Bibliotecas apostam em inovação e compartilhamento para melhorar atendimento aos usuários

20/04/2009 08:52

Rede Pergamum quer integrar 2.500 bibliotecas

Rede Pergamum quer integrar 2.500 bibliotecas

As bibliotecas brasileiras vêm se preocupando em acompanhar a evolução tecnológica e não perder o compasso da inovação, para atender melhor aos seus milhões de usuários. Uma das ferramentas mais bem-sucedidas neste campo é o Pergamum, sistema informatizado de gerenciamento de bibliotecas que melhora a qualidade dos serviços prestados, promove a cooperação no tratamento da informação e facilita o compartilhamento de dados. Para discutir as aplicações e exibir as melhores práticas no uso do sistema, a Biblioteca Universitária da UFSC realizou em Florianópolis, entre os dias 14 e 17 deste mês, o X Encontro Nacional dos Usuários da Rede Pergamum, que teve a presença de 270 profissionais de todo o país.

“Queremos transformar a Pergamum na maior rede do Brasil, abarcando 2.500 bibliotecas”, disse o coordenador do sistema, Marcos Rogério de Souza, da PUC/PR – instituição cuja Divisão de Processamento de Dados desenvolveu o programa, há mais de duas décadas. “Cases” mostrando o avanço do empréstimo compartilhado de livros, melhorias na acessibilidade e a criação, pela PUC/RJ, de um sistema interativo que inclui blog, chat e links para livre utilização dos usuários chamaram a atenção dos participantes do encontro. “Nosso objetivo é trazer a inovação e a qualidade para dentro da rede, beneficiando professores, alunos e a comunidade em geral”, afirma a diretora da Biblioteca Universitária, Narcisa de Fátima Amboni.

A vantagem da Rede Pergamum é que estabelece padrões e serviços que facilitam a consulta e a navegação pelos usuários, democratizando o acesso a livros, teses, dissertações e artigos das 232 instituições que já utilizam o software. A partir do evento de Florianópolis, a intenção é estender a rede, compartilhando ainda mais os conteúdos e aumentando a oferta de serviços. Para tornar viável essa meta, foi criada uma comissão consultiva composta por bibliotecários de várias instituições – UFSC, PUC/PR, Universidade Católica de Brasília, Tribunal Regional Federal e PUC/MG –, que vai assessorar a rede, para difundir o seu planejamento, estratégias e diretrizes.

Criado em 1986 como programa e transformado em rede uma década depois, o Pergamum se tornou uma ferramenta fundamental diante da crescente demanda pela informação automatizada, seguindo padrões que foram sendo incorporados à rotina da maioria das bibliotecas universitárias do país. Com a expansão da educação a distância, sua importância cresceu ainda mais. Agora, será disponibilizado um catálogo para a consulta das referências bibliográficas disponíveis nas instituições que compõem a rede. Com isso, ela será útil também para os usuários não-institucionais, como empresas e escolas de todos os níveis, por meio da internet. “Em breve, seremos a maior rede da América Latina, atendendo também a profissionais liberais e outros interessados”, prevê o coordenador da Pergamum, Marcos de Souza.

A UFSC foi a primeira universidade federal e implantar o Pergamum e acompanhou, ao longo desse tempo, o aprimoramento do software. No encontro realizado em Florianópolis, um dos destaques foi a apresentação das melhores práticas relacionadas ao sistema, possibilitando o compartilhamento de experiências bem-sucedidas por todas as 222 instituições representadas. “A rede vai cada vez mais criar padrões e estratégias de busca que facilitem a vida do usuário”, diz Narcisa Amboni. Paralelamente, haverá o cuidado de investir na capacitação dos bibliotecários, que por sua vez vão preparar os usuários – os professores e alunos da universidade, por exemplo – através da utilização rotineira dos recursos on line.

Mais informações com a diretora da Biblioteca Universitária, Narcisa de Fátima Amboni, pelo fone (48) 3721-9603.

Por Paulo Clovis / Jornalista da Agecom

Show com o Trio Mistura e Manda no Projeto 12:30

17/04/2009 18:35

O trio: novos arranjos para compositores consagrados

O trio: novos arranjos para compositores consagrados

O Projeto 12:30 de quarta-feira, dia 22/04, recebe o Trio Mistura e Manda. O show acontece na Concha Acústica da UFSC, tem início às 12h30min, é gratuito e aberto à comunidade.

O Trio Mistura e Manda toca choro e música instrumental. Um repertório que vai dos choros tradicionais do início do século XX às melodias contemporâneas da nova música brasileira. Esse repertório é explorado com energia e suavidade por um bandolim, um violão de sete cordas e um pandeiro.

Os integrantes do trio exibem composições próprias e dão novos arranjos à música de compositores como Tom Jobim, Baden Powell, Guinga, Edberto. Além disso, interpretam choros que incluem grandes compositores do gênero como Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Nelson Alves, Luperce Miranda, Ernesto Nazareth, João Pernambuco, Pedro Amorin e Maurício Carrilho.

O trio é formado por Thiago Larroyd no bandolim, Pedro Cury no violão de sete cordas e Lê Souza no pandeiro. Os músicos se apresentam regularmente em Florianópolis, em casas de prestígio como o Café dos Araçás, O Manezinho, Empório Mineiro, Creperia Ruscello, assim como em eventos e festas particulares.

Saiba mais sobre os músicos:

Lê Souza – Pandeiro

Nascido em 1980, Vanderlei Souza Filho entra em contato com a música aos 13 anos, através da capoeira, boi de mamão, samba de roda entre outras manifestações da cultura popular brasileira. Aos 16 anos inicia sua carreira como percursionista profissional participando de diversos projetos musicais como as Atajuva, Maldasaria e Radar.

De 1997 a 2005, com a banda Forró Ferrão, participa da trajetória inicial do forró pé de serra no sul do Brasil onde tem grande projeção na cena da música nordestina em Santa Catarina. Em 2002 participa da turnê de Lançamento do álbum “Movimento”, com o Grupo Engenho. Ainda em 2002 divide o palco com nomes ilustres da MPB como Yamandú Costa, Mauricio Carrilho, Toninho Carrasqueira, Proveta, Valmir Gil, Pedro Amorin, entre outros.

Atualmente participa de grupos musicais ligados ao samba e ao choro atuando como pandeirista nos locais mais conhecidos do gênero em Florianópolis. Além de ser músico, desenvolve um trabalho nacionalmente reconhecido na confecção de instrumentos de percussão de alta qualidade ao lado de seu irmão Fabiano costa. Atende pandeiristas como Jorginho do Pandeiro e Celsinho Silva.

Thiago Gonçalves Larroyd – Bambolim

Natural de Florianópolis, Thiago nasceu em 10 de janeiro de 1985. Inicia-se na música aos 14 anos de idade. Em 1999 aperfeiçoa seus estudos de samba e choro com o violinista Wagner Segura. Participa, em 2003, do curso de Arranjo e Improvisação aplicado à música popular brasileira, ministrado pelo Professor Polleti (RJ), na cidade de Curitiba. No mesmo ano tem orientações de prática de conjunto de choro, com a carga horária de 10 horas, com o violonista Mauricio Carrilho (RJ), realizado no Teatro do CIC em Florianópolis.

Participou, desempenhando o cargo de monitor, em 2005, do workshop “Ritmos Brasileiros”, ao lado de Jorginho do Pandeiro. Tocando profissionalmente, participou dos grupos de samba “Novos Bambas”, “Receita de Samba”, “Número Baixo” e “Bom Partido”.

Já tocou com o bandolinista Pedro Amorim (RJ), com a Velha Guarda da embaixada Copa Lord (SC), com o violonista Mauricio Carrilho (RJ), com Ronaldo do Bandolim e Jorginho do Pandeiro ambos do Grupo Época de Ouro (RJ), Oisier do Cavaco (MG), o clarinetista Proveta (RJ), e a cantora Maria Helena (SC).

Em 2005, ajuda a fundar o Clube do Choro de Florianópolis/SC, onde participa com o seu grupo de choro “Ginga do Mané” das duas apresentações de inauguração, a primeira em maio e a segunda em dezembro, ambas no CIC. Com o mesmo grupo participa do circuito Banco do Brasil – Etapa Santa Catarina – 06/2005.

Atualmente é professor de cavaco e bandolim no Centro Musical Wagner Segura e é músico da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina. Além disso, dedica-se ao estudo dos instrumentos bandolim e cavaco.

Pedro Pereira Cury – Violão de sete cordas

Nasceu em 27 de março de 1984 em Campinas e inicia seu aprendizado na música no ano de 1992 estudando clarinete em Florianópolis e também nos EUA. Ainda nos EUA, em 1995, cursa um ano no Center for the Musically Talented em Pittsburgh; participando de orquestras e quarteto de clarinetes e participa como clarinetista da Pittsburgh Public School All Star Orchestra.

De volta ao Brasil, teve participação como clarinetista em grupos como a “Banda Compasso Aberto” e orquestras jovens. Em 1999 passa a dedicar-se ao estudo do violão popular e tem professores como os violonistas Cássio Moura (SC) e Guinha Ramires (RS), em Florianópolis. Participa dos festivais de música de Itajaí e de Curitiba cursando oficinas de violonistas como Heraldo do Monte (PE), Ulisses Rocha (SP), Arismar do Espírito Santo (SP), Nelson Faria (RJ), Conrado Paulino (SP) e Renato Anési (SP).

