Seminário Internacional Fazendo Gênero organiza sua nona edição

24/03/2010 14:51

Com a expectativa de 3.500 a 4 mil participantes, será realizado entre 23 e 26 de agosto o Seminário internacional Fazendo Gênero 9. As atividades acontecerão por todo o campus da UFSC, com o tema ´Diásporas, Diversidade, Deslocamento`.

O evento terá como atração principal simpósios temáticos, em que serão abertas discussões diversas sobre um mesmo tema, indicadas pelos participantes. As propostas foram recolhidas no ano passado. Mais de duas mil discussões foram inscritas para 1.728 vagas.

Serão 72 simpósios no total, todos acontecendo no período da tarde, cada um com de 20 a 24 discussões, no máximo de oito por dia de evento.

O Fazendo Gênero 9 também terá a apresentação de pôsteres, feitos por graduandos e graduados e espalhados pelo evento, mostras audiovisual e de fotografia, além de mesas-redondas com convidados.

Entre os principais nomes deste ano estão a vietnamita Trinh Minh-há (da University of Califórnia, produtora de filmes e referência em feminismo) e o português Miguel Vale de Almeida (do Instituto Universitário de Lisboa, referência em antropologia).

Haverá ainda minicursos a serem definidos, com inscrições para propostas abertas até 10 de maio.

Todas as inscrições do evento podem ser feitas on-line, no site

www.fazendogenero9.ufsc.br

Informações: fazendogenero9@gmail.com, 3721 6440.

Por Vinicius Schmidt / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Congresso aborda público e privado no direito do século XXI

24/03/2010 13:57

Nos dias 5, 6 e 7 de abril, o Centro de Cultura e Eventos sedia a quinta edição do Congresso de Direito da UFSC, com o tema ´Público e Privado no Direito do século XXI`. O evento, que teve sua primeira edição em 2004, já recebeu nomes ilustres do direito brasileiro, como Paulo Galotti, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será homenageado no encontro.

Neste ano o congresso apresenta uma novidade: a Oficina de Cidadania. A intenção é apresentar conceitos de direito e cidadania a estudantes do ensino médio da rede pública. Serão palestrantes a professora Leilane Zavarizi da Rosa – que fala sobre o Direito do Consumidor – e o professor Samuel da Silva Mattos – tratando de Noções Básicas do Direito. Foram convidados alunos do Colégio de Aplicação da UFSC.

A programação mantém o Ciclo de Carreiras Jurídicas – atividade implantada no ano passado que trata do cotidiano da profissão – e as palestras com convidados da área. Entre os principais nomes deste ano estão Aury Lopes Júnior, doutor em Direito Processual Penal (Universidade de Madrid) e professor da PUC-RS; Damásio Evangelista de Jesus, advogado criminalista, doutor Honoris Causa pela Università degli Studi di Salerno (Itália) e fundador do Complexo Jurídico Damásio de Jesus; e os professores da casa Alexandre Morais da Rosa e Eduardo de Mello e Souza.

O Congresso de Direito da UFSC nasceu em 2004, mas tornou-se anual apenas em 2007. No ano passado, o Centro de Cultura e Eventos chegou a receber 800 pessoas para o evento. Entre as personalidades envolvidas com o direito brasileiro que já participaram estão Luiz Guilherme Marinoni e Ovídio Baptista, referências em processo civil; Nélio Machado, ex-advogado de Daniel Dantas e atual de José Roberto Arruda; e o ex-governador do Estado, Espiridião Amin.

O evento será transmitido ao vivo via twitter no twitter.com/direitoufsc

Informações: http://direitoufsc.com.br /, 9919-3900, ou ramosmg@gmail.com

Por Vinicius Schmidt / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Jornada de Gênero, Teatro e Cinema exibe ´As Malibrans` e promove debate

24/03/2010 13:27

Mallu Galli, em ´As Malibrans`. Foto de Silvio Pozzato

Mallu Galli, em ´As Malibrans`. Foto de Silvio Pozzato

Acontece nesta sexta, 26/03, a Jornada de Gênero, Teatro e Cinema, com a peça ´As Malibrans` e debate com Cláudia Mussi, graduada em Artes Cênicas pela Udesc e aluna do curso de Jornalismo da UFSC. A jornada ocorre na Fundação Cultural Badesc, às 19h e a entrada é franca.

´As Malibrans` analisa a construção da “Diva” a partir da legendária artista Maria Malibran. Com participação de Fernanda Montenegro, como “diva virtual”, a peça articula as cenas do sacrifício e mortes de Ifigênia, Desdêmona e Ofélia à analise do desejo dos diretores de matarem suas heroínas e o voyerismo masculino sobre o corpo feminino, em meio a citações de Verne, Kafka, Michel Poizat, Catherine Clement e da própria Malibran. Esta ópera breve , de 67 minutos, tem música, concepção, texto, vídeo e direção de Jocy de Oliveira, e foi uma co-produção Brasil/Alemanha, com estréia mundial em 27 de maio de 2000 no Staadts Theater Darmstadt, seguida de apresentações no Teatro Carlos Gomes/RJ, em 6 de dezembro do mesmo ano, no Hebbel Theater, Berlim, e no Teatro Avenida, Buenos Aires. O filme da ópera foi veiculado em toda a América Latina pelo canal Film and Arts, dirigido por Marcelo Dantas, com cenário de Dóris Rollemberg e iluminação de Renato Machado.

Palestra – Claudia Mussi é graduada em Artes Cênicas pela Udesc, com o trabalho final de conclusão de curso em teatro ´Ela tem que morrer: a permanência do mito e a subversão da encenação de morte de mulheres`. Traduziu e fez a direção musical da peça ´Vinegar Tom`, da inglesa Carryl Churchill, que estreou no Festival Isnard Azevendo em 2008. É também Integrante da banda de mulheres ´Vinegar Tom`.

Jornadas de Gênero, Teatro e Cinema – serão realizadas mensalmente e têm a finalidade de discutir questões de gênero por meio da análise de obras teatrais e cinematográficas. A cada sessão haverá um convidado que discutirá a obra apresentada, por meio da perspectiva dos estudos de gênero. Apesar do caráter acadêmico do evento, ligado a uma linha de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Udesc, sua realização em um espaço cultural no centro da cidade de Florianópolis, com acesso gratuito, visa a promover a experiência estética com obras de vanguarda pouco difundidas nos meios de comunicação habituais, a divulgação da pesquisa universitária na comunidade, e receber desta mesma comunidade suas impressões sobre temas que alimentam a pesquisa acadêmica e, muitas das vezes, lhe dão maior sentido e relevância.

Informações: Fundação Cultural Badesc, R. Visconde de Ouro Preto/216 – Florianópolis, 3224-8846

Encontro Municipal da Juventude tem espetáculos e ações sociais

24/03/2010 13:15

Abertura: marco inicial para política pública da juventude

Abertura: marco inicial para política pública da juventude

A UFSC, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, realiza hoje, 24, no Centro de Cultura e Eventos e na Concha Acústica, das até às 18h, o 1º Encontro Municipal da Juventude. Será um dia inteiro de espetáculos, ações sociais, apresentações culturais, oficinas, lazer/esportes, palestras e workshops.

Na abertura do evento presença de representantes de órgãos municipais, o Secretário Municipal da Educação, professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, o vice-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, professor Carlos Alberto Justo da Silva e a Secretária Municipal de Assistência Social e Juventude, Rose Berger. O encontro, considerado por todos os organizadores como um marco inicial para política pública de juventude em Florianópolis, oferece gratuitamente nas quatro salas em frente ao auditório principal do Centro de Cultura serviços de emissão de carteira de identidade (com fotografia feita na hora), título de eleitor, CPF e carteira de trabalho.

Jovens podem contar com serviços gratuitos

Jovens podem contar com serviços gratuitos

Nem a chuva espantou os jovens que compareceram para participar de palestras, oficinas, workshops e apresentação musical. Segundo o Coordenador Municipal de Políticas Públicas para Juventude, Milton Barcelos Júnior, “este evento é o primeiro passo para os jovens de Florianópolis começar a buscar seus direitos”. Segundo ele, a Ilha agora pode contar com uma representação totalmente voltada para a juventude dentro da Prefeitura. Já o Secretário Municipal de Educação, Rodolfo Pinto da Luz, lembrou que “faz tempo que o direito à educação se resumia aos bancos da escola no ensino fundamental. Hoje queremos levar o jovem até a universidade”.

A programação contempla palestras sobre “Sexualidade na Juventude”, às 14h; “Comportamento no Ambiente de Trabalho”, às 15h; “Jovens nas Forças Armadas, Exército”, às 16h; palestra institucional sobre os bombeiros, às 17h; e apresentação de encerramento às 18 horas com Street Dance – Nos Trinks

Na Praça da Cidadania, em frente à Concha Acústica, acontecem exibições de boi de mamão, às 12h; e concerto com a Banda UFSC, dentro do Projeto 12:30.

Informações pelo fone 3721-8602.

Fotos: Paulo Roberto Noronha

Arquitetos e urbanistas latinoamericanos debatem tendências na UFSC

24/03/2010 12:22

Grandes nomes da arquitetura e do urbanismo latinoamericano — que ganharam destaque nas Bienais internacionais de Buenos Aires e São Paulo — apresentam os novos conceitos de turismo, moradia e lazer nesta quinta, 25/03, a partir das 14h, no Auditório da Reitoria da UFSC. As palestras promovidas pela Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura de Santa Catarina (Asbea/SC) fazem parte do evento ‘Destaques das Bienais’, que conta também com a exposição de diversos projetos, entre eles uma mostra coletiva de trabalhos catarinenses, no Centro Integrado de Cultura (CIC).

O arquiteto e idealizador do projeto André Schmidt abre o ciclo de palestras com o debate sobre projetos arquitetônicos e intervenções espaciais no litoral catarinense. A nova geração de profissionais brasileiros será representada por Ângelo Bucci, que vai trazer uma leitura contemporânea da produção nacional. O chileno Cristián Boza, um dos fundadores do Centro de Estudos de Arquitetura do Chile, traz reflexões em torno de um modelo de arquitetura educativo e funcional, seguido pelo portenho Enrique Cordeyro, membro do Comitê Internacional de Críticos de Arquitetura.

A brasileira Leiko Motomura, que assinou o Centro de Cultura Max Feffer, primeiro na América Latina a conquistar certificação de impacto ambiental LEED, emitido pelo Green Building Council (GBC), fala sobre ecossustenbilidade e a utilização de bambu. O argentino Roberto Converti encerra a programação discutindo os projetos de ‘waterfronts’ e a revitalização de áreas deterioradas, como em Neuquén, Santa Fé e em Porto Madero (Argentina).

