: www.nuer.ufsc.br ou 3721-9890, ramal 21.

Confira a programação:

16/03/2010 – 9h

A Ilha dos Espíritos (63 min.)

Uma pequena ilha, uma grande história. Muito antes de dar nome ao país, durante séculos, a Ilha de Moçambique teve um papel fundamental no Oceano Índico. Para contar a história da ilha, o documentário traz um historiador especializado no assunto e um arqueólogo marítimo que busca tesouros há muito perdidos em naufrágios. O cotidiano de seus habitantes, atividades, hábitos e cultura nos são revelados por inúmeros outros personagens: um pescador que relata as aventuras na sua frágil embarcação; o “porteiro” da ilha que controla quem entra e sai pela ponte que a liga ao continente; uma famosa dançarina e animadora cultural; uma colecionadora de capulanas e jóias antigas e uma conhecedora dos seres mágicos que povoam o imaginário coletivo dos ilhéus.

Debatedores: Silvio Correa (História/UFSC), Lino Perez (Arquitetura/UFSC), Jeque Lopes (Bacharel Arquitetura/UFSC)

17/03/2010 – 18h 30min

Desobediência (92 min.)


Rosa, camponesa moçambicana, é acusada de ter causado o suicídio do marido. Dizem que ela tem um “marido-espírito” que a levava a desobedecer ao marido verdadeiro. Numa carta descoberta durante as cerimônias fúnebres, e que é lida diante de todos os presentes, o suicida determina que os cinco filhos que teve com Rosa sejam

entregues ao seu irmão gêmeo, para não viverem com a mulher que arruinou a sua vida. Para provar a sua inocência, recuperar os filhos e os poucos bens que o casal possuía, Rosa submete-se a dois julgamentos: o primeiro num curandeiro, o segundo num tribunal. Nos dois julgamentos ela é absolvida. Porém, para que um segredo da família seja preservado, Rosa tem que ser inocentada. E os familiares do morto vingam-se dela de uma maneira atroz.

Debatedores: Theóphilos Rifiotis (Antropologia/UFSC), Maximo Canevacci (Visitante PPGAS/UFSC), Alberto Groismann (Antropologia/UFSC)

18/03/2010 – 18h 30min

A Guerra da Água (73 min.)


Durante a guerra em Moçambique os combates nas regiões secas aconteciam em volta dos furos de água. Vários deles foram destruídos para não caírem nas mãos do inimigo. Hoje, nos meses de estiagem, quando a água da chuva armazenada nas cisternas familiares acaba, a população começa uma nova guerra…

Debatedores: Alexandre Busko Valim (História/UFSC), Carmen Rial (Antropologia/UFSC)

Livro analisa a evolução do ensino de Biblioteconomia no Brasil

10/03/2010 10:01

Na precariedade de publicações sobre o ensino da Biblioteconomia, uma obra relançada pela Editora da UFSC pode ser de grande utilidade para docentes, discentes e pesquisadores neste campo e também na área da Ciência da Informação. Em “O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX”, o professor Francisco das Chagas de Souza traça um panorama dos fatores político, educacional e econômico como pano de fundo para a compreensão da Biblioteconomia no país, sobretudo no que se refere ao ensino.

O primeiro curso de Biblioteconomia surgiu no Brasil em 1911, na Uni-Rio, e somente 25 anos depois é que a Fesp-SP ofereceu uma segunda opção aos interessados em adquirir formação nessa área. Mas foi a partir da década de 1950 que se estabeleceram as condições materiais que vincularam fortemente o ensino de Biblioteconomia à realidade brasileira. Não por acaso, o livro de Chagas de Souza, professor associado do Departamento de Ciência da Informação da UFSC, após abordar os antecedentes e os passos iniciais da Biblioteconomia no país, faz uma análise dos acontecimentos políticos e sociais e sua interferência neste campo do conhecimento na segunda metade do século passado.

Em seu trabalho, o autor identifica, por exemplo, determinantes que interferiram na inclusão da Biblioteconomia no rol dos cursos e dos temas de grande interesse no país. A criação do Ministério da Educação e Saúde, em 1930, logo após a instalação do governo provisório de Getúlio Vargas, e a implantação da Escola de Biblioteconomia da prefeitura de São Paulo, seis anos depois, abriram caminho para a formação de profissionais nessa área, atendendo a uma necessidade de mercado no Brasil.

Também contribuiu para as mudanças subsequentes a noção crescente de que era preciso levar em conta o leitor, o utilizador das bibliotecas, e não apenas aspectos formais como a catalogação, classificação e organização, na hora da construir os currículos das escolas existentes. Com os anos 60, cresceu o número de matriculados nos níveis primário e secundário e, nas universidades, agora por influência do regime político de exceção, as matérias de caráter nitidamente técnico foram reforçadas, para “dar suporte informacional ao desenvolvimento econômico industrial brasileiro”.

Na década seguinte (a UFSC criou seu curso de Biblioteconomia em 1974), surgiu a necessidade de modernizar o currículo, concentrando o foco no leitor e nas demandas das bibliotecas especializadas no âmbito das empresas, dos organismos governamentais e das universidades, onde a pós-graduação ganhava um corpo sem precedentes no país.

Cenário atual e perspectivas – As transformações políticas trazidas pelo fim do regime militar e pela instalação da Assembleia Constituinte, na década de 80, criaram o cenário ideal para que se desse, enfim, a atualização curricular nos cursos de Biblioteconomia, permitindo a capacitação para o trabalho com informações especializadas e na perspectiva de que melhor seria o resultado quanto melhor fosse o conhecimento do bibliotecário da área em que atuaria como gerenciador e difusor de informações.