Com influências diversas desde a música regional ao jazz, atuou como violonista em projetos importantes de Florianópolis como o grupo de música regional maranhense “Maria Preá” de 2000 a 2003, apresentando-se na Capital e em outras cidades do interior do estado. Foi integrante da Oficina Instrumental Florianópolis criada e coordenada pelo guitarrista e compositor gaúcho Alegre Correa em 2007. Integrou também o grupo de choro “Ginga Do Mane” de 2007 ao início de 2008 como violonista de sete cordas.

Em 2008 teve passagem pela França se apresentando em Paris com o grupo “O Corta Jaca” ao lado dos professores do Clube do Choro de Paris. Participou do Festival de Cinema de Douarnenez ao lado da cantora baiana Nil Paixão e ainda em outros projetos nas cidades de Nantes, Rennes, Quimper e Toulouse.

Atualmente cursa a faculdade de Licenciatura em Música da UDESC e ministra aulas de música e violão.

Projeto 12:30

O projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48)

3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para

projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço::

O QUÊ: Show com o Trio Mistura e Manda.

QUANDO: Dia 22 de Abril de 2009, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447

CONTATO Trio Mistura e Manda:

pedropcury@yahoo.com.br / Tel. (48) 9948 1399 / (48) 3237 4500 thiagolarroyd@hotmail.com/ Tel. (48) 8406 7307

le@atelierdepercussao.com.br/ Tel. (48) 9615 4325

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30: DAC: SECARTE: UFSC, com material institucional e dos músicos.

Inscrições para Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC são prorrogadas até 15 de maio

17/04/2009 18:25

Miriam : regente e coordenadora

Miriam : regente e coordenadora

Estão prorrogadas até 15 de maio as inscrições para o Madrigal e a Orquestra de Câmara, grupos artísticos criados neste semestre pela UFSC. As vagas são destinadas a alunos de graduação da universidade. Os participantes têm direito a uma bolsa de extensão. Veja textos da Chamada Pública, sobre como participar dos grupos, em www.noticiasdodac.blogspot.com

Os grupos foram criados por iniciativa da Secretaria de Cultura e Arte e do Departamento Artístico Cultural. O Madrigal será composto por 16 vozes, incluindo quatro naipes: soprano, contralto, tenor e baixo. A Orquestra de Câmara será composta por dez músicos, sendo quatro violinos, duas violas, um violoncelo e um contrabaixo. Duas vagas são reservadas a um ou mais dentre estes instrumentos, caso também sejam aprovados.

Os projetos de extensão para a formação do Madrigal da UFSC e da Orquestra de Câmara da UFSC têm por objetivo fomentar e difundir a música vocal e instrumental, proporcionando aos músicos em potencial um espaço para desenvolverem suas habilidades artístico-musicais. Os projetos também visam divulgar a música erudita e popular, através de apresentações, e com isso incentivar a formação e a cultura local.

As inscrições devem ser feitas das 14h às 18h, na Secretaria do Departamento Artístico Cultural (DAC). Os trabalhos do Madrigal e da Orquestra de Câmara serão coordenados por Miriam Moritz, regente do Coral da UFSC desde 2004.

Com a criação do Madrigal e da Orquestra de Câmara, a UFSC amplia a possibilidade de participação da comunidade universitária em atividades artístico-culturais e dá mais um passo rumo à criação de um Curso de Música, ampliando o ensino de graduação em Artes, como acontece com os jovens cursos de Cinema e de Artes Cênicas.

SERVIÇO:

O QUÊ: Inscrições para formação do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC, com bolsas de extensão para alunos de graduação.

QUANDO: até 15 de maio, das 14h. às 18h.

ONDE: Secretaria do Departamento Artístico Cultural – DAC, Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Inscrição gratuita. Veja Chamada Pública no site www.noticiasdodac.blogspot.com

CONTATO: DAC: Miriam Moritz (48) 3721-9348

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, com informações fornecidas pela coordenadora das atividades.

Inscrições para bolsas de iniciação científica prosseguem até 29 de abril

17/04/2009 18:21

Estão abertas as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) e para o Programa de Bolsas de Iniciação à Pesquisa (BIP/UFSC) da UFSC. Interessados devem enviar seus projetos de pesquisa para a Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (PRPE) até o dia 29 de abril, exclusivamente pela internet, através do site www.dep.ufsc.br/pibic.

O resultado será divulgado no dia 30 junho, também pela internet. As bolsas, no valor de R$ 300 mensais, têm duração de um ano. Os programas de iniciação científica são voltados ao desenvolvimento do pensamento científico de estudantes de graduação do ensino superior. Os recursos permitem a participação dos acadêmicos em projetos de diferentes áreas e deflagram, em muitos casos, a carreira de pesquisador.

Veja o Edital

Por Paulo Rocha Azevedo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Proposta de parque de ciências para Florianópolis ganha novo impulso

17/04/2009 17:15

Projeto servirá para buscar apoios

Projeto servirá para buscar apoios

O Parque Viva a Ciência que a UFSC deseja ver construído no aterro da Baía Sul, em Florianópolis, já tem uma parte de seu desenho arquitetônico. É a proposta de um Planetário, que foi entregue à pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, coordenadora do projeto ´Implementação do Parque Viva a Ciência`, apoiado pelo CNPq.

O Planetário integra uma grande estrutura voltada à divulgação da ciência. Estão previstos pavilhão de exposições, local para a realização de oficinas experimentais para estudantes do ensino fundamental e médio, ambiente para cursos de formação continuada para professores das redes pública e privada de ensino. Além disso, espaços para prática de esportes e lazer. Um deles deve receber “brinquedos” semelhantes aos instalados no campus da UFSC em 2008.

A implantação de um parque nos moldes de um museu de ciência em Florianópolis é um sonho antigo. Para sua construção estão sendo pleiteadas áreas do governo federal, no aterro da Baía Sul, nas próximidades do Armazém Vieira. Uma delas com 21 mil metros quadrados, para instalação do Planetário e do parque de exposições. Outra de 29 mil metros quadrados, para pista de caminhada e instalação de “brinquedos científicos” ao ar livre. A UFSC fez o pedido de cessão em outubro de 2007, e o processo está em tramitação.

“Com o projeto do Planetário em mãos, várias instituições e empresas serão visitadas para que ajudem a UFSC, com recursos previstos na Lei de Renúncia Fiscal, na difícil empreitada que será a construção dessa primeira obra e também na implantação definitiva do Parque Viva a Ciência”, explica a professora Débora Menezes.

Em sua opinião, um parque interativo de ciência e tecnologia, nos moldes do Museu da PUC de Porto Alegre, e de inúmeros parques e museus existentes no Brasil e no mundo, é uma dívida a pagar com os catarinenses. A pró-reitora lembra que professores dos departamentos de Física e de Química, servidores que trabalham no Planetário da UFSC, e voluntários, com o apoio da ex-pró-reitora de Pesquisa, professora Thereza Christina Monteiro de Lima, abraçaram essa questão e se envolveram num ambicioso projeto com a finalidade de implementar o parque no aterro da Baía Sul. Agora a batalha continua. “Contamos com o apoio da comunidade universitária e de todos os catarinenses para viabilizarmos esse projeto”, incentiva a Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC.

Mais informações: professora Débora Menezes, fone (48) 3721-9716, e-mail: débora@reitoria.ufsc.br / Professor Nelson Canzian, fone 3721 9234 Ramal: 224, e-mail: canzian@fsc.ufsc.br

Saiba Mais:

“Embrião” do Parque Viva a Ciência está aberto à comunidade

Giroscópio é um dos "brinquedos"

Giroscópio é um dos "brinquedos"

Enquanto os trâmites legais para a cessão da área desejada pela UFSC no aterro da Baía Sul caminham, um embrião do Parque Viva a Ciência foi implantado no campus da UFSC no bairro Trindade, no entorno do Planetário. Em outubro do ano passado, oito equipamentos de grande porte foram inaugurados. São gangorras, balanços, um giroscópio, uma bicicleta suspensa, uma cadeira auto-elevatória, refletores parabólicos e outros brinquedos interativos que ajudam a apresentar conceitos da ciência de forma lúdica. Em março desse ano, outros dois equipamentos foram instalados.

O espaço é aberto a escolas e à comunidade em geral. O atendimento é realizado em dias alternados: os colégios são recebidos às segundas, terças e quintas-feiras, com agendamento prévio feito pelo site www.venhaconhecer.ufsc.br. Às quartas e sextas-feiras, monitores atendem a comunidade em geral. Nesses dias não é necessário agendamento. O horário de funcionamento é das 8h às 12h e das 14h às 18h. Informações pelo telefone (48) 3721-6806

Um novo Planetário: espaço para compartilhar a infinidade do universo

O novo Planetário está envolto em uma estrutura pensada para “quebrar conceitos de construções antigas e trazer uma solução alternativa de sustentabilidade”, explica Maria Lúcia Mendes Gobbi. Ela é uma das arquitetas da equipe Mendes Gobbi Eco Design, responsável pelo projeto encomendado por meio de um projeto da pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC para dar encaminhamento à busca de recursos para a implantação do Parque Viva a Ciência.