Criado há dois anos pelo arquiteto André Schmitt em parceria com o jornalista Vicente Wissenbach, um dos mais respeitados do país no segmento, o evento ´Destaque das Bienais)` inaugura o debate sobre a qualidade da arquitetura produzida no Estado e apresenta um panorama das tendências latinoamericanas com projetos e profissionais qualificados.

SERVIÇO:

O quê: Ciclo de palestras Destaque das Bienais

Quando: dia 25.03, quinta-feira

Onde: Auditório de Reitoria da UFSC

Horário: 14h às 20h30

Inscrições: poderão ser feitas no site da Asbea-SC,

www.sc.asbea.org.br ou pelo email: secretaria@sc.asbea.org.br

Outras informações:(48) 3028-3628.

Perfil dos palestrantes

André Schmidt (Florianópolis/SC)

Vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, seccional de Santa Catarina (AsBEA/SC), o arquiteto é idealizador do projeto Destaque das Bienais. Titular do escritório Desenho Alternativo, Schmidt assinou representativos projetos arquitetônicos e intervenções espaciais no litoral catarinense como

o Costão do Santinho Resort e o Plano de Ocupação Espacial para a Ilha João da Cunha, em Portobelo.

Ângelo Bucci (São Paulo, SP)

Destacado expoente da nova arquitetura brasileira, Bucci integra um grupo de profissionais que retomaram os princípios da Arquitetura Moderna Brasileira, tendo como referência Paulo Mendes da Rocha. Foi premiado na categoria ‘Revelação da Jovem Geração’ na XII Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires em 2009, dirige o escritório paulista SPBR e leciona na FAUUSP desde 2001.

Cristián Boza (Chile)

Um dos fundadores do Centro de Estudos de Arquitetura do Chile e decano do Curso de Arquitectura y Diseño da Universidad de San Sebastián, em Santiago. Atua em projetos de planejamento urbano regional e conta com mais de um milhão de metros quadrados construídos. Conquistou o grande prêmio latinoamericano concedido pelo Comitê Internacional de Críticos de Arquitetura na Bienal Internacional de Buenos Aires, em 2008.

Enrique Cordeyro (Argentina)

Membro do Comitê Internacional de Críticos de Arquitetura (CICA) e um dos curadores da XII Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires, em 2009.

Leiko Motomura (Cotia, SP)

Formada pela Mackenzie em 1970 e titular do escritório Amima Arquitetura, a profissional é reconhecida por utilizar práticas e tecnologias que causam o mínimo impacto ambiental, além de materiais sustentáveis como o bambu. Assinou o projeto do Centro Cultural Max Feffer, em Pardinho (SP), primeiro na América Latina a receber o ‘selo verde’ da Green Building Council (GBC).

Roberto Converti (Argentina)

Considerado um dos mais importantes especialistas em planejamento e

revitalização de áreas urbanas junto à água (waterfronts), Converti teve importante atuação no projeto de Puerto Madero e Porto de Santa Fé, na Argentina. Coordena o escritório Oficina Urbana, ao lado de Fábio de Marco, especializado em projetos e gestão de intervenções de médio e grande porte, públicos e privados, que geram novas centralidades urbanas.

Fonte: Palavra Comunicação

Projeto 12:30 apresenta Pedro Morais

24/03/2010 08:04

Expoente do atual cenário musical de Minas Gerais, o cantor e violinista Pedro Morais é quem se apresenta no Projeto 12:30 desta quarta-feira, 24/03. O show será na Concha Acústica da UFSC, tem início às 12h30, é gratuito e aberto à comunidade.

Pedro Morais vem se consagrando como um cantor original, dono de uma voz privilegiada, e como um exímio compositor. Acaba de chegar ao mercado seu segundo CD, intitulado “Sob o Sol”.

Com produção assinada por Chico Neves, responsável por discos emblemáticos do O Rappa, Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, Milton Nascimento, dentre outros, o novo trabalho traz uma textura pop mais contemporânea, com uma pegada de banda mais acentuada.

No recente trabalho o artista segue a estrada da música sofisticada, sem hermetismos, com letras que exalam verdade e poesia. É ao mesmo tempo pop sem perder a elaboração característica da melhor escola harmônica de Minas Gerais. Ao lado do companheiro da antiga, o letrista e cantor Magno Mello, o cantor desfila pelo universo romântico, longe de pieguices. “Canção de Outono” e “Vou me iludir” se misturam a inquietações do artista sentidas em “A Fúria do Infinito” e à animada “Gasolina”.

O lançamento oficial do disco será no dia 8 de abril, no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Mais história

A história de Pedro com a música iniciou cedo. Aos sete anos, começou a executar seus primeiros acordes ao violão incentivados pelos pais. Aos oito, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passou a frequentar rodas de chorinho e samba-canção.

Vencedor de importantes festivais brasileiros e dono de grande carisma no palco, Pedro Morais conquistou um grande público seguidor. Sempre convidado a participar de shows e discos de artistas conceituados, tem se apresentado nos mais importantes festivais de Minas Gerais.

O primeiro CD de Pedro, produzido pelo baiano Luiz Brasil e o mineiro Flávio Henrique, traz 12 faixas, sendo 11 autorais e uma bela interpretação à capela de “Mestre Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc. A partir do lançamento em 2005, Pedro passou a dividir o palco com artistas reconhecidos do cenário da música mineira e nacional, como Vander Lee, Max de Castro, Paulinho Moska, Toninho Horta, Beto Guedes, Flávio Venturini, Ná Ozzetti, Simone Guimarães e Flávio Henrique.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações que envolvem música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ
: Show com Pedro Morais

QUANDO: Dia 24 de março, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO do Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447 e www.dac.ufsc.br

CONTATO do Músico: Visite www.myspace.com/opedromorais

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30: DAC: SeCArte: UFSC, com material institucional e do músico.

Calouros da Engenharia Elétrica visitam Itaipu e Furnas

24/03/2010 08:00

A Diretoria da Empresa Júnior de Engenharia Elétrica da UFSC (C2E) promoveu uma visita técnica a Itaipu Binacional e Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná no dia 19 de março. Participaram da atividade 66 alunos do curso de graduação em Engenharia Elétrica: 25 calouros e 41 veteranos.

Estas visitas técnicas são promovidas no início de cada semestre e dirigidas preferencialmente aos calouros. O objetivo é recepcionar e integrar os novos alunos, contribuir com o conhecimento técnico e a visão do estudante e aproximá-los do seu possível campo de atuação profissional.

Dessa vez a atividade consistiu em conhecer a maior usina hidrelétrica do mundo. Itaipu foi considerada, em 1996, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis, e classificada como um trabalho de Hércules pela Revista “Popular Mechanics”, dos Estados Unidos.

“Eu nunca havia estado Itaipu e nem em Furnas. Desde que entrei na empresa e comecei a participar de visitas técnicas tive vontade de conhecer essa obra monumental. É realmente impactante, me senti pequeno perto da estrutura. Quem sabe um dia qualquer um de nós, estudantes de Engenharia Elétrica da UFSC, estaremos colaborando, assim como outros já colaboraram ou colaboram para esta obra de engenharia. É inspirado nisso que muitos engenheiros se formam”, comentou o Diretor-Presidente da C2E, Ricardo de Araujo Elias.

Furnas é responsável pelo transporte de 100% da energia elétrica produzida e destinada ao Brasil pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. Conforme Antônio Clareti Gomes, professor do Senai e técnico em eletrônica responsável pela recepção em Furnas, cerca de 6.500 pessoas de todo o mundo visitam anualmente o local. Gomes classifica esta forma de extensão como uma oportunidade de “presenciar um ambiente profissional que representa um potencial de emprego para os estudantes de Engenharia Elétrica”.

Ricardo de Araujo Elias, 20 anos, é aluno da 3ª fase e está à frente da organização das visitas técnicas. Ricardo observa que os calouros ficam mais interessados no curso após as viagens. “Sempre é bom ter um contato maior com o mercado de trabalho e as áreas de atuação. Para muitos é difícil estudar sem saber como será ´lá fora` depois da formatura. Em uma visita técnica a pessoa vê de perto a aplicação prática de conceitos vistos em sala de aula”, destaca ele.

Desde 2005, quando a C2E começou a promover este tipo de viagens, os alunos tiveram oportunidade de conhecer o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), a Weg Motores, em Jaraguá do Sul (SC); a Weg Transformadores, em Blumenau (SC); a Engesul e a Usina de Salto Weissbach, em Blumenau; e o parque industrial da Siemens Enterprise Communications, em Curitiba (PR).

Os outros membros da empresa presentes a visita a Itaipu e furnas foram Cassio Maraffon, Franz de Cassias Strobel, Ian Carvalho, Julia Xavier Magno Nunes e Petrus Semprebom Massabki.

Inscrições abertas para ingresso na empresa

A C2E está com processo seletivo aberto até o dia 26 de março para preenchimento de cinco vagas. Estão aptos a concorrer os estudantes do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da UFSC, de todas as fases. A ficha de inscrição está em WWW.c2e.ufsc.br .

O candidato selecionado entra como trainee e, caso seja efetivado, assume a posição de assessor executivo. O empresário júnior não é remunerado, mas tem a oportunidade de desenvolver sua capacidade de gestão, trabalhar em diversos projetos, fazer contato com muitas pessoas e viver em um ambiente empresarial. O foco das consultorias da empresa está voltado em especial para os ramos de instalações elétricas e eficiência energética.

Há também um projeto em andamento junto ao Departamento de Engenharia Elétrica que há habilita a Empresa Júnior como atividade de extensão. O projeto, se aprovado, vai permitir ao membro efetivo validar seu trabalho na C2E como atividade de extensão.

A estrutura organizacional inclui ainda a presença de uma psicóloga, função exercida por uma estudante da UFSC na área. O serviço é prestado na forma de estágio; a seleção geralmente é feita no final do semestre anterior. No momento não há vagas disponíveis para a função.

A empresa

A C2E é uma associação sem fins lucrativos, independente na gestão e administrada por graduandos. O trabalho da empresa se baseia em buscar inovações e conhecimentos. Para isso contam com o apoio da estrutura da Universidade, através de laboratórios, professores e recursos financeiros, Os estudantes empresários são assessorados por dois professores tutores, Hans Helmut Zürn e Helena Flávia Naspolini. Ambos ministram a matéria de Introdução a Engenharia Elétrica, oferecida na primeira fase do curso.

Outras informações são obtidas através do e-mail ricardoaelias@gmail.com ou no site WWW.c2e.ufsc.br .