A última década do século trouxe mudanças tecnológicas importantes, que transformaram os bibliotecários em “profissionais da informação”. O autor de “O ensino da Biblioteconomia no contexto brasileiro: século XX”, que tem outros sete livros publicados, critica nessa tendência a falta de articulação em torno da leitura, dos conteúdos escolares, do conhecimento público, social e estético.

Para o século XXI, Chagas de Souza vislumbra um caráter mais transformador no ensino de Biblioteconomia, por conta das novas demandas do ensino superior, forçado a atender as exigências que surgirão com o crescimento econômico e a consolidação das infraestruturas industrial, comercial e de serviços. De outro lado, adverte ele, “há muito o que se fazer para a superação da precariedade da educação pública de níveis fundamental e médio, da consolidação de redes de bibliotecas públicas e escolares, das redes de acesso público de informação via internet”.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Reitor da UFSC profere Aula Magna em Joinville

09/03/2010 13:09

Reitor Alvaro Prata pede ousadia e inovação...

Reitor Alvaro Prata pede ousadia e inovação...

Durante Aula Magna proferida ontem (8) no auditório da Univille para os alunos de Engenharia da Mobilidade, curso de graduação oferecido na UFSC/Joinville, o reitor Alvaro Prata provocou os estudantes a ousar e inovar: “É isso que nós queremos: sujeitos livres pela educação. Pensem por vocês”.

Estimou que entre as mais de seis bilhões de pessoas existentes no planeta poucas fazem a diferença. Associou esta condição ao fato das coisas virem muito prontas, sendo aceitas sem questionamentos. É necessário “apreciar as boas invenções e não perder a capacidade de nos surpreendermos com ela”, disse ele.

Prata situou as pessoas presentes, cerca de 200, a maior parte estudantes, no desafio que é o curso de Engenharia da Mobilidade. Formação que exigirá do profissional a criação de meios e tecnologias para resolver um grande dilema da humanidade, a mobilidade do trânsito, das comunicações e dos produtos.

...aos alunos de Engenharia da Mobilidade

...aos alunos de Engenharia da Mobilidade

“A sociedade é moldada por transformações tecnológicas. E o ponto de partida é conhecer e aprender a valorizar nossa herança cultural”, afirmou Prata.

Toda exposição do reitor se sustentou nos grandes feitos da humanidade, das naves aéreas a canetas esferográficas, e nos homens que através de raciocínio lógico, criatividade e arte abriram novas portas ao conhecimento humano “O conhecimento científico e tecnológico é o alicerce sobre os quais construímos nossa civilização. As grandes nações escrevem sua autobiografia em três livros: o de seus feitos, o de suas palavras, e o de sua arte”, afirmou.

A Pró-Reitora do Ensino da Graduação, Yara Maria Rauh Müller e o Diretor geral do Campus da UFSC/Araranguá, Sérgio Peters, acompanharam o Reitor a Joinville para prestigiar a aula.

Por Mara Cloraci/jornalista na Agecom

Fotos: Paulo Roberto Noronha/Agecom

Referência mundial em desenvolvimento sustentável, professor Ignacy Sachs ministra palestra na UFSC

09/03/2010 08:40

O professor Ignacy Sachs, da École dês Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS) de Paris, ministra palestra sobre o tema “A Crise Atual e os Desafios do Desenvolvimento Sustentável”, nesta quinta-feira, dia 11, às 9h, no Auditório da Reitoria, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A entrada é gratuita.

Coordenado pelo professor Lauro Mattei, do Departamento de Ciências Econômicas, o evento é promovido pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e pelo Centro Acadêmico Livre de Economia (CALE), da UFSC.

Economista e sociólogo polonês, naturalizado francês, Ignacy Sachs é um dos mais importantes pensadores sobre o desenvolvimento sustentável no mundo e tem uma estreita relação com o Brasil, pois viveu parte de sua juventude no País, onde realizou os estudos secundários, no Liceu Pasteur, em São Paulo, e universitários, na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro.

Sachs é um dos fundadores do Grupo de Pesquisa sobre o Brasil Contemporâneo. Em 1972 foi um dos primeiros a começar a trabalhar com o conceito de ecodesenvolvimento, que defende um crescimento econômico com desenvolvimento social e respeito ao meio ambiente. É autor ou organizador de cerca de 40 livros. Seu trabalho o levou a participar de grandes encontros internacionais sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável nos últimos 40 anos, entre eles a Eco 92 no Rio, além de colaborar com vários organismos internacionais.

Sobre o professor Sachs

Ignacy Sachs, polonês naturalizado francês, viveu no Brasil entre 1941 e 1954, período em que fez o curso de Economia na Faculdade de Ciências Econômicas e Políticas do Rio de Janeiro, hoje Universidade Cândido Mendes.

Desde 1968 integra o corpo docente da École dês Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS) de Paris, onde em 1985 criou e dirigiu o Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo.

Ao longo de sua carreira acadêmica exerceu diversas funções públicas, com destaque para sua participação na organização da Primeira Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, na Suécia, em 1972. Neste evento, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), organismo que passou a divulgar os conceitos de Ecodesenvolvimento desenvolvidos pelo professor Sachs, culminando na expressão atual “desenvolvimento sustentável”.

Desde então, o professor Sachs se tornou uma referência mundial neste debate, tendo publicado diversos livros sobre o assunto, com destaque para:

1)Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo, Ed. Vértice, 1981;

2)Espaços, tempos e estratégias de desenvolvimento. São Paulo, Ed. Vértice, 1986;

3)Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. São Paulo: FUNDAP, 1993;

4)Rumo à Ecossocioeconomia-teoria e prática do desenvolvimento. São Paulo, Ed. Cortez, 2007;

5)Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro, Ed. Garamond, 2006.

Mais informações pelos telefones (48) 3721-6679 e 3721-9458 ou pelo e-mail mattei@cse.ufsc.br.