Partindo da visão de desenvolvimento sustentável, a equipe de arquitetos identificou os impactos que poderiam ser decorrentes da construção, processos, produtos e serviços relacionados ao Planetário e executou a proposta buscando harmonia com o ambiente.

No espaço interno e externo a intenção foi seduzir as pessoas a explorar a ciência. Na parte externa, foi idealizada uma rampa verde, gramada, que leva o público à cobertura. “Para que vivenciem o espaço além das maneiras convencionais”, descrevem os profissionais no projeto. A rampa permite acesso a idosos e portadores de deficiência física, e o uso da grama dificulta a passagem de calor. O ambiente interno leva a um passeio que termina na sala de simulações, onde um projetor digital, já adquirido pela UFSC, “transportará a audiência à infinidade do espaço” .

Projetor digital: vôos interplanetários e passeios pelo corpo humano

Para incrementar o projeto do Parque Viva a Ciência, a UFSC adquiriu um projetor digital, que será provisoriamente instalado no Planetário do campus. A expectativa é de que no futuro o equipamento seja transferido para o aterro da Baía Sul e atenda a um público mais amplo. O projetor antigo do Planetário da UFSC reproduz apenas o céu estrelado, por isso era direcionado à Astronomia. Além disso, com mais de 50 anos, depende de motores e engrenagens que movem o sistema de luzes e lentes para produzir o movimento das estrelas.

O novo equipamento é essencialmente um “data-show” especializado, e poderá ser usado em outras áreas. “Ele pode projetar qualquer tipo de programação, de vôos interplanetários a passeios por dentro do corpo humano, ou viagens a sítios históricos.”, explica o professor Nelson Canzian, também envolvido no projeto de implantação do Parque Viva a Ciência.

Segundo ele, enquanto um equipamento comum projeta sobre uma área de cerca de dois metros quadrados, o novo proporciona imagens em uma área de cerca de 13 metros quadrados. Também possui uma lente “olho de peixe”, que distribui a imagem sobre a cúpula hemisférica, ao invés de sobre uma tela plana, o que oferece a quem assiste sensação de imersão na imagem. O digital dispõe de um software especializado, com banco de dados sobre posições e luminosidade de estrelas, imagens de planetas, asteróides, galáxias, nebulosas, naves e satélites. Os ‘objetos’ são programáveis e o sistema oferece vários recursos de animação e efeitos especiais.

Por Maria Luiza Gil / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Professores da UFSC lançam livro de informática para a terceira idade

17/04/2009 16:48

Lançado nesta quinta-feira, 16/4, pela Editora Ciência Moderna, o livro ´Informática para a Terceira Idade` é resultado da experiência obtida em um projeto de extensão da UFSC. As ´Oficinas de informática para a terceira idade` são oferecidas pelo Departamento de Informática e de Estatística desde 2003, atendendo cerca de 40 alunos do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) por semestre.

Coordenadora didático-pedagógica do projeto, Márcia Barros explica que as pesquisas para a publicação iniciaram com a produção de material pedagógico para uso nas aulas da oficina. “O livro foi feito junto com os participantes e avaliado em ciclos evolutivos por mais de 100 idosos”, explica a professora, uma das autoras. A obra foi escrita em conjunto com os professores Antônio Carlos Mariani, coordenador geral das oficinas de informática, e Ângela Maria Alvarez, coordenadora do NETI.

De acordo com os organizadores, o livro foi pensado para ser o mais acessível possível ao público da terceira idade, com atenção especial à linguagem e ritmo de aprendizado dos idosos.

Saiba Mais:

Capítulos:

– O Computador e Seus Componentes

– Treinando sua motricidade/ Manuseando o mouse

– Editando e formatando textos

– Navegando na Internet: Pesquisando e Consultando

– Projeto Integrador I

– Correio Eletrônico (e-mail)

– Conversando na Internet

– Projeto Integrador II

Mais informações com Márcia Barros pelo fone 3721-7564 / e-mail: marciabarross@gmail.com

Por Andréia Lubini / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Grupos PET oferecem cursos abertos à comunidade acadêmica

17/04/2009 16:19

O InterPET de Santa Catarina promove no próximo sábado, 25/4, na UFSC, 14 oficinas abertas à comunidade acadêmica. Os cursos iniciam às 8h e envolvem temas de diversas as áreas. As inscrições podem ser feita nas salas dos PETs participantes, e custa R$5,00 ou 1kg de alimento não perecível.

O Programa de Educação Tutorial, instituído pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 1979 conta hoje com 318 grupos em todo o Brasil. Em Santa Catarina, são 18 PETs, sendo que 14 são da UFSC. O InterPET reúne esses grupos para debater e lutar pela manutenção da qualidade do programa.

Confira a lista dos minicursos:

Segurança Pública – PET Direito

Corel Draw – PET Design

Contação de História – PET Pedagogia

Eficiência Energética – PET Engenharia Elétrica

Conversa sobre Mídias visuais – PET Serviço Social

Vantagens de um Sistema de Gestão de Qualidade – PET Engenharia de Produção

Práticas pedagógicas para sensibilização ambiental – PET Biologia

Nova ortografia do português – PET Letras

História da paisagem da UFSC – PET História

Nutrição e atividade física – PET Nutrição

MediaWiki – PET Computação

AutoCAD 2008 – PET Engenharia Civil

MS Project – PET Metrologia & Automação

LaTeX – PET Matemática

Mais informações sobre as ementas dos cursos podem ser obtidas no site do InterPET: http://www.interpet.ufsc.br/?page_id=67

Por Tomás Petersen / Núcleo de Comunicação do CTC

´Sonho de uma noite de verão` será exibido e debatido no Chá & Cultura

17/04/2009 14:17

Filme será comentado por especialistas

Filme será comentado por especialistas

A próxima sessão do ´Cinema, Chá & Cultura ` será realizada no dia 17 de abril, sexta-feira, às 18h, no auditório do Badesc. Nesta edição será exibida a famosa versão cinematográfica de ´Sonho de uma noite de verão`, pelo olhar de dois dos maiores diretores do século XX, Reinhardt e Dieterle, que após saírem do ambiente teatral da Alemanha, trabalharam nos Estados Unidos. Com incomparável fotografia, surpreendentes efeitos especiais e coreografia, de Bronislava Nijinska, esta versão de 1935 foi banida pelos nazistas, pela ascendência judia de Reinhardt e de Felix Mendelssohn, cuja música, composta para uma versão teatral de 1843, foi em parte usada como trilha sonora.

A apresentação e comentários sobre a peça e o filme serão feitos por Maria Brígida de Miranda, PhD em Teatro pela Latrobe University/Austrália, Master of Arts pela University of Exeter/Inglaterra e graduada em Artes Cênicas pela UnB. Brígida foi professora efetiva do Instituto de Artes da Universidade de Brasília e é também diretora e atriz. Atualmente leciona na graduação e pós-graduação do Centro de Artes da Udesc, coordenando o mestrado e doutorado em Artes Cênicas. Neste semestre, ensaia com seus alunos a encenação de A Midsummer Night´s Dream ( Sonho de uma noite de verão), peça em que Shakespeare, por meio de personagens humanos e mitológicos trata das paixões humanas, em uma noite de verão recheada de fantasias e na qual “imaginação” é a palavra-chave.

Promovido pela Fundação Cultural Badesc e Cultura Inglesa de Florianópolis, ´Cinema, Chá & Cultura` é um projeto dedicado à exibição de filmes relativos às obras literárias de tradição anglófona. Para os idealizadores, professores Anelise R. Corseuil (UFSC), Brígida de Miranda (Udesc), Leon de Paula (Udesc) e Maria Cecília M.N. Coelho (Cogear/PUC-SP), os encontros são oportunidades de exibir filmes variados e promover a discussão sobre as relações entre literatura (principalmente a dramática) e suas adaptações para o cinema.

A atividade é gratuita e começa às 18h, com uma conversa sobre a peça e o filme, durante o qual os participantes poderão se servir de chá, feito ao modo inglês por Rosa Ferreira, gerente da Cultura Inglesa Florianópolis.

Mais informações:

Fundação Badesc: R. Visconde de Ouro Preto, 216 – Florianópolis – 3224-8846 fundacaocultural@badesc.gov.br

Cultura Inglesa: R. Rafael Bandeira, 335 – Florianópolis – 3224-2696 recepcaofln@culturainglesa-sc.com.br

Fonte: Organização do evento

Palestra mostra como buracos negros são importantes para estudo da arquitetura do universo

17/04/2009 14:04

Após a palestra, 1h20min de perguntas

Após a palestra, 1h20min de perguntas

Buracos negros deixaram de ser um fenômeno curioso. Passaram a ser vistos como parte das galáxias, influenciando e sendo influenciados por sua evolução. Atualmente são focos da astronomia em que o conhecimento vem evoluindo e se mostrando como chave para o estudo da arquitetura do universo.

Essa é uma das mensagens que o professor João Steiner, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP), deixou na palestra ´Buracos negros, cemitérios cósmicos`, ministrada na UFSC na segunda-feira (13/4), dentro da série de encontros comemorativos ao Ano Internacional da Astronomia. Sua fala teve duração de cerca de uma hora – e se prolongou por mais 1h20min, para atender aos questionamentos da platéia, formada não apenas por físicos e astrônomos, mas por professores e estudantes de ciências biológicas, engenharia, letras e economia, entre outras áreas, além de pessoas da comunidade.