Por Mara Paiva/ Jornalista na Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Música é o tema da Caravana Rumos 2010 do Itaú Cultural que chega a Florianópolis

24/03/2010 07:39

Nos dias 25 e 26/03 (quinta-feira e sexta-feira) o Teatro da UFSC recebe a Caravana Rumos 2010, que traz à cidade debates sobre a cena musical e suas políticas públicas, apresentação de documentários e um laboratório de experiências e ações inovadoras. Com foco em música, trata-se de uma das viagens que levam equipes do Itaú Cultural a todas as capitais do Brasil até o final deste semestre para informar sobre o os editais do programa Rumos, edição 2010 – Literatura, Pesquisa, Música e, pela primeira vez, Teatro, cujas inscrições vão até 30 de junho (com exceção de Literatura, que as encerra em 31 de julho).

Além dos debates, está programada a apresentação do DVD que é resultado do Rumos Música 2007/2009, com show do grupo catarinense Cravo da Terra – um dos selecionados naquela edição do programa – realizado no Itaú Cultural em 2008. O grupo também realiza espetáculo no dia 25, às 21h.

O Cravo-da-Terra tem na pesquisa da música tradicional do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil a base de suas composições e de seus arranjos. Seus cinco integrantes utilizam instrumentos de sopro, corda e percussão e, em busca da simplicidade e da delicadeza, convidam o público para uma viagem pela música brasileira e por uma verdadeira experimentação de gêneros musicais.

A Caravana Rumos 2010 tem a parceria local do Projeto 12:30 da UFSC. Criado em 1986, e com ações semanais desde 1993, o Projeto 12:30 apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, nas versões ao ar livre na Concha Acústica e na versão acústico, quinzenalmente, no Teatro da UFSC.

PROGRAMAÇÃO

Dia 25/03 – quinta-feira

12h30
– Vídeo: Programa Rumos Música 2007/2009 – Cravo da Terra (30’)

13h – Documentário: Rumos_Brasil da Música 2004/2005 (45’)

17h – Debate: Circulação Regional. Com Dedé Ribeiro (RS), Beth Moura (PR), Guilherme Zimber (SC), e mediação de Edson Natale.

19h – Debate: Difusão. Com Marcos Espíndola (SC), Abonico Smith (PR), Fabiane Tomaselli (SC) e mediação de Israel do Vale

21h – Show: Cravo da Terra

Dia 26/03 – sexta-feira

Laboratório de Experiências e Ações Inovadoras

Das 14h às 17h – As Redes Associativas da Nova Ordem Digital

Com Espaço Cubo; Fórum Permanente de Música; Música Para Baixar; SConectada

17h – Debate: Cooperativas de Música – A Experiência de São Paulo com 1.500 associados. Com Carlos Zimbher (SP) e Janine Durand (SP), mediação de Israel do Vale.

SERVIÇO

O QUÊ: Caravana Rumos 2010 – Música

ONDE: Teatro da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis

QUANDO: Dias 25 e 26 de março (quinta-feira e sexta-feira), em horários diversos (veja a programação acima)

QUANTO: Entrada franca

CONTATOS: Assessoria de imprensa da Caravana Rumos 2010: Fernanda Assef: fernanda.assef@conteudonet.com / Fone: (11) 5056-9800

– UFSC: projeto1230@dac.ufsc.br / Fone: (48) 3721-9348 e (48) 3721-9447

Visite: www.itaucultural.org.brwww.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SECARTE – UFSC, com informações dos realizadores do evento

Tabajara Ruas é o convidado do primeiro Círculo de Leitura de 2010

23/03/2010 17:41

O escritor, roteirista e diretor de cinema gaúcho Tabajara Ruas é a atração da primeira edição de 2010 do Círculo de Leitura de Florianópolis, evento que promove o debate de ideias em torno de livros, autores, preferências literárias e temas da cultura em geral, envolvendo um convidado e pessoas que trocam impressões sobre os mesmos assuntos, de forma descontraída. Ele vai falar de sua formação, de suas obras e de suas leituras às 18h desta quinta-feira, dia 25, na sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC, no campus da Trindade.

Tabajara Ruas nasceu em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, em 1942, e é um dos mais férteis e respeitados escritores do sul do Brasil na atualidade. Formado em Arquitetura, ele escreveu livros que estão entre os mais importantes da moderna ficção brasileira, como “Varões assinalados”, “Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez”, “O amor de Pedro por João” e “Região submersa”. Não menos relevantes e conhecidos são “Netto perde sua alma” e “A cabeça de Gumercindo Silva”.

Também trabalha como publicitário e escreveu peças de teatro, mas foi no cinema que angariou um reconhecimento tão grande quanto o obtido na literatura. Para as telas, escreveu “O dia em que Dorival encarou a guarda” (1987), de Jorge Furtado e José Pedro Goulart, “Manhã” (1989), de Norberto Depizzolatti e Zeca Pires, e os longas-metragens “Kilas, o mau da fita” (1977), do cineasta português José Fonseca e Costa, e “Anahy de las Missiones” (1997), de Sérgio Silva. Participou ainda de filmes como “Concerto campestre”, “Oeste” (do catarinense Chico Faganello) e “Garibaldi in America”. Entre 2002 e 2003, foi consultor especial da Rede Globo para a produção da minissérie “A casa das sete mulheres”.

Atualmente, Tabajara Ruas – que fugiu do país, no início dos anos 70, para não ser preso pela ditadura, e morou no Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Príncipe e Portugal – vive entre Florianópolis e Porto Alegre.

Primeiras leituras – Sobre o começo de sua relação com os livros, ele diz que teve uma infância e adolescência povoada de livros na casa da família, “apesar da pobreza da classe média de cidade do interior”. Seus pais liam muito e se interessavam por cultura de modo geral. Nesse tempo, lia obras para adolescentes como os da coleção Terramarear, livros de aventuras de capa e espada, a coleção completa de Tarzan, Jules Verne e José de Alencar, com “O guarani” e “Ubirajara”.

Depois veio a fase de Érico Veríssimo, de outros autores rio-grandenses e de todas as demais vertentes da literatura. Além de Érico, se diz tributário de Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Do exterior, cita autores como Juan Carlos Onetti, Jorge Luis Borges, Ernest Hemingway e William Faulkner. Atualmente, além de ficção e poesia, lê História e ensaios sobre literatura. “No momento, releio Onetti”, destaca.

O Círculo – Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann e Mário Prata foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Contatos com Tabajara Ruas podem ser feitos pelo telefone (48) 3232-1663 ou pelo e-mail tabajara@wruas.com.br

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Vestibular UFSC/2010: DAE divulga a 4ª chamada de calouros

22/03/2010 21:27

O Departamento de Administração Escolar (DAE) divulgou os editais nº 12 e 13 referentes, respectivamente, ao remanejamento de aprovados para o primeiro semestre e à quarta chamada do Concurso Vestibular 2010.

Os candidatos habilitados devem efetivar matrícula de 24 a 31 de março no campus correspondente à classificação do aluno. No campus de Florianópolis as matrículas devem ser efetivadas no DAE, das 10h às 12h e das 14h às 18h.

Mais informações: (48) 3721- 6553, 3721- 9331, 3721-9391 e 3721-6554.

UFSC renova convênio com universidade alemã

22/03/2010 21:09

O Pró-reitor de Pesquisa e Relações Internacionais da Universidade de Münster (Alemanha), Dr. Stephan Ludwig, assinou na sexta, 19/3, o documento que prolonga por mais cinco anos a cooperação entre a Universidade Federal de Santa Catarina e a instituição europeia.

O acordo foi renovado em uma reunião realizada na Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão (PRPE) com a presença da pró-reitora, professora Débora Peres Menezes, do diretor do Departamento de Articulação Institucional da Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter) da UFSC, Louis Westphal, e de outros professores e alunos envolvidos com o convênio. “Não poderia haver data melhor”, afirmou Louis, explicando que o diálogo entre as duas universidades faz 25 anos em março.

O convênio implica em projetos conjuntos nas áreas da biologia e nanofísica, no intercâmbio de alunos e no envio de professores para a pós-graduação. Estudantes e docentes de cursos como Direito, Economia, Matemática e Medicina já foram encaminhados à instituição estrangeira. “A UFSC é a universidade com que tivemos mais colaboração em mais disciplinas” conta Ludwig.

O pesquisador em biologia celular aproveitou o seu dia na UFSC para visitar o Laboratório de Transferência Tecnológica e os departamentos de Física e Biologia. Para Louis, que o acompanhou durante a visitação, conhecer esses espaços “é importante para identificar interesses comuns e ampliar a cooperação entre as universidades”.

Martin Kevenhoerster é um dos alunos que veio ao Brasil através do convênio. Estudante de Direito, o alemão está no país há duas semanas e já mantém uma conversação regular em português. “Eu acho que a interação entre as universidades é ótima. Vir ao Brasil é uma oportunidade incrível e diferente”, diz Martin. Ele não vê grandes diferenças entre os cursos da Alemanha e do Brasil, que teriam basicamente a mesma estrutura jurídica, mas confessa que se surpreendeu com o tamanho das turmas: “lá é tudo mais impessoal; minha sala em Münster tem trezentos alunos”.

Mais informações sobre o convênio com a Universidade de Münster com o professor Louis Westphal: (48) 3721-8225 ou com a pró-reitora Débora Peres Menezes: (48) 3721-9716 ou debora@reitoria.ufsc.br.

Por Ingrid Tabares Fagundez/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Espaço Estético do Colégio de Aplicação recebe exposição ´Ranhuras do Branco`

21/03/2010 12:23

Caminhando por entre as paredes brancas do Colégio de Aplicação da UFSC, uma mudança. No corredor que dá acesso às salas de aula do ensino infantil e fundamental, há impressões de dedo em pó de grafite. São ao todo quatro paredes animadas com o material e que fazem parte da exposição ´Ranhuras do Branco – Texto quase visual, entre a resistência e o abandono`, da artista plástica Marília de Borba. É a primeira vez neste ano que o local, chamado de Espaço Estético, expõe trabalhos artísticos.

As marcas de dedo provocadas pelo grafite dão origem a formas diversas, que despertam outros significados através do contato visual com as paredes brancas. As ondulações e a leveza das ranhuras pretas fazem transparecer a idéia da artista, que afirma o desejo do pó de grafite em se tornar vento. E é esse mineral que percorre as paredes em direção ao pátio, quase como uma tentativa de avisar ao expectador a sua vontade de fugir. Com esse trabalho, Marília de Borba também pretende fugir da arte tradicional, que desconsidera as paredes um local capaz de sustentar as expressões artísticas.