James Green ministra aula inaugural na UFSC dia 15 de março

08/03/2010 15:00

Convidado pelos Programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e História da Universidade Federal de Santa Catarina, o professor James Naylor Green ministrará duas palestras para a comunidade universitária na próxima segunda-feira, dia 15 de março.

Professor de História Latino-Americana na Brown University (Providence/Rhode Island, Estados Unidos) é autor de diversas obras sobre o Brasil, especialmente no período da ditadura militar.

Sua primeira palestra intitulada “Quem é o Machão que quer me matar?” abordará narrativas sobre supostos processos de justiçamento revolucionário contra homossexuais em organizações da guerrilha brasileira nos anos 1960 e 1970.

Sua segunda palestra, que aborda os temas de seu novo livro “Apesar de vocês: a oposição à ditadura militar nos EUA , 1964-85” trata dos movimentos de oposição à ditadura militar brasileira nos Estados Unidos, que tiveram sede principalmente na capital norte-americana, Washington DC.

James Green é doutor em História da América Latina pela Universidade da Califórnia. Realizou diversas viagens por países latino-americanos e morou no Brasil entre 1976 e 1982. Nesse período, colaborou para o surgimento do movimento de defesa dos direitos homossexuais, e foi um dos fundadores do grupo Somos. De 2005 a 2008, dirigiu o Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Brown University. Foi ainda presidente da Associação de Estudos Brasileiros, que reúne pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil.

Atualmente, preside o New England Council on Latin American Studies

(Neclas).

Programa:

15/3 – 14h

ula Inaugural – Auditório do CFH

15/3 – 17h

Apresentação | “*Apesar de Vocês*” e Lançamento

de Livros : Auditório e Hall do CFH

16/3 – 14h

Conversa com Pesquisadores

Informações:Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas PPGICH

Fone: 3721-9405

Email: dich@cfh.ufsc.br

Programa de Pós-Graduação em História PPGH

Fone: +55 (48) 3721-9359

Email: pghst@cfh.ufsc.br

Imprensa:

Professora. Cristina Scheibe Wolff (Coordenadora PPGH) –

cristiwolff@gmail.com – 48 84051706

Estudante da UFSC é premiado pelo desenvolvimento de sistema que pode facilitar manobras de estacionamento

08/03/2010 12:33

Participar do desenvolvimento de um sistema para facilitar manobras na hora de estacionar rendeu ao estudante Daniel Martins Lima, do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC, o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2009. Ele foi um dos seis “jovens pesquisadores” homenageados com a premiação. Os estudantes tiveram seus trabalhos selecionados entre mais de 700 apresentados no 19° Seminário de Iniciação Científica da UFSC, realizado em outubro do ano passado. A cerimônia de entrega do prêmio foi presidida pelo reitor Alvaro Toubes Prata e aconteceu na manha desta segunda-feira, no auditório da Reitoria da UFSC.

“A UFSC acredita muito na iniciação científica, na pesquisa como alicerce do ensino”, lembrou o reitor da UFSC, professor Alvaro Toubes Prata. “Este é um prêmio voltado para o futuro”, destacou, ressaltando a importância das bolsas de iniciação científica na carreira dos estudantes.

O reitor também enfatizou a importância dos orientadores na iniciação científica (processo que introduz o estudante o mundo da pesquisa) e lembrou que raríssimos foram os grandes cientistas que avançaram sozinhos. “Aprendemos não porque outros nos ensinam, mas porque outros nos inspiram”, disse Alvaro Prata.

Em 2010 a UFSC completa 20 anos de iniciação científica. “No ano passado tivemos uma demanda de 696 solicitações de bolsas e 543 estudantes foram beneficiados”, lembrou o professor Jorge Mário Campagnolo, diretor do Departamento de Projetos de Pesquisa, ligado à Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão, setor que administra as bolsas de IC na UFSC. Nesse período foi investido mais de 1 milhão e 700 mil reais na iniciação científica, financiamento do CNPq e da própria UFSC.

Segundo Campagnolo, 25% desse valor representa a contrapartida da UFSC nas bolsas de iniciação científica. “A universidade sabe que o aluno que faz iniciação científica tem uma formação diferenciada”, enfatizou.

A pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, lembrou que a escolha dos estudantes premiados não é trivial. Durante o seminário de iniciação científica os alunos são avaliados por professores da própria instituição, e também por uma comissão externa, e suas notas compõem uma média – as seis mais altas indicam os melhores trabalhos. Além de uma placa, os seis destaques da Iniciação Científica recebem da UFSC passagem e estadia para participarem da Reunião Anual da SBPC. O encontro será realizado de 25 a 30 de julho, em Natal (RN), reunindo alguns dos principais pesquisadores do país.

“Esse prêmio é fruto de muito trabalho, certamente de muitos finais de semana e dias de férias dedicados ao estudo. Mas, como se diz, se não há transpiração não há resultados. Que realmente seja um investimento para o futuro”, comemorou o professor Leandro Buss Becker, orientador do estudante premiado Daniel Martins Lima.

Saiba Mais

Destaques da Iniciação Científica 2009:

Ciências Exatas:

Estudante: Daniel Martins Lima

Orientador: Leandro Buss Becker

Departamento: Automação e Sistemas / Centro Tecnológico

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Desenvolvimento de um sistema automatizado, direcionado a carros populares, para auxiliar motoristas em manobras de estacionamento

Estudante: Lorena Franchini

Orientador: Malik Cheriaf

Departamento: Engenharia Civil / Centro Tecnológico

Destaque: Painel

Projeto: Estudo sobre incorporação de resíduos (cinzas de termoelétricas e resíduos da construção e demolição) em argamassas de baixo custo para a construção civil

Ciências Humanas e Sociais

Estudante: Diego Acássio Beal Kerber

Orientador: Elias machado Gonçalves

Departamento: Jornalismo / Centro de Comunicação e Expressão

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Pesquisa e desenvolvimento de plataformas informatizadas de apoio à apuração de informações jornalísticas