Steiner mostrou, com o cuidado de se fazer entender pelo público variado, que a idéia de buracos negros surgiu em 1905, com o trabalho sobre a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein (a abordagem sobre espaço e tempo está na base que permitiu supor a existência de buracos negros). A construção desse conceito teve também a colaboração do astrônomo Karl Schwarzschild, que propôs fórmulas matemáticas para as teorias de Einstein. Schwarzschild demonstrou, em equações, que se a massa de uma estrela estiver concentrada em uma região suficientemente pequena, ela gera um campo gravitacional tão grande na superfície que nem mesmo a luz conseguirá escapar.

“Surgiu nessa época a idéia de que quando a matéria é muito densa há uma ocorrência estranha, uma singularidade que faz com que ao seu redor ocorra uma aceleração infinita”, explicou o professor, lembrando que nessa época tudo estava somente no plano teórico. Era apenas uma solução matemática. Einstein e muitos físicos não acreditavam que esse fenômeno pudesse acontecer na natureza.

“Mas alguns astrofísicos começaram a achar que essa singularidade poderia ocorrer. Outros objetos muito densos já haviam sido detectados, como as estrelas anãs brancas, ou as estrelas de nêutrons, corpos celestes muito densos”, contou o professor, que em sua palestra falou sobre o que são os buracos negros, como se formam e qual a influência que exercem sobre outros corpos celestes.

Para explicar a formação dos buracos negros, lembrou que estrelas morrem e se transformam, e que a astronomia já há algum tempo tem domínio sobre esse ciclo. “O Sol está queimando há cinco bilhões de anos. Deve levar outros cinco para morrer. Hoje sabemos com clareza o que vai acontecer com as estrelas”, destacou.

No caso de estrelas de massa pequena, como o Sol, a tendência é de que a parte central colapse e se forme uma anã branca, com densidade da ordem de um milhão de vezes a da água – dimensão admirável para nossos padrões, mas pequena para o contexto astronômico.

”Quando a estrela tem massa de 8 a 10 vezes a do sol ela não morre dessa maneira. Ela explode de forma muito violenta. A matéria é ejetada a 10 mil quilômetros por segundo e brilha tanto quanto uma galáxia inteira, que é formada por cerca de 100 bilhões de estrelas. Aí então forma uma supernova”, explicou o professor. Estas estrelas supermassivas podem levar a uma outra forma de morte cósmica: a formação de uma estrela de nêutrons. Esse corpo celeste tem densidade de 100 trilhões de vezes a da água, e elétrons e prótons não “sobrevivem”, apenas os nêutrons.

“Então vimos que há duas categorias de estrelas mortas: as anãs brancas e as estrelas de nêutrons. A terceira são os buracos negros, corpos celestes ainda mais densos do que as estrelas de nêutrons e que permitem que aconteça a singularidade de Schwarzschild: a aceleração em torno da estrela é infinita e a luz não consegue sair”, detalhou o professor, complementando que a astronomia capta esse fenômeno a partir do que acontece em sua vizinhança – pois a força é tão violenta que pode sugar estrelas.

O primeiro caso foi descoberto em 1973. E o palestrante lembrou que sua dissertação foi direcionada ao estudo desse buraco negro, propondo um modelo teórico para explicá-lo. “No início imaginamos que iríamos achar milhares de buracos negros. Não foi bem assim. Na Via Láctea, nossa Galáxia, que tem 100 bilhões de estrelas, foi encontrada meia dúzia de buracos negros em 30 anos de pesquisas”, informou.

Sua palestra mostrou como a pesquisa vem evoluindo e permitindo um entendimento cada vez maior sobre estes corpos celestes. Hoje se sabe, por exemplo, que a maioria das galáxias de grande massa (1 trilhão de vezes a massa do sol) têm um buraco negro no seu centro. E se até poucos anos atrás os estudos indicavam que todos os buracos negros estavam no centro das galáxias, hoje se sabe que não é bem assim. “Estudo recente do IAG, com imagens do telescópio Gemini, mapeou um buraco negro que não está no centro. Supõe-se que houve canibalismo entre galáxias, deslocando o buraco”, explicou o professor. Foram também documentadas, a partir de 2007, evidências de fusão de buracos negros e de sua presença fora das galáxias.

Mas muitas questões são incertas, frisou Steiner. Segundo ele, a evolução do conhecimento no campo da astronomia permite que se vislumbre a possibilidade de que durante o Big Bang se formaram buracos negros e estes serviram de sementes para as galáxias. Outra linha de pensamento propõe que o aparecimento destes corpos celestes está relacionada à morte e colisão de milhares de estrelas – e daí a escolha do título da palestra: ´Buracos negros, cemitérios cósmicos`.

O palestrante

João Evangelista Steiner é pesquisador reconhecido no país e também internacionalmente por sua contribuição para a astronomia. Entre 1993 e 1997 foi membro do grupo internacional envolvido no projeto Gemini, que permitiu a construção de observatórios no Havaí e no Chile. De 1996 a 1997 esteve na vice-presidência desse grupo. Foi também, de 1996 a 2004, membro do conselho diretor do consórcio que construiu o telescópio SOAR, um dos mais modernos do mundo. Entre 2003 e 2004 respondeu pela presidência desse conselho.

Especialista em astrofísica estelar, galáxias, quasares e astronomia óptica, tem 83 artigos publicados em revistas internacionais. Seu currículo inclui passagens pela direção do Instituto de Estudos Avançados da USP; pela presidência da Sociedade Astronômica Brasileira; secretaria geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; direção de Ciências Espaciais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Laboratório Nacional de Astrofísica. Foi também secretário de coordenação das unidades de pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Este ano coordena um projeto contemplado no programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, para implantação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Astrofísica. A missão do grupo que agrega pesquisadores de diversas universidades brasileiras é inserir o Brasil no futuro da astronomia mundial.

Próximo encontro

A próxima palestra do ciclo será realizada no dia 13 de maio, no auditório da Reitoria da UFSC. O convidado é o professor Renan Medeiros, do Departamento de Física Teórica e Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fala sobre ´Os Novos Mundos do Cosmos`. A organização do ciclo é do professor Antônio Kanaan, do Grupo de Astrofísica, ligado ao Departamento de Física da UFSC.

Mais informações sobre o ciclo de palestras: astro@astro.ufsc.br / fone 3721-8238

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

Acompanhe a agenda:

Março / 30/03 Jorge Quilffeldt – Instituto de Biociências / Universidade Federal do Rio Grande do Sul – ´Astrobiologia : Água e Vida no Sistema Solar e além`

Abril / 13/04 João Steiner – Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP) – ´Buracos negros, cemitérios cósmicos`

Maio / 13/5 Renan Medeiros – Departamento de Física Teórica e Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DFTE/UFRN) – ´Os Novos Mundos do Cosmos`

Junho/ Carlos Wuensche – Divisão de Astrofísica / Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Agosto Guillermo Tenório-Taglia

Setembro Augusto Damineli – Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP) – “Procura de vida fora da Terra”

Outubro Kepler Oliveira – Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF/UFRGS)

Novembro Laerte Sodré – Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG-USP) – “Sosias da Via-Lactea”

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Marcos Laffin lança primeiro livro de poesia

17/04/2009 13:40

O professor da UFSC Marcos Laffin lança na próxima quinta-feira, 23/4, às 19h, na livraria Livros & Livros, o volume “Tempo dentro do tempo”, integrado à coleção Ipsis Litteris, da Editora da UFSC. Laffin já foi pró-reitor de Ensino de Graduação da UFSC e teve atuação destacada em grupos de fomento à poesia e em projetos vinculados à produção e difusão literária. A Livros & Livros fica na rua Jerônimo Coelho, 215, Centro, Florianópolis.

Marcos Laffin nasceu em Jaraguá do Sul, morou em Joinville e reside na Capital. Atuou nos projetos culturais Poesia em Trânsito, Pão com Poesia, Poesia na Praça, Autores na Escola e Varal de Poesia. Também escreve em revistas, jornais e periódicos de literatura e participou de antologias, encontros de poetas e congressos de escritores.

Na apresentação do livro, o professor e crítico literário Lauro Junkes ressalta a maturidade do trabalho do autor, aprimorado por incontáveis reescrituras. “Estes poemas de Laffin, embora ainda estivessem retidos pela malha fina da consciência crítica do poeta, seguramente nada mais contêm de experimentalismo iniciatório”, escreve ele.

O crítico reforça sua convicção ao dizer que o próprio título do livro “denuncia a exigüidade sempre insatisfatória do tempo de escritura, do tempo de gestação e maturação do poema, tempo este que pode ser vislumbrado dentro do tempo”. No poema “Negação”, o autor escreve que “o tempo atento / empurra as madrugadas”. Em “Engenhos”, ele diz: “na margem à direita / águas de tempo e de ventos / curvam em dores” e “em outra margem / vaza um tempo amarelo / deitado em águas iguais”.

Lauro Junkes ressalta a vitalidade da linguagem poética em Marcos Laffin. “Embora se apresente a ‘palavra reclusa’, ela não deixa de ser ‘testemunho’, porque a palavra poética, por mais reclusa que seja, por mais disparidades que se interponham nas suas conexões e relacionamentos, por mais que ela se esquive de qualquer apreensão denotativo-racional, essa palavra nunca abdica da sua soberania mágica, do seu metamorfoseante poder transfigurador, da insubmissão a significados definidos ou a roteiros preestabelecidos”.