O Espaço Estético surgiu de um projeto desenvolvido pela professora Fabíola Costa em 1997 para, no ano seguinte, ser colocado em prática no Colégio de Aplicação. Fabíola, que também é a coordenadora do local, explica que para uma mostra ser exposta no colégio, deve-se prevalecer a questão estética e visual, porém não existe uma seleção de trabalhos.

Uma pesquisa concluída em 2004 pela coordenadora apontou a necessidade dos alunos estarem em contato com experiências artísticas para a melhoria do diálogo com o outro e percepção de valores culturais, estéticos e éticos. E as ações vão além da visitação das mostras. “Eles farão atividades relacionadas à exposição e participarão do encontro com a artista. A partir desse projeto, são feitas, em todas as turmas, reflexões em torno das obras e algumas vezes propostos trabalhos práticos relacionados à exposição”, conta Fabíola.

No dia 1º de abril, às 9h, Marília de Borba estará no auditório do Colégio de Aplicação para comentar seu trabalho. A mostra ainda ficará exposta até o dia 17 do mesmo mês, e é gratuita e aberta ao público.

SERVIÇO:

O QUÊ:
Exposição “Ranhuras do Branco – Texto quase visual, entre a resistência e o abandono”

QUANDO: Até 17 de abril, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30

ONDE: Espaço Estético do Colégio Aplicação da UFSC

QUANTO: Gratuito, aberto ao público

CONTATO: Fabíola e Ketryn (48) 3721-9691 ou fabiola@ca.ufsc.br

Por Cláudia Mebs Nunes/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Carolina Dantas/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Música é o tema da Caravana Rumos 2010 do Itaú Cultural que chega a Florianópolis

19/03/2010 20:16

Banda Cravo da Terra

Banda Cravo da Terra

Nos dias 25 e 26/03 (quinta-feira e sexta-feira) o Teatro da UFSC recebe a Caravana Rumos 2010, que traz à cidade debates sobre a cena musical e suas políticas públicas, apresentação de documentários e um laboratório de experiências e ações inovadoras. Com foco em música, trata-se de uma das viagens que levam equipes do Itaú Cultural a todas as capitais do Brasil até o final deste semestre para informar sobre o os editais do programa Rumos, edição 2010 – Literatura, Pesquisa, Música e, pela primeira vez, Teatro, cujas inscrições vão até 30 de junho (com exceção de Literatura, que as encerra em 31 de julho).

Além dos debates, está programada a apresentação do DVD que é resultado do Rumos Música 2007/2009, com show do grupo catarinense Cravo da Terra – um dos selecionados naquela edição do programa – realizado no Itaú Cultural em 2008. O grupo também realiza espetáculo no dia 25, às 21h.

O Cravo-da-Terra tem na pesquisa da música tradicional do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil a base de suas composições e de seus arranjos. Seus cinco integrantes utilizam instrumentos de sopro, corda e percussão e, em busca da simplicidade e da delicadeza, convidam o público para uma viagem pela música brasileira e por uma verdadeira experimentação de gêneros musicais.

A Caravana Rumos 2010 tem a parceria local do Projeto 12:30 da UFSC. Criado em 1986, e com ações semanais desde 1993, o Projeto 12:30 apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, nas versões ao ar livre na Concha Acústica e na versão acústico, quinzenalmente, no Teatro da UFSC.

PROGRAMAÇÃO

Dia 25/03 – quinta-feira

12h30
– Vídeo: Programa Rumos Música 2007/2009 – Cravo da Terra (30’)

13h – Documentário: Rumos_Brasil da Música 2004/2005 (45’)

17h – Debate: Circulação Regional. Com Dedé Ribeiro (RS), Beth Moura (PR), Guilherme Zimber (SC), e mediação de Edson Natale.

19h – Debate: Difusão. Com Marcos Espíndola (SC), Abonico Smith (PR), Fabiane Tomaselli (SC) e mediação de Israel do Vale

21h – Show: Cravo da Terra

Dia 26/03 – sexta-feira

Laboratório de Experiências e Ações Inovadoras

Das 14h às 17h – As Redes Associativas da Nova Ordem Digital

Com Espaço Cubo; Fórum Permanente de Música; Música Para Baixar; SConectada

17h – Debate: Cooperativas de Música – A Experiência de São Paulo com 1.500 associados. Com Carlos Zimbher (SP) e Janine Durand (SP), mediação de Israel do Vale.

SERVIÇO

O QUÊ: Caravana Rumos 2010 – Música

ONDE: Teatro da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis

QUANDO: Dias 25 e 26 de março (quinta-feira e sexta-feira), em horários diversos (veja a programação acima)

QUANTO: Entrada franca

CONTATOS: Assessoria de imprensa da Caravana Rumos 2010: Fernanda Assef: fernanda.assef@conteudonet.com / Fone: (11) 5056-9800

– UFSC: projeto1230@dac.ufsc.br / Fone: (48) 3721-9348 e (48) 3721-9447

Visite: www.itaucultural.org.brwww.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SECARTE – UFSC, com informações dos realizadores do evento

Seleção para bolsas de mestrado na Universidade de Leiden tem edital retificado

19/03/2010 19:52

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e a Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter) da UFSC publicaram retificação do Edital nº 1/SINTER-PRPG/2010 referente ao Programa de Bolsa de Excelência Platinum para a Universidade de Leiden. A modificação foi necessária devido ao feriado municipal, no dia 23/03. Dessa forma, as entrevistas de seleção serão realizadas no dia 25/03, a partir das 14h, e a relação dos contemplados será divulgada no dia 26/03.

Confira aqui os editais de retificação, a portaria de designação da Comissão de Seleção e também o edital do Programa.

Leia sobre a seleção aqui.

Mais informações: 3721-8739.

Palestra traz dicas sobre conduta profissional

19/03/2010 18:13

´Atitude profissional – dicas para quem está começando` é o nome da palestra que acontece nesta quarta, 24/03, às 19h, no Auditório da Reitoria. Com base em seu último livro de mesmo nome, (lançado em 11 de março de 2010), Lígia Fascioni falará sobre “as coisas que gostaria de ter sabido quando entrei na adolescência e, mais ainda, quando iniciei minha vida profissional”. Compartilhando algumas dicas recolhidas ao longo de sua própria experiência profissional, Lígia comentará sobre dúvidas comuns tanto a pessoas em início de carreira, como a profissionais que já estão no mercado há algum tempo.

Os temas são apresentados de maneira simples, didática e próxima da

realidade do dia a dia, com leveza e bom humor. A palestrante considera que “começar qualquer coisa na vida já é difícil, o que dirá uma carreira”. Ela espera que, com essa palestra, “os jovens comecem

o caminho sem tantos percalços, e os que já estão na estrada há algum tempo identifiquem comportamentos que podem estar dificultando o caminho para o sucesso”.

Sobre a palestrante:

Lígia Fascioni é Engenheira Eletricista, Mestre em Automação e Controle Industrial, Especialista em Marketing e Doutora em Engenharia de Produção na área de Gestão Integrada do Design.

Atuou por 10 anos em empresas de base tecnológica, principalmente nas áreas de automação, robótica e aviônica, passando depois a trabalhar na área de marketing corporativo e consultoria. Possui vários trabalhos publicados sobre o tema identidade corporativa em eventos científicos e revistas de negócios.

Além do último livro ´Atitude Profissional: dicas para quem está

Começando`, é também autora de outras duas obras: ´Quem sua empresa pensa que é?` e ´O design do designer` pela editora Ciência Moderna. Mantém um site especializado em identidade corporativa ( www.ligiafascioni.com.br), um blog sobre design e atualidades ( www.ligiafascioni.com.br/blog) e escreve semanalmente no site www.acontecendoaqui.com.br, especializado em comunicação e marketing.

A inscrição é gratuita (mas é obrigatória) e deve ser feita no site da

Confraria Empresarial: www.confrariaempresarial.com.br.

Informações:: Elizabeth Specialski(9972-4345 ou 3233-3772).

Projeto 12:30 apresenta Pedro Morais

19/03/2010 16:15

Expoente do atual cenário musical de Minas Gerais, o cantor e violinista Pedro Morais é quem se apresenta no Projeto 12:30 desta quarta-feira, 24/03. O show será na Concha Acústica da UFSC, tem início às 12h30, é gratuito e aberto à comunidade.

Pedro Morais vem se consagrando como um cantor original, dono de uma voz privilegiada, e como um exímio compositor. Acaba de chegar ao mercado seu segundo CD, intitulado “Sob o Sol”.

Com produção assinada por Chico Neves, responsável por discos emblemáticos do O Rappa, Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, Milton Nascimento, dentre outros, o novo trabalho traz uma textura pop mais contemporânea, com uma pegada de banda mais acentuada.

No recente trabalho o artista segue a estrada da música sofisticada, sem hermetismos, com letras que exalam verdade e poesia. É ao mesmo tempo pop sem perder a elaboração característica da melhor escola harmônica de Minas Gerais. Ao lado do companheiro da antiga, o letrista e cantor Magno Mello, o cantor desfila pelo universo romântico, longe de pieguices. “Canção de Outono” e “Vou me iludir” se misturam a inquietações do artista sentidas em “A Fúria do Infinito” e à animada “Gasolina”.

O lançamento oficial do disco será no dia 8 de abril, no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Mais história

A história de Pedro com a música iniciou cedo. Aos sete anos, começou a executar seus primeiros acordes ao violão incentivados pelos pais. Aos oito, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passou a frequentar rodas de chorinho e samba-canção.

Vencedor de importantes festivais brasileiros e dono de grande carisma no palco, Pedro Morais conquistou um grande público seguidor. Sempre convidado a participar de shows e discos de artistas conceituados, tem se apresentado nos mais importantes festivais de Minas Gerais.

O primeiro CD de Pedro, produzido pelo baiano Luiz Brasil e o mineiro Flávio Henrique, traz 12 faixas, sendo 11 autorais e uma bela interpretação à capela de “Mestre Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc. A partir do lançamento em 2005, Pedro passou a dividir o palco com artistas reconhecidos do cenário da música mineira e nacional, como Vander Lee, Max de Castro, Paulinho Moska, Toninho Horta, Beto Guedes, Flávio Venturini, Ná Ozzetti, Simone Guimarães e Flávio Henrique.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações que envolvem música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ
: Show com Pedro Morais

QUANDO: Dia 24 de março, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO do Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447 e www.dac.ufsc.br

CONTATO do Músico: Visite www.myspace.com/opedromorais

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30: DAC: SeCArte: UFSC, com material institucional e do músico.