Estudante: Isabel Kluever koneski

Orientador: José Rubens Morato Leite

Departamento: Direito / Centro de Ciências Jurídicas

Destaque: Painel

Projeto: Estudo na área do Direito Ambiental, sobre os mecanismos previstos para a proteção do meio ambiente, como é o caso da Ação Civil Pública Ambiental (ACPA) e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Ciências da Vida

Estudante: Cassiana Mendes

Orientador: Marcos Antônio Segatto Silva

Departamento: CIF / CCS

Destaque: Apresentação Oral

Projeto: Participação em pesquisa para desenvolvimento de antibiótico de liberação prolongada, com objetivo de obtenção de dose única diária que colabore com o aumento da adesão do paciente ao tratamento e que reduza resistência de micróbios ao fármaco

Estudante: Priscila Gonçalves

Orientador: Margherita Anna Antônia Maria Bbarracco

Departamento: BEG / Centro de Ciências Biológicas

Destaque: Painel

Projeto: Estudo sobre o sistema imune de crustáceos como contribuição para um maior conhecimento do sistema imune dos camarões marinhos nativos

Mais informações sobre bolsas de iniciação científica na UFSC: (48) 3721-9332

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Na Midia: Presenças de Antelo

08/03/2010 09:45

Artigo de Maria Lúcia de Barros Camargo, Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSC, no Caderno de Cultura do Diário Catarinense, sábado, 6/03

Ausências, o pequeno grande livro de Raúl Antelo, deseja um leitor-autor, um leitor que se integre ao movimento de produção de novos sentidos, que seja surpreendido por produzir novos sentidos, que mantenha sobre o texto um olhar especial, aberto à vertigem. Generoso, nosso autor nos auxilia a entrar nesse movimento em busca de novos sentidos ao promover encontros insuspeitados, ao descobrir genealogias desconcertantes, ao produzir estranhamentos e surpresas nas relações que arma.

Ao trazer à presença do leitor estes textos até então dispersos, estes fragmentos, Raúl Antelo refaz o movimento paradoxal de “combinar dispersão e reunião”, reafirmando-se ele também como o intelectual de Blanchot, aquele que sabe inter-ler. Este saber se manifesta aqui não pela via autoritária da interpretação que congela os sentidos, mas pela produção de faíscas intermitentes, de choques, de desassossegos, exatamente por apresentar aquilo que sempre esteve aí, mas impossível de ser visto, cegos que somos.

Por trazer à presença do texto uma série de ausências, de abandonos –para usar um termo caro a Raúl Antelo –, as quais, retiradas do esquecimento a que estavam relegadas, exigem que esqueçamos o que estava assente, o que julgávamos saber. Afinal, o que reúne, numa mesma série de textos, Baudelaire, Patagônia, Rui Barbosa, Murilo Mendes e o modernismo de Sérgio Buarque de Holanda e Mário de Andrade? A questão do moderno e do antimoderno, poderemos responder sem maiores riscos de nos equivocarmos. Mas é muito mais do que isso.

Se esta série já é no mínimo curiosa, mais surpreendente ainda é nos depararmos, já no primeiro ensaio do volume, com uma releitura de As flores do mal, que se constrói, anunciadamente, a partir de dois princípios complementares – “nossa amnésia” é um fato, “permitam-me lembrar que” o antídoto – para construir, ou, melhor dizendo, para escavar e desentranhar “uma nova genealogia” que permita compreender não apenas a modernidade, mas a ideia, “à primeira vista paradoxal”, de que “é nas margens que melhor se realiza a modernidade”.

Esse movimento de rememoração é, sem dúvida, um procedimento de releitura do arquivo, de rearranjo do que sempre esteve lá, na Revue des Deuxs Mondes, à espera de outro leitor que pudesse inter-ler, que pudesse reordenar as séries, fazendo sair chispas desses reencontros inesperados: a floresta amazônica, esta floresta de símbolos, na descrição do geógrafo francês Reclus, a escravidão na Havana da Condessa e mestiça Mercédès Merlin, a teoria das correspondências do antimoderno e moderníssimo Baudelaire.

Estas aproximações põem em movimento uma rede proliferante de associações, inusitadas apenas porque esquecidas, já que lá estavam, à espera, naquele arquivo dos dois mundos, essa vitrina, como diz Antelo, que exibe a cultura que tornou possível os poemas de As flores do mal. Uma vez deflagrado o processo, a rede proliferante – sintoma – transita também no tempo, não apenas para reler a cultura da modernidade, mas para relê-la também como efeito diferido, para redescobri-la no presente, signos de nossos tempos. E é o prazer da redescoberta que Raúl Antelo nos propicia.

Indo da Amazônia à Patagônia, estes extremos do continente sul-americano, Raúl Antelo leva o leitor a se defrontar com o problema do significante vazio, do sem-sentido, da ausência, tudo que põe em ação o problema mesmo do sentido, ou de sua falta. E a encontrar aí também a proliferação, teórica e, mais uma vez, os paradoxos, e as redes a disseminar sentidos, a recuperar abandonos.

Mas, se é o vazio e a ausência, ab-sens, que estão em pauta nestes confins, estão presentes neste texto alguns dos frequentadores assíduos dos ensaios de Raúl Antelo, Roger Caillois e Walter Benjamin, estes “críticos da cultura[…] leitores de semelhanças imateriais, sujeitos que estimulam o reencontro, diferido, com aquela imaterialidade esquecida pela história. É a ideia de ‘ler o que nunca foi escrito’”, nos diz Raúl Antelo. Falando de Caillois e de Walter Benjamin, mas certamente falando de Raúl Antelo, como esse livro nos mostra inequivocamente.