Tempo dentro do tempo

Marcos Laffin

Editora da UFSC – Coleção Ipsis Litteris

R$ 20,00

Mais informações com Marcos Laffin pelos fones (48) 3234-1020 e 9911-3355.

Sinapse da Inovação terá R$ 3 milhões para jovens com idéias criativas

17/04/2009 12:51

Foram aprovados R$ 3 milhões para o programa Sinapse da Inovação, cuja experiência foi realizada em caráter experimental em 2008 em Santa Catarina.

Os recursos são oriundos de duas fontes: R$ 1,5 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão de fomento ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT); e R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

O piloto desenvolvido no Estado servirá de base para o País. A coordenação do Sinapse da Inovação tem à frente a Fundação Certi, ligada à UFSC.

A proposta é envolver e despertar os jovens para a criação e implementação de ideias voltadas à inovação científica e tecnológica.

Mais informações: Carlos Alberto Schneider (fone 3239-2010), professor Rogério de Souza (9612-4680) e Antônio Diomário de Queiroz (9963-2200 ou 3215-1210).

O que é o Sinapse da Inovação

Sinapse da Inovação foi idealizado para ser implementado periodicamente, no intuito de transformar e aplicar as boas ideias geradas em teses, dissertações, trabalhos científicos e tecnológicos, desenvolvidos por estudantes, professores e outros profissionais dos diferentes setores da economia, em negócios de sucesso.

O programa pretende estabelecer uma “comunidade” de empreendedores, de modo que se viabilize a discussão permanente de idéias inovadoras. Estas idéias são disponibilizadas via blog aberto aos participantes, permitindo filtrar aquelas de maior potencial e, ao mesmo tempo, propiciar a criação de uma cultura empreendedora e a cooperação entre os diferentes atores do processo de inovação.

Fonte: www.sinapsedainovacao.com.br

UFSC e Unimed ampliam direitos para servidores

17/04/2009 12:12

Em reunião nesta quinta-feira (16/04) com a Unimed, o pró-reitor Luiz Henrique Vieira Silva, da Pró-reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS) e o diretor Marcelo Fontanella Webster, do Departamento de Desenvolvimento de Atenção Social e à Saúde (DDAS), acordaram com a operadora a extensão, sem qualquer custo adicional, do Fundo Assistencial (FEA) a todos os servidores que aderiram regularmente ao plano de saúde da UFSC.

O objetivo é garantir a todos os dependentes, caso ocorra o falecimento do titular, o direito aos serviços previstos no contrato da UFSC, pelo prazo de até cinco anos, contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao óbito, sem exigência de pagamento de mensalidade.

“Essa ação que visa à melhoria do nível de qualidade de vida dos servidores, fazendo parte do objetivo fim da PRDHS, e também demonstra o bom relacionamento da UFSC com a operadora”, sintetiza o pró-reitor Luiz Henrique.

Na reunião também ficou estabelecido que serão iniciadas, nos próximos meses, ações concretas na área de medicina preventiva junto aos servidores – inclusive aposentados – em parceria direta com o DDAS, vinculado à PRDHS.

Filmes raros são exibidos na UFSC no ´Cine Paredão`

17/04/2009 11:22

Todas as sextas-feiras, a partir das 20h, nas colinas do bosque da UFSC, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), funciona o projeto Cine Paredão. Criada por quatro estudantes do curso de Ciências Sociais, a proposta é utilizar os espaços ociosos da universidade para exibição filmes que são de difícil acesso à comunidade. “Queremos incentivar o pessoal a realizar apresentações de teatro e música, por exemplo, a utilizar o espaço da UFSC de outra forma”, afirma Milena Abreu Chiaranda, uma das criadoras do projeto.

Atualmente com exibições apenas de filmes em longa-metragem, os responsáveis pretendem abrir espaço para produções da comunidade. “Estamos estudando começar as sessões um pouco mais cedo para passar filmes que as pessoas nos mandem, obras de videoarte ou curtas-metragens de máximo 15 minutos. Também queremos ampliar o projeto, utilizando outros espaços da universidade”, diz Milena.

O Cine Paredão funciona desde maio de 2008 e conta com o apoio da direção do CFH e da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte). Milena lembra que, em caso de chuva, os filmes serão exibidos no auditório do CFH. As sessões são gratuitas.

Mais informações com Milena Abreu Chiranda pelo e-mail luamilenar@hotmail.com

Por Paulo Rocha Azevedo/ Bolsita de Jornalismo na Agecom

Pós-Graduação em Geografia promove ciclo de palestras

17/04/2009 11:08

O Curso de Pós-graduação em Geografia está promovendo, de 20 a 30/04 o ciclo de palestras ´Herramientas para la gestión sostenible de recursos y riesgos naturales`, com programação voltada aos alunos da pós-graduação e também ao público em geral.

Os professores Antonio Cendrero Uceda e Juan Remondo, do Departamento de Ciencias de la Tierra y Física de la Materia Condensada, da Universidad de Cantabria, Santander (Espanha), irão se dividir entre os sete temas, que englobam tópicos como “Riscos naturais: aspectos conceituais, atividades, frequência e magnitude dos processos naturais e sua relação com o Homem”; “Mudanças climáticas, ações humanas e riscos naturais” e “Cenários e modelos probabilísticos para previsão de riscos”.

O professor Antonio Cendrero Uceda é doutor em Ciências Geológicas pela Universidade Complutense, Madrid, 1970 (Prêmio Extraordinário), e atualmente é Catedrático em Geodinâmica Externa na Universidad de Cantabria. Os temas das palestras correspondem às linhas de pesquisa em que atua, e englobam alguns resultados da sua trajetória acadêmica. É autor e co-autor de mais 240 publicações científicas, nacionais e internacionais e membro de organismos e comissões nacionais e internacionais pertinentes ao meio ambiente(FAO, ICSU, UNEP,UNESCO, WMO, entre outros). Recebeu, em 2007, o Premio Internacional de Meio Ambiente “Augusto González de Linares”.

O evento acontece no auditório do CFH e as inscrições, gratuitas, devem ser feitas através da página www.cfh.ufsc.br/~gedn, onde também se tem acesso à programação completa.

Informações: 3721-8815 ou 3721-8595.

UFSC promove encontro nacional de usuários de bibliotecas

17/04/2009 09:53

A Biblioteca da UFSC, considerada a maior do Estado, promove até esta sexta (17/04), no Hotel Praiatur, na Praia do Ingleses, o X Encontro Nacional de Usuários da Rede Pergamum.

O evento reúne cerca de 300 profissionais e dirigentes de bibliotecas e de outros segmentos ligados à ciência da informação, com o objetivo de conhecer e divulgar as atualizações do sistema Pergamum. O objetivo é trocar experiências e aprofundar conhecimentos em um encontro de capacitação profissional.

O Pergamum é um sistema informatizado de gerenciamento de bibliotecas, desenvolvido pela Divisão de Processamento de Dados da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O sistema contempla as principais funções de uma biblioteca, funcionando de forma integrada da aquisição ao empréstimo.

Permite pesquisa ou filtragem por tipo de material bibliográfico; segurança e integridade dos dados; alta capacidade de armazenamento; acesso simultâneo de usuários às bases de dados; gerenciamento integrado de dados e funções da biblioteca; gerenciamento de diferentes tipos de materiais (bibliográfico, museológico etc.); entrada e atualização de dados on-line; migração da base de dados já existente na biblioteca; Módulo de Parâmetro para customizar o funcionamento do Sistema; e utilização de senhas criptografadas.

O encontro propicia o conhecimento sobre as principais idéias de cada instituição a fim de manter o sistema atualizado e atuante no mercado, tornando-o capaz de gerenciar qualquer tipo de documento, atendendo desde universidades, faculdades, centros de ensino de 1º e 2º grau, assim como empresas, órgãos públicos e governamentais.

Há também feira com espaço para aproximadamente 15 expositores com produtos e serviços especializados em bibliotecas.

Informações com Narcisa de Fátima Amboni, presidente do encontro e diretora da Biblioteca Universitária da UFSC, narcisa@bu.ufsc.br, www.bu.ufsc.br, fones: (48)3721-9603.

Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da UFSC realiza workshop

16/04/2009 16:27

No dia 17 de abril (sexta), o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPED) da UFSC irá realizar o workshop Impacto das Águas de Novembro de 2008. O evento tem o objetivo de avaliar os resultados do Projeto Resposta do Desastre em Santa Catarina no Ano de 2008 e encaminhar soluções e diretrizes para atuação futura.

O projeto de Resposta ao Desastre está sendo executado pelo CEPED desde dezembro de 2008 em parceria com a Defesa Civil Estadual, e consiste na avaliação técnica de áreas afetadas pelas fortes chuvas que afetaram Santa Catarina nos últimos meses de 2008.

Foram convidados a participar do Workshop a equipe de professores e estudantes da UFSC que está realizando as atividades de campo do projeto, além de representantes da Defesa Civil Estadual, e dos principais municípios atingidos pelos deslizamentos no Vale do Itajaí. A programação inclui discussões técnicas sobre aspectos climáticos e geomorfológicos, e sobre as experiências de campo, com foco na metodologia desenvolvida no trabalho.