Só as decisões políticas podem salvar o clima

19/03/2010 14:09

A meta da redução das emissões de gases tóxicos e das pressões sobre o uso da água somente será alcançada se houver uma decisão política neste sentido dos países dispostos a melhorar a relação dos homens com o meio ambiente. No seminário Mercosul Pós-Copenhague, aberto na manhã desta sexta-feira, dia 19, no auditório da Reitoria da UFSC, esta foi uma unanimidade entre os painelistas, que também consideram vital fortalecer a interação entre as ações de governo, porque a região abarcada pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai possui a segunda maior bacia hidrográfica das Américas, um grande aquífero (Guarani) e uma concentração industrial e populacional que se compara a poucos lugares no continente. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que viria a Florianópolis, cancelou sua viagem durante a semana. Mesmo assim, o auditório ficou completamente lotado.

No painel “Os desafios do Mercosul frente às mudanças climáticas”, um dos destaques foi a fala do coordenador de Plataformas Renováveis de Itaipu, Cícero Bley, que trouxe de Copenhague, em dezembro, a certeza de que será cada vez maior a pressão da sociedade pela busca novos modelos de geração energética e de contenção dos efeitos da industrialização. “Havia 15 mil pessoas dentro do evento (COP 15) e 30 mil fora, berrando, protestando”, conta ele. Esse contingente de insatisfeitos, formado por minorias, tende a aumentar nas próximas conferências climáticas, porque é o mais atingido pela prevalência do mercado sobre todas as outras variantes, incluindo a sustentabilidade.

Camilo Lopez Burlan, coordenador de projetos do Cefir (Uruguai), defendeu que a busca de saídas seja pensada regionalmente, acordando conteúdos e promovendo a interação entre os países, com a participação da sociedade. As mudanças climáticas, por exemplo, não podem se reger por fronteiras ou políticas estanques de desenvolvimento. “Não devemos usar apenas os critérios econômicos na hora das decisões, mas também os condicionantes sociais, ambientais e educacionais”, frisou.

A senadora Ideli Salvatti, presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, garantiu que o Brasil já conseguiu reduzir substancialmente o desmatamento, que é um dos maiores fatores de emissão de gases do efeito estufa, mas dependerá ainda por muito tempo, assim como o planeta, da matriz petrolífera para movimentar sua economia. Ela destacou que o Brasil foi um dos poucos países que chegaram com metas e compromissos em Copenhague e citou o mau uso da terra como um dos fatores de desequilíbrio ambiental. “Se usássemos apenas os solos já degradados para o plantio, não seria necessário derrubar mais uma árvore no país por um longo período”, concluiu.

Por Paulo Clóvis Schmitz/ Jornalista na Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Escultura do boitatá ajuda a revitalizar campus da UFSC

19/03/2010 13:40

Dois pés enormes invadiram o lago entre o Centro de Cultura e Eventos e o Centro de Convivência da UFSC. Eles sustentam um ser de 15 metros de altura, de aparência esquelética mesmo pesando quase duas toneladas, e envolto por serpentes. No rosto, um único olho, vermelho, incandescente. O estranho ser, batizado Boitatá, habita o território do imaginário popular, onde desperta medo, atiça a curiosidade e a criatividade, e agora se materializou às margens do lago em escultura do artista plástico Laércio Luiz. A inauguração da obra e da nova praça onde está situada, marcada para o dia 25 de março, às 17h, faz parte das comemorações dos 50 anos da UFSC.

Para dar dignidade à obra “Boitatá Incandescente”, ela foi integrada a um projeto mais amplo voltado para a revitalização do local. No extremo oposto à escultura, ao lado do Centro de Convivência, foi construído um deck que conduz a uma bancada onde aparece uma mandala. Esta é uma homenagem à passagem dos 100 anos de nascimento do professor Franklin Cascaes, historiador responsável pelo registro de mitos e da cultura popular de Florianópolis e municípios vizinhos, inclusive a lenda do boitatá.

Conforme o professor César Floriano dos Santos, doutor em Teoria da Arquitetura pela Escola Superior de Arquitetura de Madri, a obra feita com ferros em forma de I e U, provenientes da ponte Hercílio Luz, tornou-se de difícil inserção por sua característica vazada e temática. Isso exigiu obras complementares, o deck, a bancada para a mandala e a nova vegetação, compondo a decoração de uma praça de estar com mesas e cadeiras em redor do lago.

Com o novo layout, os contornos do lago passam a ser habitados por bromélias. A escolha levou em conta, além do aspecto estético, a questão da segurança, para evitar quedas no lago, que tem 1m15cm de profundidade.

No meio das águas, uma distinção à habilidade humana, uma ilha construída com pedras que receberá bonsais. Já para os pés do “Boitatá Incandescente”, a sustentação visual é de vitórias-régias e outras plantas aquáticas. Além disso, carpas vermelhas vão habitar o lago, e com elas voltam as garças. Também não há como deixar de registrar a presença de um casal de patos e seis filhotes que algum artista anônimo colocou no lago. O sereno deslizar das aves pelas águas complementa a beleza do local.

Esguichos de água próximos ao deck e um caminho sensitivo para pessoas portadoras de deficiências físicas também integram o novo visual do lago.

O projeto conecta o tema popular aos avanços tecnológicos através de um painel de LED no olho do boitatá e de câmaras na cabeça ligadas na web da universidade. Voltadas para a mandala, as câmaras permitem a transmissão de imagens para o mundo.

Quando foi apresentado ao Funcultural, do governo do Estado, o projeto “Boitatá na Ilha da Magia”, referente apenas à escultura, estava orçado em R$ 126 mil. Estes recursos vieram de fundos culturais com patrocínios da Unimed, Zincarápido, Dominik, Metal Arte e Casas da Água. O projeto de paisagismo complementar à obra foi patrocinado pela UFSC, com investimentos de R$171.904,00.

Expressão do artista – Artista plástico visual catarinense, pesquisador de pigmentos naturais, pintor, escultor, carnavalesco e folclorista, Laércio Luiz participou de exposições no Brasil e no exterior, onde conquistou vários prêmios e menções honrosas.

Durante a infância sonhava levar para casa algumas barras de ferro da ponte Hercílio Luz e dar a elas uma forma artística. Imaginava que a ponte viesse a deixar de ser usada, ou talvez caísse. Nem uma coisa e nem outra aconteceu. Mas o projeto de reutilização da ponte para dar vazão ao congestionado trânsito da Ilha de Santa Catarina fez seu sonho virar realidade. Devido a reformas na velha estrutura, algumas vigas deixaram de ser necessárias. Laércio solicitou as peças ao Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) e conseguiu seis barras em forma de I e outras seis barras em forma de U.

O problema agora era onde guardar as peças. A solução veio fácil. Com o apoio de um amigo, conseguiu um galpão para trabalhar a obra no bairro Córrego Grande, próximo ao seu ateliê.

Irreverente, Laércio não pode reclamar dos amigos. Para entortar as pernas e dar movimento ao boitatá, contou novamente com a força de dez deles. Mas o tamanho gigantesco da obra exigia exatidão de cálculos para determinar fatores como o ponto de equilíbrio, por exemplo. Hora de apelar para a ciência. As equipes dos professores Moacir Carqueja, do Departamento de Engenharia Civil, e Orestes Alarcon, do Departamento de Engenharia Mecânica, usaram seus conhecimentos para garantir a segurança e sustentação exata da obra monumental.

Dez anos de gestação – Após dez anos no papel, o projeto da escultura do boitatá foi avaliado e aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina. O Conselho determinou que a obra fosse instalada em um lugar singular e inusitado, preferencialmente visitado como um espaço multiuso.

Depositário das pesquisas e obras de Franklin Cascaes, este lugar singular só poderia ser a UFSC, em Florianópolis. Conforme Laércio, apesar da identidade própria de sua arte, ele estudou o matiz grafite usado na escultura para obter forma semelhante ao usado por Cascaes. João Evangelista de Andrade Filho, administrador do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), endossou com propriedade esta afinidade quando, ao observar a maquete do projeto, afirmou: “…a peça, pelo que me foi dado apreciar, guarda um vínculo de linguagem com a obra gráfica de Cascaes, o que a torna particularmente interessante…”

“Homenageando Franklin Cascaes e sua obra eu reconheço os sonhos de minha própria infância, que continuam presentes em minha fase adulta. Então recrio um boitatá e compreendo os medos que ainda me afligem, sempre relacionados com minha íntima ligação com o meio ambiente, a não preservação e o descaso com o que é considerado em desuso nas cidades”, comenta Laércio. Ele projeta seu ideal: “Por isso, mostro que a escultura faz um paralelo com o processo de verticalização da vida contemporânea ao projetá-la com 15 metros de altura. E assim proponho a reflexão sobre a importância das horizontalidades nas relações sociais, quando os seres humanos poderão se aproximar mais de seus iguais e rever seus valores internos”.

Outras informações sobre a obra são obtidas com o artista, no telefone (48) 9607-6890.

Por Mara Paiva / Jornalista na Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Raul Antelo recebe prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos

19/03/2010 13:21

O crítico literário, professor titular das disciplinas Literatura Brasileira Contemporânea e Teoria Literária, Raul Antelo, recebeu nesta sexta-feira, 19/3, o Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos.

O prêmio é um reconhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina a docentes da instituição por suas contribuições para o avanço do conhecimento e formação de recursos humanos. A atividade faz parte da agenda de comemoração dos 50 anos da UFSC.

De março a dezembro, 11 professores, coordenadores de importantes estudos em suas áreas, representantes dos 11 centros da instituição, receberão a distinção.

O próximo docente a receber a distinção é Wagner Figueiredo, professor do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas da UFSC, especializado no campo da física da matéria condensada, área que está na base do desenvolvimento da eletrônica, do telefone celular ao computador pessoal.

O professor é membro da Comissão da Sociedade Brasileira de Física sobre Mecânica Estatística e Computacional e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos. Possui 130 artigos completos publicados em periódicos e 608 citações no web of science, banco de dados de referências bibliográficas do Institute for Scientific Information. O ISI indexa os registros de artigos científicos de todas as áreas, publicados nas mais relevantes revistas científicas do meio acadêmico internacional.

A organização do Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos é da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, com apoio da Agência de Comunicação e do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

Saiba Mais:

O pesquisador Raul Antelo:

“Acho que mesmo aqueles que têm alguma dificuldade merecem caviar. Eu ofereço caviar a todos”

Sua primeira opção no vestibular foi arquitetura – talvez algo mais próximo do mundo técnico em que vivia o pai, um químico. Mas foi justamente em sua biblioteca que o crítico literário Raúl Antelo aprendeu a gostar do mundo das palavras. Hoje, sentado no centro da própria biblioteca, entranhada pelo cheiro de naftalina, cercado por mais de 10 mil livros, se orgulha dos primeiros anos de escola. No então “secundário” teve aulas de psicologia, sociologia, filosofia, arte, história medieval.