Um dos grandes exemplos desse seu modo peculiar de exercer a crítica da cultura e a “arqueologia de nossa modernidade” está na releitura absolutamente surpreendente que faz de Rui Barbosa: encontrando marcas das discussões mais contemporâneas sobre a neutralidade. E, ao mesmo tempo, a presença das reflexões sobre o intelectual, agora a partir de Blanchot, fala de si falando do outro: o intelectual é aquele que, ao combinar dispersão e reunião, ao inter-legere, forma “novas constelações de sentido”. Assim, mais do que retirar do esquecimento alguns textos desconhecidos ou pouco estudados de Rui Barbosa, o que encontramos neste ensaio é um outro Rui que agora se nos apresenta, se torna presente, no presente, sem se tornar monumento.

Reler Murilo Mendes certamente não causa surpresa num frequentador dos textos de Raúl Antelo – na verdade, nem mesmo essa atualização de escritos de Rui Barbosa deveria causá-la – mas é o processo de leitura que é sempre surpreendente. Questões polêmicas, séries heterogêneas, filiações desconcertantes, ampla mobilização do sofisticado arcabouço teórico-crítico e incansável escavação dos arquivos, tudo se mobiliza para desentranhar sentidos e construir uma nova leitura que reavalia o valor do elemento religioso na obra de Murilo Mendes. Cabe registrar que este ensaio, apresentado pela primeira vez em 2001, já apresenta um “elogio da profanação” em termos muito próximos daqueles tratados por Agamben em seu livro de 2005. Antecipações, aproximações.

De Murilo Mendes e toda a rede em que foi inserido, o leitor chega ao último ensaio do livro, cujo título remete, de algum modo, ao conjunto: “Modernismo, repurificação e lembrança do presente.” Aqui, uma nova e sempre surpreendente rede de relações se constrói para discutir o déjà vu histórico cultural e “traçar a genealogia dessa lembrança do presente tão ativa a partir da Semana de Arte Moderna”. Para isso, o processo é o de trabalhar – desentranhar, diz Raúl – com os próprios textos programáticos da Semana.

E assim, aqui neste livro, está um desafio que nos propõe Raúl Antelo: formar novas constelações de sentido, colecionar benjaminianamente elementos heterogêneos, insuspeitada similaridade acompanhá-lo nesse estilo lacunar, e ao mesmo tempo generoso – em que ele dá as fontes, cita, mas não fecha interpretações. Fala de si falando do outro e, especialmente, insere o leitor na rede de aproximações, dando-lhe a possibilidade de presença ao mesmo tempo ativa e passiva na produção de novos sentidos.

POR MARIA LÚCIA DE BARROS CAMARGO

Pró-reitora de pós gradução e professora de teoria literária da UFSC, autora de Atrás dos Olhos Pardos (Argos/Unochapecó). Este texto é o prefácio do livro Ausências, de Raúl Antelo, publicado em 2009, pela Editora da Casa.

A madeira e as construções para Copa do Mundo de Futebol de 2014

08/03/2010 09:33

Sendo o Brasil o país escolhido como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e também como sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016, está certo que muitas construções terão que ser realizadas. O país terá que preparar a infra-estrutura necessária, tanto a direta, como a indiretamente relacionada com esses eventos.

É evidente que essas obras já estão sendo pensadas, planejadas e até mesmo projetos já vêm sendo preparados. Muitas dessas obras tradicionalmente terão suas construções com estruturas previstas

em concreto armado, metálicas, ou até mesmo utilizando materiais compósitos, de ligas leves. Enfim, são algumas das opções que os projetistas poderão adotar.

No entanto, há que se pensar também que o país tem aí a oportunidade de se destacar no cenário mundial, dando uma demonstração clara de potencial para a adoção das diversas soluções, contemplando a funcionalidade, eficiência, beleza, conforto, etc, mas também, deixando claro o entendimento de ser este um momento importantíssimo para se mostrar ao mundo o nosso comprometimento com as preocupações e valores

ambientais, tão em evidência no cenário mundial e tão necessários para a sustentabilidade do planeta onde vivemos.

Neste sentido, é preciso considerar as possibilidades de uso dos diversos materiais disponíveis e a melhor adequação dos mesmos a determinadas soluções estruturais, ou a determinados conceitos de projetos. De qualquer forma, é oportuno e desejável que as decisões de projeto evidenciem soluções ligadas às questões ambientais. Portanto, essa componente deve ter lugar nessa

tomada de decisão por parte dos projetistas e, quiçá, ser assumida de forma abrangente, pelos setores públicos e privados, visando indicar o resultado esperado para essa vitrine mundial.

Considerando a extensão territorial e clima propícios ao desenvolvimento de árvores, como é o caso do Brasil, observa-se a oportunidade de se lançar um projeto ambicioso, visando a transformação e aplicação do material madeira,

em construções com tecnologias adequadas, desde as mais simples, até as mais arrojadas, mas indistintamente, pela adoção de soluções modernas no que diz respeito a suas aplicações. Ações a serem realizadas com base no conhecimento científico, tecnológico e respaldadas pela consciência ambiental.

É preciso aproveitar o que a natureza pode nos proporcionar com menor impacto possível, dando ênfase a soluções que utilizem energia renovável e tendo como fonte de inspiração as plantas, o vento, o sol, a terra, a água, etc. No que diz respeito ao emprego das madeiras, alguns menos afinados com o tema podem estar imaginando haver uma certa contradição na afirmação de que as

construções empregando este material sejam favoravelmente aliadas das questões ambientais. Mas não há contradição, pois é preciso se fazer uma análise baseada no conhecimento desse material, para se observar a extensão do resultado ambiental

advindo da simples opção por sua aplicação.