O Workshop será realizado no Hotel Majestic, das 8h às 17h30 e espera contar com a presença de cerca de 50 pessoas.

Mais informações e inscrições com a Comunicação Institucional do CEPED – sarah@ceped.ufsc.br ou 3223-5467, ramal 30.

Fonte: Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPED)

Terceira rodada do “História em Debate” apresenta pesquisas e teses de professores da UFSC

16/04/2009 16:23

O Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove a terceira rodada do projeto “História em Debate”, no dia 17 de abril, sexta-feira. São palestras ministradas pelos professores do departamento, que apresentam seus trabalhos mais recentes, pesquisas ou teses de doutorado. O evento está acontecendo durante o mês de abril e as rodadas anteriores ocorreram nos dias 1º e 6.

A programação prevê quatro apresentações, às 10h20min e às 18h30. Os locais são o auditório e o miniauditório do Centro de Ciências Humanas e Filosofia (CFH). Gratuita e aberta ao público.

Acompanhe a agenda:

1 – “Berlim e a Stasi: Um “Socialismo” atrás do Muro, com o professor João Klug.

Local: Auditório do CFH – 10h20

2 – “DOI-CODI: Os Interrogatórios Políticos Durante a Ditadura Militar”, com a professora Mariana Joffily.

Local: Miniauditório do CFH – 10h20

3 – “África Alemã”, com o professor Sílvio Marcus de Souza Correa.

Local: Auditório do CFH – 18h30

4 – “O Projeto Pedagógico do Curso de História”, com o professor Carlos Eduardo dos Reis.

Local: Miniauditório do CFH – 18h30

Mais informações pelo e-mail renato.affonso@gmail.com.

Professor emérito da Universidade de Paris 8 ministra palestra nesta sexta-feira

16/04/2009 15:28

Bernard Charlot, professor emérito em Ciências da Educação da Universidade de Paris 8, irá ministrar a palestra ´O Professor na Sociedade Contemporânea – Desafios e Contradições` nesta sexta-feira, dia 17, às 10h, no auditório Henrique Fontes, bloco B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

Na universidade de Paris 8, Charlot foi Professor Catedrático e fundador da equipe de pesquisa Educação, Socialização e Comunidades Locais (ESCOL).

Graduado em Filosofia e Doutor em Educação pela Universidade de Paris X (Doctorat d’État), o professor dedica-se ao estudo das relações com o saber, principalmente a relação dos alunos de classes populares com o saber escolar.

Sua experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, vincula suas pesquisas e assessorias principalmente aos temas da educação, do ensino, políticas educativas, escola e relação com o saber. Atualmente é professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe, em Aracaju e consultor da Unesco-Brasil.

Em sua trajetória, escreveu e organizou vários livros, publicou muitos artigos e capítulos dedicados a socializar suas reflexões sobre a escolarização em suas distintas dimensões. Suas obras foram traduzidas países como o Brasil, a Espanha, a Grécia, a Itália e Uruguai. Entre as mais recentes, destaque para o livro ´Da relação com o saber: elementos para uma teoria, pela ARTMED/RS/BR.

A palestra, organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica e PET- Pedagogia/UFSC é gratuita e aberta ao público.

Mais informações com Viviane Cremonese: vicremonese@gmail.com ou pelo telefone (48) 3721-6783.

UFSC aprova Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados

16/04/2009 12:42

Só na UFSC proposta integra 15 laboratórios

Só na UFSC proposta integra 15 laboratórios

Campeão mundial em biodiversidade vegetal, o Brasil é também um dos principais produtores do mundo de óleos essenciais ─ fonte de matéria-prima para indústrias como a cosmética, a farmacêutica e a alimentícia. Mas o país exporta óleos essenciais de baixo custo e importa os manufaturados, de elevado valor agregado. Colaborar com o desenvolvimento de conhecimento e tecnologias para reverter esse quadro é apenas uma das metas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados, uma das quatro propostas da UFSC aprovadas no Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. O desafio é fazer avançar o conhecimento na área de catálise para diversas atividades industriais e de pesquisa no país.

O caso da indústria de aromas e fragrâncias (mercado que movimenta no mundo cerca de 12,3 bilhões de dólares anualmente) ilustra bem quanto o Brasil perde atuando somente em uma parte da cadeia produtiva ─ a responsável pela produção de matérias-primas. “Óleos essenciais são exportados a um valor muito baixo e em grande volume. Após seu beneficiamento (é o caso do óleo de laranja, por exemplo) são importados pelo Brasil como mistura e/ou substâncias isoladas, a alto custo”, lamenta o professor do Departamento de Química da UFSC, Faruk Nome, líder da equipe que propôs ao CNPq e ao Ministério de Ciência e Tecnologia a criação do INCT de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados.

Na visão do grupo, amenizar essa discrepância na cadeia produtiva exige tecnologia para agregar maior valor à matéria-prima brasileira. E esse processo depende de conhecimentos avançados na área em que a equipe de professores e estudantes da UFSC que propuseram o novo Instituto vem trabalhando desde 1977. “A catálise representa uma forma econômica e ecologicamente atraente de realizar transformações químicas dos compostos de origem natural, com objetivo de sintetizar produtos de maior valor, importantes tanto para indústria farmacêutica, quanto para a de aromas e fragrâncias”, explica o professor.

Pesquisa em rede

O INCT de Catálise em Sistema Moleculares e Nanoestruturados terá sua sede no Departamento de Química da UFSC, agregando o trabalho de 15 laboratórios. Receberá nos próximos três anos cerca de R$ 4,7 milhões para o desenvolvimento de pesquisas e estruturação de uma rede nacional formada por mais de 350 membros dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas e do Distrito Federal. São pesquisadores seniores (líderes de grupos em diferentes universidades), mestrandos, doutorandos, pós-doutores e também estudantes de iniciação científica. Segundo o professor, essa estrutura vai viabilizar o avanço de uma área que depende de visão multidisciplinar.

“A pesquisa na área de catálise é muito promissora na solução de diversos problemas do mundo moderno, como a terapia genética, a obtenção de combustíveis de fontes renováveis e a obtenção de novos fármacos. A catálise tem contribuído significativamente em processos que visam o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental, dentro do conceito de Química Verde”, explica. “É através do esforço entre instituições que o Instituto vai colaborar com setores como petroquímica, plásticos, química fina e controle ambiental”, reforça o pesquisador do Laboratório de Catálise e Fenômenos Interfaciais, integrado ao Departamento de Química da UFSC.

Além de gerar conhecimento científico e tecnológico, o Instituto vai colaborar com a formação de recursos humanos. “Espera-se que 80 mestres e 90 doutores recebam seus diplomas nos cinco anos do projeto. Além disso, 150 alunos de iniciação científica devem concluir seus cursos de graduação atuando em diferentes laboratórios. Haverá ainda o treinamento de pós-doutorandos, que deve ser de aproximadamente 24 em cada ano”, comemora o professor Faruk, desde 2000 membro titular da Academia Brasileira de Ciências.

Mais informações:

– Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados (INCT-CMN)

Faruk José Nome Aguilera – Coordenador / Telefone: (48) 3721-6844 ramal 227 / E-mail: faruk@qmc.ufsc.br

Maria da Graça Pereira Hoeller – Secretária Executiva / Telefone: (48) 3721-6849

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Conquistas e desafios

Terapia Genética

Várias reações de catálise envolvidas em processos biológicos já foram estudadas e elucidadas pelo grupo da UFSC que lidera o INCT de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados. Entre elas, reações envolvendo o DNA e RNA, moléculas importantes na conservação e transmissão da informação genética. Esses estudos podem colaborar com futuras aplicações da terapia genética, que prevê a inserção de genes nas células e tecidos para tratamento de doenças. Os estudos também buscam avanço científico em enzimas artificiais (são as enzimas que promovem a catálise). As pesquisas podem representar uma alternativa para a quimioterapia, por exemplo.

Gases de guerra

Na UFSC também já foram realizados estudos com moléculas análogas a gases de guerra, como o gás VX, usado em ataques terroristas. Foram pesquisadas formas eficientes de degradação de compostos dessa classe de moléculas, pois há um grande estoque mundial, de difícil decomposição.

Combustíveis de fontes renováveis

Na busca pela substituição de derivados de petróleo em motores do ciclo diesel, o biodiesel tem sido apontado em diversos países como a melhor alternativa. Mas as legislações dos países que estão introduzindo esse combustível estabelecem limites em função de problemas nos sistemas de injeção de motores, que aumentam a necessidade de manutenção e a vida útil de dos veículos. Estudos do INCT de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados vão investigar formas de alterar quimicamente o biodiesel de soja e melhorar suas propriedades.

Plásticos

Os materiais poliméricos são essenciais para a vida cotidiana. Atualmente, o consumo per capita de plásticos é utilizado como indicador do grau de desenvolvimento de uma sociedade. Entre os industriais, metade são poliolefinas, que podem ser produzidos usando catalisadores metálicos. Um dos desafios do Instituto será encontrar catalisadores que possam aprimorar as técnicas de produção dos plásticos.

Saiba Mais:

Catálise: o caminho mais curto

Catálise é um processo químico no qual ocorre aumento na velocidade da reação devido à adição de uma substância chamada catalisador – em síntese, é uma forma de fazer a reação acontecer mais rapidamente. Os catalisadores agem provocando um novo caminho para a reação, com uma menor energia de ativação. Uma analogia possível é a travessia da Cordilheira dos Andes.