Graduado em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (cidade em que nasceu) e em Língua Portuguesa, pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas, veio fazer a pós-graduação no Brasil.

Era uma ousadia que um argentino pesquisasse a Língua Portuguesa, mas na USP fez o mestrado e o doutorado em Literatura Brasileira. Na UFSC chegou em 82, recém-doutor, na Pós-Graduação em Literatura, para seguir a carreira de professor, pesquisador, orientador, escritor, crítico literário.

São dezenas de obras publicadas, organizadas ou editadas; centenas de capítulos de livros; inúmeros prefácios, posfácios, artigos, ensaios. São constantes os convites (para conferências, seminários, cursos) que recebe o professor visitante da University of Texas at Austin e da Duke University, nos Estados Unidos; da Universidad Simon Bolivar, na Venezuela; Universidad Autonoma de Barcelona, na Espanha; Leiden Universiteit, na Holanda.

Professor titular das disciplinas de Literatura Brasileira Contemporânea e de Teoria Literária na graduação (onde nunca deixou de dar aulas) é também autor de Ausências (lançado em 2009); Crítica acéfala (em 2008); Tempos de Babel: anacronismo e destruição (2007); Maria con Marcel: Duchamp en los trópicos (2006); Potências da imagem (em 2004), Transgressão e modernidade (2001) – apenas para citar alguns de seus livros.

Colaborou com várias obras coletivas sobre a história da literatura argentina e da literatura brasileira. Pelo estudo e divulgação da obra de Cruz e Souza, recebeu Medalha de Mérito da Comissão Estadual para Celebração do Centenário de Morte do poeta, o mais importante simbolista brasileiro.

Para a coleção Archives, da Unesco, organizou a Obra Completa de Oliverio Girondo, poeta vanguardista argentino que passou pelo Rio de Janeiro em 1920. Editou Ronda das Américas de Jorge Amado, livro que traz o relato de uma viagem de pelo menos oito meses feita pelo escritor de navio, trem e avião pela América Latina, em 1937. Todos os textos que compõem A Ronda das Américas foram publicados na contracapa do jornal Dom Casmurro. O extinto jornal era editado semanalmente, no Rio de Janeiro – o pesquisador, “arqueólogo da literatura” Raul Antelo recupera o material, analisa, revaloriza.

Ao ser convidado pelo Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana para organizar um volume sobre Antonio Candido  intelectual brasileiro que possui obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do mundo – deixou clara outra marca de seu trabalho: decidiu que não faria um livro-homenagem, mas “uma obra de discussão, que mostrasse como o pensamento dele está vivo”.

Ausências, seu mais recente livro, reúne textos sobre Baudelaire, Rui Barbosa, Murilo Mendes (poeta expoente do surrealismo brasileiro), o modernismo de Sérgio Buarque de Holanda e de Mário de Andrade. Nele estão frequentadores assíduos do trabalho de Raúl Antelo, como o sociólogo e antropólogo francês Roger Caillois, o filósofo e sociólogo Walter Benjamin; o escritor e ensaísta Jorge Luis Borges; o poeta e dramaturgo Bertolt Brecht, entre outros.

A associação e recriação a partir desse patrimônio cultural de fato não é leitura de massa. O leitor “impreparado” (como dizem orientandos de Raúl Antelo) terá dificuldades. A partir de perspectivas inusitadas e autores variados constrói textos que falam do particular e do universal na cultura latino-americana. E, avançando sempre, assume o risco de nem sempre ser entendido, de ser difícil, por vezes inacessível.

“Não trabalho por uma aceitação imediata. Trabalho por uma utopia”, deixa claro o professor que na pós-graduação tem suas aulas de modernismo, literatura comparada e teoria crítica ampliadas por alunos especiais e ouvintes. Aulas que fazem alguns fugirem, ao mesmo tempo conquistam discípulos. “Acho que mesmo aqueles que têm alguma dificuldade merecem caviar. Eu ofereço caviar a todos”, diz o professor generoso, e exigente, que fica frustrado quando os alunos não lêem o texto indicado.

O pesquisador que com seu modo peculiar de exercer a crítica literária compartilha o pensamento sobre a literatura na relação com a cultura, com as outras artes, com a psicanálise, a antropologia, a filosofia. O crítico literário que instiga a associação de saberes das ciências humanas para, a partir da literatura, fazer a reflexão sobre a modernidade latino-americana.

“A crítica literária recupera a história, a memória, mostra que você deve muito a outros que o antecederam”, ensina o professor orgulhoso de sua área. Na essência, o pesquisador que se considera feliz ao transmitir “a vontade da suspeita”.

Saiba Mais:

Raúl Antelo:

– É professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas, ligado ao Centro de Comunicação e Expressão da UFSC

– Bolsista (Produtividade Científica 1-A) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

– Pesquisador do Núcleo de Estudos Literários e Culturais

– É colaborador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

– Consultor da Capes e do CNPq

– Sua linha de pesquisa é ´Teoria da Modernidade` e o mais recente projeto ´Genealogia da repetição na estética do abandono`.

– É membro do corpo editorial de 14 periódicos científicos

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Cláudia Reis/ Jornalista na Agecom

Mais informações:

Sobre o prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão:

Professor Jorge Mário Campagnolo – Diretor de Projetos de Pesquisa

Fone: 3721-9437

E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Professor Ricardo Rüther –Diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento

Fone: 3721-9846

E-mail: rüther@reitoria.ufsc.br

Contato com o professor Raul Antelo: antelo@iaccess.com.br

Após 4 anos, está perto do fim o levantamento florestal em SC

19/03/2010 12:02

Equipe do inventário: acordar cedo e dormir tarde

Equipe do inventário: acordar cedo e dormir tarde

Terminam nesta semana os trabalhos de campo que vão incluir a Ilha de Santa Catarina no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). Pesquisadores têm percorrido matas no entorno da Lagoa do Peri, Vargem Grande e Lagoinha do Leste para examinar o que sobrou de florestas e de plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e samambaias.

O projeto é uma iniciativa do governo estadual, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (FAPESC). Desta instituição é a doutora em gestão ambiental Adriana Dias, quem explica que os resultados científicos deste levantamento servirão para formular políticas públicas relativas às florestas catarinenses. “Precisamos conhecê-las para tomar decisões estratégicas sobre seu uso e sua conservação”, salienta.

A atual fase do inventário está sob coordenação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), mas também participam do IFFSC a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SAR) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Minas Gerais e Rio Grande do Sul já concluíram seus levantamentos, mas nosso estado é o primeiro a usar a metodologia definida para o Inventário Florestal Nacional, a qual permitirá a integração dos dados obtidos em todas as unidades da federação. Rio de Janeiro, Distrito Federal e Sergipe devem ser os próximos a iniciarem seus inventários estaduais.

“Nós começamos em 2007, mas trabalhamos principalmente no verão porque a identificação de muitas espécies só é possível quando há flores ou frutos, e com a maioria delas, isso acontece entre setembro e abril. De todo jeito, devemos terminar este ano”, diz o Prof. Dr. Alexander C. Vibrans, coordenador do IFFSC.

O plano original era rastrear 440 pontos no território catarinense, porém este número deve chegar a 520. “O Parque Estadual do Peri não estava previsto, mas entrou porque tem uma floresta bem conservada, e nos permite analisar melhor o grau de degradação das demais”, acrescenta Vibrans. “Lá e em outros locais preservados encontra-se grande quantidade de plantas epífitas (que vivem agarradas a árvores sem parasitá-las)”.

Algumas orquídeas florescem no inverno e por isso o levantamento de epífitas no estado se estenderá até 30 de agosto de 2010; 30 de junho é a data limite para inventariar as florestas catarinenses. Além do grupo que atua na ilha – composto por biólogos, engenheiros florestais, auxiliares de medição e de coleta – atualmente existem equipes trabalhando em regiões de Angelina, Taió, Braço do Norte, Corupá e Joinville.

Na semana passada, o Serviço Florestal Brasileiro garantiu um repasse de R$674 mil para financiar os estudos complementares àqueles já bancados pela FAPESC, com R$3 milhões. “Para 2011, está programado um evento público para apresentar os resultados de todo o projeto”, conclui Vibrans.

Equipe da FURB enfrenta desafios diários

Levantar às 6 da manhã e dormir perto da meia-noite tem sido rotina para alguns pesquisadores da FURB nos últimos anos. Mais que compromisso em terminar o inventário dentro do prazo,é o entusiasmo que move muitos deles, desde jovens de 18 anos até profissionais experientes.

Entre eles está a escaladora Simone Silveira, acostumada a subir em 4 árvores por dia para medir a circunferência do tronco em várias alturas. Ela vem mantendo esta média há 4 anos, ou seja, desde o início do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina.

Nem sempre o grupo foi bem recebido. Alguns donos de terra no Planalto Serrano negaram acesso às suas propriedades, mas isso foi uma exceção. A maioria entendia as metas do inventário, e houve até quem ajudou a alcançá-las. “Já aconteceu de nos emprestarem um cavalo para a gente se deslocar com mais facilidade e de levarem a gente de trator aos lugares mais acidentados”, disse o biólogo Tiago João Cadorin.

Ele lembra de várias situações difíceis e de ter empurrado Kombis que atolaram na lama ou tiveram outros problemas. Cada desafio resultou num avanço sobre o modo de conduzir a pesquisa, porém certos procedimentos vem sendo repetidos à exaustão. Realmente cansa, ao final de um dia – que, no caso dos trabalhos de campo feitos na Lagoa do Peri, começava com uma hora de caminhada na mata – usar parte da noite passando álcool em folhas e outras partes das plantas coletadas.

Os pesquisadores também colocam as amostras entre folhas de jornal, papelão e madeira, tentam identificar de que espécie são – se isso não pôde ser feito na floresta – tudo no retorno ao Centro de Treinamento que a EPAGRI mantém em Florianópolis. Após a jornada laboral de sexta-feira (12), às 20h30 a bióloga Anita Stival dos Santos escrutinava um livro para descobrir o nome científico de certas plantas pouco comuns que sua equipe coletara naquela tarde. Ás vezes, os pesquisadores consultam sites ou buscam especialistas para dar a palavra final. Esta última alternativa foi acionada quando a bióloga Juliane Schmitt encontrou uma bromélia em Orleans da qual, aparentemente, não havia registro no estado. A resposta vem sendo aguardada por todos.