Mais adiante, serão apresentados indicativos de uso da madeira em elementos estruturais industrializados para as construções, mas antes é preciso evidenciar a sua importância no contexto da consciência ambiental. Portanto, inicialmente é preciso observar que a madeira é o único material de fonte prontamente renovável e cuja fábrica é a árvore. Logo, verifica-se um processo natural

de produção de um material, que na Análise do seu Ciclo de Vida (ACV) fecha o ciclo do carbono, demonstrando perfeito equilíbrio com o meio ambiente.

Sabe-se que para a formação do tecido lenhoso, a natureza se encarrega de capturar o carbono poluente da atmosfera, o qual, em composição com a água da umidade do solo absorvida pelas raízes, produz de forma natural os polímeros complexos que dão origem à madeira.

Por outro lado, é preciso observar também que no processo de produção dos demais materiais empregados nas construções existe uma carga negativa de poluição liberada para o ambiente, além do elevado consumo de energia necessária ser empregada na

produção e transformação de alguns deles.

Já no caso da madeira, desde o início de sua formação, verifica-se uma carga ambiental positiva. A árvore se utiliza da poluição presente na atmosfera, na forma de CO2, para produzir esse “eco-material” de fonte renovável.

O Canadian Wood Council indica que produtos em madeira armazenam mais CO2 do que emitem durante o processo de extração, transporte e beneficiamento. Além do que,

para o processo de beneficiamento das toras, se requer baixo consumo de energia e equipamentos considerados simples. O Canadian Wood Council exemplifica ainda que uma casa de porte médio, construída no sistema “woodframe” (sistema comum de construção em madeira nos países do hemisfério norte, mas que começa a ganhar destaque também no Brasil) armazena em suas peças o equivalente ao que um carro emite em CO2 num período de 5 anos, consumindo 12.500 litros de gasolina. Isto sem contabilizar as emissões ocorridas durante o processo de fabricação, nem da manutenção desse carro.

Focando um pouco mais na quantificação do carbono estocado no tecido lenhoso, sabe-se que dependendo da espécie de madeira e de suas características físicas ligadas à anatomia vegetal é possível afirmar que quando a árvore produz um metro cúbico de

madeira, são incorporados ao tecido lenhoso entre 250 quilogramas a uma tonelada de carbono.

Tomando como exemplo uma floresta plantada de Pinus, com uma produtividade chegando hoje à casa dos 50m3/ha/ano, e sabendo-se que, no mínimo, são estocados 250kg de carbono para cada metro cúbico de madeira formada, observa-se que ao serem formados 50m3 estarão sendo retidos 12.500kg de carbono. Isto quer dizer que uma floresta plantada de Pinus, numa estimativa feita por baixo, pode reter 12,5 toneladas de carbono/ha/ano.

Por outro lado, pensando-se na viabilidade comercial dessa madeira, considera-se uma rotatividade de 20 anos, ou seja, a cada período desses as árvores são comercializadas, para novas mudas serem plantadas. Conclui-se, então, que a cada período de 20 anos são estocadas 250 toneladas de carbono por hectare

plantado.

É preciso ainda evidenciar nessa análise que a madeira vem do carbono e que após cumprir a sua função como material transformado em objetos, bens das mais variadas

formas, inclusive elementos estruturais, ao chegar ao final do período de sua utilização (final do ciclo de vida), o carbono é simplesmente devolvido para o ambiente, em um

processo marcado pelo equilíbrio ambiental.

É evidente que nessa análise a ênfase maior está sendo dada à utilização de madeiras provenientes de regiões de manejo sustentável, principalmente às provenientes de florestas plantadas. Neste último caso, é necessária a compreensão de que essa produção deve ser entendida como pertencente ao setor do agronegócio: cultiva-se árvores para a produção de madeira a ser comercializada, assim como cultiva-se grãos, cana-de-açúcar, etc.

É diferente dos reflorestamentos, pois estes são entendidos como necessários para a recuperação de áreas degradadas e não para fins de comercialização da madeira.

Outro ponto importante a ser destacado é que ao se utilizar madeiras de florestas plantadas contribui-se para minimizar a busca por aquelas provenientes da mata nativa, preservando-se assim toda a questão ligada à biodiversidade dessas florestas. Também é preciso levar em conta que ao utilizar a madeira deixa-se de utilizar algum outro material, que poderia produzir impactos ambientais de grandes proporções.

Outro dado importante é que as floretas plantadas têm capacidade de capturar e estocar carbono em volume que chega a ser dez vezes superior, se comparado com a capacidade de uma floresta centenária da mata nativa. Isto porque o grande potencial de capturar carbono para a formação do tecido lenhoso está nas

árvores ainda jovens, como as encontradas nas florestas plantadas.

Nesse estágio, o lenho existente no tronco encontra-se em grande proporção, na forma de alburno (tecido lenhoso com poros livres). Como o alburno tem seus elementos anatômicos com o interior

livre, e nas árvores ainda jovens o lenho é composto praticamente só de alburno, o fluxo da seiva bruta (ascendente), que vai das raízes às folhas, se dá em abundância, tendo em vista a grande quantidade de vias livres para o seu transporte e ocorrência da

fotossíntese.

Só depois de algum tempo é que o alburno passa a ter seus elementos anatômicos preenchidos com os substratos advindos do excesso de seiva elaborada (descendente). Esses substratos em excesso vão sendo então depositados, através dos raios medulares, no interior dos elementos anatômicos que compõem o lenho, propiciando a passagem da condição de alburno para a de cerne. Portanto, o cerne tem os elementos anatômicos com o interior preenchido, o que impede a passagem da seiva.

Desta forma, uma árvore já centenária apresenta grande parte de seu lenho formado por cerne, restando uma camada de alburno, que vai diminuindo com o passar do tempo e ficando restrita à parte periférica do lenho. Em árvores centenárias a proporção de alburno (faixa clara) vai ficando pequena em relação ao cerne (faixa escura)

Ora, como o transporte da seiva bruta (ascendente) se dá pelo alburno e este vai ficando com uma porção cada vez menor do lenho, fica fácil concluir que as árvores centenárias pouca capacidade têm de transportar a seiva bruta até as folhas, para que ocorra na fotossíntese a captura do carbono.