Há possibilidade de escolha entre duas opções: subir as altas montanhas ou passar pelos vales. Provavelmente se leva mais tempo subindo e descendo as altas montanhas, além de também gastar muita energia. Pelos vales será mais rápido, com menor energia. Passar pelos vales é uma forma de catálise para atravessar a Cordilheira. Os pesquisadores buscam formas de acelerar reações químicas importantes, que podem ter utilidade, por exemplo, na indústria.

Um exemplo cotidiano é o uso de catalisadores no carro, associado ao aumento da eficiência do veículo e à diminuição de poluentes que agravam o efeito estufa. O catalisador aumenta a velocidade responsável pela eficiência do carro (combustão) e também aumenta a velocidade de decomposição de gases tóxicos que iriam para o ambiente.

A importância da catálise foi evidenciada pela concessão dos Prêmios Nobel em Química para pesquisadores da área, em 2001 e 2005. As descobertas desses pesquisadores na área de catálise tiveram um grande impacto na indústria, pois possibilitaram rotas práticas e econômicas para a síntese de moléculas complexas.

Texto de apoio: Elisa S. Orth e Michelle Medeiros / Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Catálise em Sistemas Moleculares e Nanoestruturados

Edição: Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Jones Bastos / Agecom

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UFSC e Sindicatos dos Engenheiros de SC assinam convênio de cooperação técnica

16/04/2009 11:46

Convênio com o Senge: interesse comum

Convênio com o Senge: interesse comum

A UFSC e o Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina – SENGE – assinaram hoje (16), no Gabinete do Reitor, convênio com a finalidade de incrementar o intercâmbio técnico, científico, cultural e administrativo e desenvolver pesquisas, estágios, consultorias e colaboração de interesse comum. Para isso, o sindicato deve elaborar um planejamento de atividades criando cronogramas que sejam favoráveis às duas instituições.

O presidente do Sindicato dos Engenheiros, José Carlos Ferreira Rauen, observou a importância de se dar continuidade na formação dos profissionais, para que eles estejam sempre atualizados, uma vez que a legislação é dinâmica e a maioria não consegue acompanhar as mudanças ou mesmo aplicar corretamente a lei.

Já o reitor Alvaro Prata deseja que a assinatura do convênio se converta rapidamente em ações concretas para que as distorções na formação dos engenheiros sejam corrigidas e que a população não venha a sofrer danos. Por isso, a direção do sindicato sugeriu a alteração dos currículos de cursos de Engenharia a fim de que se aproximem da realidade exigida no mercado.

Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom

Foto: Jones João Bastos/Agecom

Florianópolis Cine Action reúne cinema, cultura e esportes na UFSC

16/04/2009 11:31

Baggio, o diretor do evento, em ação

Baggio, o diretor do evento, em ação

No próximo dia 30 de abril o Centro de Eventos da UFSC receberá os principais produtores de audiovisuais de esportes de ação na natureza do Estado e do país para o lançamento do Florianópolis Cine Action. O evento, cujo objetivo é reunir estudantes de cinema, simpatizantes do esporte, mídia e empresariado local, será uma prévia do festival mundial de audiovisuais de esportes de ação na natureza, programado para ocorrer no final de 2009, em Florianópolis, com seis dias de exibição de vídeos, palestras e debates a respeito do tema.

O lançamento do Florianópolis Cine Action ocorrerá das 14h às 22h. Os turnos terão atividades diferentes para o público. Das 14h às 22h, com entrada franca, haverá a apresentação dos produtores e suas obras, com mesa de debates e a presença de Pepê César (Fábio Fabuloso), Gustavo Camarão (Que!? Life Style; vencedor do Billabong XXL), Sílvio Arnaut (diretor da MassanganaFilmes, produtora do Surf Adventures 1 e 2) e do catarinense Bruno Bez (Sincronia e Lisergia).

Convidados como Rick Werneck e Guga Arruda serão alguns dos encarregados de entrevistarem os produtores. A atração especial do lançamento do Florianópolis Cine Action será a estreia do vídeo do bodyboarder octacampeão mundial, Mike Stewart, em seu itinerário pelas melhores ondas do mundo.

No período noturno, a partir das 18h30min, haverá três sessões com as principais obras dos produtores participantes do evento. Nas telas, além de paraísos naturais e muita ação, é pré-requisito a presença de arte, cultura e a promoção da sustentabilidade, mostrando o homem em plena conexão com a natureza. Fora do projetor, o festival terá um espaço dedicado à fotografia, com exposição de Basílio Ruy e Agobar Junior.

“O festival tem o objetivo de criar espaço para o encontro, exibição e premiação das principais produções audiovisuais em cinema e vídeo que abordam esportes de ação e natureza no mundo. Busca estimular o aumento do conteúdo artístico e cultural nestas produções, com potencial transformador da realidade. Objetivamos propiciar a troca de experiências entre produtores da área, estudantes de cinema e arte, cineastas, artistas e o público”, explica o diretor e idealizador do evento, Jorge Baggio, cineasta e conhecido bodyboarder de ondas grandes.

O valor dos ingressos para as sessões noturnas, bem como os pontos de venda, serão divulgados posteriormente. Mais atrações ainda poderão ser confirmadas até o final desta semana. O lançamento do Florianópolis Cine Action conta com patrocínio da Secretaria da Organização e do Lazer, por meio do Fundesporte, com promoção da Rádio Atlântida FM.

Mais informações com Michele Cardoso e Carla Lins pelos telefones (48) 9964-7760 e 8836-2774 ou pelo e-mail imprensa@floripafestival.com.br.

Foto: Márcio David

Simpósio traz a Florianópolis pesquisadores e estudantes na área de Imunologia

16/04/2009 09:27

A UFSC promove nos dias 28 e 29 de maio o II Simpósio Sul de Imunologia. O evento será realizado no Hotel Quinta da Bica D’água, bairro Carvoeira, em Florianópolis, e vai tratar de temas como vacinas, inflamações, doenças infecciosas e interação entre microorganismos e o sistema imunológico humano.

A imunologia é o ramo da biologia e da medicina que estuda o sistema imunológico – aquele que se encarrega de defender o organismo contra bactérias, vírus e tumores, entre outros agentes promotores de doenças. “É importante o acontecimento de um evento regional que trate desse tema, que é tão amplo. A imunologia ainda não é muito estudada e pesquisada, nem mesmo em nossa universidade. É válido chamar atenção para o assunto e colocá-lo em evidência”, destaca Aguinaldo Pinto, professor do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFSC e um dos organizadores do simpósio.

O objetivo é o de promover a troca de conhecimentos entre pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação de universidades catarinenses com profissionais de outros centros de pesquisa, com o intuito de gerar novas idéias, estreitar colaborações e atrair mais recursos para a área em Santa Catarina, além de fortalecer os vínculos entre pesquisadores, profissionais, e alunos do estado interessados no tema.

Contando com a participação de pesquisadores da UFSC, USP, Unesc, Fiocruz, UFMG, UEL e PUCRS, o simpósio terá conferências e mesas-redondas nos períodos da manhã e da tarde. A abertura do evento está prevista para as 8h30min do dia 28. A programação pode ser consultada no site www.lia.ufsc.br/simposio2009

As inscrições poderão ser feitas até o dia 25 de maio através da página compras90.fapeu.ufsc.br/scripts/fapeu.pl/swfwfap135.Será cobrada uma taxa de R$ 30,00 por participante. São esperados aproximadamente 150 alunos (graduação ou pós) para as palestras e mesas-redondas. “São alunos dos cursos de Biologia, Farmácia e Medicina, principalmente. Mas acho que é interessante para toda a área da saúde”, destaca o professor Aguinaldo.

O evento tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Santa Catarina (CNPq) e da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do estado de Santa Catarina (Fapesc).

Mais informações pelo telefone (48) 3721-5206, com os professores Aguinaldo R. Pinto ou André Báfica, e-mail: simposio-imuno@ccb.ufsc.br

Por Tiago Pereira/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Equipe vencedora dos Econometric Games é comandada por ex-aluno da UFSC

15/04/2009 17:34

www.econometricgame.com

www.econometricgame.com

O ex-aluno de graduação e de mestrado em Economia da UFSC, André Alves Portela Santos, comandou a equipe que venceu a edição de 2009 da principal competição internacional de Econometria – os chamados Econometric Games. A disputa foi realizada nos dias 6, 7 e 8 de abril. Atualmente André é doutorando em finanças pela Universidad Carlos III de Madrid, na Espanha.

A competição ocorre há 10 anos e é celebrada na cidade de Amsterdam, na Holanda, sendo organizada pela Universidade de Amsterdam. A última edição contou com a participação de 27 universidades de reconhecido prestigio internacional na área de econometria, sendo que 24 eram universidades européias da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Holanda, Inglaterra, Noruega e Polônia, duas universidades norte-americanas e uma australiana. Cada instituição é representada por uma equipe de cinco pessoas, sendo três mestrandos e dois doutorandos, e um deles é o capitão da equipe.