Fonte: Jornalista Heloisa Dallanhol

Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica o Estado de Santa Catarina

Núcleo de Estudos Poético-Musicais promove evento sobre Elis Regina

19/03/2010 09:59

O Núcleo de Estudos Poético-Musicais (Nepom) da UFSC promove nesta sexta, dia 19, às 15h, no Auditório Henrique Fontes, prédio B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE), um evento com a exibição de dois programas da TV Cultura sobre Elis Regina.

Após os vídeos, haverá debate sobre a obra e vida de uma das musas da música popular brasileira. O evento integra o projeto Cantadas Musicais, que pretende popularizar as reflexões sobre a música e a literatura. “Queremos compartilhar com o grande público as questões interessantes que os professores levantam em suas pesquisas”, explica a coordenadora do grupo e professora de Letras da UFSC, Susan de Oliveira.

Desde o seu surgimento, em 2001, como setor do Núcleo de Estudos Literários e Culturais, o Nepom já realizou uma série de eventos que busca, através de palestras, debates, documentários e entrevistas, estabelecer conexões entre grandes obras musicais e literárias. “Em 2002 realizamos a série Cantadas MPB, quando foram dados minicursos sobre a história desse ritmo”, destaca Susan.

Com esses encontros, o Núcleo atrai tanto alunos como pessoas interessadas em música. Atualmente, conta com seis pesquisadores, entre professores de Filosofia e Letras da UFSC, e se reúne quinzenalmente para compartilhar os resultados dos trabalhos individuais e decidir a programação.

Neste ano, a série Cantadas Musicais já contou com uma discussão sobre o compositor de MPB, Herivelto Martins. Na agenda do Nepom está previsto um Colóquio de Música, Literatura e Cinema que deverá ocorrer junto com a Semana de Letras (25 a 28 de maio), nos dias 27 e 28 do mesmo mês, no Auditório do CCE.

Mais informações com a professora Susan de Oliveira pelos telefones (48) 3721-6907 e 9972-9978, pelos e-mails susandeoliveira@yahoo.com.br e nepomufsc@gmail.com ou pelo site www.nepom.ufsc.br.

Por Ingrid Fagundez/bolsista de jornalismo na Agecom

Encontro Municipal da Juventude terá espetáculos e ações sociais

19/03/2010 09:22

A Universidade Federal de Santa Catarina, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude, realiza no dia 24 de março, quarta-feira, no Centro de Cultura e Eventos e Concha Acústica, das 9h às 18h, o 1º Encontro Municipal da Juventude. Será um dia inteiro de espetáculos, ações sociais, apresentações culturais, oficinas, lazer/esportes, palestras e workshops.

Nas quatro salas em frente ao auditório principal do Centro de Cultura e Eventos serão oferecidos os serviços gratuitos de emissão de carteira de identidade (com fotografia feita na hora), título de eleitor, CPF e carteira de trabalho.

A programação do evento prevê a abertura dos stands, às 9h; abertura oficial, às 9h30, com a participação da banda da Polícia Militar do Estado; mesa-redonda sobre “Profissões do Futuro”, às 11h; palestra sobre “Sexualidade na Juventude”, às 14h; palestra sobre “Comportamento no Ambiente de Trabalho”, às 15h; palestra sobre “Jovens nas Forças Armadas, Exército”, às 16h; palestra institucional sobre os bombeiros, às 17h; e apresentação de encerramento, com street dance, às 18h.

Na Praça da Cidadania, em frente à Concha Acústica, acontecerão a abertura dos stands e oficinas, às 9h; apresentação do Canil da Polícia Militar, às 11h30; exibições de boi de mamão, às 12h; e concerto com a Banda UFSC, dentro do Projeto 12:30.

Mais informações: juniormbarbosa@gmail.com / (48) 8844-1914

Jornalista Hernando Calvo Ospina fala na UFSC sobre a política colombiana e lança livro

18/03/2010 17:21

O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), o Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e o Núcleo de Estudo de História da América Latina (NEHAL) da Universidade Federal de Santa Catarina vão promover, na quinta-feira, dia 25 de março, a conferência do jornalista Hernando Calvo Ospina, do Le Monde Diplomatique, sobre o tema “Colômbia: a história, as guerrilhas e as bases dos Estados Unidos na Amazônia”.

A conferência tem início às 9h, no Auditório do CFH. Durante o evento, O jornalista lança o livro “O terrorismo de Estado na Colômbia” pela Editora Insular, Florianópolis, que neste dia estará com 50% de desconto. O colombiano Hernando Calvo Ospina, depois de escrever este livro, a partir de fontes primárias, não pode mais voltar para seu país. Atualmente é jornalista refugiado do Le Monde Diplomatique em Paris.

Sobre o livro:

Colômbia: Um Estado Terrorista?

Por Waldir José Rampinelli – Professor do Departamento de História da UFSC

Na Colômbia, afirmava um líder comunitário, é mais fácil organizar uma guerrilha que um sindicato. Se alguém tem dúvidas, que o tente no seu local de trabalho. A Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), criada em 1987, contabilizava, doze anos depois, 2.500 filiados assassinados, sendo os empregados das plantações de banana os mais atingidos, seguidos dos professores e dos petroleiros. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) declarou que a Colômbia é o país do mundo onde qualquer atividade sindical representa um alto grau de risco. E usou a expressão “genocídio sindical” para caracterizar os constantes massacres da população organizada.

O livro O Terrorismo de Estado na Colômbia (Florianópolis: Editora Insular, 2010), do jornalista Hernando Calvo Ospina, é um importante estudo da política colombiana e de como um Estado classista se utiliza do terror contra sua população para que uma oligarquia se apodere do país.

O assassinato de Jorge Eliécer Gaitán, em abril de 1948, desencadeou a espiral de violência. Embora pertencesse ao Partido Liberal, ele era um líder popular com um discurso nacionalista e anti-imperialista, responsabilizando a oligarquia colombiana e as empresas estadunidenses pela superexploração da mão-de-obra de seu povo. Seguramente seria eleito presidente nas eleições de 1949, daí sua eliminação para que a classe dominante continuasse seu processo de acumulação. A revolta popular foi tão grande pela morte dele que, assim que tomou conhecimento pelo rádio, atacou e incendiou símbolos do poder em Bogotá, tais como o Palácio da Justiça, a Procuradoria da Nação, o Ministério do Interior e da Educação, a sede presidencial, a Nunciatura Apostólica e vários conventos, entidades estas responsabilizadas como autoras intelectuais do assassinato de Gaitán.

A partir de então, o Partido Liberal e o Conservador estabeleceram uma coalizão, denominada de Frente Nacional, destinada a garantir o poder à oligarquia, tornando quase impossível que uma força militar ou civil rompesse este sistema. Passaram a se revezar no poder, distribuindo os cargos entre si e funcionando como entidades do Estado. A diferença entre Liberais e Conservadores se reduziu a que, afirma Gabriel García Marquez, enquanto uns iam à missa das sete, outros frequentavam a das nove. Com o surgimento da Frente Nacional acabavam-se as lutas partidárias, mas nascia a luta de classes.

Os camponeses mais perseguidos foram os liberais gaitanistas. Acredita-se que entre 1946 e 1958 foram assassinados aproximadamente 300 mil deles. Deste modo, não restava a eles outra alternativa que a luta armada. A “Operação Marquetalia”, uma incursão militar assessorada pelos boinas verdes estadunidenses contra presuntos “bandoleiros” que defendiam “repúblicas independentes”, serviu para massacrar vários “pueblos”. Em um deles vivia o “campesino” Manuel Marulanda Vélez, que se viu obrigado a adotar uma nova forma de resistência – guerra de guerrilhas – de unidades em movimento permanente, evitando a confrontação e atacando de surpresa. Nascia, assim, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), de cunho comunista (1965).

Um ano antes já havia sido criado o Exército de Libertação Nacional (ELN), com forte influência ideológica da Revolução Cubana, tendo em vista que vários de seus dirigentes haviam estado na Ilha participando do processo de defesa das agressões imperialistas. A esta organização pertenceu o tão conhecido sacerdote Camilo Torres Restrepo, que dizia que “o dever de todo cristão é ser revolucionário e o dever de todo revolucionário é fazer a revolução”. Em 1967, foi fundado o Exército Popular de Libertação (EPL), tendo como bandeira a teoria da “guerra popular prolongada” e a criação de “embriões de poder alternativo”. Mais tarde, em 1974, apareceu também o Movimento 19 de Abril (M-19), que se definiria como nacionalista e que lutava pelo socialismo.

O Estado colombiano, suas classes dominantes e Washington, de tanto falar do “perigo comunista” e de massacrar camponeses indefesos, haviam ajudado a tornar realidade o aparecimento de quatro organizações político-militares, algumas delas atuantes até hoje.

Os Paramilitares

A Doutrina de Segurança Nacional, utilizada pela França nas guerras colonialistas da Indochina e da Argélia, como também pelos nazistas na resistência gálica, entrou na Colômbia, pelas mãos de Washington, com o objetivo de alinhá-la na Guerra Fria e com a finalidade de combater os grupos guerrilheiros e todos aqueles que lhes davam apoio. O inimigo passa a ser interno e é caracterizado de “bandoleiro”, “subversivo”, “guerrilheiro” e “terrorista”. Deste modo, a presença e a atuação das Forças Armadas da Colômbia “alcançariam um status de ideologia de Estado”.

No entanto, por pressão de organismos internacionais, o Estado colombiano foi denunciado com frequência nas entidades de direitos humanos. Passou, então, inicialmente a estimular e posteriormente a criar grupos paramilitares que tivessem as mãos livres para perpetrar todos os crimes possíveis contra as organizações de esquerda. Os para, como são conhecidos, se autodenominaram de Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) e são financiados por empresários, latifundiários e narcotraficantes, cabendo ao Exército colombiano o suporte tático e estratégico. Tais grupos cresceram tanto no país que 1987 e 1988 são conhecidos como os “anos do paramilitarismo”. Eles chegaram a criar um partido político – o Movimento de Renovação Nacional (Morena) – pretendendo expandir a experiência paramilitar como ideologia política.

Hernando Calvo Ospina, neste trabalho, mapeia os nomes de generais, coronéis e demais pessoas que assumiram a direção e operação dos grupos paramilitares com o apoio das democracias capitalistas dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina. Os paramilitares atacam principalmente as populações civis e desarmadas, alegando que, como não encontram os grupos guerrilheiros, dão cabo daqueles que lhes apoiam. Se não se pode pegar o peixe, tenta-se tirar-lhe a água. Daí que todos são suspeitos sem poder provar o contrário. Assassinam líderes comunitários, massacram povoados acusados de abastecer as guerrilhas, obrigam as pessoas a votar em seus candidatos, exigem que os camponeses vendam suas terras pelos preços que eles estabelecem e provocam um enorme êxodo rural com o consequente inchamento das cidades, dispondo para tudo isso da proteção do Exército colombiano. O jornal espanhol El País, na sua edição de 20 de abril de 2009, sob o título Las tierras de sangre en Colômbia, mostra a luta dos camponeses para reaver suas propriedades, pagando com a vida o simples gesto de reivindicar o que fora seu um dia.