Nesse estágio, o acréscimo de lenho aos troncos e galhos se dá lentamente e em pequenas proporções. Diz-se, então, que a árvore já atingiu o seu pico de crescimento. Com base nesse conhecimento do processo fisiológico do crescimento das árvores e

conseqüente formação do tecido lenhoso (madeira), é possível fazer uma estimativa de carbono capturado e transformado em madeira, nas florestas plantadas.

Para isto, é necessário observar que dos 187,5 milhões de ha de florestas plantadas no mundo, apenas 2,9% encontram-se no Brasil. Portanto, estima-se cerca de 5,44 milhões de hectare de florestas plantadas em nosso país. Logo, tomando por base um potencial

médio de captura de carbono, entre as diversas espécies plantadas, da ordem de 20 toneladas de CO2 por hectare, por ano, fica fácil concluir que só para a formação de madeira em nossas florestas plantadas são capturados cerca de 100 milhões de toneladas de carbono por ano.

Isto, constatando que no Brasil essas florestas representam apenas 1% da floresta nacional. Portanto, existe um potencial enorme a ser

considerado para o futuro, quando se prevê uma demanda crescente de madeira e a necessidade de grande quantidade a ser produzida. É preciso observar ainda que enquanto alguns países vêm planejando o plantio de árvores com fins comerciais, no Brasil o setor da cadeia produtiva da madeira tem sofrido críticas e as conseqüências de estar ligado ao Ministério do Meio

Ambiente. Felizmente, isso vem mudando e já existe a percepção de que o setor das florestas plantadas deveria estar ligado ao Ministério da Agricultura, e estar sendo incentivado como um promissor setor do agronegócio.

É preciso observar também que no Brasil essas florestas ocupam pouco mais de 5 milhões de hectares, enquanto o setor agrícola ocupa cerca de 600 milhões de hectares e a pecuária cerca de 150

milhões de hectares. Esses dados demonstram que esse setor não pode ser considerado como vilão. Merece ser analisado sob o ponto de vista científico, tecnológico, social, econômico e ambiental, além de apresentar-se como alternativa a outros materiais cuja produção e aplicação implicariam em grande carga negativa para o meio

ambiente.

Observa-se que no setor da produção de madeiras o Brasil tem dado bons exemplos quanto a iniciativas de um desenvolvimento responsável e que vem ganhando o devido respeito no cenário mundial. A empresa Klabin, por exemplo, acaba de ter o seu modelo de gestão das florestas reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO-ONU) e considerado entre os “Casos Exemplares de Manejo Florestal Sustentável”.

A empresa foi pioneira na adoção do conceito de formação de corredores ecológicos que respeitam a biodiversidade, onde em

áreas de florestas plantadas de Pínus e Eucalíptus são deixados corredores de florestas naturais na proporção de 80 hectares de matas naturais para cada 100 hectares de florestas plantadas.

Outro dado importante está ligado ao fato da empresa manter um

Programa de Monitoramento da Biodiversidade, onde tem catalogadas mais de 1.464 espécies de plantas em suas florestas de Santa Catarina e Paraná, das quais 27 estão na lista das consideradas em extinção pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Vendo exemplos dessa natureza, observa-se que em termos de planejamento para o futuro fica cada vez mais evidente a necessidade de se pensar em uma política que considere a preocupação de se ter um inventário territorial, com o qual se possa orientar o plantio de árvores, com manejo adequado a cada finalidade de uso e em regiões demarcadas a esse tipo de produção. Quem sabe até, além de se preocupar com a

certificação florestal, se possa pensar na adoção de um selo de qualidade regional, como alguns países o fazem com seus vinhos, queijos, azeitonas, etc.

É preciso pensar em uma política para o setor, de forma ampla, que possa fazer o diferencial no mercado globalizado. É necessário estar atento à importância que as madeiras vêm ganhando no cenário internacional, inclusive por questões ambientais, e fazer um planejamento para o futuro da produção e aplicação das madeiras em nosso país.

Ainda em termos de planejamento a médio e a longo prazo, é também preciso estar atento à possibilidade de investimentos na transformação desse material em bens duráveis, com valor agregado, tanto para o mercado interno como para o mercado

exportador. O Brasil tem um potencial enorme para ser muito mais do que um simples produtor de madeira, assumindo o papel de um grande transformador desse ecomaterial em bens duráveis.

A curto prazo, tendo em vista os eventos de 2014 e de 2016, há uma grande oportunidade para organização e estabelecimento de diretrizes a serem seguidas, para preparação dessa vitrine no cenário mundial. Nela certamente terão que estar presentes manifestações de consciência ambiental, seja nas manifestações artísticas das seções de abertura, ou na forma de se conceber a infra-estrutura necessária. Neste sentido, para os próximos sete anos, a madeira apresenta-se como um dos materiais a ser considerado nos projetos destinados à infra-estrutura.

Dentre as possibilidades de aplicação estrutural das madeiras provenientes de florestas plantadas está a associada à técnica da madeira reconstituída na forma de Madeira Laminada Colada (MLC). Neste processo, entende-se por lâminas, as camadas

produzidas por tábuas retiradas de troncos de árvores consideradas ainda jovens (idade entre 20 e 30 anos). Essa forma de aplicação da madeira em elementos estruturais permite aos projetistas vencer grandes vãos, sob as mais variadas formas retas ou curvas,

projetando peças de grande porte, e tendo como base peças de pequenas dimensões, como são as tábuas obtidas de árvores produzidas em florestas plantadas.