A econometria é uma subárea da economia que busca representar numericamente e quantificar relações econômicas por meio de uma combinação de teoria econômica, estatística e matemática. A competição, que tem duração de três dias, consiste na formulação de problemas de dificuldade elevada, em geral envolvendo dados da realidade, em que cada equipe deve propor uma solução, escrever um relatório em cada dia de competição e apresentar, em nove minutos, todos os resultados para um júri formado por cinco pesquisadores renome internacional da área de econometria ─ e uma platéia formada pelas demais equipes participantes da competição.

A equipe da Universidad Carlos III de Madrid, comandada por André Alves Portela Santos, era a única representante espanhola participando no evento. Nos últimos dois anos o grupo dessa universidade havia conseguido o segundo lugar. Os ganhadores foram a Universidade de Oxford e a Universidade de Cambridge, ambas da Inglaterra. Esse ano, entretanto, a universidade espanhola finalmente chegou ao posto mais alto do pódio. Apesar da nacionalidade espanhola da universidade campeã, nenhum dos integrantes da equipe era espanhol. Além de um brasileiro, formaram o grupo um chinês, duas argentinas e um colombiano.

A temática da competição varia a cada ano. No ano retrasado o tema foi cambio climático, enquanto que no ano passado o tema foi econometria aplicada ao marketing. Esse ano o tema da competição foi mortalidade infantil. As equipes tinham que analisar e quantificar a efetividade de políticas para a redução desse problema, utilizando métodos econométricos adequados para este tipo de variável.

A primeira parte da competição contou com dados sobre mortalidade infantil na Índia, enquanto que a segunda parte trouxe dados sobre o Brasil. Os competidores de todo o mundo tinham que avaliar e quantificar o impacto de uma das políticas do Governo Federal – o Programa Saúde na Família -, na redução da mortalidade infantil nos 27 estados brasileiros.

André conta que foi uma surpresa ver que parte da competição tratava de dados brasileiros. Segundo ele, o fato de conhecer a realidade brasileira ajudou em parte: “Tínhamos um painel de dados com poucas observações por estado, então decidimos que seria melhor trabalhar

com informações por região. Isso melhorou a inferência e aumentou a qualidade das nossas estimações, além de simplificar a análise sobre onde a política do governo tinha resultado. Encontramos que o Programa Saúde na Família logrou reduzir a mortalidade infantil justo nas regiões Norte e Nordeste, onde esse problema costuma ser mais grave, em comparação com as regiões Sul e Sudeste. Nossos resultados agradaram ao júri, que resolveu conceder o primeiro lugar à nossa equipe.”, comemora.

Mais informações sobre os Econometric Games podem ser acessadas no site http://www.econometricgame.com/

Também com André Alves Portela Santos / E-mail: andreportela@gmail.com / andre.alves@uc3m.es / Fone : +34 663434491

UFSC cria licenciatura em Educação do Campo

15/04/2009 16:58

Educação no campo

Educação no campo

A Câmara de Ensino de Graduação da UFSC criou o curso de Educação do Campo, na modalidade licenciatura plena. Agora Pedagogia, Biblioteconomia e a nova graduação integram as áreas de formação do Centro de Ciências da Educação. O novo curso é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo CED na área, por meio de projetos de extensão e de pós-graduação.

A licenciatura visa formar professores em educação do campo nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias. Será desenvolvido em uma ação integrada entre o Centro de Ciências de Educação e o Centro de Ciências Agrárias. O formando poderá atuar no ensino fundamental e médio.

As aulas devem iniciar no segundo semestre deste ano, com previsão de 50 vagas a serem preenchidas pelo vestibular suplementar que será realizado em julho. O currículo será desenvolvido pela Pedagogia da Alternância, que significa que os acadêmicos terão um “tempo integral na Universidade”,onde será desenvolvida a parte teórico-pedagógica e um “tempo comunidade”, onde os alunos estabelecerão a relação entre o teórico e a práxis.

O projeto do curso, além de fazer parte do Plano de Expansão Reuni,

foi aprovado pelo Edital Especial lançado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Essa estrutura garante a contratação de professores, recursos para

ampliação de espaço físico e para a manutenção dos alunos (alojamento, alimentação, deslocamento, etc.). Também vai auxiliar o deslocamento do professores para acompanhamento do ´tempo comunidade`.

O projeto foi pensado e organizado pedagogicamente para funcionar em módulos. O processo de implantação é coordenado pela professora Beatriz Collere Hanff, do Departamento de Estudos Especializados em Educação, do Centro de Educação da UFSC.

Fonte: Mauro Jeunehomme Tonon / Centro de Educação

tel: (48) 99075158 – 37219336

Leia também: Vestibular suplementar da UFSC abre 645 vagas em quatro campi

Especial Pesquisa: dissertação da UFSC é segunda colocada no Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social

15/04/2009 15:58

Estímulo à consciência sobre direitos sociais

Estímulo à consciência sobre direitos sociais

A missão é usar o esporte para estimular consciência social e o espírito de coletividade. O cenário é um bairro periférico de uma cidade com pouco mais de 50 mil habitantes e apenas uma rua pavimentada, no interior do Paraná. Será que é possível? Miguel Bacheladenski, mestre em Educação Física pela UFSC, tentou provar que sim. E recebeu do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em fevereiro, o Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social, pela segunda colocação na categoria Dissertações, Teses e Pesquisas Independentes.

Unindo a falta de opções de lazer ao sonho de milhares de garotos brasileiros de serem jogadores profissionais, Miguel teve uma idéia: criar uma escolinha de futebol em uma quadra pública semiabandonada do bairro Lagoa, no município de Irati, a cerca de 150 quilômetros de Curitiba. Apesar da má condição física do local, o autor bateu de porta em porta nas residências de quatro ruas próximas e descobriu que havia muito interesse, tanto das crianças quanto dos pais, em ocupar o tempo dos filhos quando não estivessem na escola.

Mas jogar futebol não era a única finalidade. Miguel utilizou a Escolinha de Futebol da Lagoa para, de maio a julho de 2006, trabalhar com as crianças temas como a união sindical, a solidariedade e a consciência dos direitos sociais. Dessa forma estimulou o questionamento sobre a falta de apoio do poder público e a reivindicação de melhorias nas condições de lazer.

“Procuramos romper com a cultura de acomodação, que limita a organização para se enfrentar coletivamente os problemas comuns”, explica Miguel. Para começar, lembra, não havia traves na “cancha” – apelido das crianças para a quadra. Depois de improvisar os gols com pedaços de madeira, o grupo escreveu um ofício solicitando que a prefeitura do município resolvesse o problema, além de montar uma comissão que o entregou pessoalmente ao diretor do Departamento de Esporte e Lazer, ouvindo a promessa de traves novas em 15 dias.

Os alunos também tiveram aulas de primeiros socorros com o Corpo de Bombeiros de Irati, refletindo sobre violência no esporte e solidariedade, e fizeram um mutirão para limpeza da quadra. Já as traves, que não chegaram, deram origem a um abaixo-assinado, tendo a adesão de muitos moradores – até do vizinho que retirou as antigas, depois que algumas bolas foram parar na sua casa (com a condição de ser instalada também uma grade de proteção).

Visão crítica

A partir de sua dissertação, Miguel defende uma concepção crítica de lazer. Segundo ele, a visão tradicional é baseada no pensamento funcionalista, entendendo as atividades esportivas como a solução para o fim da violência e da exclusão social, já que as pessoas estariam integradas e ocupadas além do horário de trabalho. Porém, defende Miguel, os praticantes são vistos como consumidores de eventos esportivos, então não constroem juntos as condições de promoção do lazer, o que refletiria de forma negativa, por exemplo, na participação política do bairro ou mesmo do país. “Pouco valeria mudar o modelo econômico-político, caso não ocorra uma mudança também no modelo cívico”, defende.

A visão proposta por ele – e também por outros pesquisadores – considera que a ação política é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa. Por isso, além de garantir a presença da população nas atividades esportivas, o poder público deve estimular a união em torno de uma causa, o que seria a verdadeira promoção da saúde. No caso de Irati, a falta de opções de lazer é apenas uma destas causas. Ele conta que não há nenhuma escola com ensino médio e nem oportunidades de emprego, além de o único posto de saúde não contar com equipe diária.

O autor do trabalho lamenta, contudo, que os resultados não tenham sido maiores. “As atividades foram insuficientes para romper a cultura do silêncio. No máximo, se conseguiu despertar o espírito de liderança em algumas crianças”, comenta. Segundo ele, muitos fatores dificultam a organização social no bairro Lagoa, como o individualismo, que embora atenuado nas crianças, continuou marcante na associação de moradores.

Para Miguel, um encaminhamento importante seria a alteração dos currículos dos cursos de Educação Física, com mais ênfase em disciplinas sociais. “Apenas com matérias curriculares não se faz uma formação preocupada com a saúde da coletividade, porque dificilmente elas explicariam o que é o sofrimento humano. Por isso, a Educação Física deve se aproximar da população não só para levar o conhecimento científico, mas para produzi-lo em articulação com o saber popular”, considera Miguel.

A dissertação recebeu o título de ´(Re)Significações do lazer em sua relação com a saúde em comunidade de Irati/PR` e foi orientada pelo professor Edgard Matiello Júnior, do Departamento de Educação Física a UFSC.

Mais informações: Miguel Bacheladenski, e-mail miguelsb@brturbo.com.br

Por Julio Ettore Suriano / Bolsita de Jornalismo na Agecom