Os paramilitares têm, igualmente, seus apoios internacionais, principalmente dentro de Israel e dos Estados Unidos. Empresas israelenses de segurança, contratadas por narcotraficantes e por uma companhia exportadora de banana, com o apoio do governo colombiano e de suas forças de segurança, trouxeram assessores daquele país para treinar os para. Os cursos eram tão caros (por três deles foram pagos 800.000 dólares) que, segundo confissão do paramilitar Baquero Agudelo “Vladimir” coube aos narcotraficantes Gonzalo Rodríguez Gacha, Victor Carranza e Pablo Escobar Gavíria o financiamento dos mesmos. Aliás, foi com Escobar Gavíria que os mercenários israelenses cresceram na Colômbia, já que o grande capo necessitava cada vez mais de segurança pessoal como também para suas plantações de coca.

Gravíssima, porém, é a relação dos paramilitares e narcotraficantes com a Agência Central de Inteligência (CIA). Enquanto os para atuavam dentro da lógica da Doutrina de Segurança Nacional contra as guerrilhas e seus apoiadores, já os narco abasteciam a CIA com cocaína, que, uma vez levada à América Central, e daí aos Estados Unidos, era vendida e o dinheiro revertido para financiar os Contra que, na fronteira de Honduras com a Nicarágua, lutavam para derrubar o regime sandinista. Esta triangulação, feita para arrecadar fundos, driblava uma decisão do Congresso estadunidense que havia proibido o financiamento deste exército irregular. A sentença de morte de Pablo Escobar Gavíria se deveu, entre outras razões, segundo declarações de membros do Cartel de Medellín, ao fato de ele, em um de seus momentos de arranque nacionalista e anti-imperialista, se negar a fornecer mais cocaína à CIA para a guerra antissandinista.

Uribe e suas conexões perigosas

Fernando Garavito Pardo, colunista do jornal El Espectador, teve de se exilar, em março de 2002, depois que publicou uma série de trabalhos sobre os possíveis nexos do então candidato a presidente Álvaro Uribe Vélez com o narcotráfico e o paramilitarismo. O mesmo aconteceu com Ignácio E. Gómez Gómez logo depois de receber o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê Mundial para a Proteção dos Jornalistas ao fazer uma reportagem que relacionava Uribe com o Cartel de Medellín.

Quando o pai do presidente foi atacado pelas FARC em sua fazenda, Uribe se utilizou do helicóptero mais moderno do país, de propriedade de Pablo Escobar Gavíria, para chegar ao local do enfrentamento. Perguntado sobre o uso da aeronave, o presidente simplesmente respondeu que “embarquei quase de noite no primeiro helicóptero que conseguiram […] O jornal El Mundo disse no dia seguinte que o helicóptero era do fazendeiro Pablo Escobar”.

Em 1984, quando a polícia chegou ao maior laboratório de cocaína do mundo, de Pablo Escobar – o Tranquilandia –, encontrou várias aeronaves, três das quais tinham licença de funcionamento expedida pela Aeronáutica Civil quando seu diretor fora Álvaro Uribe Vélez.

No entanto, o mais grave estaria por vir. Em 30 de julho de 2004 a presidência da Colômbia rechaçou um documento da Defense Intelligence Agency (DIA), um dos serviços de segurança mais secretos e poderosos dos Estados Unidos, que classificava Uribe “um político e senador colombiano dedicado a colaborar com o Cartel de Medellín nas altas esferas do governo”. E continuava: “Esteve vinculado com os negócios relacionados com as atividades dos narcóticos nos Estados Unidos. Seu pai foi assassinado na Colômbia por sua conexão com os traficantes de narcóticos. Uribe tem trabalhado para o Cartel de Medellín e é um próximo amigo pessoal de Pablo Escobar Gaviria (sic)”.

Esta é uma das causas que explicam o apego de Uribe ao poder. Teme que, uma vez terminado seu mandato presidencial, possa ser julgado por alguma corte internacional por conta de seus vínculos quer com o narcotráfico, quer com os paramilitares.

Tornou-se um defensor acérrimo do Plano Colômbia, cujo objetivo principal é a militarização, aumentando a guerra interna. Dos recursos aprovados pelo Congresso estadunidense para este plano, 85% estavam destinados ao fortalecimento do aparato bélico, enquanto para a repressão ao narcotráfico nada fora adjudicado. Apenas 8% eram investidos na substituição dos cultivos ilícitos. Além disso, Uribe cede a soberania de seu país aos Estados Unidos ao permitir que o Pentágono instale sete bases militares na Colômbia, sendo três aéreas, duas terrestres e duas navais. O almirante Stavridis, recentemente nomeado por Obama chefe supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmou que “na América do Sul me concentrei em operações de insurgência na Colômbia, repercutindo em meu papel como comandante no Afeganistão”, e revelou à CBS que “os Estados Unidos estava enviando ao Afeganistão comandos colombianos treinados pelos boinas verdes”. E completou: “quanto mais se pareça o Afeganistão à Colômbia, melhor”.

O resultado de todo este terrorismo de Estado, além dos milhares de assassinados que vai deixando pelo caminho, é a fuga das pessoas do campo para as periferias das cidades. Já há mais de quatro décadas a Colômbia vive um conflito interno com nítidas características de guerra civil. É, portanto, o país com “a mais grave crise humanitária do hemisfério ocidental”, catalogou o Alto Comissionado da ONU para os Refugiados (Acnur) no ano 2000. Três anos depois, a Colômbia era o segundo país do mundo em número de refugiados. Perdia apenas para o Sudão.

Os governos colombianos têm tornado as estatísticas horripilantes no que toca aos direitos humanos. Fazendo-se uma comparação macabra com as ditaduras de segurança nacional da América do Sul, chega-se a números espantosos: o terror de Estado na Colômbia, a partir de 1986, tem matado mais, a cada período presidencial de quatro anos, que todas as ditaduras militares regionais juntas no mesmo espaço de tempo. Por isso, a Colômbia não teve ditaduras militares porque vive uma “ditadura perfeita”, ou seja, aquela que faz tudo o que as demais fazem e, no entanto, parece ser democrática.

O colombiano Hernando Calvo Ospina, depois de escrever este livro, a partir de fontes primárias, não pode mais voltar para seu país. É jornalista refugiado do Le Monde Diplomatique em Paris.

1 – SAXE-FERNANDEZ, John. La gran traición. La Jornada, México, 13 ago. 2009. Seção Opinião.

Outras informações com o professor Waldir José Rampinelli pelos telefones (48) 3233-4991 e 8823-1373.

Margareth Rossi / Jornalista da Agecom

TV UFSC exibe nova programação semanal

18/03/2010 15:47

Em 2010, a TV UFSC aposta nas notícias e nos assuntos que são destaque na comunidade universitária e traz as novidades do mundo da ciência, cultura e arte. Somando informação e entretenimento, a programação conta com cinco programas fixos.

No UFSC Entrevista, Mayara Vieira conversa com professores e pesquisadores da universidade, aprofundando temas das áreas de ciência e educação. O Primeiro Plano apresenta os melhores documentários e reportagens produzidos pelos alunos do curso de Jornalismo da UFSC. A nova programação tem também filmes clássicos e consagrados, que hoje são de domínio público, na Sessão Cinema.

O Tome Ciência debate os assuntos mais atuais da comunidade científica, e o Justiça do Trabalho na TV coloca os direitos do trabalhador em foco. Durante toda a programação, os boletins do Universidade Já informam sobre o que é notícia na UFSC, direto do campus.

A nova programação vai ao ar na segunda-feira, dia 22, a partir das 19h30, com reprise às 9h30 do dia seguinte. Não esqueça, acompanhe tudo no canal 15 da NET.

A grade completa e mais informações sobre os programas estão no site www.tv.ufsc.brou pelos telefones (48) 3952-1921 e 3952-1909.

Marina Veshagem / Bolsista da TV UFSC

Seminário Mercosul Pós-Copenhague abordará ações para enfrentar consequências das mudanças climáticas

18/03/2010 14:50

As mudanças climáticas são tema permanente na pauta econômica e política global. As recentes catástrofes no nosso continente e também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul forçam ações de mitigação e adaptação às alterações do clima. Mas tais ações não têm efeito se localizadas, precisam ser integradas entre os estados e mesmo entre os países.

O Seminário Mercosul Pós Copenhague, que acontecerá pela primeira vez em Florianópolis, nos dias 19 e 20 de março, será um espaço para gestores públicos, diplomatas, parlamentares, empresários de energias renováveis e acadêmicos conhecerem o que vem sendo proposto para que o sul do nosso continente enfrente as consequências das mudanças climáticas. A entrada é gratuita, com certificado de extensão. os interessados devem efetuar a inscrições no local, no dia do seminário.

O seminário, que acontecerá no auditório da Reitoria da UFSC, terá a participação de dois ministros brasileiros como conferencistas: Carlos Minc, do Meio Ambiente, que falará da Conferência de Copenhague, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, que abordará a geração de empregos verdes com a bioenergia.

Palestrantes do Parlamento do Mercosul e de instituições voltadas à integração regional, diplomacia e às energias renováveis presentes nos quatro países do bloco completam a programação. Para o presidente do Instituto IDEAL, Mauro Passos, um dos promotores do seminário, o encontro reforçará a necessidade de integração energética com fontes limpas e apresentará as diversas boas ações que vêm sendo feitas nos países do bloco.

A iniciativa também tem a chancela do Centro de Integração Regional – Cefir do Uruguai, da Universidade Federal de Santa Catarina e da Unisul/ Jelare – Joint European-Latin American Universities Renewable Energy Project. O seminário, que terá inscrições gratuitas, está sendo inventariado e terá todas as emissões de carbono compensadas pela Carbon Clean/ Nemorus. O patrocínio é da Eletrosul.

Serviço:

O QUÊ: Seminário Mercosul Pós-Copenhague com palestrantes do Mercosul e dois ministros brasileiros

– Dia 19 de março, no auditório da Reitoria da UFSC, das 8h às 20h.

– Dia 20 de março, visita técnica apenas para as delegações estrangeiras.

Programação completa:

http://www.institutoideal.org/docs/programacao.jpg

Informações com Alessandra Mathyas pelo telefone (48) 3234-1757 ou pelos e-mails alessandra@institutoideal.org ou info@institutoideal.org.