O efeito final é de uma estrutura imponente, eficiente, com grande destaque estético e enorme valor ambiental. Há vários exemplos de construções projetadas em MLC pelo mundo, principalmente em países onde a consciência ambiental é levada em consideração já na decisão do projeto.

Um belo exemplo de aplicação da madeira na forma de estrutura em MLC é o caso do aeroporto de Oslo, na Noruega. Inaugurado em 1998, foi pensado para ser o mais moderno aeroporto do mundo em estruturas de madeira. Ao conceberem a estrutura de cobertura dos 24.500m2 do aeroporto Gardermoen, os projetistas consideraram o interesse de impressionar os visitantes com a capacidade tecnológica norueguesa. Foram projetadas peças curvas com comprimento de 136m, produzidas em “White pine”. O objetivo foi impressionar também pela componente ecológica embarcada na solução, que adota material com grande capacidade de depósito de carbono. Além disso, os projetistas deram a demonstração de perfeita harmonia entre os materiais empregados, ao fazerem uma composição da MLC com colunas de concreto e hastes metálicas.

Na América Latina, o Chile é o país com maior tradição no uso da MLC nas construções, contando com centros comerciais, hotéis, passarelas, escolas e outras. No Brasil são poucos os exemplos e isto se deve também ao fato de que são poucas as escolas de engenharia e de arquitetura que tratam da aplicação das madeiras sob a técnica da MLC. Com raras exceções, o que se tem são currículos escolares voltados para as construções em concreto armado e metálicas.

Mesmo assim, podem ser encontradas algumas obras onde a MLC foi adotada. Em algumas mais antigas, observa-se inclusive a utilização de madeira proveniente da mata nativa, quando na verdade a técnica da MLC surgiu da necessidade de se utilizar as madeiras produzidas em florestas plantadas. Como no Brasil até bem pouco tempo existia madeira da mata nativa com grande disponibilidade comercial e baixo custo, foi mais cômodo e até

viável adotar algumas espécies com características físicas que fossem adequadas a essa técnica.

Atualmente, o Brasil conta com pelo menos duas empresas capacitadas a produzirem elementos estruturais em MLC. Uma delas trabalha com o Pinus taeda e a outra com o Eucaliptus grandis. No entanto, para atender a um projeto ambicioso de construções que comporiam a infra-estrutura voltada para os eventos de 2014 e de 2016, essas empresas teriam que se adequar a uma demanda de projetos prevendo grandes estruturas. Isto é perfeitamente viável, desde que haja uma decisão clara no sentido de se adotar uma posição inequívoca de compromisso com as questões ambientais e de se incluir a madeira na concepção desses projetos.

Por: Carlos Alberto Szücs

Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Professor desde 1976

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – 1976

Mestre em Engenharia de Estruturas em Madeira pela Escola de Engenharia de São Carlos da

Universidade de São Paulo (EESC/USP) – 1979

Doutor em Ciências da Madeira pela Université de Metz/França – 1991

Pós-doutorado de curta duração na Université de Metz/França – 1996

Professor convidado da Université de Metz – 1998

Coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos das Madeiras (GIEM/UFSC)

Diretor Regional para Santa Catarina, do IBRAMEM-Instituto Brasileiro das Madeiras e das Estruturas de Madeira

e-mail: caszucs@gmail.com – fone: (48) 9981-0010

Evento debate onde devem ser investidos os recursos de pré-sal

08/03/2010 09:20

A Câmara dos Deputados aprovou e agora o Senado Federal deverá discutir e votar nos próximos dias a destinação do Fundo Social que será constituído com recursos provenientes da exploração do petróleo na camada pré-sal. Esse é um dos projetos polêmicos em discussão no momento e influenciará todo o país.

Santa Catarina se prepara para uma nova realidade econômica com a mobilização da indústria para atender a demanda do pré-sal. Mas também deve conhecer os benefícios do Fundo em discussão e como acessar esses recursos para fomentar o desenvolvimento regional e social.

Os impactos dessa regulamentação na economia catarinense serão o principal tema do seminário ´O marco regulatório do pré-sal: a importância para o Brasil e Santa Catarina`, que acontecerá no auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC no dia 18 de março,

quinta-feira.

O encontro terá dois painéis. O primeiro discutirá as especificações da produção petrolífera no pré-sal e a cadeia produtiva em Santa Catarina. O segundo detalhará o marco regulatório e o projeto de lei do Fundo Social como instrumento de combate à pobreza, melhoria da educação, ciência, tecnologia e sustentabilidade ambiental.

Estarão presentes representantes da Petrobras, da Fiesc, da SCGás, da Federação Catarinense dos Municípios e da liderança do Governo no Senado. A promoção é do Instituto Primeiro Plano e a participação no seminário é aberta e gratuita.

Inscrições devem ser feitas pelo e-mail contato@primeiroplano.org.br, até o dia 15 de março.

Saiba Mais:

O Fundo Social é uma poupança de longo prazo a ser feita

com recursos do pré-sal para financiar projetos de desenvolvimento

social e regional. Uma das principais modificações feitas pelo

relator, deputado Antônio Palocci (PT/SP), ao texto original do

governo foi a inclusão da saúde pública entre as áreas que terão

programas e projetos financiados pelo fundo. Já a polêmica foi a

inclusão também da recomposição das aposentadorias com esses

recursos. A previsão é que a exploração do petróleo na camada

pré-sal no Campo Tupi (que vai do Espírito Santo a Santa Catarina)

comece no final deste ano.

Serviço:

Seminário ´O marco regulatório do pré-sal: a importância para o Brasil e Santa Catarina`

Quando: 18 de março, quinta-feira, das 8h30 às 17 horas

Onde: Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC

Assessoria de imprensa: Alessandra Mathyas (SC 00755 JP) / Fone: (48) 9973-5101/3025-3949 / mathyas@terra.com.br [2]